Dorothea é um shounen que foi originalmente publicado nas páginas da Dragon Age (casa de Chrno Crusade, Full Metal Panic, Full Metal Panic Sigma, Gosick, Highschool of the Dead, entre outros) da Kadokawa Shouten no ano de 2005. Não há quase nenhuma informação disponível sobre a série pela internet afora. Ela não foi adaptada em anime, não apareceu em rankings de vendas, mas foi publicada pela CMX (antigo braço editorial de mangás da DC que foi encerrada recentemente) nos EUA e pela Asuka Comics na França. A roteirista e desenhista assina a obra como Cuvie e não possui nenhum outro trabalho de destaque, mas já publicou muitos hentais em sua carreira e atualmente é responsável por uma série ecchi chamada Nightmare Maker na revista Young Champion Retsu da Akita Shoten. A obra é composta por seis volumes completos.
A história se passa em uma época da Idade Média não específicada e começa com um ataque de mercenários à “Casa dos Brancos” que é uma espécie de orfanato para crianças albinas. Os mercenários estavam felizes, pois poderiam fazer o que quisessem já que os albinos são pagãos e com isso eles poderiam roubar toda a comida e dinheiro que quisessem sem cometer nenhum crime. No entanto uma figura envolta em capuz consegue derrotar boa parte dos mercenários, e quando o capuz cai eles descobrem se tratar de uma garota albina de “olhos demoníacos”. Ela é Dorothea Eschenbach, a protagonista de nossa história. A moça é cercada pelos mercenários que estão em grande vantagem numérica,mas a moral dos atacantes é abalada quando eles descobrem se tratar de uma “bruxa”. Quando eles estão prestes a encurralar e derrotar de vez Dorothea aparece Gyurk Frundsberg, amigo de infância dela que está voltando de uma viagem de dois anos.
Logo somos apresentados às tradições de Nauders, “país” de Dorothea, onde é costume proteger as crianças brancas, consideradas sinal de boa sorte (mas só lá, no resto de toda a Germânia elas são consideradas bruxas ou servos mortos-vivos de bruxas). Gyurk traz más notícias, Nauders está correndo risco de ser atacada pela nação vizinha, Ems que quer anexar o território de Nauders ao seu.
Dorothea e Gyurk haviam combinado que ele viajaria e ela permaneceria em Nauders, e quando ele voltasse teria que contar as histórias de suas aventuras pelo mundo, já que Dorothea por sua condição jamais pode sair de Nauders. Só que Gyurk não quer compartilhar esse período de sua vida com Dorothea, ele se envergonha dele, ele é tão mercenário quanto os atacantes de pouco tempo atrás e não tem orgulho disso, não há nada de nobre naquilo que ele faz. Dorothea aprendeu a lutar com a espada para poder atuar como “Sacerdotisa da Espada” (não há explicações sobre o que é isso durante esse volume), oficialmente, na verdade ela foi ensinada a manejar a espada para poder defender a casa dos brancos dos ataques.
Os brancos são pagãos, eles adoram à Natureza e a reverenciam como uma Deusa. A Casa dos Brancos é chefiada pela Madame Schanzgard que é chamada de Sybilla (o problema aqui é que não dá para entender se é o nome ou um título) pelo povo de Nauders e de vovó pelas crianças da Casa dos Brancos. Ela é a adivinha da região e uma figura de poder. O rei Cristão recentemente coroado odeia os brancos e apesar de se recusar a atender os pedidos de Madame Schanzgard exige os seus serviços como profetisa.
Para proteger todos da Casa dos Brancos Dorothea tem que partir em uma jornada para conhecer o mundo, mas para poder se juntar ao grupo de Gyurk ela tem que derrotá-lo em um combate de espada.
Gostei muito de Dorothea, talvez eu tenha criado expectativas altas demais para o mangá, mas ele me agradou imensamente. Em sumo o mangá trata do conflito masculino x feminino, novo x velho. Os brancos que residem há muito naquela região estão sendo ameaçados pela expansão do cristianismo, ao mesmo tempo a religião pagã que sempre foi associada ao lado feminino, com representantes femininas (a sacerdotisa da espada, a Sybilla…) contra o novo mundo da igreja romana que é regida por homens (reis, padres).
Dorothea precisa o tempo todo empunhar a sua espada para provar o seu valor, afinal ela saiu de sua casa para viver em um mundo controlado pelos homens, até mesmo seu melhor amigo Gyurk é paternal e tenta protegê-la da realidade injusta do mundo e não confia em suas habilidades de combate (ao menos em um primeiro momento).
