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Amigos que lêem esta coluna e comentam… Eu sei que são poucos, mas enfim, falo a vocês que tem o review de um jogo que estou para fazer tem umas cinco semanas… E venho adiando ele há um tempo… E adio ele novamente, hehe…

Esta semana cá estamos novamente para falar de um game de luta, feito por uma empresa que realmente sabe o que faz quando o negócio é porradaria 2D. Falo da Arc System Works, que tem no currículo Guilty Gear, Guilty Gear X, Hokuto no Ken e Sengoku Basara X e trouxe aos arcades japoneses e americanos em 2008, BlazBlue, que no ano seguinte chegaria aos consoles uma versão revisada, intitulada BlazBlue: Calamity Trigger.

Antes dos eventos do jogo, a humanidade estava a beira da extinção por conta de uma criatura chamada “A Fera Negra”. O mundo foi salvo por seis heróis que dominavam a magia. Eles ajudaram a humanidade a criar o “Armagus”, uma fusão de magia e ciência, para derrotar a Fera. Esse evento ficou conhecido mais tarde como a Primeira Guerra de Ars Magus.

Depois da Guerra, o Novus Orbis Librarium (Ou simplesmente Library ou NOL) foi criado para governar o mundo com o uso dos Ars Magus. Um problema acabou sendo causado por isso, por conta do uso dos Armagus em cada faceta da sociedade, e o abismo socioeconômico crescente entre os que podiam e os que não podiam usá-los. E aí deu merda e mais tarde eclodiu a Segunda Guerra, quando a cidade de Ikaruga se rebelou contra o NOL.

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Depois de vencer a guerra, o NOL impôs uma regra que puniria qualquer rebelião contra o governo com a morte. Em dezembro de 2199, muito tempo depois da Segunda Guerra, um setor do NOL foi completamente destruído por um Rebelde de classe SS chamado Ragna, também conhecido como o “Shinigami”, numa tentativa de destruir o NOL. A Organização, tentando detê-lo, anuncia a maior recompensa do mundo pela sua captura.

Em meio a isso, Ragna possui uma poderosa forma de Armagus conhecida como Azure Grimoire. Isso leva diversos lutadores atrás de Ragna, não somente pela recompensa, mas por seu Azure Grimoire.

Não, não tentem entender a história de BlazBlue. Assim como a de Guilty Gear, ela possui diversas ramificações e pontos de vista, e quando eu tentei entender fiquei de cama por 5 dias… Ok, foram 3, mas os danos foram irreparáveis.

A jogabilidade de BlazBlue é muitíssimo semelhante a de quaisquer outros jogos de luta da Ark System Works, então se você, como eu, jogou Guilty gear até cair a mão, para dominar os personagens de BlazBlue… Vai dar trabalho, pois eles são tão diferentes que você vai sentir saudade de fazer um hadouken e sair um projeto.

Não que os comandos diferentes de BlazBlue sejam ruins, eles apenas saem da sua zona de conforto em jogos de luta. Dito isso, o ponto principal são os combos e como você deve fazê-los, e pra isso recomendo ou um controle Arcade ou sei lá, o do PS3, porque esse direcional do X360 pra jogos de luta é pior que bater na mãe com chinelo de madeira…

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Ainda há diversos outros pontos a se descobrir enquanto joga-se BB, mas somente se você quiser ter chance em partidas Online (Exceto no PC, já que a Microsoft vai desativar o Games for Windows Live), já que o desafio contra o computador não requer tanta habilidade, mas há um bocado de coisa a se aprender para possíveis “contras” com seus amigos.

Graficamente é um assombro, começando pelos magníficos cenários que misturam 3D com elementos pequenos em 2D, causando um espetáculo visual muito bonito e mais agradável que as pinturas de Street Fighter IV (inclusas as revisões).

Depois temos os personagens, que são muitíssimo bem desenhados e detalhados, com uma animação soberba. E fazer isso em alta definição não é coisa fácil. Some isso aos efeitos visuais sensacionais e a arte incrível e você não terá palavrões suficientes pra dizer a fodacidade gráfica de BlazBlue: Calamity Trigger.

Sonoramente, é espetabuloso. Sério, as trilhas de Daisuke Ishiwatari para Guilty Gear nunca decepcionaram quem curte o bom e velho Rock and Roll, e em BlazBlue isso não muda. As composições dos combates são excelentes e cada personagem tem um tema próprio, além de algumas variações para combates especiais (como o da Noel contra o Jin).

A versão de console ganhou temas especiais, como a abertura “Ao no Iconoclast”, interpretado pela cantora Kotoko, o tema do Fu-Rin-Ka-Zan do Bang, “Omae no Tettsui ni Kugi wo Ute”, interpretado por Hironobu Kageyama e o tema especial da Noel, “Love So Blue ~Ao no Kodou~, interpretado por Kanako Kondou (Seiyuu da Noel e da ν13 e da Saya).

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A dublagem é igualmente competente nos dois idiomas, tanto japonês quanto inglês, contando com nomes famosos entre quem curte animes, como Tomokasu Sugita (Ragna), Tetsuya Kakihara (Jin e Hakumen) e Ueda Kana (Rachel Alucard). Ouvindo os personagens, percebe-se que alguns (como Jin e Hakumen) ficam melhores em inglês, enquanto outros (como Ragna e Bang) ficam mais legais em japonês (nessas horas faz falta aquele recurso de escolher a língua de cada personagem que temos em Street Fighter), isso vai do ouvido de cada um.

Por pouco BlazBlue: Calamity Trigger não é um jogo perfeito. Com sua jogabilidade veloz, gráficos e músicas soberbas, tropeça na pequena quantia de personagens para um jogo de 2009. Isso seria corrigido em suas sequências, mas ainda assim recomendo muito fortemente BlazBlue como um todo.

Avaliação JBox: 95%