Love Hina

Love Hina

[youtube:http://http://www.youtube.com/watch?v=oTa5CS-ZM9I 480 320]

Produção: XEBEC, 2000
Episódios: 24 p/ tv + 3 especiais p/ TV + 3 OVAs
Criação: Ken Akamatsu
Exibição no Japão: TV Tokyo (19/04/2000 – 27/09/2000)
Exibição no Brasil: Cartoon Network –  PlayTV
Distribuição: Cloverway
Mangá: Shonen Magazine (Japão), JBC (Brasil)

Por Tony Horo (revisão Larc e Jiback)

Última atualização: 30/03/2014

Muitos podem não lembrar (ou nem era nascidos :P), mas no finalzinho da década de 1990, assistir algo que nunca havia sido lançado oficialmente no país, com legendas, era como encontrar o El Dorado. Era necessário que uns caras arrumassem as fitas do Japão, legendassem em seus computadores com 128mb de memória RAM, convertessem a legenda para o formato analógico e a jogassem numa outra fita cassete, pra assim vender caro em eventos de anime – que na época não eram tão conhecidos como hoje em dia – ou via correios mesmo (mandando o dinheiro por envelope)!

Mas um dia, Deus sorriu pra nós e a internet banda larga passou a se popularizar no Brasil. Encontrar aquele monte de animes legais que as revistinhas especializadas nos apresentavam, deixou de ser um trabalho caro e complicado. No início dos anos 2000, algumas séries começaram a se popularizar entre o público que se auto proclamava “otaku” (deixando de lado os questionamentos filosóficos acerca do real significado da palavra :P). Além de animes conhecidos da galera, como Samurai X (que milagrosamente passou a ir ao ar via Rede Globo em 1999) e Sailor Moon, alguns outros títulos que não tinham a menor previsão de ganhar uma exibição oficial por aqui começaram a acumular um expressivo número de fãs. E um deles, é o destaque dessa matéria: Love Hina.

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O sucesso da história não se deu por menos, já que o anime apresentava tudo que os garotos procuravam: animação de qualidade, garotas bem desenhadas e um personagem principal que era facilmente identificável para a maioria dos homens que assistiam – um estudante simplório, que nunca teve sucesso com mulheres e, de repente, se vê num ambiente repleto de garotas lindas, cada uma com personalidades e qualidades diferentes. Como na vida real, as coisas não eram tão fáceis para o “herói” da história – que tinha o sonho de encontrar um amor de sua infância.

Qual não foi sua surpresa ao começar a desconfiar que uma das meninas que acabara de conhecer podia ser sua donzela? Esse é o coração da apaixonante história criada por Ken Akamatsu nas páginas da revista Shonen Magazine. O clima de mistério, comédia, romance e muita sensualidade é irresistível até pro público feminino. Então vamos viajar a partir de agora no maravilhoso mundo das garotas de Love Hina!

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A História
Criada por Ken Akamatsu e publicada inicialmente na Weekly Shonen Magazine em 1998, a série conta a história de Keitarô Urashima, um rapaz de 19 anos que, assim como vários protagonistas de mangás, não faz o menor sucesso com as garotas. Como se não bastasse isso, ele ainda é um fracassado nos estudos, falhando duas vezes no vestibular para a melhor faculdade japonesa, a Universidade de Tóquio (a popular “Toudai”).

A famosa Universidade de Tóquio é o sonho de qualquer estudante dedicado do país. Só pra vocês terem noção, nos anos 80 havia um elevado índice de suicídio entre estudantes na faixa etária de 15 a 19 anos de idade, pois o vestibular além de difícil só podia ser realizado uma vez na vida (!). Depois de constatar esse fato bizarro, as regras para admissão se tornaram mais flexíveis (você pode tentar quantas vezes quiser), mas dependendo de sua idade, você é visto como um fracassado por sua família, amigos… Coisas de Japão, né?!

Mas você pode pensar: “Se um cara não conseguiu duas vezes passar no vestibular da Toudai, por que não tentar uma outra faculdade?”

