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Os Irmãos Wachowski (da trilogia Matrix), foram responsáveis por levar o clássico Speed Racer aos cinemas mundiais em 2008. E todo blockbuster acaba ganhando um jogo para acompanhar o hype do filme…

Muitas das vezes, por conta dos prazos apertados e orçamento não muito alto, títulos assim acabam saindo muito abaixo do desejado… Será que com Speed Racer o destino seria o mesmo? O filme divide opiniões (tem gente que ama, outros odeiam)… Mas vamos ver como se sai o jogo?

A produtora optou por uma saída esperta, ao invés de colocar a história seguindo os eventos do filme, o que levaria o game a seguir um story mode no mínimo enfadonho, escolheu colocar o jogo situado após o longa.

Começa com o Corredor X narrando que no ano anterior, Speed Racer havia mostrado o quanto Stunt Race era legal e uma nova competição da World Race League irá começar, com novos e velhos competidores, uns buscando glória e outros, vingança. Genérico, mas é uma saída esperta.

A princípio, você irá estranhar, acelerar o carro por meio do botão de ombro (R2), os comandos de rodopiar, tranco (esquerdo e direito) ficam nos botões frontais, o que foi uma decisão sensata e o pulo é guiado pelo analógico direito.

Turbo e recuperação de energia estão respectivamente no L2 e L1, eles fazem uso da barra de boost, que é enchida conforme o jogador faz manobras Car-Fu (Os Trancos, Rodopios – que acertam -, o Boost Bash, o Mega Spin, os saltos que acertam o oponente, são manobras car-fu).

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Juntando quatro barras de boost cheias, é possível entrar no Modo Zona, que deixam o carro invencivel e ultra-veloz. Tudo funciona quase perfeitamente, exceto pelo drift, que mais atrapalha do que ajuda. Os pontos de Car-Fu que você conquista na prova, interferem na sua pontuação do campeonato. A cada mil pontos de car-fu, é creditado um ponto na tabela do campeonato.

Há um sistema interessante de Aliados/Rivais. Antes de cada prova, é possível formar alianças com outros pilotos, que te auxiliarão durante a corrida, dando tranco em seus rivais. Os seus rivais dependerão de condições, como o piloto que você escolheu e o segundo colocado do campeonato (primeiro, se você NÃO for o líder).

E isso não é apenas estética ou de ajuda, pois executar manobras Car-Fu em seus Rivais dá um bonus de pontuação, e executá-las em seus aliados resulta em penalizações; se você destruir seu aliado, a aliança estará quebrada. É bom manter um número moderado de aliados (2 ou 3 no máximo), pois isso facilita na hora de fazer o car-fu.

O bom do jogo, é que não é só pegar qualquer carro e sair dirigindo. Cada piloto tem atributos diferentes, o que faz de cada carro uma experiência única, e até satisfatória. O objetivo dos campeonatos, é chegar entre os 3 primeiros, para desbloquear novos pilotos e novos campeonatos, que são divididos em 3 categorias, que variam o número de pistas e pilotos. A categoria 1 tem 8 pilotos, a Categoria 2 tem 10 e a 3 tem 12.

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Pra finalizar essa parte, qualquer pessoa pode jogar e entender TUDO do jogo, pois devido ao patrocínio da Petrobrás ao filme, ele foi todo traduzido para o português do Brasil (exceto a dublagem), o que mesmo não sendo muita coisa, é bem legal.

O clima psicodélico, junto com a sensação de velocidade, passa todo o clima do filme. Os cenários são coloridos e brilhantes, com muitos loopings. A comparação com F-Zero vem a mente. Embora a saturação de cores possa ser enjoativa para uns, é a mesma do filme, então não reclama!

Os carros estão bem feitos, embora dê saudades de ver o velho Mach 5 (no filme é usado o Mach 6). Os menus são simplistas, porém diretos, mas o ícone do salvamento É MUITO SEM NOÇÃO.

As falas dos pilotos durante as corridas dão um charme pitoresco a produção, os dubladores desempenharam um bom papel, bem, exceto o do Speed, que parece que tá com sono. As músicas são um tanto repetitivas. Animadinhas, porém repetitivas, e só.

Com algumas falhas, Speed Racer: The Videogame se saiu bem em meio ao fim da vida do Playstation 2. Não é a reinvenção da roda, mas faz bom uso da licença e se mostra um bom jogo, uma diversão rápida e sem compromisso. Vale a pena.

Avaliação do JBox: 90%