Acho que desde que comecei a escrever aqui, não falei de um jogo sequer do Playstation 1. Mas isso será consertado HOJE! Com o melhor jogo de luta 3D do console, nada menos que Soul Edge.

A história do game conta a lenda de guerreiros que buscam a espada suprema, ‘Soul Edge’. Inúmeros nomes foram atribuídos a ela ao longo dos tempos, como ‘Espada da Salvação’, ‘Espada dos Heróis’ e ‘Espada Suprema’. Muitos guerreiros poderosos buscaram por anos, mas apenas poucos realmente a encontraram. A espada, agora no formato de um par de lâminas gêmeas longas, reapareceu misteriosamente. Elas foram tomadas pelo Capitão Cervantes de León. Nada se sabia depois disso…

Agora, nove guerreiros de diversos lugares do mundo procuram por ela por diferentes razões. Alguns por poder, outros por vingança.Uns acreditavam que ela era uma espada benéfica, procurando por sua ajuda, enquanto outros, sabendo da sua natureza maléfica, buscavam sua destruição. Nada do que se sabia da espada era absolutamente correto, exceto um fato: ela traz má sorte àqueles que buscam por ela.

A versão caseira de Soul Edge é baseada na ‘expansão’ Ver. II do Soul Edge original, lançada dois meses depois da primeira versão de Arcade. Nela, foram adicionados como personagens, Hwang, que originalmente era um recolor de Mitsurugi para a versão coreana de Soul Edge, agora com um movelist e storyline próprios, e o sub-chefe Cervantes se tornou jogável, totalizando dez personagens no arcade, além da dificuldade de ‘Soul Edge’ (Chefe final) ter sido diminuída. Para a versão caseira, foram incluídos mais cinco personagens secretos.

A jogabilidade é deveras interessante, embora algumas coisas tenham sido removidas em sua continuação (Soul Calibur), como a barra de arma. Abaixo da barra de vida, existe uma de energia, que é diminuída conforme se defende golpes das armas, e quando ela chega ao fim, o personagem perde a arma e tem que lutar com as mãos, embora aí resida uma falha, pois a movelist dos personagens desarmados é igual para todos.

Outro atributo interessante é o da colisão de armas: em determinados momentos da luta, quando os oponentes atacarem ao mesmo tempo, uma pequena disputa rolará, e quem tiver mais sorte, leva a chance de um contra ataque. Esse sistema funciona de forma parecida com o do Jan-Ken-Po.

Cada lutador tem seus pontos fortes e fracos, variando entre eles, o importante é escolher aquele a que você se adapte melhor (ou que você tenha experiência em Soul Calibur). Adificuldade é mediana, um jogador veterano não encontrará dificuldades em terminar, ao passo que um novato terá certas dificuldades ao encarar os últimos desafiantes.

Além do modo Arcade (Story), há o Edge Master Mode que deu início ao esquema de Mission Modes da franquia ‘Soul’, que consiste em seguir um storyline indo de um ponto a outro do mundo, enfrentando diversos desafios e conseguindo novas armas para as lutas. Há os tradicionais Survival e Practice Modes, que dispensam apresentações. Há também o modo Time Attack e o Team Battle, sendo que este último permite lutas entre equipes de lutadores, ideal para aquele racha entre amigos.

Os gráficos de Soul Edge, para o período em que o jogo foi lançado (1996) eram espetaculares, os personagens estão bem feitos, até mesmo o (ergh!) Voldo, está bacana, para a versão caseira, cada um ganhou uma roupa extra, que caiu muito bem e pessoalmente ficou muito bonito.

Os cenários, pelo menos alguns deles, são os mesmos da sequência ‘Soul Calibur’, mas com ligeiras diferenças (Oode Mitsurugi por exemplo, não está alagado como em SC). Há também um bacana efeito de mudança de hora durante a luta, que pode começar durante a noite e terminar com o dia claro, o que inesperadamente me deixou maravilhado, e olha que não esperava tanto assim do jogo.

Sonoramente Soul Edge é explêndido, há três tipos de trilha sonora: a original do Arcade, uma versão arranjada da versão Arcade e uma feita especialmente para as versões caseiras, a Khan Super Session. O tema de abertura, ” The Edge of Soul” é marcante e lembrado por fãs até hoje. As vozes e efeitos sonoros são um show a parte, pra quem aprecia tal coisa.

Jogue Soul Edge! Acredite ou não, é um game que pode te prender por algumas horas, mas dê preferência pelas versões ocidentais (Soul Blade), pois assim aproveitará o filé do jogo, que é o Edge Master Mode e divirta-se!

Avaliação do Jbox: 95%

Pontos Fortes: Excelentes controles,  Gráficos magníficos,  História densa para um jogo de luta
Pontos Fracos: Mashing Button para novatos, corte da Sophitia pelada na versão americana do jogo (na abertura)