Bom, primeiramente porque, se isso acontecesse, não teríamos os 14 volumes mangá (hihi), e segundo porque Keitarô tem um segredo. Em sua infância, ele conheceu uma menina, a única que ele conseguiu se aproximar durante toda sua vida. Infelizmente, o destino os separaria – da mesma forma que a maioria das nossas amizades de infância – mas, antes que isso acontecesse, ambos fizeram uma promessa: “Vamos nos encontrar na Universidade de Tóquio”.

Anos mais tarde, Keitarô – que nunca mais conseguiu se relacionar com mulher alguma – ainda mantém o foco de entrar para a Toudai, com o objetivo de se formar em direito e lógico, encontrar a tal “garota da promessa”.

Nossa história começa exatamente nesse ponto, onde Keitarô é expulso de casa por ser reprovado mais de uma vez e não arranjar um emprego. Sem ter pra onde ir, ele vai até a pequena cidade de Hinata, onde sua avó mora. A velhinha é bem de vida e tem uma enorme pousada, onde o rapaz pensa em passar uns tempos estudando para poder tentar, pela terceira vez, entrar na faculdade.

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Chegando lá, Keitarô não encontra sua avó e vê a pousada aparentemente vazia. Tentado relaxar um pouco, o cara resolve entrar no ofurô. Descansando relaxadamente, ele de repente vê uma forma feminina entrando de toalha no mesmo banho que ele. Chocado e sem conseguir reagir, Keitarô não se move quando a menina – a bela Naru Narusegawa – se senta ao seu lado e o confunde com uma amiga sua – a garota é meio cegueta XD. Desconfiada, ela… apalpa ele pra testar (?!) e descobre que quem está ali é um desconhecido. E aí começa a confusão!

Keitarô sai correndo pelado pela pousada, apanhando e ouvindo gritos da menina e, como se não pudesse ficar pior, acaba esbarrando com todas as outras garotas que moram na casa – e que prontamente correm atrás dele, o acusando de tarado XD!

Após um show de confusões – engraçadíssimas, tanto no mangá quanto no anime – Keitarô encontra sua tia Haruka, que explica que sua avó estava fora do país e o que é pior, a antiga pousada havia se tornado um dormitório só para mulheres! Estando a ponto de ser expulso e quase se vendo obrigado a voltar para a casa dos pais, sua tia revela que ele é um aluno da Toudai, prontamente chamando a atenção das meninas, que decidem deixá-lo ficar por alguns dias. Keitarô sabe que sua tia se confundiu, mas resolve deixar o mal-entendido se estender – já que, afinal, ele mesmo não tinha um lugar para morar.

Eventualmente, as meninas descobrem que ele ainda está fazendo pré-vestibular (“cursinho”, se preferir), e voltam a querer expulsá-lo, quando uma reviravolta acontece: sua tia aparece com um fax (escritura do terreno no mangá), que diz que sua avó deixou toda pousada para Keitarô. Em outras palavras: o garoto agora é, por direito, dono de tudo ali!

As meninas são obrigadas a aceitar, contanto que ele haja corretamente no seu trabalho de zelador e as ajude nos estudos. E é nesse contexto que a história se desenrola, com uma bela dose de fan-service, como Keitarô apalpando “sem querer querendo” as meninas, ou alguma maluquice bizarra que sempre faz com que o coitado apanhe e saia voando pelos céus com um soco ou um tiro (?!).

Aliás, sobre as meninas, elas são um show à parte na série. O autor tem impressionante facilidade de criar personagens bem naturais e realistas até certo ponto, sem apelar pra trejeitos exagerados, como é costume de algumas séries atuais.

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Naru, a de maior destaque na história, é uma personagem centrada e até certo ponto, madura pra sua idade (17 anos). Ela é quem aparentemente se incomoda mais com a presença de Keitarô na pousada, mas acaba criando um vínculo maior com ele ao longo da série, principalmente depois que começam a estudar juntos.

Shinobu, por sua vez é a segunda mais jovem inquilina da pousada. É doce e insegura, pois acha que não consegue fazer amizades com outras pessoas, mas com o tempo acaba se abrindo mais com as outras personagens. Ela tem 13 anos e é, junto com a Kaolla Su, uma das “caçulas” da pousada.

