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Ziiiiim, amigos! Finalmente entramos em definitivo na 8ª geração de vídeogames, com os recentes lançamentos do Playstation 4 e do Xbox One. Então, que tal relembrarmos algumas das protagonistas femininas mais marcantes desse período?

A ideia original deste Listão era apresentar apenas 10 nomes, mas o Fluminense entrou com uma ação, e tivemos de colocar 12.

De qualquer forma, quanto mais mulheres melhor. Então, sigam-me os bons. =D

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Nilin – Remember Me
Remember Me foi uma das apostas da Capcom para 2013, e uma aposta corajosa, já que o estúdio francês Dontnod tentou diversas publishers e tomou muitos nãos pelo fato do jogo ter uma mulher como protagonista (é, em 2013 e a indústria dos jogos ainda tem dessas) e disseram que não iria vender.

Pois bem, a Capcom colocou suas fichas no título e o resultado foi uma faca de dois gumes. Se por um lado, o sistema de combate tem algumas falhas e um dos melhores recursos do jogo (a mixagem de memórias) é pouco usado nele, por outro, temos uma ótima trama num futuro distópico, com cenários muito bem feitos e temos Nilin, uma protagonista… Humana, por assim dizer.

Nilin definitivamente não segue o padrão visual e de comportamento de uma protagonista (geralmente sexualizada [Oi Japão, falo contigo] e perfeita [outra heroína da lista também sofria desse mal]), já que ela possui seus questionamentos e dúvidas sobre sua missão e sofre pelos atos que cometera no passado.

Mas, infelizmente Remember Me não se saiu tão bem na visão dos críticos. Se um dia a chefia deixar, falarei do game aqui no JBox.

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Nariko – Heavenly Sword
Heavenly Sword é um dos títulos da primeira leva do Playstation 3, desenvolvido pelo estúdio Ninja Theory (que recentemente trabalhou com DmC Devil May Cry e com Enslaved) e Nariko é sua protagonista.

Nascida em um ano cabalístico para sua tribo, a moça é tratada por todos como pária, menos por seu pai, que é a única família que possui. Durante os eventos do jogo, mesmo sendo repudiada por sua tribo, empunha a Heavenly Sword para salvar a todos, mesmo sabendo que a espada a matará em breve.

Ao decorrer da história, Nariko desenvolve uma relação fraternal com Kai, uma outra menina orfã, e as duas se tratam como irmãs até o fim, inclusive com Nariko baixando o cacete ao achar que tinham matado sua amiga. Por fim, ela também mostra compaixão ao poupar a vida do Rei Bohan após o embate final.

Uma pena que Heavenly Sword não é mais lembrado, mas talvez com o filme sendo produzido, isso mude.

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Samus Aran – Metroid Prime 3: Corruption
Samus é uma heroína Old School. Desde sua estréia em Metroid quando muitos de nós ainda nem eram nascidos (menos o Larc, que é um ancião =P), ela encontrou seu estrelato em Super Metroid. Mas aí a Nintendo a pôs na geladeira e a ressucitou com a série Metroid Prime no Game Cube.

Em seu terceiro episódio no Wii, Samus mostrou que ainda estava em forma, uns 20 anos depois de seu debut, com um ótimo jogo que mistura o frenesi dos games em primeira pessoa com a exploração de Metroid.

E apesar de continuar sendo uma caçadora de recompensas badass, tem espaço pra um certo sentimentalismo (exagerado) em Other M. Samus é geralmente fria e compenetrada em suas missões, mesmo com a Nintendo colocando fanservice em um ponto ou outro… Não é, Zero Suit?

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Alice – Alice Madness Returns
A Alice daqui surgiu lá em 2000, com o cult American McGee’s Alice, que adapta de maneira sombria a famosa obra Alice no país das Maravilhas.

E há uns anos, Alice voltou aos videogames, com Alice Madness Returns, que traz uma personagem psicologicamente abalada e perturbada. Em seu retorno ao país das Maravilhas (que não é tão maravilhoso assim), temos uma personagem que honra o legado de Lewis Carroll e coloca no chinelo aquela Alice do filme do Johnny Depp, que tem tanta personalidade quanto um cone.

Aliás, é impressão minha, ou os filmes do Tim Burton se resumem a colocar Johnny Depp fazendo caretas e a Helena Bonham Carter neles? Enfim, devaneios a parte, uma sádica e problemática Alice garantiu presença nessa lista.

