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Enfim a espera acabou! Depois de quase 4 anos após seu lançamento nos consoles, chega a conclusão da Trilogia de Gabriel Belmont. No dia 25 de Fevereiro, Castlevania: Lords of Shadow 2 chegou as lojas de todo mundo e no Steam, com legendas em português.

Vamos ver se ele vale a pena? Cuidado, Spoilers de Castlevania: Lords of Shadow e de Lords of Shadow: Mirror of Fate adiante!

Muitos anos após os eventos de Lords of Shadow e Mirror of Fate, Drácula, anteriormente conhecido como Gabriel Belmont, desperta no mundo moderno e é informado por seu velho inimigo (e ex-aliado) Zobek, que Satã está retornando, e propõe a Gabriel que ele recupere seus poderes para enfrentá-lo e destruí-lo de vez, com a promessa de que caso consiga, Zobek irá realizar o desejo de Drácula de deixar de ser imortal para finalmente poder morrer.

Entretanto, a jornada de Gabriel rumo a morte não será fácil, pois dividido entre o presente e o passado, antigos inimigos e aliados de outrora querem vê-lo morto, numa trama com reviravoltas de tempos em tempos.

A mecânica de Lords of Shadow 2 é a mesma de seu antecessor. Gabriel usa seu Chicote Sangrento (Bloody Whip, que substitui a Combat Cross do jogo anterior) como arma principal para acabar com seus inimigos dividido entre ataques fracos e fortes, com melhorias que podem ser adquiridas com pontos de experiência.

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Ao longo da jornada, Gabriel recupera seus poderes, entre eles a Espada do Vazio (Void Sword) e as Garras do Caos (Chaos Claws), que além de provirem magia para passar de determinados trechos e atacar inimigos, tem efeitos semelhantes aos poderes mágicos do jogo anterior: a Espada do Vazio recupera o sangue enquanto causa dano, e as Garras do Caos quebram escudos inimigos.

Uma das principais melhoras de Lords of Shadow 2, é que primeiramente é possível remover os malditos Quick-Time Events escolhendo se os quer ou não. Enquanto que com QTE você se sente participativo no jogo (em algumas cenas), sem eles o jogo flui muito melhor. Outra melhora muito pedida pelos fãs foi a remoção da câmera fixa (que não fluia tão bem quanto em God of War por exemplo) e a adição de uma câmera livre, que torna o jogo mais prazeroso de jogar.

O sistema linear de capítulos do jogo anterior foi abolido em prol de uma narrativa única, em um mundo semi-aberto com espaço para exploração tanto na cidade, quanto no “Passado”. Se isso é bom ou ruim depende mais do jogador do que do título em si.

Agora, o ponto fraco do jogo com certeza são as sessões Stealth do jogo, que por mais que justificável nas primeiras 2, 3 horas, quando Dracula ainda está fraco, torna-se quase injustificável e forçado mais adiante.

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Graficamente não houve tanta melhora em relação à versão anterior, mas os cenários sim mudaram bastante, tendo uma cara mais de Castlevania do que seu antecessor. Gabriel/Dracula está mais cruel e Zobek claramente continua com uma cara de filho da puta. Sério, olha pra ele de Terno e Gravata, você diz: Esse é um filho da puta. E para quem jogou somente a Demo, o jogo continua com seus cenários desoladores.

Na trilha sonora, o mérito é todo do compositor espanhol Óscar Araujo, pois a trilha de Lords of Shadow 2 é ainda melhor que a do primeiro jogo, com temas que te lembrariam mais de Castlevania do que as do game anterior, ainda que não sendo comparáveis as músicas já clássicas da série, mas tendo um estilo mais parecido com elas.

E a dublagem… Robert Carlyle continua o ótimo trabalho como Gabriel/Dracula, sendo que ele mostra de maneira ímpar toda a melancolia do personagem, que deseja morrer, assim como Patrick Stewart mostra toda a elegância e frieza de Zobek novamente. Natascha McElhone faz uma Maria genuinamente preocupada com seu amado Gabriel e Richard Madden (Robb Stark em Game of Thrones) se sai bem como Alucard, que em Lords of Shadow é Trevor Belmont após ter morrido nas mãos de Dracula. Os outros atores também se saem bem, apesar de não serem tão destacados como as vozes principais do jogo.

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Finalizando, Castlevania: Lords of Shadow 2 é mais merecedor do título de Castlevania que seu antecessor, mas tem algumas decisões de gameplay que não o tornam melhor. Se o Stealth fosse abolido após a aquisição das duas armas seria muito melhor, mas no fim das contas é uma sólida experiência de jogo entregue pela Konami e um final digno para a trilogia Lords of Shadow.

Nota Final: 9,0/10