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O ouriço Sonic tem um caso de amor e ódio com os gamers, já que muitos se dividem entre a qualidade dos jogos a partir da Era Dreamcast.

Enfim, apesar de não dar tão certo nos consoles de mesa (Sonic Heroes tem premissa boa, mas peca pelo tamanho de suas fases e alguns bugs, eu não considero Shadow The Hedgehog como um jogo da série Sonic – É um spin-off estrelando Shadow -, Sonic 2006 foi massacrado pela crítica – mais por conta de ser um produto lançado as pressas -, Sonic and Secret Rings foi aclamado à época, mas dois anos depois ninguém mais ligava para ele, Sonic Unleashed também divide opiniões, mas boa parte de suas críticas se deve exclusivamente ao Werehog, e ninguém trata Sonic And The Black Knight como um spin-off na hora de malhá-lo, mas é isso que ele é), encontrou um refúgio nos portáteis com a série Advance no GBA, e a Rivals no PSP (apesar de todo mundo ignorar ela quando se fala de Sonic), além dos dois Rush no Nintendo DS.

E eis, que paralelamente a Sonic 4, a Sega lança Sonic Colors, exclusivamente para o Wii e para o Nintendo DS… Se bem que a versão DS você poderá chamá-la de Sonic Rush 3, e você irá conferir porquê no review abaixo.

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O enredo do jogo é bem básico, Eggman (Ou Robotnik para quem parou em 1994) diz estar arrependido de sua vida de transgressões e para se redmir, constrói um parque de diversões num planeta próximo, e convida todos (inclusive a Sonic e Tails) para visitar. Chegando lá, Sonic descobre que Eggman está usando umas criaturas chamadas Wisps, para algum plano nefasto. E descobre também que esses Wisps dão poderes especiais, e resolve usá-los para chutar a bunda de Eggman mais uma vez até o próximo jogo.

O jogo utliza a mesma engine de Sonic Rush, o que por si só garante alta velocidade. De fato, boosts e homming attacks estarão presentes em boa parte do tempo. A novidade são os Wisps, que dão diferentes poderes a Sonic, o que aliado a um design de fases bacana, garante um bom fator replay.

Eu poderia citar cada poder dos wisps, mas o legal é descobrir por si só no jogo. Os estágios especiais são jogados com a stylus e lembram (um pouco) o de Sonic 2, trocando as moedas por Orbs. Aliás, Special Stages próximos ao fim do jogo ficam IRRITANTEMENTE DIFÍCEIS, apesar de que pelo menos as condições de entrada no Special Stage sejam mais amenas que por exemplo, em Advance 2.

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A dificuldade do jogo é crescente, mas nas etapas finais, mais especificamente, alguns trechos nos Acts 6-1 e 6-2 e o boss de Asteroid Coaster (que é o Ato 6) fica absurdamente irritante. Tanto é que a batalha final chega a ser mais fácil que estes momentos citados agora.

Graficamente é muito bonito, os cenários são variados, cada planeta que Sonic visita é diferente do outro. O problema, é que como a velocidade do jogo é constante, não dá pra parar e admirar os cenários. As cutscenes (que são poucas) em CG ficaram bem feitas, nada daquela granulação vista em alguns jogos da franquia Lego.

As músicas são alegres e descompromissadas, a abertura e encerramento ficam por conta de ” Jean Paul Makhlouf “, da banda “Cash Cash”, com a música “Reach for The Stars” e as demais melodias do jogo não ficam pra trás e são bacanas também.

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A dublagem do game é ótima, e os novos dubladores dos personagens se encaixaram melhor em seus papéis… E quem imaginaria que Chris Redfield ficaria tão bem como Sonic. Sério, Roger Craig Smith ficou muito melhor que Jason Griffith no papel de Sonic.

Finalizando, mesmo com suas falhas, Sonic Colors é obrigatório para qualquer fã de Sonic. Uma sólida aventura 2D com Sonic e APENAS Sonic, nada de lobisomens ou tramóias futuristas.

Avaliação JBox 90%