Creio que muitos acharam (ou ainda acham) o período escolar uma das coisas mais maçantes da vida. Você tem que estudar, estudar, estudar sem parar para no final conseguir seu emprego ou partir para outro período escolar ainda mais massante que é a faculdade. De todas as formas, é algo que a maioria não acha agradável. Apesar disso tudo, como seria se você fosse para a aula tendo como o objetivo principal tentar assassinar seu professor e ele permitisse que você tentasse sem problemas?

“Pra que eu iria querer assassinar meu professor?”. Se esse professor tivesse destruído parcialmente a Lua (sim!) e quisesse destruir a Terra por completo dentro de um ano e a possibilidade de mudar esse futuro estivesse nas suas mãos e de seus colegas, seria motivo o suficiente? Creio que nesse momento não teria mais como não querer matar esse maldito.

Mas por que um cara que quer destruir todo o planeta iria querer ser nosso professor? Isso e outras coisas podemos descobrir enquanto lemos Ansatsu Kyoushitsu, ou no nome mais conhecido, Assassination Classroom.

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Como devem ter percebido, a história de Assassination Classroom (publicado na aclamada revista Weekly Shonen Jump no Japão) se concentra basicamente na missão de uma turma escolar em assassinar seu professor, Koro-sensei. O estranho mestre é uma criatura que possui vários tentáculos como se fosse um polvo que, depois de destruir parcialmente a Lua, veio para a Terra dizendo que dentro de um ano a destruiria. Bom, assim o mundo todo decide querer matar esse cara, mas ele meio que tá despreocupado com isso, já que ele tem uma velocidade de Mach 20 que, segundo o Google, seriam 6.805,8 m/s.

Quando tudo parece impossível para a humanidade, a “criatura” decide ser professor de uma classe em especial. Os motivos? Não se sabem ainda. O bom disso tudo é que o professor prometeu ser pacífico com os alunos, então é uma questão de apenas evitar que os mesmos, que receberam a missão de matá-lo, cumpram seus objetivos como assassinos.

O mais interessante disso tudo é que o professor, de certa forma, é muito querido por toda classe. Ele ensina bem e sempre ajuda quando há uma dificuldade, mostrando que por detrás daquela ameaça enorme ao planeta, existe um bom coração (ou não, vai que… né?).

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No Brasil

Assassination Classroom foi lançado no Brasil em julho de 2014 no evento Anime Friends pela Panini. O formato é o já quase característico 13,7x20cm, com cerca de 180 páginas de um agradável papel pisa brite. O mangá está sendo publicado bimestralmente com o preço de R$11,90. A publicação ainda está no seu primeiro volume no Brasil e no seu décimo no Japão.

A tradução e adaptação está seguindo padrões bons de qualidade que não deixam perder o conteúdo humorístico do mangá. A paginação está muito boa, sem falar da maravilhosa capa que se manteve semelhante à japonesa, e isso se tratando das capas de Ansatsu é uma ótima coisa.

Na leitura não cheguei a notar nenhum erro grave de pontuação. Sobre a questão de tradução, admito que fiquei incomodado com um “pode isso, produção?” no sétimo capítulo, mas é algo que pode-se relevar e, considerando a questão de adaptação, é até aceitável.

Um destaque que eu posso levantar por fim é a parte interna das capas. Achei bem bonito de vê-las coloridas e bem acabadas como estão. Um ótimo trabalho, posso assim dizer.

 

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Conclusão

Assassination Classroom é um título legal de se ler. Apesar de não ter uma profundidade como obra e ser consideravelmente um mangá quase episódico, a leitura não é prejudicada e cumpre bem o seu papel cômico. Não posso contar, na minha opinião, como um dos grandes lançamentos de 2014, mas com certeza é ótimo para um grande público e não peca em agradar também os que querem apenas uma leitura leve.

 

Ruim

Regular

>Bom<

Muito bom

Ótimo