Maskman

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Hikari Sentai Maskman
Esquadrão de Luz Maskman
Produção: Toei Company, 1987
Episódios: 51 p/ tv
Criação: Saburo Hatte
Exibição no Japão: Tv Asahi (28/02/1987-20/02/1988)
Exibição no Brasil: Manchete – Rede Tv!
Distribuição: Everest Vídeo

Última Atualização: 27/08/2008

Por Larc

Depois de Changeman, Flashman e Google Five, o público brasileiro conheceu mais uma produção do gênero mais lucrativo da indústria dos tokusatsus. Hikari Sentai Maskman (Esquadrão da Luz Maskman) não fez muito sucesso junto ao público quando passou na Manchete, mas nem por isso deixa de ser lembrado ou querido pelos fãs – que estranhamente bajulam a série como a “melhor que já passou por aqui”. Produzido em 1987 pela Toei Company (quem mais faria isso?) a série teve uma repercussão boa no Japão, mas inferior a um Bioman ou Changeman da vida. Foram 51 episódios e um especial lançado no cinema. O destaque da produção vai para as coreografias do JAC (Japan Action Club) que é um grupo de dublês que faz o balé das cenas de luta nas produções da Toei. No mais, apenas mais um quinteto colorido defendendo a Terra.

Os inimigos vêm de baixo…
Nos subterrâneos do planeta, existe uma civilização que vive em paz longe da luz do sol. Mas o terrível Zeba (que parece uma alegoria carnavalesca x_x) reuniu os seres mais bizarros que se pode imaginar (um usa batom de lodo x_x) e formou o Império Subterrâneo Tube, com a intenção de dominar a superfície do nosso planetinha. Mas o chefe Sugata sabia que um dia isso aconteceria (como ele sabia é um mistério…) e treinou cinco jovens para desenvolverem o poder de concentrar o Ki (ou aura).

Quando Miho, a namorada do piloto de corrida Takeo (Takeru no original) surge na pista desesperada – avisando que Tube está pra atacar (a mina era uma espiã do mundo subterrâneo, que se apaixonou pelo rapaz da superfície) – tem início a batalha entre os defensores da luz e os inimigos da escuridão!

Evocando a Aura Mask, Takeo (Takeru), Kenta, Akira, Sayaka (Haruka) e Keiko (Momoko – porque eles trocavam os nomes aqui hein?) ganham colãs coloridos (numa transformação bem esquisita onde eles ficam com uns fraldões geriátricos O_o) para encarar os monstros liderados por Barrabaz, Igan (gêmea da Miho, que na verdade é a Princesa Ian e que é a mesma atriz contracenando com um espelho ^^), Oyoubo (um tipinho bem estranho que corre que nem jamaicano) ou a ninja Fumin (que cospe shurikens lasers! Imagina o beijo dessa criatura). Tem também um sapo feioso que fica com um taco e uma bola, puxando saco do Zeba, chamado Anagumaz e o “Gyodai” da vez – o bizarro Oaklamp, que vive reclamando de cansaço embora só apareça uma vez por dia :P.

Mais pra frente, surge o Cavaleiro Ladrão Kiroz (que tem um vizualzinho ridículo e uma arminha bem gay que ele gira pra fazer um furacão) e descobre-se que Zeba pode ser o lendário monstro Issaldogla (Lethaldogla no original), que dizimou vários reinos de paz e amor no mundo subterrâneo… Por sinal, “dogla” era o prefixo de todos os monstros emborrachados do Império Tube. Só que ninguém explica o porquê…

Lutando sem parar – e com estilo!

Cada Maskman é especialista em um tipo de arte marcial. Sugata saiu atrás de jovens com potencial para desenvolver os poderes do Ki e consequentemente da tal Aura Mask. Takeo luta karatê, Kenta faz kung fu, Akira faz uma arte marcial esquisita com espadas, Sayaka é shinobi e Keiko faz Tai Chi Chuan. Como Maskman, eles usam armas especiais que surgem do nada sendo que a mais curiosa é um pião (Beyblade o_O ?) usado pela Yellow Mask. Tem também uma inútil fita de cetim usada pela Pink Mask… Por que não dão logo um secador de cabelos e uma escova elétrica pra essas mulés sentai hein?

