Olá a todos! Se você está lendo esse post, significa que não estou morto… Não, quer dizer, que o mundo não acabou.

Mas enfim, se você me segue no twitter, deve saber que eu sou fã da franquia Kamen Rider. Já assisti a episódios de diversas séries (V3, Amazon, Black, RX, Kuuga, Ryuki, 555, Kabuto, Den-O, Kiva, Decade, W, OOO, Fourze e Wizard), tendo completado algumas delas.

Mas bem, em termos de jogos, Kamen Rider teve um hiato de três anos entre 2006 e 2009, quando saiu pro PS2, Kamen Rider Climax Heroes. No mesmo ano, saía para o Wii, a “sequência” do jogo, com Climax Heroes W e este foi reaproveitado para o Kamen Rider Dragon Knight de Wii (A versão de DS de Dragon Knight aproveita o Kamen Rider Ryuki de PS1).

Depois disso, em termos de Climax Heroes, um jogo anual com Climax Heroes OOO, Climax Heroes Fourze e Super (Chou) Climax Heroes (os três para Wii e PSP). Em 2009 também tivemos a adaptação do Ganbaride, o arcade de Cards de Kamen Rider pro Nintendo DS, mas relevemos.

Enfim, em 2011, pra comemorar os 40 anos da franquia, a Namco Bandai resolveu faturar uns trocados e lançar pro Nintendo DS, All Kamen Rider: Rider Generation. Vamos ver se o jogo é bom ou merece um Rider Kick?

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A batalha de Kamen Rider OOO pela justiça continua. Repentinamente, surge o Den-Liner, o trem do tempo. De dentro dele, aparecem Kamen Rider W e Kamen Rider Den-O. Um misterioso criminoso causou uma ruptura no tempo e monstros de diversas organizações passadas estão ressurgindo. Então, W e Den-O estão usando o Den-Liner para recrutar Riders de diversas eras… E são muitos Riders, VINTE E NOVE pra ser exato. Mas, Qual o Objetivo desse misterioso criminoso? A batalha dos Riders através do tempo começou!

Como dito agora pouco, no parágrafo acima deste que você está lendo agora, são vinte e nove Riders selecionáveis, desde Kamen Rider 1 até o Kamen Rider Fourze (secreto). Cada um tem habilidades únicas, mesmo que executadas com os mesmos comandos. E eles não estão disponíveis logo de cara. São cinco estágios divididos em zonas, e em cada zona você pode habilitar um ou dois Riders, atendendo a algumas condições que podem ser simples ou não.

O jogo é um beat’em up e consiste em espancar inimigos até não poder mais, os Riders basicamente tem dois ataques básicos, com o Y e o X (que também é usado para o ataque no Dash – comando clássico de beat’em up’s), um ataque especial (A) que varia conforme é executado em movimento ou parado, a defesa com o botão L e alguns Riders tem diferentes funções com o botão R (W e OOO por exemplo, alternam entre as formas principais).

Alguns Riders tem movimentos únicos como o pulo duplo, que bem, pra ser sincero não faz tanta diferença. Outros possuem uma barra que é enchida conforme se derrota inimigos ou recolhe power-up’s pelos estágios. E ao enchê-la é possível executar um ataque mortal, apertando o botão A.

Muitos classificam a jogabilidade de um beat’em up repetitiva, pode até ser e isso conta contra o jogo, além da curta duração. Mas, para aumentar o tempo de vida útil, existem dificuldades mais altas e níveis de experiência para os Riders. Há alguns estágios que o objetivo é apenas desviar de armadilhas, mas são irrelevantes. E, apesar das fotos mostrarem DOIS Riders, um deles é controlado pela AI do jogo.

Graficamente o game é bem caprichado, com cenários num fundo 3D e os sprites bidimensionais. Todos estão bem fiéis as séries de origem, contando com movimentos característicos (embora o ataque mortal do Ryuki não seja aquele Rider Kick bacana da série, mas sim um golpe executado na forma Survivor).

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Os inimigos variam, é possível encontrar desde os Worms despachados por Kabuto em 2006 até mesmo o Shadow Moon, que foi despachado MAIS DE OITO MIL VEZES (tá, foram só 4). Durante os diálogos, são utilizadas fotos dos personagens, o que… Bem, o que nada já que eu falei tudo o que tinha pra falar.

As músicas são heróicas e tudo mais, remetendo ao clima das séries, mas não chegam a se destacar tanto quanto a sonoridade. A maioria das vozes foram tiradas de suas séries originais (ou redubladas), é sempre legal ver algo mais fiel a série, como as duas vozes de W, os sons do cinto do OOO (dublados pelo cantor Akira Kushida: TA-TO-BA! TA-TO-BA! TA-TO-BA!) e aquela frase que o Decade pronunciava todo santo episódio (Toori sugari no Kamen Rider ga… Oboetoke!). E sim, também tem aqueles passos medonhos do Shadow Moon.

Finalizando, All Kamen Rider: Rider Generations é um jogo com altos e baixos, pra cada acerto, há um erro na mesma proporção, para cada coisa boa, há uma ruim, mas ainda assim é um título que vale a pena ser jogado, principalmente por fãs de Kamen Rider em geral e fãs de beat’em up que quiserem algo mais “de raiz”.

Avaliação do JBox: 90%

Pontos positivos: Fanservice Rider
Pontos Negativos: Curta duração, possível repetitividade.