Antes de mais nada, gostaria de me desculpar por não ter publicado nada na última quinzena. Motivos além do meu controle me impediram. Não que eu ache que alguém realmente se importe, mas sabe como é, né? Enfim…
“Você mataria alguém que ama por amor?”
Com essa frase, começo a falar de Ga-Rei Zero, adaptação de um arco abandonado do mangá Ga-Rei de Hajime Segawa (publicado pela JBC e cujo último volume saiu esse mês). A história gira em torno da relação entre Yomi Isayama e Kagura Tsuchimiya, duas exorcistas do Ministério do Meio Ambiente Japonês, cujas vidas mudam drasticamente com o surgimento de uma grande ameaça.
Primeiramente, devo dizer que existe uma enorme diferença entre o mangá Ga-rei e o anime Ga-Rei Zero. O primeiro é, essencialmente, um típico Shonen. Temos o protagonista com poder de ver espíritos e que de repente se encontra com uma que trabalha os exorcizando (qualquer semelhança com um certo mangá da Shonen Jump é mera coincidência) e que a partir daí começa a viver as típicas aventuras e batalhas que todos que já leram ao menos uma série do gênero sabem que iriam acontecer. O anime, porém, é um Seinen e por isso muito mais sério e violento. Até mesmo o fanservice tão característico do mangá foi drasticamente reduzido para acomodar um novo público alvo. Esclarecido isso, vamos à série.
Existe algo de muito especial num anime sobre o qual se deve tomar cuidado ao se falar do primeiro episódio para não dar spoilers. Ga-Rei Zero foi dirigido por Ei Aoki (Kara no Kyoukai: Fukan Fukei, Fate/Zero) que faz aqui o que melhor sabe: dirigir cenas de ação. Os combates que permeiam e dão ritmo à série são sempre fluídos, brutais, ágeis como se cada golpe fosse mortal, como se cada movimento fosse decisivo, algo muito incomum nos nossos tempos de piratas-robôs e meninos-raposa.
Não bastasse isso, a habilidade do diretor em criar tensão é posta em prática desde o começo do anime, acertando onde o mangá erra e extraindo o máximo do potencial do universo de Ga-Rei. Há falhas de direção? Há. Algumas sequências não funcionam e as convenções do mercado acabam gerando algumas cenas que podem parecer gratuitas. Mas nada disso é bastante para estragar o trabalho bem feito no resto da série.
O grande momento de Ga-Rei Zero, ainda assim, é seu impressionante primeiro episódio. Trata-se de longe do melhor episódio inicial que já vi num anime e razão pela qual Ei Aoki foi escolhido para dirigir o primeiro filme de Kara no Kyoukai, embora nesse ele não tenha conseguido criar algo tão impactante (o que é uma pena).
Claro que nenhum anime conseguiria ser tão intenso se não tivesse uma trilha sonora convincente. O trabalho de Noriyasu Agematsu cria uma atmosfera sombria ao redor da série quando é preciso e leve quando o roteiro assim exige. As cenas de ação são contadas através de acordes rápidos, enquanto um piano perturbador adiciona um peso terrível às cenas mais dramáticas ou surpreendentes. Não é a toa que os dois ápices da série ganham vida através de músicas, a agitada Dark Side of The Light, da cantora Faylan, e Ai ~Kagura~, composta por Agematsu, e da qual eu prefiro não falar mais para evitar spoilers.
Outro ponto interessante na série são os temas que ela escolhe trabalhar. Lembram-se da frase que citei no começo?, “Você mataria alguém que ama por amor?”. Pois bem, esse é o eixo central de Ga-Rei Zero. O amor é questionado todo o tempo e analisado em várias facetas. Temos a relação fraternal entre Yomi e Kagura (apesar do innuendo lésbico entre ambas ser usado a todo o momento), o casamento arranjado que se desenvolve em romance entre Yomi e Noriyuki e diversas outras.