Outra coisa muito legal sobre esse mangá é que nós vemos os governantes que se preocupam mais em gastar todo o dinheiro em exércitos para aumentar seus territórios do que em combater os ladrões que atacam o povo. É mais fácil os governantes deixarem o povo continuar ignorante queimando “bruxas” ou “monstros” do que colocar os soldados para defender a segurança do povo que o sustenta com seus impostos. Eu não esperava tanto desse título, ele me surpreendeu e agradou tanto quanto Guin Saga e Astral Project. Uma das coisas que gosto na Panini é que ela traz esses títulos quase desconhecidos, que em sua grande maioria são belas surpresas.
O fanservice no primeiro volume desse mangá é quase inexistente, o que me surpreendeu muito sabendo do background da autora que praticamente só publica ecchis e hentais. Me incomodou um pouco ver a Dorothea de minissaia, afinal ela é albina e não pode ficar com a pele exposta ao sol. Por outro lado ela é uma guerreira e precisa ter liberdade de movimentos e ao que eu saiba (e eu sei muito pouco de Idade Média) mulheres não usavam calças naqueles tempos. Em compensação também não lutavam, o único exemplo de que me lembro é Joanna D’Arc (e apesar das comparações que pipocam no Orkut eu não vi semelhança nenhuma com a Dorothea além de ambas lutarem por sua terra natal). Uma é cristã e insana, a a outra é pagã e sã (até o momento, pelo menos).
Apesar de haver menções a bruxas na história a unica citação de fato ao tema é que a Madame Schanzgard é uma profetisa e teria um dom de visão de futuro, o que até agora no decorrer da trama não foi provado como um poder místico verdadeiro ou apenas inteligêcia e conhecimento político. E até o momento as bruxas da história são apenas pessoas diferentes das que têm uma pigmentação normal.
Sobre a edição nacional os elogios não são tantos assim, a capa ficou bem feia, a original era linda e foi adaptada para o formato “quadradão” (13x18cm), colocaram uma cor roxa com uma retícula com padrão meio gótico, mas o conjunto não casou muito bem. Na segunda capa havia a continuação da imagem, mas a Panini Brasil preferiu esquecer dela e simplesmente jogar a imagem da orelha na segunda capa.
Outra coisa que não gostei foi a fonte do título e subtítulo: o título deveria ser bem maior e o efeito de “pedra” na letra é de gosto duvidoso. Também gostaria que o título fosse todo em caixa alto para chamar atenção, mas isso sou eu sendo chato, o subtítulo ficou muito grande, quase do mesmo tamanho do título, isso também é ruim.
Traduzi o título e subtítulo na ferramenta do Google (é fail, eu sei) e ele disse que seria algo como “O Martelo da Bruxa”. Para quem não conhece O Martelo das Feiticeiras é um documento real que era usado pelos inquisidores e sobreviveu até hoje (disponível na biblioteca pública mais próxima). De qualquer forma Caça às Bruxas casou bem com o clima do mangá, até mesmo pelo duplo sentido. Outra coisa que gostei nesse título em especial é que como a história se passa na Europa Medieval não há honoríficos. Eu defendo o uso de honoríficos em histórias que se passem no Japão, mas em histórias que se passam fora do Japão o ideal é que os honoríficos sejam evitados mesmo.
A edição de imagens está mediana, não há nenhum erro grosseiro perceptível, mas há “esfumaçados” demais, ao invés de refazer os quadros preferiram deixá-los esfumaçados e com isso há os textos fora do balão e o espaço aberto gigantesco. No original (e aqui eu não sei se foi na versão encadernada ou no encadernado japonês) havia páginas coloridas e infelizmente elas foram transformadas em preto e branco, ficando muito ruins, mal dá para se perceber o que se passa nessas cenas.
O traço da autora é competente, eu esperava mais por ela ter vindo do hentai, mas ele cumpre a função. O único problema que eu vi foram uns poucos traços tortos e alguns desenhos fora de proporção (a mão do pai do Gyurk e a proporção pernas/torço de um homem). Na segunda capa a Dorothea também não parece muito bonita. A censura 14 anos me pareceu estranha, a heroína esfaqueia diversas pessoas com sua espada durante esse primeiro volume.
Enfim, eu recomendo, recomendo mesmo, seja para uma leitura leve e descompromissada ou para uma leitura mais séria. Com o embate entre pagãos x cristãos, homem x mulher esse mangá me lembrou um bocado de As Brumas de Avalon (tomadas as devidas proporções, é claro) que é uma das minhas leituras favoritas de todos os tempos.