Kaolla por sua vez é uma das personagens mais bizarras. Uma criança estrangeira, de pele morena e viciada em armamentos, Suu (seu primeiro nome) é o ponto de fuga da realidade da trama, sempre trazendo os elementos sem sentido para a história. É uma das que mais judia do pobre Keitarô.

Motoko é a espadachim da série. Apesar da aparência um pouco adulta, ela tem 15 anos e pratica kendô no colégio. Como é de costume de personagens desse estilo (como a Akane Tendo de Ranma 1/2), ela tem dificuldade em se relacionar com outras pessoas, principalmente homens, já que sua irmã largou os treinos para se casar. No anime ela ainda conta com uma legião de fãs femininas, que a seguem por todo lugar fora da pousada.

Já Mutsumi, personagem também muito importante para o desenrolar da trama da “promessa”, é praticamente o oposto de Naru; é calma e otimista, e está sempre tentando ajudar Keitarô com conselhos. Além disso, ela também tem algumas habilidades meio bizarras, como falar com tartarugas (?! ok, alguns exageros são necessários hehe).

Por fim, temos a Mitsune, apelidada de “Kitsune” (raposa em japonês), é a mais velha das meninas da pousada. Com 20 anos, ela vive bebendo saquê e adora provocar Keitarô, que sempre cai como um pato em suas investidas.

Como podem ver, a variedade de personagens na série é grande (e ainda aparecem outras!) mas a personalidade de todas é bem construída e marcante, deixando caminho aberto para o leitor/telespectador se identificar com pelo menos alguma delas – ou sonhar em conhecer uma daquele jeito, e dar uns pegas de jeito… Keitarô é muito banana gente!

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O anime
Uma animação de 24 episódios foi produzida pela XEBEC (uma divisão da Production I.G), e foi ao ar pela TV Tokyo originalmente de 19 de abril até 27 de setembro de 2000. Além disso, foram feitos mais um episódio especial lançado em DVD (que foi agregado ao pacote dos episódios da TV no Brasil *-*), dois especiais de TV (os famosos especiais de Natal e Primavera) e mais um OVA de três capítulos chamado de “Love Hina Again”.

É válido notar que, mesmo com tantas adaptações pra TV, a obra nunca foi traduzida fielmente da versão em quadrinhos. O roteiro segue sua linha principal e várias partes do mangá, mesmo que não adaptadas fielmente, acabam aparecendo de uma forma ou outra na versão anime. Isso tudo sem perder a qualidade e o espírito do mangá original.

As músicas da série não são muito marcantes, com exceção talvez da abertura – só lembrada por ser nostálgica pra quem assistiu há anos atrás. Nem mesmo a voz da Megumi Hayashibara (a Rei de Evangelion e mais uma penca de personagens femininas populares no Japão), no auge de sua carreira pop na época, deu um jeito de fazer aquela abertura irritantezinha ser marcante XD.

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O mangá
Ken Akamatsu é um autor que inspira compaixão. Antes de Love Hina, o cara já começou fazendo um mediano sucesso com “A.I ga Tomaranai!”, que é basicamente uma mistura de “Ah! My Goddess” com o filme “Mulher Nota 1000”, durando 9 volumes. Depois disso, o autor fez o one-shot “Itsudatte! My Santa”, publicado em 1998, antes de Love Hina, e que posteriormente foi adaptado em um OVA de dois episódios. Todos os seus trabalhos até então se focavam no gênero de romance. Talvez isso seja devido ao seu traço muito competente, seu humor non-sense ou por conseguir dominar com perfeição o gênero “harém”, que nada mais é do que “um cara cercado de diversas garotas”.

Após o término de seu magnum-opus, Ken Akamatsu resolveu quebrar uns paradigmas e criou “Negima! Magister Negi Magi”, sua obra mais longa, dessa vez sendo um shounen mais padrão – mas ainda regado de personagens femininas… Aliás, uma classe inteira delas!. Após 10 anos e 34 encadernados (publicados de 2003 até 2012), Negima chegou ao fim. Após um hiato de quase um ano o autor começou em 2013 outro mangá shonen, chamado “UQ Holder”, que se passa no mesmo universo de seu trabalho anterior.

