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Amigos do JBox, parece que para quem tem PC’s, é uma boa época pra se gostar de jogos de lutinha. Desde que Street Fighter IV reviveu o gênero nos computadores, tivemos uma boa safra com Super Street Fighter IV, BlazBlue, Street Fighter X Tekken e Mortal Kombat Arkade Kollection.

Esse ano ainda teremos Ultra Street Fighter IV e Naruto Ultimate Ninja 3: Full Burst (isso porque não estamos nem falando de Doujins como Yatagarasu).

E recentemente foi lançado no Steam, depois de uma longa espera que envolveu muitos processos contra o estúdio, uma campanha muitíssimo bem sucedida no indiegogo e um mês de beta testing, Skullgirls. Vamos ver como ele se sai?

Um misterioso artefato, o Skull Heart, garante a cada sete anos, a realização do desejo de uma mulher. Mas se ela possuir a alma impura, o Skull Heart irá corromper o desejo dela, e ela irá se tornar a próxima SkullGirl, uma entidade monstruosa com um poder imenso. Centenas de pessoas já tentaram, mas nenhuma se mostrou digna de garantir o desejo e foram consumidas por essa cruel força.

Sete anos após a Grande Guerra (uma versão ficcional da Segunda Guerra Mundial), a nova Skullgirl, Marie, surgiu e começou a aterrorizar o Reino de Canopy, por suas próprias razões. As personagens, cada um por seus interesses, almejam lutar com Marie e clamar o SkullHeart, seja para destruir o artefato, ou usá-lo.

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No single-player, basicamente temos dois modos: História e Arcade. No modo história, conhecemos um pouco de cada uma das lutadoras, e aonde suas histórias se entrelaçam, como Filia e Painwheel, ou Peacock e Marie. No modo arcade, são lutas aleatórias, até o confronto contra Marie.

A jogabilidade lembra muito o clássico Marvel Vs Capcom 2: New Age of Heroes, principalmente no modo Arcade e no Versus, com combos velozes, troca de personagens e chefe apelona. Apesar do número baixo de personagens (8 + Squigly, a primeira personagem baixável do jogo), cada uma delas tem uma jogabilidade distinta e que demanda tempo dominar as manhas.

E não pense que com o comando do Hadouken será possível jogar porque o buraco é um pouco mais embaixo. Caso queira ter alguma chance em partidas online, dominar os combos de cada personagem é questão de prioridade máxima… Ou então você joga comigo porque eu apanhei feito um corno online… =(

O Modo Online dele é dividido em partidas rápidas (aonde o jogo procura por alguém que também esteja buscando jogar contra alguém aleatório), e em Salas de Lobby, aonde até oito pessoas podem lutar entre si, sendo elas públicas (qualquer Zé entra) ou privadas (aonde você chama seus amigos do Steam que tem o jogo).

E usando o popular GGPO (um ótimo sistema que ajuda a criar partidas com quase nenhum lag dependendo de sua conexão), os lags do online são praticamente inexistentes. Em todos os testes, a única queda foi do meu oponente.

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Um lado do jogo que ao mesmo tempo é positivo e um fraco é que ele é legendado em português, com menus, falas e tudo mais… Mas definitivamente faltou alguém para revisar a tradução dos scripts, pois há muitos erros grosseiros de tradução, trocas de gênero (coisa bastante comum para os americanos em relação ao nosso idioma). Em alguns casos, certos elementos dos menus estão apagados, isso desanima um pouco, já que a expectativa da tradução em relação aos testes beta era melhor.

Graficamente o Skullgirls é um assombro. As cenas, apesar de não serem o grande destaque, são bem feitas e dão um toque bom ao jogo. Os cenários são muito bonitos, contendo detalhes de fundo e em algumas vezes, efeitos de luz ou sombras que afetam os personagens.

É simplesmente espantoso o detalhamento na animação das personagens, e cada uma é completamente diferente da outra, com exceção da Double que copia os ataques e sprites das “colegas”, mas mesmo ela tem uma animação foda, com uma transição rápida entre personagens. Às vezes você vai simplesmente botar no modo de treino e ficar parado observando a animação parada de cada uma.

A trilha sonora é muito gostosa de se ouvir, e entre os compositores, temos ninguém menos que Michiru Yamane. E se você joga vídeogames e não sabe quem é, você devia jogar mais títulos bons (Ok, a crítica não gostou tanto de Sword of Etheria, mas a trilha é boa).

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Voltando ao reino da relevância, os temas de Skullgirls possuem um tom de Jazz muito bom, com faixas variadas, que mostram um pouco de cada personagem ou cenário. A dublagem, mesmo sendo em inglês (sabemos como dublagens de jogos de luta no idioma deixam a desejar às vezes. Sim Soul Calibur 3, olho pra VOCÊ) agrada muito, já que a seleção de vozes foi muito cuidadosa, e graças a Deus, combinam bastante.

Finalizando, com a certeza de mais quatro personagens para download em breve (gratuitas durante três meses), Skullgirls é um ótimo jogo para quem é fã do gênero.

Com uma riqueza de detalhes e jogabilidade rápida, vale o custo benefício da compra no Steam e vai te manter entretido por algum tempo nas partidas Online. Caso queira lutar com este que vos fala, basta deixar sua id do Steam nos comentários.

Avaliação do JBox: 97%