Brave 10 é um mangá seinen produzido desde 2007 por Kairi Shimotsuki para a antologia mensal Comic Flapper (casa de Dance in the Vampire Bund e Vampire Hunter D) da editora Media Factory. Kairi ficou conhecida do grande público japonês quando desenhou uma adaptação do jogo Sengoku Basara chamada Sengoku Basara Ranse Ranbu (completa, 3 volumes).
O mangá já conta com 7 volumes no Japão e ainda está em andamento, chegando a ganhar um Drama CD que saiu em 2007 e não é difícil que em breve saia um anime.
Para entender a obra é preciso saber que a trama se passa em um período da história do Japão que é muito popular e Brave 10 é a adaptação da adaptação, digo isso porque houve realmente um Yukimura Sanada que lutou contra Tokugawa e que o venceu e unificou o Japão sob o regime do xogunato que durou por 250 anos, (não, isso não é spoiler, é história do Japão e quem compra o mangá por lá sabe disso por ter estudado na escola). Pois bem, Yukimura Sanada é uma personalidade muito popular e lá pelo fim do século XIX alguém criou o conto dos 10 Bravos de Sanada (Os Brave 10), esse conto diz que Yukimura decidiu escolher 10 ninjas (Sasuke Sarutobi, Kirigakure Saizou, Miyoshi Seikai, Miyoshi Isa, Anayama Kosuke, Unno Rokuro, Kakei Juzo, Nezu Jinpachi, Mochizuki Rokuro e Yuri Kamanosuke) e eles lutaram em diversas batalhas contra Tokugawa, principalmente no Castelo de Osaka.
Sabendo disso nós podemos ir além e ver que essa história se tornou muito popular no Japão e foi adaptada diversas vezes para as mais variadas mídias: Samurai Deeper Kyo e Sengoku Basara são algumas das mais conhecidas por nós ocidentais. A ideia de trabalhar com esse período da história japonesa deve ter começado pelo fato da Kairi Shimotsuki ter adaptado Sengoku Basara para mangá, mas é claro que ela tomou liberdades quando criou Brave 10, liberdade até demais para falar a verdade.
Há um incêndio no templo de Izumo e ninjas enviados por Tokugawa atacam matando todos e saqueando o templo. O monge Kannushi se sacrifica para que Isanami, a jovem miko de Izumo possa escapar e diz para ela procurar ajuda com Yukimura Sanada em Shinshuu. Enquanto isso o ninja Saizou Kirigakure está definhando, ele não come há três dias, não tem dinheiro algum, não há trabalho para alguém como ele. Momentos depois uma jovem aparece fugindo e ele a protege dos ninjas que a perseguem. Isanami pede para Saizou escoltá-la até Shinshuu, ele recusa, mas a jovem oferece para pagar suas refeições o ninja acaba aceitando escoltá-la em troca de comida. Quando ele descobre que Isanami quer ir até o castelo de Shinshuu Ueda tenta ir embora para evitar encrencas, mas é tarde e ele é atacado por Sasuke Sarutobi que estava escondido na floresta. Os dois começam a lutar por causa da rivalidade entre os ninjas de Iga e Kouga (rivalidade clichê de shonen, tem certeza que isso é seinen?) e depois de algumas páginas de luta inútil só para mostrar como os dois são fortes Isanami interrompe a luta e exige ver Yukimura Sanada.
Sanada se recusa a ajudar Isanami, ele diz não querer se meter em vinganças, mas concorda em deixá-los passarem a noite no castelo de Shinshuu Ueda, mas no dia seguinte ambos teriam que partir. No meio da noite Sasuke vai embora e a garota vai atrás dele – não adiantaria de nada sair de lá sem ter segurança. Nesse momento eles são atacados pelos perseguidores de Isanami e Tokugawa, que estava de tocaia esse tempo todo, finalmente se revela. Na verdade ele queria saber quem estava perseguindo Isanami, e esses homens são ninjas de Tokugawa. Logo o verdadeiro poder de Isanami se revela, uma esfera negra de energia destrói tudo ao seu redor quando ela corre risco de morte.
O mangá tem um bom começo, é clichezento, mas é divertido, o problema é o rumo que as coisas tomam nos capítulos seguintes. As histórias não são interessantes e do nada o segundo capítulo vira um festival de ecchi, que diminui quase que totalmente nos próximos capítulos e a autora passa a atirar para todos os lados – tem até insinuação yaoi.