Antes de reunir os cinco, Sugata treinou um jovem que se tornou por pouco tempo o Mask X-1. Pela primeira vez num sentai, um sexto personagem foi usado, apesar dele só estrelar um episódio. Na década de 90 – a partir de Jyu Ranger pra ser mais específico – toda equipe passaria a ter um sexto personagem (as vezes 7, 8, 9… XD).

Como todo bom sentai, uma bazuca liquidava o monstrengo. Aliás, essa bazuquinha do Maskman – chamada de Bomba Projétil – era bem feia. Um canhãozão surgia do nada e disparava uma rajada de Aura Mask poderosa – com um efeito beeeeem parecido com o do Cosmic Vulcan dos Flashman. Em determinado ponto da série, os vilões destroem a tal Bomba, mas logo ela é substituída pelo mais ridículo ainda Jato Canhão. No lugar de uma mochilinha cafona que ficava nas costas do Red Mask, agora víamos um bonequinho de plástico do mesmo…

Na hora dos monstros gigantes, os heróis juntavam seus veículos pra fazer o Great Five – robozão básico da equipe que usa uma lâmpada florescente como espada XD – que saía de uma “Base Shutlle” chamada Turbo Ranger (que acabou virando o nome de um sentai anos mais tarde). Aliás, reciclaram na cara de pau a cabine do Flash King, pra ser a “cabeça” do Great Five. O sucesso da ideia de um 2º mecha na equipe visto em Flashman, foi utilizado mais uma vez sem a menor preocupação de criar algo “diferente”. Do meio da série pra frente, os Maskman podiam usar o Land Galaxy que era um caminhãozinho de brinquedo horroroso, e que juntava uns mãozauns sempre que aniquilava o monstro do dia… Vai ver ele rezava pra alma do emborrachado não furar os pneus dele durante a madrugada XD.

Falando sério, Maskman fazia menções ao budismo e provavelmente essa “oração” do Land Galaxy deve ter conexão com a estranha imagem de buda fixada na parede da base secreta dos heróis (que era um apartamento de um quarto com direito à assistente inútil @_@). A imagem de Buda sempre aparecia na hora em que os heróis “queimavam” o ki e quando o chefe sugata ficava levitando em cima de uma espécie de mesa branca – não, ele não recebia nenhum “kalunga” durante o programa XD.

No final da série, Zeba ergue seu castelo rumo à superfície e espalha partículas das trevas que tapa a luz do sol (o holofote do estúdio). Ele finalmente mostra sua real forma – o filho do lendário Issaldogla, e não o próprio como se imaginava – e enfrenta o robô de brinquedo da equipe . Para vencer, os heróis contaram com a ajuda de uma resignada Igan e da Princesa Ian (que passou a série toda num esquife de gelo a la Hyoga na casa de Libra depois de derrotado por Kamus, e que usa um mosquiteiro de berço como roupa +_+), que juntas fizeram desaparecer as partículas das trevas (podiam usar um aspirador de pó gigante :P. Quê que tem? Se usavam aquela bazuca feiosa…).

Maskman Movie
Esses moviezinhos de seriados sentais são uma comédia. Não passam de um episódio da série passando nos cinemas. Quem já teve a chance de assistir a algum, sabe a decepção que é. Na história, Igan encontra uma sereia no mundo subterrâneo (o_O) e a sequestra, fazendo utilizar o som de seu belo canto para causar terremotos na superfície com ondas emitidas por um monstro subterrâneo. Percebendo que está fazendo coisas ruins, a sereia para de cantar, mas Igan ameaça matá-la desidratada!

Enquanto isso, nossos heróis estavam numa piscina dançando a musiquinha tema gay do filme (veja você mesmo aí do lado @_@), quando um terremoto faz a piscina rachar ao meio (credu) e faz com que todos caiam no subterrâneo. Takeo toma a sereia (que agora tem pés) na marra e foge com ela. Perseguidos, eles acabam parando numa praia pra rolar a porradinha básica com os soldados inimigos e pros outros vilões aparecerem em cena.

Ai vem aquela parte que o monstro ataca, os Maskman apanham, sacam a bazuca, explodem o monstro, vem a criatura gigantizadora, chamam o robô e, no final, a atriz que faz a sereia faz umas caras e bocas “tentando” expressar dor por passar tanto tempo fora d’água e vai em direção ao oceano, se despedindo dos heróis. Bobo, bobo…

Defendendo a luz no Brasil
Importada pela Everest no comecinho da década de 90, a série foi lançada junto com Black Kamen Rider e Spielvan. Sem um grande carisma pra emplacar junto ao público, a série nunca é tão lembrada pela “massa” (os não fãs de tokusatsu) hoje em dia. Curiosamente, a série não tinha o encerramento exibido na Manchete e os temas de abertura e encerramento (bem legais e interpretados por Hinoboru Kageyama) não ganharam versões em português (coisa rara nas séries trazidas pela Everest).