Essas relações entre personagens são aquilo que realmente dão a Ga-Rei Zero uma alma, tornando-o mais do que só um bom anime de ação e adicionando um grau de profundidade que a obra original não tinha. Não me entendam mal, Ga-Rei é um bom mangá, é só que Ga-Rei Zero é uma obra superior em todos os sentidos.
A série conseguiu sucesso o bastante no Japão para conseguir que uma personagem ressurgisse no mangá e garantir que o anime fosse lançado nos Estados Unidos pela FUNimation. No Brasil, o mangá vendeu bem para uma série pouco conhecida e pouco divulgada (eu mesmo o descobri por aqui), mas o anime dificilmente é visto fora das famosas lojinhas de DVDs para divulgação, se é que me entendem.
Num mercado onde as relações entre personagens ficam cada vez mais banalizadas, Ga-Rei Zero é uma ótima exceção que merece ser vista por essa e várias outras qualidades. Dêem uma chance ao universo das Feras Espectrais, não se arrependerão.
Título: Ga-Rei Zero
Estúdio: asread, AIC Spiritss
Direção: Ei Aoki
Número de Episódios: 12
eu só vi os 4 primeiros epis a muito tempo atrás…
num sei se foi só eu mas o personagem masculino q aparece no primeiro epi em “busca de respostas/vingança” tinha me parecido o personagem principal e alias a historia dele parecia ser muito foda, mas depois simplesmente ele morre eo foco muda para essas meninas, eu fiquei muito decepcionado, eu realmente fiquei empolgado com ele, basicamente parecia q ele fazia a historia girar e os mistérios surgirem…
bom como eu disse num assisti tudo…não sei oq acontece
talvez seja só eu que pense assim haha
excelente anime.
E olha que nem tava ai pra ele, depois de ler o mangá.
Antes de começar a ler o mangá, resolvi assistir o anime. Realmente dá para sentir a grande diferença que há entre os dois. Não querendo menosprezar o mangá, mas eu preferi mais o anime – principalmente na arte. :P
Olá Caio, a resposta a sua pergunta gera spoiler, então fica difícil explicar, vou tentar, bem o anime é baseado no manga ga-rei obviamente, e o que conta no anime é parte da historia da personagem antes do que se passa no mangá, não é a historia em si de ga-rei, se você quer saber o que a trama como realmente é, terá que ler o mangá, pois ainda não deram noticia se terá segunda temporada, que seria o começo do manga.
bem aqui vai meu comentário, ga-rei foi um marco para mim, conheci ele pelo próprio Gustavo, peguei os 2 volumes que ele tinha e não consegui parar mais , dai em diante comecei a acompanhar a série. A história é tão cativante que emprestei a amigos que não gostam de mangá ou anime, e eles adoraram, bem a historia é muito boa, que da um reforço a trama do mangá, e que flue de modo naturalmente, as batalhas e o modo como você pensa que é uma coisa, e na verdade acontece outra ainda mais surpreendente é uma marca que ga-rei (tanto anime quanto mangá) tem! Como primeiro trabalho publicado de Hajime Segawa, ele esta de parabéns, fez um ótimo trabalho e torço para que o próximo trabalho dele (Tokyo ESP) também chegue ao Brasil !!
hmmm entendo, então sobre esse personagem é explicado no mangá?
sinceramente eu achei ele muito bem construído, ele seria o tipo de personagem q salvaria um manga/anime só por estar nele,
pra mim a historia perdeu totalmente o “charme” q ele me passou quando foi morto e deu foco as duas meninas principais…
Concordo plenamente, o anime é muito superior ao mangá. E o primeiro episódio é uma das maiores trolladas que já vi, sensacional.
Foi uma decepção imensa para mim, quando fui atrás do mangá, para saber o que acontecia após o termino do anime, já que ele dá essa brecha de “to be continued”. Logicamente, me decepcionei bastante. Mas ainda assim, tenho um grande carinho por esse título, tato que acolhi o mangá na minha coleção.