Uma coisa que perceptível é que depois do segundo capítulo a autora para de usar Isanami para fanservice, ela tem diversas oportunidades para isso durante uma dança que a jovem apresenta, mas escolheu não apelar. Isso foi sábio por parte dela, afinal Isanami é uma miko, ou seja, uma sacerdotiza sagrada que guarda a virgindade em honra aos Deuses, não ficando bem colocar a coitada de quatro, nem mostrando os seios.
O fansevice que aparece depois do capítulo dois fica a cargo de Anastasia, uma personagem desenvolvida especialmente para a história. Outra coisa interessante é que ela é uma amiga de infância de Saizou, então como é russa, fala o idioma e passou por um treinamento ninja? É detestável ver ninjas congelando lagos, atirando milhares de kunais ao mesmo tempo, fazendo mágicas com animais… afinal de contas, isso é um seinen ou é Naruto?
Lembro ter detestado a história ao ler o primeiro volume, depois de ir para o segundo e reler tudo novamente passei a achar um mangá de aventuras inócuo, como qualquer outro. Não há uma característica sequer que o faça brilhar, a única coisa que faz esse título se destacar são umas adatações que podem ofender quem tem um gosto mais tradicional. Aqui segue uma listinha das mudanças nos personagens vistos até agora:
Sasuke Sarutobi está bem parecido com o habitual, Saizou Kirigakure foi transformado em protagonista, Miyoshi Iza foi substituido pela miko Isanami do templo de Izumo e outro personagem que mudou de sexo foi Anayama Kosuke que foi trocado pela russa Anastasia. Também temos Unno Rokurou que foi mantido como segurança/mordomo de Yukimura Sanada e Kakei Juzou. Os outros personagens ainda não apareceram na história.
Uma das coisas mais incômodas no mangá foi ver o traje tradicional de miko adaptado para “aquilo”, enquanto uma miko (noiva do templo) tradicional veste um haori branco (a parte de cima do quimono) e um hakama vermelho (uma espécie de calça larga). O traje da Isanami é um mini-mini-mini-quimono com uma espécie de mini-legging, uma roupa perfeita para ir a eventos formais como um baile funk ou sair pra balada. Recomendavel ler o mangá escutando Gaiola das Popozudas, bate uma identificação. Quem reclamou da Yuna em Final Fantasy X-2 não leu Brave 10, definitivamente! Outra coisa chata é que a autora não se decide por uma cor para o cabelo da Isanami, as vezes é branco, as vezes é castanho claro, as vezes ela é loira e já apareceu até com cabelo verde.
A arte é de Kairi Shimotsuki é boa, muito boa, talvez fosse o caso dela trabalhar com alguém que consiga desenvolver um roteiro consistente, é um desperdício ver alguém com um traço tão bonito fazendo um mangá como Brave 10.
A edição da Panini ficou ótima, tudo está muito bem editado e adaptado. Os comentários e ilustrações das orelhas do mangá foram colocados nas contra-capas e infelizmente não são coloridos, mas como o original não é colorido então está tudo bem. O texto é fluido sem muitos ruídos, mantiveram os honoríficos, colocaram um glossário.
Infelizmente a edição cortou a parte de cima de algumas páginas, mas as beiradas estão bem legíveis. Ainda é preferivel esse formato quadradão de 13 x 18 por não cortar as beiradas, nem atrapalhar a leitura dos balões nas beiras do que o formatão que atrapalha a leitura do que está nas bordas.
Seria legal se a Panini fizesse como extra uma reportagem sobre o período Sengoku, as notas do glossário contém pouca informação para o leitor de primeira viagem que conhece zero sobre a história do Japão.
Como já dito a impressão geral que o mangá passa é de falta de organização e rumo, é tudo solto demais, falta coesão e um objetivo, não é legal acompanhar uma série que muda de rumo a cada capricho da autora, mas aparentemente no segundo volume ela começa a entrar nos eixos.