Título: Dorothea: Caça às Bruxas, Dorothea: Mahou no Testtsui (ドロテア~魔女の鉄鎚~)
Autora: Cuvie
Formato: 13 x 18, 170 páginas em média
Duração: 6 volumes
Preço: R$9,90
Demográfico: Shounen
Gênero: Ação, Guerra, Romance
Só dando uma força, literalmente é o martelo de ferro da bruxa.
essa capa ta tão feia q podia diminuir 1 real do mangá pra compensar. puta que merda =/
Também me lembrei de Brumas quando li sobre a adoração da natureza. Parece ser legal, mas só compro quando estiver completo.
Eu achei esse mangá tão podre XD. Eu realmente não gostei.
Primeiro, mangá da panini só compro quando for finalizado. Depois de tantos cancelamentos, não cofio mais nessa editora.
Segundo, êta capinha feinha, hein, panini?
Tá indo de mal à pior. Já vi criança do crusinho da microlinsfazendo capas melhores. Tem que ver isso aí. Já não basta o preço ser caro, o material uma porcaria, e agora até as imagens vão vir pior que foto de chiqueiro?
Trabalho porco é outro nível.
comprei e não gostei!
Vou começar a colecionar mês que vem gostei do título parece irado adoro protagonistas mulheres elas tem mais fibra
comprei e não gostei!²
A Panini se preocupa demais com Shoujos e esquecem de fazer capas decentes.
Se quiserem me pagar pra editar a capa japonesa eu aceito, viu?Se eles dão emprego pra quem edita no paint, imagina o que fariam com alguém que manja de Illustrator. Acho que colocariam como presidente da empresa. :laughing:
Primeiro mangá que eu não compro por causa da capa. Até agora não me arrependi dessa decisão. Coisa feia, não é “harmoniosa”, não parece da Panini D: mais broxa do que não sei o que…
Mas parabens pra quem comprou/gostou. O titulo em si parece interessante, mas só compro depois de concluído.
Que capa, hein!?
Comprei e não gostei! ³ . Sei lá, por mais que não tenha fanservice explícito, tá na cara que em algum momento (muito em breve, pelo visto), o conflito político-religioso será deixado de lado em prol de cenas de esfrega esfrega entre a Dorothea e o amigo dela que eu esqueci o nome…o primeiro volume já deu vários indícios nesse sentido. Em se tratando dos mangás de fantasia medieval publicados por aqui atualmente, prefiro Guin Saga (e antes que alguém venha falar alguma coisa, eu não acompanho Berserk – apesar de até ter vontade de dar uma olhada – e portanto não posso opinar sobre o mesmo, ^^’).
Olha, se for pra falar de preço, a Panini oferece qualidade semelhante, em alguns pontos um pouco melhor porém nunca inferior, que a da JBC: as duas usam o mesmo papel lixo, mas a Panini pelo menos coloca algo nas contracapas, às vezes colorido, e os mangás dela chegam nas bancas plastificados, o que considero uma vantagem imensa, já que temos a segurança de que ninguém indesejado folheou antes, e por 1 real a menos.
E ela pode ter cagado nessa capa, mas geralmente faz capas lindas e de vez em quando melhores que as originais, como em Vampire Knight.
Se ficar deixando pra depois (completar a obra), se todo mundo fizer isso, vai que cancelem/parem de publicar no meio?!
comprei ontem o manga e gostei bastante, concordo com o pessoal que a capa fikou horrivel, mas deixar de comprar alguma coisa pela capa ai ja é d++ neh!!!
Gente tmb falar em cancelamento, poxa se a panini não concluir um manga de 6 volumes, puts entao tamo f…….
Recomendo bastante principalmente pra quem gosta de coisa medieval cm eu, e sobre cancelamento acho que não tem porque se preucupar com isso.
Comprei os “ameriwan” da Online (Academia Ghost e World of Warcraft: Asas das Sombras) e achei porca a tradução que eles fizeram.
Muitas sentenças sem sentindo.
Tive pena dele.
Fora que ambos estão descontinuados, e sem previsão de retomada.
(O Ghost já terminou lá fora, quanto o volume 2 de Warcraft, chegou mês passado nas bancas americanas)
Quanto a Dorothea, por mais que digam que é chato, irei compra-lo.
Aff mangás no Brasil. =[
A capa brasileira ficou RIDÍCULA!!!
Editoras continuam tratando mal os mangás ¬¬
Mas gente, eu andei dando uma olhada na internet e a capa eh a mesma lançada no exterior, não vi outracapa para o volume um, e vi todas as outras, na verdade achei bonita.A imagem na capa da panini parece ter sido reduzida um pouco com as tarjas explicativas da historia, mas dooutro lado deve estar como no original (em full). Parece muitointeressante a historia… nao li, nao vou julgar antes… nem só de capa se faz um bom mangá, e cada um tem seu ponto de vista, uns lerão e nao gostarão, outros vão amar… hehe, C’est la vie, mon amie!!!
lol.