Love Hina durou 120 capítulos, que renderam 14 encadernados (28 na primeira edição brasileira) e fez um sucesso estrondoso por onde passou. Pra se ter uma ideia, os primeiros 11 volumes venderam mais de 6 milhões de cópias no Japão! Posteriormente também tivemos a versão parcialmente colorida do mangá lançada somente por lá e, mais recentemente (em 2010), tivemos um capítulo único da série, lançado somente na Shonen Magazine.

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Mas toda essa competência tem um preço. Seus mangás nunca tiveram uma adaptação fiel pra TV! Não há um trabalho seu que (tanto antes, como depois de Love Hina) que tenha ganhado vida em animação sem que deixe a desejar em algum aspecto. Quem acompanhou o mangá de Love Hina pode concordar que a história possui uma densidade tão ímpar que chega a ser estranho que o diretor da série (Yoshiaki Iwasaki, que trabalhou em El Hazard e Slayers!) não tenha conseguido transmitir “o clima” que envolve o leitor da versão quadrinística. E temos exemplos que isso não é impossível de ser feito – basta conhecer One Piece pra confirmar isso.

É lógico que estou comparando gêneros diferentes, mas seria interessante ver um remake de Love Hina com toda a densidade, romance e qualidade que o autor conseguiu colocar no mangá original, que até hoje é conhecido como o seu maior trabalho.

A série ainda rendeu alguns jogos para Game Boy Color, Dreamcast, Playstation, Playstation 2 e Gameboy Advance. Aliás, Love Hina Advance possui uma tradução em português feita por fãs e é indispensável pra quem gosta da série. O gameplay da maioria desses jogos – incluindo o de GBA – é bem no estilo visual novel: você conversa com as meninas e as suas respostas te levam a “conquistar” uma delas.

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Brasil♥Hina
Como dito no início da matéria, Love Hina já fazia sucesso em território nacional mesmo antes de qualquer coisa de Keitarô e cia. chegarem oficialmente aqui. Sabendo do sucesso e da popularidade da série, a JBC resolveu em 2002 lançar o mangá. Como era costume na época, a editora dividiu os volumes originais em dois, o famigerado meio-tanko, fazendo com que as edições ímpares mantivessem a capa original, enquanto que as pares usavam ilustrações da enciclopédia e artbook da série “Love Hina Infinity”, que foi também lançado no Brasil pela JBC em 2007 (em um formatinho pra lá de questionável…)

Os únicos pecados da versão nacional eram os estigmas de tudo que era publicado pela editora na época: pouco esmero com a diagramação, com quadrados brancos apagando tudo que era kanji, variação mínima de fontes e papel de baixa qualidade. Boatos do meio editorial dizem que Love Hina foi o maior êxito comercial da editora e, por conta disso, a empresa decidiu reeditar o sucesso lançando a partir de 2013 a versão original do mangá – em uma edição de qualidade e acabamento bastante superior ao da década anterior.

Já o anime chegou muitos anos depois dos quadrinhos. Em 11 de abril de 2006, totalmente escondido no ingrato horário noturno do Toonami, bloco do Cartoon Network, que a essa altura já se arrastava pra cova.

A série contou com uma ótima dublagem feita na saudosa Álamo. Keitarô ganhou a voz de Ulisses Bezerra (o Shun de Andrômeda!), que faz bem esse estilo inocente (mas dessa vez gostando de meninas, né? hihihihi). Melissa Garcia, a dubladora mais linda do Brasil (*.*), fez uma meiga e ao mesmo tempo nervosa Naru, dando até um tom menos caricato e mais natural pra personagem, algo muito comum nas dublagens cariocas, mas que sempre foi um ponto fraco nos trabalhos feitos em São Paulo.

Suzy Pereira fez a marota e safadinha (haha) Mitsune, sempre falando com um tom malicioso e ao mesmo tempo, sexy. Outro destaque fica para Samira Fernades (substituta da própria Melissa Garcia como a Téa de Yu-gi-oh), que deu um tom absurdamente condizente com a personalidade da Shinobu. Chama atenção também o uso incomum de honoríficos em algumas falas. Naru volta e meia chamava a Shinobu de “Shinobu-chan”, e a tartaruguinha voadora (e mascote da série) Tama-chan também manteve seu modo de tratamento (como na reedição do mangá pela JBC).

