Está de volta ao Brasil Love Hina, a comédia romântica mais conhecida de Ken Akamatsu em uma edição especial em papel offset e com o dobro de páginas da anterior, completando assim um takobon por edição no formato brasileiro, igual ao japonês.
Mesmo sem ter lido o mangá, é possível que você já tenha se deparado com Keitarô e Naru alguma vez na sua vida. A animação já foi exibida no Brasil via Cartoon Network (pelas madrugadas ¬¬) e até na TV aberta via PlayTV nos bons tempos onde o canal exibia animes do pacotão adquirido da extinta distribuidora Cloverway.
O jovem protagonista é um completo fracassado. Quando pequeno, prometeu a uma amiga que estava para se mudar, que eles se reencontrariam na Toudai – Universidade de Tokio. Muitos anos se passaram desde então e Keitarô já foi reprovado no vestibular da instituição duas vezes, mesmo fazendo cursinho. Para piorar a vida do rapaz, ele acaba de ser expulso de casa e pedirá à sua avó moradia.
Acontece que a coroa resolveu transformar o lugar onde morava em um pensionato feminino e, claro, Keitarô não fazia ideia disso. Completando, ela sai para viajar ao redor do mundo e o loser não sabe o que fazer já que voltar para casa não se mostra uma alternativa muito viável.
Já deu para perceber que ele não tem muita sorte, certo? Pois os problemas estão apenas começando. Naru, Kitsune, Kaolla Su, Shinobo e Motoko – hóspedes do local – acabam dando uma chance ao rapaz depois que sua tia, Haruka, diz que o jovem é estudante da Toudai. Antes que o vestibulando pudesse se explicar, a confusão já estava armada e ele idolatrado pela maioria delas, que passaram a vê-lo com outros olhos.
Isso não acaba bem, como pode-se supor. A farsa é desmantelada quando em uma briga com Naru ele deixa a carteirinha do pré-vestibular cair. As meninas o expulsam, mas uma carta enviada pela dona do lugar causa uma reviravolta e Keitarô passa a mandar e desmandar no pensionato.
Mas isso não impede que o sexo feminino continue causando desgaste ao protagonista. Naru e cia transformarão a vida dele em um inferno para que ele desista. Keitarô irá resistir? Ira pôr tudo a perder mais uma vez? A resposta é não. Afinal, ainda temos 13 volumes de história pela frente. :p
Com muito esforço o vestibulando aos poucos conseguirá conquistar a simpatia das residentes e até buscará com Naru um objetivo em comum: entrar para a Toudai. Estudantes do mesmo cursinho, se ajudarão para alcançarem a vida universitária. Ou melhor: Naru ajudará Keitarô, que continua ruim nos estudos mesmo depois de duas reprovações.
Love Hina é um mangá shonen que une elementos de comédia, romance e ecchi ao longo dos seus 14 encadernados. Começou a ser publicado na Shonen Magazine em 1998 e terminou em 2001. A obra é escrita por Ken Akamatsu e é a sua franquia mais conhecida, mas ele também é autor de Negima, também publicado no Brasil.
A JBC lançou o mangá pela primeira vez em 2002 em formato meio-tanko com papel jornal, que rendeu 28 volumes na época. Agora, em formato tankobon, a obra terá no total 14 edições.
Trabalhada com papel offset – que deixou o mangá grosso e com uma lombada espaçosa e bem aproveitada – e um material de maior gramatura na capa, a nova edição ficou muito legal e esteticamente agradável.
O formato é praticamente o mesmo de Rurouni Kenshin, com a exceção das “páginas coloridas”, quatro, que nada mais são que uma ilustração do autor, o freetalk de Ken Akamatsu, a “palavra do editor” – seção escrita por Cassius Medauar – e um prefácio por Eduardo Nasi, jornalista que deu algumas palavras sobre o que o título representa para ele.
As contracapas vieram vazias novamente. Teria sido interessante – talvez – inserir o freetalk em uma delas e a ilustração do autor na outra, deixando só a “palavra do editor” e o prefácio como conteúdo dentro do mangá.
E cá entre nós, foi interessante trazer esses conteúdos, mas anunciá-los como páginas coloridas da obra foi um pouco demais. Bonito ficou, mas parece que vieram assim para a editora poder dizer que o mangá em si tem material em cores. E isso, infelizmente não tem.