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Clementine – The Walking Dead: A Telltale Series
Muitos com certeza vão questionar a presença de Clementine, mas vamos lá. A premissa de Walking Dead é: fodeu geral, salve-se quem puder. E acredite, na série da Telltale (que dá uma surra na novelinha da AMC, diga-se de passagem), Clementine é uma garota pequena que está sob os nossos cuidados.

Com a narrativa envolvente da produtora, é impossível que não nos apeguemos a garota, que mostra uma coragem enorme nesse apocalipse zumbi, e de fato, a relação entre ela e Lee chega a tal ponto de nos preocuparmos mais com ela do que com o próprio Lee, vide o quinto capítulo da primeira temporada do adventure.

E acreditem, se eu considerasse a segunda temporada do jogo, Clementine estaria em uma posição maior.

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Juliet Starling – Lollipop Chainsaw
Em geral, os jogos de Goichi Suda são do gênero Ame-o ou Odeie-o. Acho que o jogo mais normal dele foi Shadows of Damned, mas isso porque o Shinji Mikami tava com ele.

Lollipop Chainsaw é mais uma daquelas aventuras com zumbis, mas bem… Com o toque de Suda. Juliet é uma líder de torcida super gente boa, mas que durante um ataque Zumbi ao seu colégio, se vê obrigada a cortar a cabeça de seu namorado com uma motosserra para ele não morrer.

E se as coisas ainda não perderam o sentido, vejam bem, o cara continua vivo (sinais de que ele é um cabrón abençoado por São Kenshiro) e pendurado na saia dela, que sai por aí cometendo um Zumbicídio com uma motoserra.

E sim, o jogo não faz o menor sentido, mas é por causa da combinação Motoserra + Zumbis + Cabeça do Namorado pendurada na bunda que Juliet está aqui.

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Faith – Mirror’s Edge
Mirror’s Edge é de um tempo em que a EA não nos empurrava um sistema online com uma taxa de download ridícula e tentou emplacar duas novas propriedades intelectuais. Uma, apesar de não ter conseguido vender bem, seguiu adiante. A outra foi Mirror’s Edge.

Das mesmas mentes por trás da aclamada franquia Battlefield, Mirror’s Edge trazia o parkour no topo dos prédios misturado com a visão em primeira pessoa. Faith é uma runner, uma espécie de mensageira de informações numa cidade aonde TODA a informação é controlada pelo Governo (pra ter uma idéia, façamos um paralelo de que o governo tem acesso a todos os seus e-mails, DM’s do Twitter, conversas do Skype, chat do Facebook e até mesmo telefone). Os Runners levam as mensagens pelos prédios, usando de suas habilidades para que os clientes tenham um pouco de privacidade.

E nisso, ela se envolve em uma situação aonde precisa limpar a barra de sua irmã, acusada por um crime que não cometeu. Além da fraternidade óbvia entre as irmãs, Faith se preocupa com seu mentor e mesmo sua rival Celeste.

O fato é que ela poderia ter sido mais sexualizada por seus criadores, que decidiram não fazê-lo (talvez por conta da roteirista do jogo, Rhianna Pratchet, filha de Terry Pratchet). E saudamos uma protagonista forte. Hooray

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Ellie – The Last of Us
Uma menina de seus 14 anos em um apocalipse zumbi. Eu já vi isso em algum lugar nesse Listão. Sim, Ellie e Clementine tem muito em comum, as duas são jovens, estão em meio ao apocalipse zumbi, e acabam por acaso encontrando em um cara mais velho (Joel e Lee, respectivamente) a figura paternal por assim dizer.

Mas ao contrário de Clementine, que obviamente inspirou o instinto paternal por ser um tanto retraída, Ellie é desbocada e xinga feito marinheiro irlandês, mas ainda assim, o amadurecimento da relação entre ela e Joel em Last of Us, que fora iniciado como carga e entregador e passara a ser algo mais em meio ao caos.

O modo como ela age não é mais o de uma garotinha indefesa, mas de que alguém que aprendeu a sobreviver em meio ao caos do mundo. E ei, apesar de na teoria não ser um apocalipse zumbi o que aconteceu em Last of Us, na prática é o que acontece.

