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Para quem curte a franquia The King of Fighters, 2009 foi um ano relativamente decepcionante. Com a saída do designer Falcoon, foram engavetados os projetos de The King of Fighters Maximum Impact 3 e The King of Fighters Maximum Impact Regulation A-2, além de ter sido lançada a conversão caseira do fraco The King of Fighters XII.

E para um ano de aniversário tão importante (a franquia completando 15 primaveras), seria ruim se tivesse apenas isso. Mas felizmente, o verdadeiro presente de 15 anos de The King of Fighters foi lançado: The King of Fighters 2002: Unlimited Match, remake do jogo de 2002 – que na minha opinião, é um dos piores da franquia, sendo “superado” apenas pelo KOF 2001, que de maior mérito teve, fechar com chave de buesta a saga NESTS.

Como todos sabem, os Dream Matches 98, 2002, Neowave e XII não tem história, mas KOF 2002 Unlimited Match soube ao menos contornar um de seus problemas (o personagem K’9999, uma transcrição gamer do Tetsuo, de Akira) com uma saída original. Por problemas de copyright, K’9999 não poderia ser usado. A solução? A SNK-Playmore criou um personagem inteiramente novo, Nameless (Sem Nome) e criou um excelente pano de fundo para ele, e é possível ir mais com a cara dele do que com a do Tetsuo, digo, K’9999. Embora seus movimentos sejam os mesmos, as animações são diferentes.

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Enfim, o mundo estava em paz após a morte de Ignis, mas como os japoneses não conseguem ficar sem brigar, eles se encontraram numa sexta-feira e resolveram fazer o que fazem toda sexta: cair na porrada num torneio. Obviamente, os vilões da Saga Nests (e o Rugal) tem fogo no rabo e resolveram tentar destruir o mundo. Resta ao seu time, chutar o traseiro deles de novo.

Existem 4 modos de jogo, o Arcade (que pode ser dividido em Team Play e Single Play com modos 1 vs 1 ou 1 vs cpu), que é o tradicional. Challenge, que são lutas com certas condições para se cumprir (e como não sei japonês, bem… eu não consigo cumprir!!), o Endless Mode, que são lutas consecutivas e o Neo Geo Mode, que é o jogo original de 2002 e que ninguém acessa. No Japão, usuários de banda larga podem jogar online, ou o pessoal da Live Arcade que baixou o jogo, né?

O game pode ter sido lançado apenas no Japão, mas a maioria das opções de customização podem serem feitas em inglês (exceto aqueles challenges). O número de personagens aumentou em relação ao original, e realmente cobre toda a Saga Nests. Os mais resmungões podem reclamar da falta de alguns personagens, mas isso é irrelevante, o número já é suficiente pra criar boas combinações de time. Diabos, dá até pra fazer um de 3 Kyos, coisa que só era possível em KOF 99 (no Dreamcast eram possível 4!!!).

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A jogabilidade permanece inalterada, então quem já se acostumou com KOF se sente em casa aqui. Os comandos respondem bem e a inteligência de alguns inimigos foi melhorada (tive certa dificuldade com o Clone Zero). Combos simples, e todos os especiais continuam do mesmo jeito, exceto o HDSM (ou sei lá que diabo seja a sigla) que ganhou uma animação bacana.

Graficamente, os sprites continuam os mesmos, e até datados por sinal, mas ainda dão pro gasto num console como o PS2. O Nameless, tem um design melhor que o do K’9999, e apesar da mesma movelist (e lentidão), as animações dele estão mais bonitas. A abertura, embora não seja tão boa quanto a de KOF 94 Rebout ou KOF 99 Dream Match, é BEM melhor que a do Original que era simplesmente HORRÍVEL. A arte escolhida pro jogo é soberba, o artista é o mesmo responsável pelas artes de The King of Fighters EX2.

Os cenários estão excelentes, com referências a diversos jogos da SNK, como Fatal Fury, Garou, Art of Fighting, Savage Reign, Metal Slug, Buriki One (Sim, Buriki One) e Real Bout. Além de bem feitos, possuem profundidade e ótimos efeitos 3D.

Alguns cenários foram refeitos, os de chefes de KOF’s anteriores (como a base do Clone Zero em South Town – KOF 2000 – e a base de Krizalid em KOF 99) agora possuem profundidade em 3D, ficando ainda melhores.

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Sonoramente, mudou da água (barrenta) para o vinho (francês). TODA a trilha sonora foi refeita, com temas próprios para cada time, desde músicas novas até remixes de temas antigos, o que comparando com o original e mesmo com o KOF XII, é uma imensa melhora. As vozes continuam boas, embora não tenha gostado da mudança de falas do Terry depois da 2001, mas isso é só nóia minha mesmo.

Finalizando, KOF 2002 Unlimited Match é o ápice do fanservice de KOF, gráficos bons (para o PS2), um excelente elenco, jogabilidade mais balanceada e trilha sonora soberba, esse jogo é aprovado por Son Goku.

Avaliação do JBox: 96%