Aproveitando o tópico, os encadernados japoneses de Love Hina também não apresentam páginas coloridas. Uma versão – Iro Hina – foi lançada com algumas delas anos depois por lá, e mesmo assim com poucas. O restante do mangá, na edição citada, foi colorido com tons de laranja.
Quanto aos aspectos técnicos, alguns comentários: o índice, claro, traz a numeração de cada capítulo do mangá. Mas a JBC “esqueceu” de numerar as páginas! Sim, nenhuma página do mangá apresenta numeração, e não foi por falta de espaço. Não que isso venha a ser problema em um mangá que pode ser lido em alguns minutos ou horas, mas vale o alerta para os próximos volumes.
Na página 60 (segundo cálculos meus), o quadro onde é inserido o texto “varei a noite, não comi nada…” come um pedaço da ilustração. E isso se repete no capítulo 4, na cena do trem, para ser mais exato. Na verdade o “erro” não foi da editora. Os arquivos originais, ou seja, o mangá japonês, foi impresso da mesma maneira, com esses quadros em sobreposição das ilustrações.
Outro ponto que pode incomodar alguns é que mesmo sendo uma edição especial, Love Hina trás propagandas. Mesmo que de títulos da editora, acredito que o mais interessante nessas versões que para muitos são consideradas “item de colecionador” seja não inseri-las, mesmo que duas ou três páginas fiquem em branco, como aconteceu no cancelado Dragon Ball da Conrad.
A obra traz anexada rascunhos do autor do que seria a base de cada personagem, e dá para notar que ele mudou muito até a versão final.
Quanto as capas, a JBC fez uma espécie de homenagem à antiga versão e não espelhou elas na nova edição. Cada tanko trás as capas equivalentes aos seus volumes meio-tanko da antiga publicação da editora, verdadeiro diferencial da versão brasileira.
O parecer final é de que vale sim a aquisição de Love Hina, seja por novos colecionadores, ou por aqueles que querem resgatar a nostalgia oferecida pela Pensão Hinata.
Divertido e cativante, o mangá é algo que se destaca mesmo apresentando uma história tão comum, sem elementos fantasiosos típicos dos shonens da atualidade.
Ruim
Regular
Bom
>Muito Bom<
Ótimo
Opa ainda preciso dar uma conferida neste!
Não tive a oportunidade de ler Love Hina quando de sua primeira publicação no Brasil, por isto estou aproveitando este relançamento para conhecer tão afamada obra. Pelo que comentaste, é realmente crítica a situação da adaptação de mangás no país: Quando não comem pedaços dos balões ou até o que está escrito neles, “enfiam” por cima do desenho; alguma coisa sempre se perde. Eu realmente queria adquirir um importado dos EUA ou da Europa, pois dizem que lá estas coisas não acontecem…Será verdade ou mero colonialismo!? É difícil acreditar que só com a gente aconteça…
Sério, muito nostálgico isso, Love Hina marcou minha adolescência, faltavam apenas três mangás pra completar minha coleção, mas nunca consegui achá-los pra vender, agora finalmente poderei ter todos em uma qualidade estupenda, JBC está fazendo um ótimo trabalho em 2013, só espero que logo chegue em minha cidade!
Comprei e gostei.
Pena que o meu veio com um rasguinho na capa. Vou ver se consigo trocar:p
Love Hina é realmente muito bom, tenho aqui os 28 volumes antigos e o Infinity. Mas não comprarei essas edições novas.
Vcs pretendem fazer análise de kingdom hearts vol.1?
Legal que eu não fui o único a me sentir “enganado” pelas páginas coloridas, porque quando cheguei nas primeiras páginas da história em si, ainda tava convertido para grayscale… :sad:
E pessoalmente, eu achei que deveriam ter trabalhado um pouco mais a “capa traseira”.
Foi interessante aproveitarem as artes “pares”, mas aqui não ficou com cara de contra-capa, ficou parecendo mais uma capa espelhada com uma imagem diferente.
Se tivesse ficado com uma arte menor, com os outros elementos mais bem distribuídos, passaria melhor a impressão de contra-capa, acredito eu dando um ar mais refinado/especial… mas whatever.
De qualquer forma, é bom ver Love Hina com um papel decente já que é um mangá que, ao contrário do anime (TV), eu guardo muito carinho.