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Lightning – Final Fantasy XIII
Lightning foi vítima do monstro do hype criado em torno de Final Fantasy XIII, como todos sabem, mas apesar dos pesares da décima terceira interação canônica da Square Enix, Lightning conseguiu segurar o tranco, e acima de tudo, perseguir incessantemente seu objetivo, com todos os riscos, para impedir que sua irmã se ferrasse por conta dos eventos do jogo.

E não apenas isso, mas tendo que muito tempo depois salvar o mundo de uma catástrofe que parece inevitável.

Apesar de todos os clichês inerentes ao gênero (e a Final Fantasy, que praticamente exige que seus personagens tenham nomes inpronunciáveis aos seres humanos), Lightning ao menos consegue ser uma protagonista que foge do fanservice… Bom, pelo menos até a física de peitos do Lightning Returns, mas isso é história pra fevereiro.

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Bayonetta – Bayonetta
Se tem uma coisa que o careca Hideki Kamiya entende, é como fazer jogos fodas.O cara tem no currículo nada menos do que Resident Evil 2, Devil May Cry, Viewtiful Joe e Okami, daí no estúdio que criara com Atsushi Inaba e Shinji Mikami (Platinum Games), produziu logo de cara, Bayonetta.

Com a mais bela bundinha virtual (talvez a da Nilin seja pau a pau com ela, mas isso é assunto pra outro artigo), óculos de bibliotecária e um sexy sotaque inglês, Bayonetta chegou chutando bundas a torto e direito com tanto estilo quanto Dante, mas elevando o gênero (stylish action) a um novo patamar.

O fato é que Bayonetta é uma bruxa que não vê problema em usar seu cabelo e ficar com pouca roupa para decapitar anjos, demônios e o diabo a quatro, além de referenciar algumas coisas do passado da SEGA em algumas etapas do jogo.

E como um spoiler, sabe aquela garotinha adorável que chama a Bayonetta de Mummy? Pois é, ela é a Bayonetta quando era criança. Sim, isso foi um puta spoiler do jogo. E pra finalizar, ela cortou o cabelo para Bayonetta 2 e ainda assim conseguiu ficar bonita. Entenda como quiser.

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Elizabeth – Bioshock Infinite
A princípio, Elizabeth pode parecer criada apenas para deleite do público com sua comissão de frente. Mas apesar de toda a inocência da personagem, ela é um dos pilares centrais e que mesmo com tudo o que passou, conserva sua personalidade ao redor do jogo.

Após ser torturada, no entanto, adquire uma determinação de ferro em cumprir seu objetivo principal, e se torna menos crítica quanto as ações de Booker envolverem matar outras pessoas.

E de fato, a inocência de Elizabeth é uma das causas de seu amadurecimento do jogo, pois conforme seus erros durante o desenrolar do jogo, Elizabeth aprende mais e mais, culminando na Elizabeth que vemos no DLC Burial at Sea.

Sim, eu deveria falar mais sobre ela, mas quero evitar dar spoilers do jogo.

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Lara Croft – Tomb Raider
Vamos lá, sendo sincero, apesar de desde seu surgimento, Lara Croft sempre ter sido popular (ainda mais com aquele filme meia boca da Angelina Jolie), ela sempre foi uma bosta de personagem.

Desde sua concepção, Lara parece ter sido criada pelo que UM HOMEM acha que seria uma mulher atraente. E aí a Crystal Dynamics resolveu resetar a franquia, e para construir a nova Lara, chamaram a roteirista Rhianna Pratchett (A mesma de Mirror’s Edge).

E de fato, Lara Croft se tornou uma personagem muito mais palpável e humana. De fato, ela está sempre se preocupando com sua tripulação acima dela mesmo, e tentando salvar a todos, mesmo quando isso aparentemente não é possível.

Apesar de estar sempre temerosa com os desafios que enfrenta, Lara arruma coragem para seguir em frente e tentar passar por seus obstáculos e sair daquela maldita ilha. Como diz a chamada do jogo: “Nasce uma sobrevivente”. Definitivamente Lara Croft é a melhor heroína que esta geração de videogames apresentou.

Bem amigos, chegamos ao fim de mais um Listão. Sim, faltou muita gente e a lista possivelmente não irá agradar a todos, mas bem… E você? Quem colocaria na lista? Apresente argumentos e não apenas nomes.