Miyuki-chan no País das Maravilhas, no original japonês Fushigi no Kuni no Miyuki-chan, foi a mais nova obra do CLAMP lançada pela JBC e chegou às bancas/lojas especializadas em julho deste ano (eu sei, super em dia esta resenha…).
Acho que falar sobre o CLAMP chega a ser desnecessário, afinal, as obras do grupo foram algumas das que mais influenciaram a nossa geração, principalmente os animês Guerreiras Mágicas de Rayearth e Sakura Card Captor. Vale lembrar que ambos os títulos estiveram presentes na primeira leva de mangás da JBC (lá no início da década) a chegarem ao Brasil.
O CLAMP é formato atualmente por quatro senhoras, Ohkawa Ageha, Apapa Mokona, Nekoi Tsubaki e Igarashi Satsuki. Elas trabalham como roteiristas, ilustradoras e designers. Possuem uma infinidade de histórias já publicadas no Brasil, entre elas Angelic Layer, Chobits, Tokyo Babylon, Tsubasa: RESERVoir CHRoNiCLE, X e xxxHoLic, além dos já citados Guerreiras Mágicas de Rayearth e Sakura Card Captors.
Óbviamento o lançamento de Miyuki-chan por aqui foi influênciado pelo filme Alice no País das Maravilhas que virou febre no mundo (por um tempo pelo menos) graças ao marketing casca-grossa da Disney. Originalmente a obra foi lançada na revista informativa de animes Newtype (da Kadokawa Shoten) entre 1993 e 1995 e compilada em um volume ainda em 1995. Entretanto a versão brasileira foi feita apartir do relançamento da obra em 2001, com os extras e páginas coloridas.
Os dois primeiros capítulos são realmente uma paródia do livro e sua continuação. As diferenças principais são o nome de personagem Miyuki (e não Alice…) e o fato de todos os personagens teresm sido personificados em lindas e eróticas mulheres (em sua grande maioria homossexuais). Apartir do terceiro capítulo começam a aparecer histórias similares, situações em que a protagonista vai parar em um mundo paralelo onde são todas mulheres e todas a querem. O último capítulo por fim é uma referência à “X” – do próprio grupo.
É importante que você não tente achar nesse mangá um roteiro ou história, porque definitivamente não há. Embora alguns acontecimentos tenham uma lógica temporal (se você souber as originais) de resto é uma chuva de maluquice, mulheres sensuais e gente tentando arrancar a roupa da protagonista. Inclusive as histórias são muito curtas e passam rápido, é uma façanha acompanhar e entender exatamente o que está acontecendo. Por isso os capítulos não envolvem o leitor, sendo tudo muito superficial.
Resumindo: é uma obra voltada para o fetiche japonês, onde uma garota “pura e jovem” é assédiada e atacada por mulheres (de todos os tipos possíveis), nas mais diversas situações. Mas não chega a ser um hentai, a obra é contada de forma cômica, sem mostrar nenhuma parte íntima (é ecchi). Poderiamos chamar de fan-service. Tanto que foi indicado apenas para maiores de 16 anos.
Em todo caso, com história ou não, não deixa de ser um mangá com um traço muito bonito. Tendo sido inclusive recomendado por diversos críticos, descrito como um título muito “bonitinho” e com muito humor. Embora para ser sincera eu não veja tanta graça assim.
Além do mangá a história ganhou um OVA (Original video animation) de dois episódios um pouco antes da publicação do volume em 1995. Os dois episódios contam a história dos dois primeiros capítulos. Por fim foi lançado um álbum de imagens baseado no mangá, também em 1995.
Miyuki-chan chegou a ser licenciado para vários países, como Estados Unidos, França, Itália, Espanha e Alemanha. Seu OVA também ganhou uma versão americana.
Quanta à versão brasileira, ela foi lançada num formato diferenciado, com a marca de “Graphic Novel”. Além de uma capa mais resistente com orelhas, possui as páginas coloridas em papel especial e brancas para o resto do conteúdo. Não tive nenhum problema com cola ou acabamento do mesmo. Em quesito de aparência física leva um 10 sem problemas.