E a resenha de Kingdom Hearts? :/
Vou comprar o mangá,pois o anime é uma merda cheia de fillers.
O Iro Hina é muito feio.
eu adoro love hina, mas eu ja tenho os mangás antigos aqui em casa então eu to no aquardo de novos titulos!!!
mas a JBC ta de parabéns talvez eu faça essa coleção de love hina d novo, mas prefiro comprar em eventos de anime que é mais barato!!!
Eu lembro muito bem da Love Hina, lançaram os mangás desde em 1998, versão anime foi no ano de 2000 e OVA foi em 2002.
Acho q você ainda não viu a tartaruga q voa, as maquinas absurdas da Kaola, as lutas exageradas da Motoko e varias outras coisas fantasiosas q tem kkkkkkkkk
Só eu acho Negima melhor que Love Hina .
E sim Love Hina tem grandes batalhas por parte da Motoko
E ai galera curtiram pagar pelas paginas coloridas (PREFACIO) kkkk maior palhaçada da JBC.
Puxa pessoal, tem doh…
Que nao havia nessecidade de prefacio colorido eu concordo, mas reclamar de pagar 60 centavos a mais por isso jah eh demais!
Mesmo inuteis, elas dao um acabamento legal por um acrescimo irrisorio…
^^v
Deve ser. Love Hina é bom e Negima é uma bosta, com lutas idiotas de um pivete promovido a super-shota.
“Cada tanko trás as capas equivalentes aos seus volumes meio-tanko da antiga publicação da editora, verdadeiro diferencial da versão brasileira.”
Na verdade é só a edição 1 será assim, pelo menos por enquanto.A JBC disse que é muito dificl conseguir capas duplas serem publicados em todas as edições
Sim! Só vc!! :P (nada contra Negima, mas aquele final horrível fez a obra cair muito no meu conceito)
Mas falando sério: QUE SAUDADES DE LOVE HINA! Foi o mangá que mais me marcou junto a Berserk. Tenho as 28 edições antigas e Infinity, mas vou comprar essa edição de colecionador pois a versão antiga está bem desgastada (emprestei pra muita gente).
Agora só esperar um dia a Panini relançar Berserk do jeito que merece.
Sabe que o final não foi nem um pouco do jeito que o Ken queria, né? Sabe que o Ken ainda não tinha chegado nem na metade da história e que ele parou o mangá por conta daquilo que ia acontecer com os direitos autorais dos autores, né? Diz que sim, por favor =/
Negima tem uma história muito boa (quem leu além das aventuras em Mahora sabe) e lutas ótimas, um bom shonen…
Fiquei puto demais quando percebi que as “páginas coloridas” eram aquela porcaria e não as imagens que estão em tons de cinza
:angry:
Oi. Love Hina não acabou um ano após seu começo, mas sim três anos depois em 2001.
Eles mantiveram a escrita de “Keitarô”? : <
Se valer a pena constar isso, achei erro de revisão no que seria a página 10 do mangá. Logo no primeiro quadro há “prestando *pra a* universidade”. Pra uma edição especial assim, deveria ter tido um cuidado maior na revisão…
E foi feita nova tradução, não somente uma reedição, é um ponto importante. Com relação a isso, eu achei muito estranho usarem a palavra “veterano” na fala da Shinobu, ao invés de “senpai”, que é um termo bem mais abrangente. Se usam tantos termos específicos japoneses, por não termos um equivalente à altura em português e colocam diversas notas explicativas, por que não manter o “senpai”? É o que está me incomodando mais, até agora.
Esta são as heroínas favorita da Love Hina; Motoko e a Shinobu.
a JBC não deixa honoríficos há anos, incluindo o sempai; creio que só em love hina meio-tanko que os mantiveram.
o que a jbc coloca em notas (que deveriam ficar no final do mangá, e não em locais aleatórios) são apenas comentários “comportamentais” e “gastronomicos”; ela faz uma adapação mais explicita, e uma tradução maior; evitando extrangeirismos japoneses.
também estranho a tradução de sempai para “veterano”; mas também não conheço tradução que se encaixaria melhor.
Love hina foi a melhor comédia romantica da época! Tenho o mangá em casa completo e gostaria de vender alguem tem interesse? :)
nina-leonel@hot