Lançado oficialmente no país na última quinta-feira, o CrunchyRoll já está causando barulho – ao menos no minúsculo grupo de otakus que se acomodou em parasitar o trabalho feito pelos fansubbers.

Como não se fala em outra coisa, resolvi safadamente fazer deste o tema desta segunda coluna, mas de um jeito diferente.

Ao invés de um texto enooorme que serviria de sabão pra cada um dos que estão possuídos pelo ritmo ragatanga de tanta raiva do site de streaming, pegarei algumas citações de leitores que comentaram no post sobre o lançamento do serviço no Brasil e tentarei dar a opinião desse simples redator acerca de cada consideração.

Simbora?

“Não irei pagar pelo serviço, sou aquele tipo de “leigo” que acha que internet é uma ferramenta onde produtos como, fotos, musicas e videos devem ser compartilhados e não devem ficar restrito a grupos.”

O CrunchyRoll não está restringindo grupos. Ou na página principal do site há um questionário que define se você pode acessar ou não?

O que restringe grupos são pessoas que querem se isolar das demais por acharem que seus gostos não podem ser compartilhados com os indivíduos “normais”.

“Organizações aparentemente boazinhas como o crunchyroll, chegam de fininho oferecendo seus lindos serviços a preço de banana e com tempo vão ganhando terreno e se com esse tempo não houver resistência dominarão o mercado virtual de distribuição de animes, pois querendo ou não há quem pague por isso e de uma forma ou de outra num futuro apocaliptico talvez todos tenhamos de depender disso também (se não houver resistencia).”

Medo desse futuro apocaliptico. Por isso digo: tudo em excesso faz mal. Inclusive desenhos animados e quadrinhos japoneses.

“É o começo do fim para os fansubbers de animes que se intimidarem com a “chegada” do Crunchyroll no Brasil. Não deixem que destruam toda uma tradição de compartilhamento que surgiu das nossas necessidades e que se tornou o pilar de toda a cultura otaku brasileira.”

O Crunchyroll não é uma forma de compartilhamento? Se não quiser pagar, tudo bem, assista seu anime com uma semaninha de atraso. Isso é tão grave assim?

O “pilar da cultura otaku” acho que é outro: parasitar trabalho alheio e achar que toda uma indústria é obrigada a manter seu “vício” sem ter nenhum tipo de recompensa.

“as legendas e traduções do Crunchyroll em português estão sofríveis.”

As dos fansubbers são todas lindas e maravilhosas. E as do Crunchy são tão ruins que muitos subbers as ripam pra colocar em seus releases…

Como se colocar legendas coloridas, saltitantes, que rodopiam, com diversar fontes e tamanhos fosse sinônimo de qualidade.

“JBox já foi melhor.”

Também acho, tanto que antigamente eu até acessava mais… hihihi…

“A qualquer momento eles podem simplesmente remover as legendas em português de qualquer série devido à algum problema de licenciamento – e o assinante simplesmente se f***.”

Isso é verdade. Como fansubber não licencia nada, quem sempre se f*** são as empresas que produziram a série. Menos mal.

“Imagine tirar o -kun, -san de algumas cenas. Que mudarão o sentido da mesma …”

Por isso a tradução de Sakura Card Captor, Dragon Ball Z e mais 500 animes que foram exibidos no Brasil não faziam sentido! Tá explicado!

“Eu odeio nomes traduzidos pro português. E qual o problema nisso? Opção de cada um gostar ou não.”

Ué, e pra que traduzir o episódio então?

“Essa empresa é da jbc, ai que não confio…”

É mesmo. Os episódios serão transparentes e alguns terão cenas caindo no meio. Sem contar que a imagem vai borrar. Ao menos não tem mais gente lá pra pintar as zebras. E a bordinha? Será que vai aparecer nas aberturas?

“Alguns falaram que a equipe do Crunchyroll brasileiro é formada por membros de fansubs nacionais, alguém confirma ou é trollagem deles?”

É verdade. Falando sério. E vão ficar ricos pois ganham uma fortuna com cada capítulo traduzido, graças a baita grana que vocês são obrigados a pagar pra ter acesso ao episódio da semana.

“AFF. eu NÂO vou aderir ao CrunLIXO, me recuso a fazer parte desse sistema NOJENTO!”

Cobrar pelo trabalho de forma oficial é nojento? Nojento é não remunerar as empresas que produzem seu anime favorito e ainda achar que está certo.

“Deve ser o único ramo em que o “grande fã” se recusa a dar dinheiro pra indústria que tanto idolatra.”

Enquanto isso vão dando dinheiro pro tiozinho do camelô, ou para os realizadores daquele grande evento.

“Falam do preço, mas pagam 30 reais pra ir no cinema ou 50 reias para morrer emprensado no “encoxa friends” ou pior fazem doação para fansubber..que devia ser um serviço de “gratis””

Ser encoxado e sentir aquele negócio te prensando não tem preço. Gostoso demaaais. Se fosse 500 ainda assim valeria a pena.

Fora que ver os mesmos 5 “artistas internacionais mumificados” todo ano também é algo impagável. E de brinde você ainda pode ser assaltado na fila.

“Se no japão eles passam na TV aberta, por que eu teria que pagar?”

Pelo fato de você morar no Brasil e não consumir os produtos anunciados nos intervalos?

“O texto da Sandra Monte nos mostra que ela parece ser bipolar. “

Essa mulher tá louca! E terminantemente proibida de acessar esse site de família. Xô bruxa safada!

“Outra coisa que me incomodou foi o texto dessa notícia do JBox, pois deixou implícita a idéia de que o blog recebeu incentivos do pessoal do CR para falar bem do serviço.”

O CrunchyRoll não nos deu um único chiclete de menta pra divulgar essa notícia – aliás, minto, depois que a nota já estava no ar, ganhamos um freepass com 48 horas de validade pra testar o serviço. Bom, né?

Derretam de inveja, pobres mortais que não tem R$9,99 pra gastar por mês.

Aliás, no Brasil nenhuma empresa paga a nenhum site/blog especializado no assunto pra divulgar seus produtos porque eles simplesmente acham que é um favor te passar qualquer informação.

Pra finalizar, o desabafo de um otaku indignado com esse tal CrunchyROUND porcão que está impedindo-o de acompanhar através do Pantefansubi os animes Sukitei-ianaiôBlite, Cocô Rôconecto, um que ele não soube falar o nome, entre outros.

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“… só por causa de um site que nem tem licença.. quer dizer… que tem licença, mas não tem direitos autorais, portanto não podem prejudicar merda nenhuma de nenhum fansubb… (…) A solução é assistir no Anitube.