Título: Brave 10 – Dez Bravos Volume 1
Autora: Kairi Shimotsuki
Demográfico: Seinen
Gênero: Ação/Fantasia
Formato: 13 x 18cm, 194 Páginas
Duração: 7 Volumes (em andamento no Japão)
Preço: R$9,90
Periodicidade: Bimestral
10 bravos…pq ake no brasil tem mania de traduzir tudo?
Vo compra!
Pelo menos tem o nome original bem grande na frente e o traduzido em baixo :tongue:
eu só li o volume 2 (peguei emprestado) mas achei legal, apesar que pelo visto a autora quer uma história longa: a cada capitulo eles mudam um pouco a trama, como a dos ladroes que se passou em uns 2,3 capitulos… :smile:
Li ontem a resenha no blog (não sei se é do kuroi ou do tio)! xD
Muito boa, e eu realmente gostei da história! A parte de gelo e de varias kunais no ar ficou ao estilo naruto de ser, mas do resto são ninjas totalmente diferentes.
No volume dois que tem uma aberração de inimigo, mas não vamos falar dele(a) aqui, rs.
Um ponto que achei importante foi o lance da História nas escolas, que mania chata que o povo brasileiro (não sei se é assim em todo o ocidente) tem de ignorar a história oriental ;/
Esperando a resenha de Wolf’s Rain…
E já saiu o 2 volume [ultimo] :sad:
Achei que era do Tio Cloud. nem comprei e nem comprarei
Claro que é, a gente só estuda os pontos mais importantes que tem algo de impacto mundial, isso pros país que estudamos, o resto é resto.
Você acha que japonês estuda indepêndencia do Brasil, era Vargas e etc?
Porque ninguém tem a obrigação(em teoria) de saber inglês.
pelo visto ñ vai ter resenha de fairy tail
Só pra aclarar uma coisa, a rivalidade entre Iga e Kouga pode ser clichê + é fato.
Quando filmes, novelas e livros brasileiros vão lá pra fora será que não sofrem o mesmo tipo de adaptação?
“Porque ninguém tem a obrigação(em teoria) de saber inglês.”
tá brincando q vc num sabia qq era brave 10?
e é o título num precisa traduzir
pelo menos fizeram a tradução certa pq se num ia virar outro q nem ocean 11 q fkw 11 homens e um segredo
é a msm coisa de traduzir fairy tail pra cauda de fada pq alguem q vai ler num sabe ingles
aff ¬¬
isso me lembra basilisk *-*
um ótimo mangá que podia ser lançado no brasil NÉ PANINI??
ahuahauhauha
otima resenha kuroi-sama!
aprendi mais do que nas minhas aulas de historia no ensino médio
ahuahuhua
Ô mangázinho ruim…
Puxa vida, o Tio Cloud tirou as montagens que eu fiz no toscoshop zoando essa droga de mangá T-T. Pessoal, vale a pena dar uma pássadinah no meu blog pra conferir, teve gente que riu xD.
Valeu, Rafael-chan o/.
Bom, (ainda)não chegou aqui na minha cidade, certamente comprarei quando chegar, quanto à resenha vai ser difíci, pois estou sem computador em casa (notaram a minha ausência T-T) e no trabalho/inglês/lan fica meio difícil resenhar qualquer coisa, mas tentarei dar meu jeito pra continuar escrevendo pelo menos as resenhas. *Fiquei com vontade de resehar MÄR por causa da edição tosca cheia de distorções onde ficava os kanjis nas retículas.*
não poderia haver melhor definição , ja que pelo visto,
ambos são da mesma laia : ninjas ridiculos, beirando a 3patetas..
:wassat: :wassat: :wassat: :wassat: :wassat:
Não estudar é uma coisa, ignorar por completo e nem citar em sala de aula é outra : D
sinceramente gostei bastante do manga, tudo bem ele naum é um otimo manga que prima super historias que fazem o uso de seu cerebro [comum em um seinem], mas a arte é boa e a historia apesar de parecer desconexa, na verdade eu julgo ter um estilo de narrativa diferente como o prevalecimento de pntos que chamem a atençao do leitor, é muito bem vendida como historia shonem.
Concordo, podia ter uma aula de históoria mais útil, esse povo daqui só liga pro seu passado sombrio de colonizações, porque não colocar algum conteúdo diferenciado? D: Sei que tem os vestibulares e bla bla bla, mas variar é bom. u.u
Interpretação de texo, cadê?