O que acontece com o mangá é um lastima, pois Hajime Segawa não consegue extrair o que há de melhor em seu titulo. Ele começa muio bem, mas acaba perdendo completamente o fio condutor e se perde no meio da história. Um fim melancólico, para uma série tão bacana.
O anime é praticamente original, então nem acho tão justo colocar um “quando uma adaptação consegue ser melhor que o produto original”. Funciona como um excelente thriller, mas creio que caso escolhessem animar o manga em si, não teria sido tão bom. Isso porque o melhor de Ga Rei é o background existente ente Yomi e Kagari e que nunca teve seu passado explorado devidamente pelo Hajime Segawa no mangá. Felizmente resolveram contar isso no anime e ficou essa maravilha.
Então Caio para você entender terá que ler, porque é um spoiler muito grande e contar vai estragar, Lê o mangá e você vai entender uma das coisas que citei no meu comentário, sempre te surpreende a cada vol ou ep. é uma sacada muito legal e uma quebra total de clichês.
Comprei o mangá por causa do anime que já vi e revi. Nem preciso dizer que quero por fogo nos 12 volumes assim que terminar de ler, em contraste com minha vontade de importar o BD do anime (o que será feito depois que trocar o computador).
Acho que sou a única pessoa que honestamente prefiro o mangá ao anime.
Não me entendam mal, o anime não é ruim – mas pessoalmente, eu não o considero tão carismático quanto a obra original. Principalmente quando a mesma tem as irmãs Imawano como personagens secundárias *-*.
Não irei negar que os primeiros volumes da série são relativamente clichês – típico de shonen -, mas Ga-Rei dá um grande “upgrade”, na falta de um termo melhor, nos volumes posteriores.
Suponho que isso seja uma questão pessoal. Eu não podia me importar menos com a relação entre a Yomi e a Kagura, e acho que deve ter sido uma das razões pelo qual o anime não me impressionou.
O anime é ótimo!!! Mais o mangá…Quando fui pegar pra ler não consegui passar do volume 3 de tão fraco que estava achando.
O anime é muito melhor! Alias, um dos melhores animes que eu vi. Poucos animes me deixaram “tenso”, como se tivesse perdido parte de mim, após seu final.
Anime realmente fantástico, lindo demais! Obrigatório a todos que gostam da série e a todos que gostam de um bom anime.
Um bom anime, mas nada de excepcional como alguns amigos meus disseram da obra. Em meu caso os dois primeiros episódios por serem simplesmente **** me fizeram assistir até o final.
O mangá não ruim, acho que a quebra de clichês dele é que deixou um parecer estranho, tipo quem é o personagem principal e quem é vilão, foi uma sacada legal pois saiu da mesmice
aff cliquei em enviar sem querer. só concluindo ga-rei foi ótimo como primeiro trabalho publicado de Segawa, sim tem furos, mas, ainda assim foi uma obra que merece seu crédito.
Serie muito louca q ja recomendei pros amigos, ainda não li o manga + um dia espero ler
Seria muito mais louco se o personagem principal do anime fosse o cara.
Aquelas garotos e ate legal mostrar a historia dela, mas misturar yuri mesmo q pouco, nada a ver com a historia do anime e ate mesmo do manga……………………..
alem de nao ter aquele up do primeiro epi…….
Nao gostei prefiro o manga com o cara e a garota……
Não sei se é da minha cabeça, mas eu tenho uma tendência a desprezar as pessoas que gostam do mangá por ter como um dos principais um rapaz, e das pessoas que queriam o Touru(?) como principal; eu realmente não sou feminista nem nada mas parece que essa obrigatoriedade de ter um personagem(masculino) principal é um preconceito e um machismo. Outra coisa é que a obra propõe uma quebra de arquétipo, explorando sentimentos e escolhas, o que da um ar denso a obra, então é fundamental que as duas sejam as principais, e preferir a ação do que uma boa história, desculpe-me mas para mim é burrice.
Muito boa a análise!
Ainda não tinha visto Ga-Rei Zero, me parece um anime bem interessante!