Na capa há o emblema do 20º aniversário do CLAMP (que foi em Setembro de 2009). Meio atrasado o nosso lançamento, que por poucos meses não virou 21º aniversário, mas tudo bem…
Em relação à tradução e edição, é um típico trabalho da JBC: fontes diferenciadas, onomatopeias legendadas e horizontais (apesar de eu ter visto uma ou outra que estava na diagonal, vindo da JBC isso é quase milagroso). Teve-se a preocupação de se fazer notinhas de tradução, embora tenham sido todas inseridas na mesma páginas, sobre o desenho (o que só aumentou a poluição).
Não vi nenhum erro de ortografia, inclusive começaram a hifenizar corretamente como a nova lei manda. Apesar de terem errado ao hifenizar a palavra “San-ka-tsu” (algo constantemente cometido pela Panini também), onde a sílaba “tsu” é separada como “t-su”, o que não existe. Separar “t-su” é a mesma coisa que separar “l-ha”, “çã-o”, “p-ra”. Fora isso confesso que não vi nenhum erro expressivo.
Quanto a edição, não vi nenhuma reconstrução mal-feita, não há muitas em todo caso. Muitos gritos (inclusive em balões) não foram editados e, sim, legendados. Acho essa mania da JBC muito ruim, o mangá já tem toneladas de onomatopeias, não precisamos de ainda mais legendas na página. Custa editar o balão? É extremente bizarro que alguns eles editem, outros não. Qual será o critério utilizado? Sei que deve ser algo relacionado a manutenção da arte japonesa, mas isso tem limite.
Outra coisa ruim que dá para ver são as bordas cortadas. Chega a ter uma onomatopeia parcialmente cortada fora. Comparando as raws que consegui da versão original, o corte geral é de um milímetro ou menos, mas algumas páginas tiveram cortes mais significativos, em especial as da última história.
Apesar desses detalhes a produção da JBC não foi uma das piores, está muito melhor do que ela geralmente faz. O preço final foi 14,90 (o que tá na faixa do que geralmente cobram).
Ainda assim, não sugiro que ninguém compre essa obra. Na minha humilde opinião é dinheiro jogado fora, como o Diogo Bercito da Folha disse “Se (as história) fizerem rir, já será lucro”. Essa obra não é nem de longe um clássico ou algo que você precisa ler. Se você nunca leu CLAMP, por favor, não comece com essa aqui. Se você adora CLAMP, vale a pena comprar apenas pelo desenho e coleção.
Título: Miyuki-chan no País das Maravilhas
Autoras: CLAMP
Formato: 113,5 cm X 20,5 cm – 120 páginas (24 coloridas)
Duração: Volume único
Preço: R$14,90
[…] This post was mentioned on Twitter by Jbox, João Alberto and Glidir, Ewerton Victor . Ewerton Victor said: RT @jboxtw: Resenhas da Allena de volta – Miyuki Chan no Pais das Maravilhas: http://jbox.com.br/a18465 […]
quem escreveu a resenha? ‘-‘ eu comprei esse mangá mas nao li ateh agora ASKPKPSAKPASKPAS
Obs. o bg de Hetalia fico bom xD
ah, agora sim, Allena AKPSKASPASKPASKP
vi no twitter soh agora e acabei de ver q mudou ali de Tio Cloud para Allena xD
Tio Cloud: É pq ela escreve e eu posto =P
Wooooow que legal, Allena esta de volta com suas ótimas resenhas, fez falta.
Esse mangá é um horror, dinheiro jogado fora. Mas eu ja imaginava, então nem chega a ser uma decepção eu ter comprado, já que é CLAMP e eu sou fanática por elas. É uma obra bonita, mas em questão de entretenimento o mangá é nota 0
O mangá é “legal”, pois tem historias ecchi e é do Clamp. Obrigatorio pra quem é fã do grupo como eu.