Eu não disse que eu não sabia o que era Brave 10, eu disse que as coisas são traduzidas porque ninguém tem a obrigação de saber um outro idioma, seja ele qual for.
Só estudamos uma pequena parte da história do Japão nas escolas, as outras partes são inúteis.
Mal estudamos a história dos EUA, vamos estudar a do Japão? oO
Tipo, não é importante.
YagoO:
7 de novembro de 2010, 09:30
10 bravos…pq ake no brasil tem mania de traduzir tudo?
Útil para o povo brasileiro é a história do Brasil. Não a história do Japão. Aliás, o Japão não tem muito impacto na história nacional além do que já é fornecido nas escolas do Brasil (Segunda Guerra, principalmente).
Não estudamos a história do Oriente simplismente porque ela não influencionou em grande escala o pensamento do ocidente. Estudamos a Grécia e Roma porque esses povos é que originaram a nossa cultura. O Oriente pouco contribuiu e continua pouco contribuindo até hoje…
WTF?! o_O
Contradição wins.
Interessante seria, mas como a Mythos não gosta de pegar no pesado, não duvido que seria um CTRL+C CTRL+V direto da Wikipedia PT. XD
Tá, mas seria legal ter uma parte do estudo voltada pra isso, ou conhecer mesmo fora da escola, sei lá… acho que não é uma coisa assim tão difícil de entender, né? Mas inútil com certeza não é, se cultura fosse inútil o que seria do país/mundo? : D
Moss, se vc pegar qq mangá brasileiro dificilmente vai encontrar um q não tenha cortado alguns milimetros da arte, não vou xingar a Panini até a morte por ter cortado 5mm da arte. E dizer que a Panini chupinha as coisas da Wikipédia é uma ofensa às pessoas que trabalham na (Mythos)Panini e dão duro de verdade pra colocar os mangás nas bancas. Você não deve ter visto o twitter da Elza Keiko, mas não falta tweet dela reclamando que está trabalhando em feriado, recesso etc. Não vem falar que opessoal da Mythos não pega pesado, pois é mentira. Eles estão sempre se esforçando para colocar algum agradinho para os fãs, como imagens coloridas nas contra-capas, se dão ao trabalho de fazer os glossários, coisa que nenhuma outra editora faz (só em Hiroshima da JBC, pq afinal de contas aquele mangá PRECISAVA de um glossário), pode perguntar pra Karen como é enjoado fazer um glossário daqueles. E a Panini já colocou reportagens em seus mangás sim, mais especificamente em Princess Princess, por sinal foi uma excelente matéria sobre o estilo Lolita, para ser sincero foi um belo apanhado sobre o gênero em geral e é a melhor matéria que já achei sobre o assunto em língua portuguesa.
A Equipe da Mythos sempre se mostrou muito profissional e rala demais pra colocar o material nas bancas. Eles se dedicam de verdade e fazem um grande trabalho, eles conquistaram meu respeito.
Li, achei chato prá caralho, não vou comprar mais.
Prá que eu vou comprar um lixo desses, quando tem mangá bom como Hikaru no Go prá ler?
A rivalidade entre Iga e Kouga é clichê shonen? haha. Esse manja!
:wassat:
Jbox perdendo cada vez mais a credibilidade.
Eu adoro os mangás da panini, e é fato que dpeois dessa reformulação deles até os da JBC melhoraram consideravelmente, o mercado brasileiro de mangás ta cada vez melhor .
VIVA A CONCORRENCIA CPAITALISTA \O/
Fiquei meio que tentado a comprar esse mangá mas acho que vou ler antes na internet pra ver se me identifico (apesar de gostar de quase todos os estilos de mangá…)
Quem reclama tanto dessas besteiras que acontecem como cortar pequenas partes da arte por causa do formato, ou a impossibilidade de ver as paginas duplas completamente por causa do tipo de impressão, deveria ler mangás antigos como Sakura Card Captors, eu tenho ele completo aqui em casa e tenham certeza da até medo ficar lendo pois além da tinta grudar nos dedos enquanto lê, as folhas eram coladas muito grosseiramente e paginas duplas são super tensas, pois se você abrir muito a cola descola toda e bye bye páginas… Por isso guardo SCC completo dentro de sacos plasticos, longe de primos e amigos descuidados (y).