Bem, eu li os primeiros caps na net, e eu gostei bastante, pelo menos do que eu li.Agora como vai terminar eh outra história nhe.Isso eu deixo pro futuro.
Vou colecionar por que naum gosto de ficar cum coleção quebrada, mesmo que o final seja ruim ou naum.Mas eu tenho boas expectativas sobre essa história medieval.( Apesar de ja ter errado antes ¬¬ )
Dorothea tava na minha lista de compras de mangás pra esse ano, mas depois de ver alguns outros mangás sendo anunciados no BR eu acabei desistindo dele pra poder investir nesses outros títulos.
Talvez pegue mais pra frente, ano que vem, quando tiver alguma folga no bolso.
http://www.precojustoja.com.br
Propaguem essa campanha para redução dos impostos nos brasil, basta digitarem seu nome, E-Mail e CPF nesse endereço.
http://www.precojustoja.com.br
(Desculpe Tio Cloud e Allena, sei que não tem nada haver com a resenha, mas é necessário aderir essa campanha e que cada um faça sua parte).
Boa resenha, também gostei do título. A capa poderia ser melhor mas não está tão feia assim.
Panini, depois que completarem a publicação de Dorothea, sugiro que lancem Monster Collection para continuar com os títulos de fantasia medieval. :wink:
ESSA CAPA QUE A PANINI ARRUMOU ESTA HORRIIIIIIVEL!!!
ELES ESTÃO PRECISANDO DE UM DESIGN GRÁFICO PRA ELABORAR CAPAS DE MANGAS???
ME CHAMA QUE EU FAÇO MELHOR E DE FORMA MAIS PROFISSIONAL QUE ISSO DAI :angry:
Eu não aguentei terminar de ler isso, parei na metade, e estou até agora tentando malhar o suficiente esse mangá.
a história parece bem legal, vou ver se acompanho, mas fala sério que capinha feia, eu simplesmente nao sei como eles conseguem se superar e fazer uma capa tão ruim…
sem palavras :sad:
vlw pela resenha kuroi!!!
só espero que nao vire fanservice xD
Eu faço uma capa melhor do que esta no Corel 12 com as mãos amarradas e usando os pés.
É, parece consenso geral que a capa está horrível, uma pena a Panini costuma fazer capas melhores do que as originais e nesse ela cagou bonito.
As opiniões sobre o título foram contraditórias, mas eu gostei, gostei muito,mas de qq forma não tem como agradar a gregos e troianos mesmo.
Uuuuuuh, Kuroi tem mal gosto! /corre muito
Desde quando quem curte ecchi tem mal gosto?
Só espero que o fanservice seja bem feito.
MOAR ECCHI Panini!!!
Dorothea não é ecchi. Quem tem mal gosto é vc, Allena, é você que gosta daquelas coisas mórbidas tipo Vampiro que ri. Eeew. xD
Em minha defesa, eu nao gosto de vampiro que ri! Aquilo é horrendo! xDDD
Tá, mas você gostou de Shinshoku Kiss e de Highschool of the Dead. xD
Só de HSoD, odeio shinshoku o,o
E eu amuuuuuuuuuuuuuu HSoD. xD
Allena e Kuroi brigando?
/o/ treta! \o\ treta! /o/ (imitando os insqueirinhos espalhados pelas escolas)
Mas enfim… =/
Agora fica dificil de decidir…
Poderiam dizer a qual tipo de traço (de qual mangaká mais famoso) se assemelha esse título?
Sabe aquela história de “entre tapas e beijos”? pois é xD
Puxa, nem considero essa implicância como briga.
Idem, até porque é mais para encher o saco do Kuroi do que realmente dar a mínima pro troço! xD
Idem, até porque é mais para encher o saco
do Kuroida Allena! xD[2]a capa é feia mas o conteúdo mostra que foi bem feito e segue uma cronologia de historia e pelo visto a panini vai continuar porque ela já licenciou Mahou no Testtsui.
Mais eu preferia Cuvie continuase nos hentais
O mangá é sensacional. O problema é que o primeiro volume DESESTIMULA a leitura. As coisas são muito mal colocadas no primeiro volume. Eu confesso que demorei muito para começar a ler o mangá, que estava completo na minha estante, por desestimulação, causada pelo primeiro volume. Mas o desenvolvimento a partir do segundo é muito bom. A partir do quinto e, consequentemente, no último volume, a história se desenvolve incrivelmente bem e tem um bom final. Recomendo COM CERTEZA esse mangá.