Allena até que enfim volto a fazer resenhas, mais eu gosto das resenhas do Kuroi também, então veio pra somar .
Kuroi e Allena, que venham mais resenhas, cada 1 a sua maneira de explicar e dando sua opinião.
Obs.: Fico esquisito essas imagens do Hetalia de fundo do site. Sei lá estranho demais, tava acostumado com a anterior, mais pros fãs será bem vindo.
…
Tio Cloud: Tiago, a imagem é temporária. Abraço.
É verdade, essa obra do Clamp é beem fraquinha. Digo isso pq sou fã do grupo – E é realmente obrigatório p/fãs, até pq, acho que se não fosse pelo impurrãozinho do filme de Alice, demoraríamos p/ver essa obra em banca.
O Clamp é fã da história de Alice, há outras referências a ela em outros mangás como o da Sakura. Inclusive, tem um episódio do anime que se chama “Sakura no país das maravilhas”.
Enfim, vale pela homenagem a esse clássico.
mangá fraco, qualidade duvidosa, é o clamp
não é mais o mesmo . decepção. :wassat: :wassat:
ainda tenho esperança de ver a resenha de “wolf’s rain”
Quando eu esse lançamento pensei que era coisa recente da CLAMP pra pegar carona no filme da disney, HUSHUAHUSHUAS, e o negócio é velhinho já ;P
Ótima resenha, só tem um espaço faltando ali,
mas isso não chega a ser um erro xD
Valeu, poupou meu dinheiro. Mas alguém tem notícias de Blade of the Immortal? (não vou desistir nunca)
Eu fui a única que gostei deste mangá? xDD Eu o achei engraçado, com uma ‘história’ – porque não tem muitas história afinal, o que concordo com a resenha – cativante, ecchi na medida certa (embora eu não seja fã do gênero) e que cumpriu a missão pelo qual foi publicado: entreter.
Eu recomendo o/
Até que enfim uma resenha decente!
Allena <3
Para quem conhece a qualidade das histórias do Clamp,eu diria que deixou um pouco a desejar e que vc acaba comprando realmente para coleção..as hitorias são legais mais eh como o que esta escrito da resenha ,as histórias são muito curtas e não envolvem.
Porém existe o lado bom ,para quem não conhece mangás,é uma ótima opção de leitura,emprestrei para uma amiga que não conhecia mangá e adorou devido a linguagem de certa forma ser mais facil .
Mas antes de emprestar esse ,ela estava tentando ler (Berserk) outro mangá que coleciono e estava achando super dificil. :smile:
Eu gostei também (mentira ainda nem li, uhahhahaha, mais conheço bem demais essa historia do clamp). :tongue:
…
Nda contra a Allena, mas o que aconteceu com o Kuroi? Ele sumiu…
o pc dele tá de cama por que pegou um virus
e como agora tá proibido usar antibiotico por quarque
coisinha, vai leva um tempo po kuroi vorta…
:tongue: :tongue: :tongue: :tongue: :tongue:
Achei legal…Só acho que deviam ter publicado em um formato maior.
\o/ A Yakuza libertou a Allena!!! :laughing:
Não gostei desse novo JBox.
Deixei um recado mó bonitim na parte da tarde, achei que já tinham recebido.
Quando me dou conta que devo ter fechado a janela antes da aceitação dele.
=(
Agora percebi que só dei pré-visualizar e não cliquei em Enviar Comentário.
:tongue: Facepalm pra mim agora.
/medo
Bem, comprei o mangá mas ainda não li, porém comprei por ser uma das primeiras obras do CLAMP e realmente pela arte. Acho que para fãs do grupo e da cultura pop japonesa em geral pode ser uma boa pedida apesar de não haver muita história.