O mercado brasileiro de mangás não é perfeito mas por sorte a qualidade está aumentando e MUITO.
Eles podem fazer isso, mas não significa que eles
, porque na minha opinião, não fazem.
Mas como não sou o público médio deles, então isso é esperado.
E não entendo como você pode se conformar com o trabalho porco e usar a velha desculpa esfarrapada de “se os outros fazem, tudo bem ela fazer”. É essa mentalidade que afunda cada vez mais os mangás nacionais.
O preço dos mangás aqui é um pechincha, se considerado apenas o valor. Mas se levar em consideração a porcaria que é (e que você aceita numa boa, já que não liga para cortes na arte), os mangás deveriam custar R$ 4,90.
Não vejo twitter de ninguém, mas morri de rir com você falando que a editora fica só reclamando. Ao invés de perder tempo com isso ela deveria prestrar mais atenção no trabalho.
Eu queimo TODOS os meus livros se pelo menos UM mangá da Panini não ter um erro bobo em um mês. Isso é impossível porque o trabalho não é decente. Não para os meus padrões.
Se você se contenta com pouco, tudo bem, pode continuar defendendo. Mas falar que a edição ficou boa e logo depois comentar que cortaram parte da arte é no mínimo falta de bom senso.
Finalizando. A Mythos, não só ela, mas qualquer editora, faria um bom trabalho quando o leitor não percebe os erros. ISSO é sinal de competência. Agora quando alguém que paga pelo serviço, acha erros que não deveriam estar ali, não venha querer defender a editora.
E só para te dar uma pequena vantagem, não, eu ainda não comprei mangás da Panini desse mês.
Concordo.
A História do Brasil é fantástica e muito rica.
A única parte da História do Japão útil para nós é a abertura dos portos. Não vejo a necessidade de colocar mais coisas.
É a velha ideia dos otakus adolescentes que acham que tudo do Japão é bom e tentam ter um estilo japonês vivendo no Brasil. :laughing:
Isso é tão difícil de entender mesmo?
Não, nem tudo do Japão é bom, mas não vejo problema em se interessar mais pela cultura de um país que se admira sendo que isso só afetará a própria pessoa que se dispões a fazer isso.
Nunca vi uma opinião simplória dessa causar tanta comoção.
Moss, pelas coisas que você escreve a impressão q
Moss, pelas coisas que você escreve a impressão que fica não é que vc não tenha comprado nenhum mangá da Panini esse mês, mas que você não compra nada da Panini há uns bons 3 anos. Parece que os mangás da Panini que você lê são produzidos em outra dimensão.
É só pegar o Afro samurai 1 que a panini lançou há um ano atrás. As páginas eram tão escuras que mal dava para ver os personagens.
Quando a Panini corta uma parte da imagem “ora, todas fazem isso, não tem problema.”
Quando a JBC corta uma parte da imagem: “Nossa, que desleixo! A JBC é um lixo mesmo, olha isso, que trabalho porco!”
Ademais, sobre estudarmos a história do Japão… ninguém briga pra exigir aprendermos a história da Austrália, da Finlândia ou do Sudão, lol. E esses países tem a mesma importância direta para nós do que o Japão. Makes no sense at all.
É uma tendência que está ficando bastante comum no mundo dos animes/mangás: o clubismo. A pessoa apóia ou critica determinada editora mais por motivos passionais do que racionais. Daqui a pouco vira torcida organizada – ou você é JBCeiro roxo ou Paninista apaixonado.
Isso não é só com essa comparação JBC – Panini. Já vi várias pessoas dizendo coisas como “ah, a edição norte-americana é MUITO MELHOR do que a brasileira!”. Se elas soubessem… :laughing:
O problema, meu caro Kuroi, é o tipo de leitor que eu sou e o que você é.
Eu quero o máximo de qualidade. Quero uma revisão impecável, uma edição excelente, não aceito erros de português.
Já você se contenta apenas em ter o mangá. Não importa se ele é cinza, cortado, nem se tem um ou outro erro.
Por isso você não vê os problemas que vejo, porque para você, não são problemas.
Não sei se você realmente é assim ou só está segurando a onda porque ganha (ou para ganhar) cortesias da Panini.