Foram lançadas algumas fitas pela Videolar que podem ser encontradas em sebos de filmes VHS. A versão brasileira foi realizada na Álamo e consagrou o dublador Francisco Brêtas (o Hyoga de CDZ) como o “líder dos sentais”. O cara começou a carreira com o Red Flash, depois pegou o Goggle Red e ainda o Red Mask! Outro dublador em início de carreira que apareceu na série foi Wendel “Goku” Bezerra, que interpretou o Blue Mask. Curiosamente, o roteiro da série tinha um furo bem bizarro que a dublagem costurou de forma inteligente. No original, Igan era tratada como homem e em um episódio, é revelado que ela é uma mulher, para espanto de todos. Até a própria personagem fica surpresa com sua sexualidade reprimida dentro do capacete! Só que como era bem óbvio que Igan era uma mulher, a dublagem focou a “surpresa” da revelação no fato dela ser irmã gêmea da princesa Ian. Bem bolado; bem bolado…

A última exibição de Maskman se deu na Rede TV! antes dela estrear sua programação oficial (aquela que tinha Friends e a Andriane Galisteu no “Nadapop”). Sem ter o que exibir, o pessoal achou as fitas no acervo da Manchete e pôs no ar, junto com Jiraya. Infelizmente, não passaram tudo e ainda deram um calote na Tikara (ex-Everest) que ajudou na falência da empresa (que já tinha tomado calote da Manchete com Yu Yu).

Maskman não é daquelas que marcam quem vê. Os heróis pareciam não se importar com o planeta Terra com tanto ímpeto como os Changeman ou tinham uma motivação forte para lutar como os Flashman. Aí, um belo dia, uma galerinha leu uma revista Herói elogiando a série e absorveram em suas mentes que Maskman foi o melhor sentai ¬¬’. Possui inúmeras qualidades, mas o desenrolar da trama é bem besta e até os momentos mais esperados (Barrabaz x Red Mask; morte do Kiroz; batalha final contra Zeba…) eram broxantes. Mesmo assim, é bem melhor ver um sentai original que ter que aturar sempre os Power Rangers…

Em tempo: que diabos era aquela transformação em que eles apareciam de fralda hein?! Bizarrice pouca é bobagem! Nem a transformação do Machineman era tão feia XD.

Checklist Episódios
01 – A bela fugitiva
02 – O castelo subterrâneo
03 – A um passo do mundo estranho
04 – Modelo super F1
05 – O pequeno espadachim Blue
06 – Godhand dos sonhos
07 – O amor de Kenta
08 – A flor da salvação
09 – A aura da vida
10 – Igan versus Takeo
11 – O fugitivo do mundo subterrâneo
12 – Orgulho de ser super ninja
13 – A cantora misteriosa
14 – O céu azul da Terra
15 – Adeus querida flor
16 – A chama de Barrabás
17 – O labirinto infernal
18 – Boneca amaldiçoada
19 – O demônio
20 – A cilada
21 – A sombra do nevoeiro
22 – A aura na tempestade
23 – O espírito diabólico
24 – O menino monstro
25 – O amor de Akira
26 – O desaparecimento
27 – O cavaleiro ladrão Kiroz
28 – Miho é a Princesa Ian
29 – A arma mortal
30 – A mãe de Barrabás
31 – Protetor divino dragão Igan
32 – Perseguição de Oimbo
33 – A proteção de Takeru
34 – A canção do amor
35 – O túmulo proibido
36 – As gêmeas
37 – Os sonhos dos guerreiros
38 – A volta no Tempo
39 – A ação Mask
40 – A melodia
41 – As assaltantes
42 – O menino retraído
43 – Magia misteriosa
44 – Espadachin subterrâneo
45 – O segredo da princesa Igan
46 – O segredo da lagoa amaldiçoada
47 – A dança da morte
48 – A morte de Barrabás
49 – Ressureição da princesa Ian
50 – A forma real de Zeba
51 – O último ataque

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