A pré-vusualização fico excelente. Pois em muitos post sempre ocasiona alguma falta de atenção na escrita ou falta de letras. Ai vendo antes de posta como irá ficar, fica fácil a correção. Eu adorei isso e evita ter que repetir post por que fico mal escrito como fazia antes, ou que o pensamento passado fico meio errôneo ou mal entendido. Arigato pelo esquema JBOX :tongue:
O Edo Tensei do Kabuto é tão forte que trouxe até a Allena de volta a vida, hahahaha. brinks.
Eu não gosto de mangás shoujo, mas curto ler as resenhas escritas pela Allena.
A propósito, essa conversa de Allena voltou é propaganda enganosa, fiquei de férias e com um tempinho livre e o Cloud me pediu para resenhar algumas coisas. E é isso, em breve eu sumo de novo, até por que minha prova de chinês é mês que vem. /cry
E obrigado pelos elogios e comentários, aprecio que gostem do que eu escrevo. Mas por favor não comecem a me comparar com o Kuroi ou coisas do tipo. Cada um tem um estilo próprio. Eu, por exemplo, odeio escrever sobre a história, sempre dou uma idéia do tema e situações tratadas, mas nunca me aprofundo. Por outro lado o Kuroi tem resenhas muita mais completas nesse ponto. Aprendam a absorver o melhor dos dois.
Vamos lá:
1º O aniversário oficial da Clamp é no dia 1º de Abril, é por esse motivo que os personagens importantes do Clamp fazem aniversário nesse dia.
2º A Ohkawa trabalha só no roteiro, ela não desenha, a Mokona desenha as garotas e faz
as viadagensos enfeites, já a Nekoi é responsável por desenhar os rapazes e os chibis nas histórias, a Satsuki é uma espécie de office-girl e o que ela faz nos mangás propriamente ditos é a diagramação das páginas (acredito que ela faça as retículas também). Diferentemente de outros mangakás as senhoras do Clamp não usam assistentes, é tudo feito apenas pelo quarteto (pelo menos é o que elas assumem).Boa resenha, Allena.
Taí algo que eu achei 300 mil informações. O aniversário da CLAMP, eu usei a informação que achei num site sobre CLAMP em japonês, que o aniversário é em Setembro, quando lançaram o primeiro material oficial. Mas se elas consideram Abril, então o troço tá atrasado mesmo.
Para concluir eu não gostei muito da qualidade, ficou “comendo as beiradas” nas bordas, também detesto quando misturam papel offset (o papel branco) com o LWC (mas isso é uma questão pessoal, acho horrível a mistura).
Se formos pensar bem a falta de um roteiro “consistente” é proposital, Miyuki-chan in Wonderland é como uma viagem ao mundo onírico, é uma espécie de uma viagem do ego aos lugares mais profundos da mente, enquanto a Miyuki-chan “acordada” deseja se casar de branco, o subconsciente da Miyuki-chan viaja por estes mundos onde ela é assediada por garotas, como o Mundo das Maravilhas é um lugar de sonhos não há como haver uma história com começo, meio e fim.
Outra coisa que não foi comentada é a participação da Miyuki-chan em Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE, nas viagens pelos mundos do grupo do Syaoran a Miyuki-chan aparece perdida no começo de praticamente todos os mundos, ela só vai parar de aparecer perdida pelos mundos da viagem a partir do mundo de Acid Tokyo.
Sorry pelo segundo comentário, mas é que no dia não dava tempo de comentar direito (tava no trabalho).
[…] Grad, Death Note e Hikaru no Go, atualmente trabalhando em Bakuman), CLAMP (uma lista imeeeeensa, confiram a resenha de Miyuki-chan no País das Maravilhas se você quiser saber quais), […]
Naum acho que é dinheiro jogado fora ‘-‘
É uma obra bonita, feita para ser apreciada, ler é oq menos importa em Miyuki-chan no país das maravilhas , e o preço está bom por ter páginas coloridas e ser graphic novel
Pra quem é fã de CLAMP vale a pena :)
É oq eu sempre digo: pobre é foda T.T’