A pessoa pode estar muito satisfeita por poder ler um título em um português duvidoso com um papel que não absorve suficiente luz artificial, mas não pode negar os problemas.
Fazendo uma analogia cretina você é o tipo de cara que dirige um carro com pneus furados e acha tudo bem porque ele ainda te leva do ponto A para o ponto B.
Excelente. Complementa bem o que eu disse.
Tem vários outros países com História bem mais rica e interessante que a do Japão. O próprio Iraque é um deles. Mas como a terra do Saddam não faz mangás…
Então você nunca comprou e nunca comprará nada da JBC
Ual, se interessar por uma cultura porque ela produz algo que te agrada agora é coisa digna de ser taxado “um típico adolescente otaku”?
Dizer que é uma cultura pouco difundida, que gostaria de conhecer mais sobre ela (dentro ou fora das escolas) é o mesmo que dizer que se ignora todos os outros país “desconhecidos” e que não se considera a história do Brasil?
Cuidado com os rótulos,releiam direitinho os comentários e vejam que nada disso nunca foi falado/defendido (y)
Ou simplesmente não percam mais seu tempo, rs
Desculpas ao TioCloud/Kuroi que esperavam comentários sobre a resenha em si.
Dois de meus mangás favoritos e que sempre sonhei por aqui saem pela JBC (Fullmetal Alchemist e Hikaru no Go). Importo ambos da Viz. Até comprei umas edições de FMA para comparar com a americana e a diferença de qualidade fica clara.
Parei de comprar pela JBC e comecei a importar xxxHolic, Negima e Tsubasa.
Pela JBC só compro Ranma e Nana. Ranma porque é mais fácil achar a versão nacional, Nana porque já está na reta final e não estou afim de recomeçar a coleção. -_-
Mesmo assim Ranma será a última série publicada no Brasil que eu compro.
R. Moss, jamais ganhei nada da Panini, nem pedi, o máximo que pedi para eles foram entrevistas e todo o contato que eu tive é com o pessoal da Panini, do pessoal da Mythos o contato é praticamente zero.
Eu gosto da Panini pq eles se improtam com os leitores, escutam a opinião deles, eles mudarama gráfica de Bleach pq o pessoal não gostou da qualidade de impressão da gráfica anterior (Ibep se não me engano), eles mudaram nome de personagens em AS pq os leitores os corrigiram, eles são os únicos que se dão ao trabalho de manter os sufixos de tratamento, são os únicos que se gastam 2 míseras páginas com glossários, mantêm uma continuidade (Illumi virou Irumi em Hunter x Hunter e de quebra mudou de sexo segundo a adaptação da JBC), eles mantém uma seção de cartas para manter o contato com os leitores, colocam páginas coloridas de graça (Gantz, Bleach, Sugar² Rune, D. Gray-Man), tem o preço menor, trazem shoujos, têm o catálogo mais diversificado, não colocam erros grotescos de português nas obras (ao contrário do que vc diz).
Mas enfim, eu não sou “team Panini”, eu sou Team Consumidor, sempre darei preferência à editora que apresentar o melhor serviço, o que no caso do nosso país é a Panini.
Compro Fairy Tail da Del Rey e já achei erro de revisão (A Levy foi chamada de duas formas diferentes no mesmo volume, acho que foi Rebbi e Levy), o papel não é “branco”, é papel jornal mesmo e apenas um pouco mais claroque o usado aqui. Aliás, você que sabe tanto de mangás deveria saber que mesmo no Japão o papel dos mangás é cinza.
Sobre ensinar a história do Japão nas escolas: O Brasil é a maior colônia japonesa fora do Japão, são mais de 2 milhões de descendentes de japoneses no nosso país, só isso já justifica o ensino da história do Japãono nosso país (principalmente nas áreas das maiores colônias).
Eu nunca falei da cor do papel, mas sim da impressão.
Esse papel usado nos mangás americanos é muito mais grosso (e de uma qualidade infinitamente superior) que os nacionais, sem falar que eles captam muito bem a luz artificial.
Eu sempre reclamei da impressão. Os mangás americanos são preto e branco. Os japoneses são preto e branco. Os nacionais são cinzas. Essa é minha reclamação, nunca reclamei de mangá ser papel jornal. Inclusive prefiro esse papel (grosso) do que offset.
