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É estranho que, mesmo sendo fã da série, nesses cinco anos que escrevo reviews de jogos, nunca parei para escrever nenhuma resenha de Kingdom Hearts. Enfim, hoje estou aqui com meu PSP nas mãos, abalado, mas pronto pra escrever o review de Kingdom Hearts: Birth By Sleep. Bora comigo?

O jogo é um prequel do primeiro Kingdom Hearts, se passando dez anos antes das aventuras de Sora começarem. Estamos no controle de Ventus, Terra e Aqua, três jovens aprendizes que devem buscar deter a ameaça dos Unversed pelos mundos, mas cada um viaja por uma razão diferente. É claro que a trama é um pouco mais complexa do que isso, mas esse é o cerne básico.

Primeiramente, o ponto negativo do game é a repetição do mesmo. Você joga com três protagonistas, o que dá o ponto de vista de cada um em relação ao jogo, mas após passar horas com um personagem, terminar sua campanha (+ ou – 10 horas), visitar os mesmos lugares (sob outra ótica) e fazer o mesmo uma terceira vez, acaba cansando um pouco. Outro ponto negativo, é o controle de câmera via L/R, mas isso é mais por conta das limitações do PSP, não atrapalha o jogo, mas também cansa.

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A jogabilidade continua frenética. Para quem conhece Kingdom Hearts, sabe que do 1 para o 2, há um aumento enorme no ritmo de jogo, e aqui temos a mesma coisa. Para conseguir jogar o básico, não é necessário muito, mas se quiser ter alguma chance nas dificuldades maiores, vai ter que se esforçar pra saber defender, contra atacar, usar a keyblade certa, a magia certa, usar D-Links (elos que garantem poderes extras de outros personagens), entre outras minúcias que impedirão você de apanhar feito um boi ladrão no primeiro mundo na dificuldade Proud.

Uma das coisas mais legais de Birth By Sleep, na minha concepção, é a maneira que a Square-Enix encontrou pra brincar com o conceito do Prequel. Pois bem, nos jogos da série, temos Cloud, o protagonista de Final Fantasy VII, como inimigo/aliado. Aqui nós temos o Zack, protagonista de Crisis Core: Final Fantasy VII (prequel do FF7) como inimigo/aliado, brincando um pouco com esse tipo de coisa.

Graficamente, mostra o quão competente é a Square Enix no que se trata de tirar potencial do Hardware no qual ela trabalha. Cada personagem é extremamente detalhado no que se refere ao visual, e nenhum deles parece deslocado. Pra quem já está acostumado com a franquia, ver as diferenças de proporção dos botas gigantes da Square para os “humanos” da Disney continua sendo um casamento muito bonito. E as cutscenes especiais, como a abertura do jogo, continuam sendo uma obra de encher os olhos.

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Sonoramente, só “peca” (nem é tão pecado) por usar “Simple and Clean” pela milésima vez como tema principal. O resto dos temas, são o “padrão” ultrafodástico estabelecido por Yoko Shinomura para as composições da franquia. E a dublagem, apesar das vozes de Terra e Aqua soarem estranhas a princípio (eles são os “novatos” em KH, já que Ventus possui o mesmo dublador de Roxas), é bastante competente, e para os nerds, tem um momento particularmente extasiante, mas que não posso falar por ser spoiler. Digamos que é o momento onde Star Trek se prova melhor que Star Wars.

Finalizando, se você tem um PSP e não jogou Kingdom Hearts: Birth By Sleep, o que espera? E se você não tem um PSP, mas tem um PS3, aguarde por Kingdom Hearts HD 2.5 que trará Birth By Sleep em toda a glória da alta definição, e dois analógicos pra você poder girar a desgraça da câmera o quanto quiser. Altamente recomendado.

Avaliação do Jbox: 10/10