Além do Cartoon Network, a série teve uma apresentação mais “nacional”. Em 5 de março de 2007, Love Hina chegou pela PlayTV – na época, um canal sintonizado em UHF (VHF em Brasília) e parte do Grupo Bandeirantes. Love Hina chegou junto com outros animes de qualidade, como Trigun, Samurai Champloo e Ranma 1/2 no bloco chamado de “Otacraze” (que raio de nome é esse?). A exibição da série era semanal, no tardio horário das 23h30. Infelizmente, o bloco não durou muito tempo, talvez devido ao baixo alcance do canal, e logo foi tirado do ar.

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Concluindo
É interessante notar como Love hina foi marcante para as pessoas que acompanhavam o nicho de animações japonesas no inicio dos anos 2000. A série foi por anos muito lembrada por ter sido, ao lado de “Ah! Megami-sama” e “Tenchi Muyo!”, uma referência do estilo harém.

O anime foi marcado por coisas que leitores adolescentes adoram: piadas regadas de muito humor focado em fan-service e violência cartunesca. Hoje, 16 anos depois da publicação original, podemos até achar que tudo na série é cliché, mas não se enganem: todo cliché dos mangás shonen de hoje, como calcinhas aparecendo do nada, romances e até personalidades padrões dos mangás de hoje (como tsunderes e yanderes), surgiram em obras como Love Hina!

Os tempos mudaram, e o gênero harém hoje perdeu forças. Aliás, segundo o próprio autor disse em seu antigo blog, os haréns estão mortos! Mas isso nunca irá tirar o valor da história de Keitarô, o fracassado que tem a sorte grande de morar numa pousada cheia de garotas, que nunca será esquecida.

Aliás, vocês sabem quem é a garota da promessa?

Lista de episódios
01 – A Hospedaria de Garotas com Banho ao Ar Livre: Fonte Termal
02 – A Nova Residência de Shinobu
03 – Garota do Kendo Apaixonada? Esgrima
04 – A Promessa Sobre Toudai de 15 Anos Atrás: Diário
05 – Uau, uma Viagem para Kyoto! Excitante
06 – O Primeiro Beijo de Keitarô foi com…? Viagem
07 – Primeiro Encontro, Sentimentos Verdadeiros de Keitarô: Hoje em Dia
08 – A Garota do Kendo e a Lenda da Terra do Dragão: Isto é um Sonho?
09 – O Caso do Dinheiro Desaparecido de Hinata: Um Mistério
10 – Quem é a Bela Mulher Caminhando à Luz da Lua? Transformação
11 – A Ídola Vestibulanda Tentando Entrar para Toudai: Canto
12 – Mudança após Casamento? O Domingo de Motoko: Feminino
13 – O Primeiro Beijo tem Gosto de Limão? Chocolate?
14 – Encontro? A Atração de Naru por um Professor da Toudai: Amor!
15 – Eu te Amo! Confissão Romântica Dentro de uma Caverna: Conto Exagerado
16 – Apresentação de Macaco na Casa de Chá Beira-Mar de Hinata: Um Beijo?
17 – Hipnotizado por Naru? A Ilha Assombrada! Há Algo Suspeito!
18 – Garotas Bem-Vestidas em Yukata para o Festival de Verão: Vamos Lá!
19 – Casar-se? Um Príncipe do Outro Lado do Oceano: Quente
20 – Uma Promessa com uma Garota Adormecida
21 – O Ciúme Explode?! O Casal Apaixonado no Barco. Armadilha
22 – O Plano da Irmã Mais Nova, Mei: Não pode ser!
23 – Partido em Pedaços. Narusegawa Naru Oscilando Entre Sentimentos Femininos e o Keitarô.
24 – Comemore! As Flores Estão Desabrochando na Toudai? É Amor? Pessoal!
25 – A Escolha de Motoko: Amor ou Espada (episódio extra)