Sobre a Panini ouvir os fãs, só se for os otakus. Nunca levaram uma opinião minha em consideração, sequer retornaram. E se você sempre acompanhou eles, deveria saber o estado lastimável que o fórum ficou por anos (entrei lá agora e me surpreendi com o site todo reformulado, e não vi o fórum =/ ).
Tudo bem que não sou o tipo de leitor médio da Panini, mas eles deveriam almejar um crescimento vertical. Se contentar com os otakus será danoso a longo prazo.
Uma coincidência bacana. Início do ano eu era assinante da Edge e da NGamer.
Reclamava muito, comprei briga com eles, escrevi para a direção, tive e-mail publicado na revista e ainda alertei: desse jeito vocês não tardam em falir. Não deu outra. As duas foram canceladas nessa semana.
Os próximos dois anos serão importantes para o mercado nacional, a bolha da Panini está quase estourando.
E sobre FT, me diga volume e edição que você viu esses erros. (pra não virar off demais, pode me mandar por e-mail, ou então me dá o toque se eu esquecer de vir olhar a resposta).
Só agora li isto:
Não, não justifica. Não mesmo e não há argumentos que provem seu ponto de vista.
Faria mais sentido se você defendesse que ensinassem história e cultura africana (isso eu já vi argumentos), mas japonesa???? Seu lado otaku falou alto agora.
Você não é fã, o que contradiz o que fala; outra: o forum não é visitado pelo pessoal da mythos, só pelo pessoal que trabalha com Marvel e DC.
é estranho, eu nunca vejo essa coisa de “mangá cinza” eles são em “preto e branco”
e não se pode comparar mercados diferentes, o mercado de quadrinho do japão é totalmente diferente do brasileiro. aqui, se uma revista em quadrinho tem uma tiragem de 60.000 e vende 40.000 exemplares, já é considerado HQ de grande sucesso, para o japão (que tem exemplares que vendem mais de 2 milhões) isso é mixaria.
até as gráficas são diferentes, no japão as gráficas usam 6 cores “primárias”, nós usamos as cores primárias (ciano magenta e amarelo) mais o preto.
no japão, o mangá é publicado duas vezes, uma em antologias descartáveis, e outra em tankohon, criando assim 2 publico alvos diferentes. aqui não tem publico suficiente para publicações em 2 qualidades, então ficam no meio termo.
sobre os “milimetros” cortados, isso se chama sangria, é um espaço que se deixa a mais para que na hora do corte, na gráfica, não fiquem aquelas bordas brancas falhas, nem corte parte do diálogo. como as facas têm uma determinada variação fa-se necessário que a arte seja feita de modo a permitir o corte sem prejudicar a obra.
isso não é erro da editora, que por sinal faz sim um ótimo trabalho, mas sim planejamento; já que sem essa sangria, alguns titulos ficariam com mini-bordas brancas; o que ficaria muito mais feio.
aliás, o forum nunca foi visitado pelo pessoal do planet mangá, o Kuroi só acompanha a equipe que produz os mangás, logo é indiferente saber o que se passa no forum destinado a leitores de comics.
se “otaku” é considerado fã da cultura pop japonesa (mangás e animes) ela (a editora) está ouvindo seu publico alvo, e é o que importa.
mangá a 4,90… nem em 2001 quando começaram a lançar mangás, estava esse preço(me refiro ao mangá inteiro, não meio-tanko) turma da monica tem tiragens maiores, espaço para publicidade interna (das 80 páginas, 8 são de propagandas) fora o que ganham com a franquia; e custa R$ 4,50 os mangás tem custo equivalente, e não tem propaganda interna (nem poderia ter, já que a tiragem é muito baixa, e tem gêneros e públicos distintos para cada título) nem produtos licenciados (fora album do naruto) para subsidiar o preço do mangá; R$ 9,90 é um ótimo preço para mangás, e um preço que vem se mantendo desde 2003 (X/1999 era R$ 9,80).
mangás nos eua tem melhor qualidade física? talvez; mas qual é o custo? quanto se paga por um mangá importado em comparação ao nacional? (na Fonomag, mangás custam, em média, de 20 a 50 reais o tankohon)
mas uma coisa tenho de concordar, história japonesa em escolas não faz o menor sentido, a não ser, é claro, nos bairros de grande concentração de descendentes (como Liberdade, Luz, e Bom Retiro, em são Paulo). ou em faculdade de letras – lingua japonesa. a história do japão não influencia na história do brasil para ser pautada em sala de aula.
quem for “otaku” e se interessar pela história geral do japão, que vá numa biblioteca publica pesquisar, ou na própria internet.
Moss, você fala da cor do papel sim, mas acho que o Vincent já explicou muito melhor que eu, a Panini não possui parque gráfico e precisa terceirizar esse serviço, assim como a JBC.
Esse erro com a Levvy se não me engano é no volume 4, mas pode ter sido antes, só lembro que é no começo da história.
Outro exemplo de como mangás importados podem ter qualidade questionável é o Gokinjo Monogatari que eu importei o kanzenban espanhol, a qualidade física da encadernação é ótima, mas dentro do mangá a qualidade de edição das scans é uma porcaria, me lembra até a edição desleixada da JBC em títulos como Nana e MÄR com todas aquelas retículas distorcidas.
Só por isso aqui eu já desisti de ler o texto do Vincent.
Nunca frequentaram né? Tanto que quando cagaram na imagem da lombada de Lobo Solitário #6, Elza Keiko em pessoa POSTOU NO FÓRUM a imagem certa para os leitores imprimirem. Sem falar que antes de trancarem o fórum ela respondia perguntas dos fãs por lá.
Isso mostra porque eu não fico mais perdendo tempo em responder o Vincent. Ele simplesmente não é confiável. Negou algo óbvio e verdadeiro para defender a Panini.
E mais uma vez. Não estou comparando mercados. Estou falando que eu, como consumidor exemplar, prefiro pagar mais em um serviço melhor, por isso, como CONSUMIDOR, acho os mangás nacionais uma porcaria.
Não me interessa qual gráfica as editoras usam. Não me interessa o tamanho do mercado japonês (e o Vincent, logo ele, vem tentar me explicar as nuances XD).
Como se por causa disso as editoras fossem isentas de críticas. Tem uma grife nos mangás: Panini, JBC, Conrad… Eles vendem os mangás, eles tem que escutar as críticas. Mesmo que a Panini lide apenas com a distribuição, a responsabilidade é deles por seus mangás serem uma porcaria. E eu, como CONSUMIDOR, sempre vou reclamar até julgar que um mangá MEREÇA que eu o elogie.
Como isso vai demorar, continuo importando mangás. E para falar, ou sequer comparar, que os mangás nacionais estão no mesmo nível dos americanos, é no mínimo falta de bom senso.
A qualidade dos mangás americanos é bem próxima ao dos japoneses. A dos franceses então, é até covardia comparar.
Já no Brasil…
Nossa, ri demais. Te adoro, Moss!
No fundo, deveríamos, sim, ter mais contato com a história de outros países. Principalmente os ao nosso redor. Como por exemplo a America Latina.
Não acho importante sabermos governos e eras de outros povos, mas entender a evolução deles é muito útil para entendermos como nossa sociedade funciona. O mundo todo evoluiu em ritmos diferentes… A europa estava super organizada, quando regiões como a américa central e Japão ainda estavam começando. E lugares, como nós, estavam começando a mostrar os sinais de uma maior organização social.
Mas verdade seja dita nosso sistema de ensino é EUROPEU. Tudo que aprendemos em história é EUROPA. Te pergunto qual a utilidade para nós a história de Roma, Grécia e os grandes impérios ocidentais? Nenhuma de fato. Apenas mostra a origem da Europa. Civilizações orientais e do novo mundo só aparecem quando há um conflito com a Europa (Hunos, Persas, Árabes).
Mas em quesito de importância histórica, nós devíamos aprender a história chinesa e indiana, estes são muito mais importantes que uma ilhazinha como o Japão. Até porque é impossível estudar Japão sem China.
E o fato de termos imigrantes não justifica o ensino de toda uma história, apenas a parte que levou eles a imigrar para cá. O ensino de uma história para “imigrantes” é até negativa, leva a uma segregação de um país que por si só já não é lá muito unido. A história que todo brasileiro tem que saber a sua própria acima de tudo e secundariamente a história de seu planeta (não da Europa…).
:wink: ja tem ate o volume 6 traduzido em portugues
:smile: