Yusuke Urameshi era um típico delinquente estudante do Ensino Médio. Sua rotina se resumia em brigar com os demais delinquentes do colégio Sarayashiki e outras escolas vizinhas. Num dia qualquer, se depara com uma difícil situação: uma criança (que brincava na calçada) atravessa a rua inocentemente em busca de sua bola, enquanto um carro vinha em sua direção. Num ato heroico, nosso protagonista pula na frente do garoto para tentar salvá-lo — e o faz. Infelizmente, a morte de Yusuke é inevitável, mas é assim que nossa história começa.
Depois de 10 anos, Yu Yu Hakusho finalmente voltou ao Brasil! Agora, numa edição mais caprichada, a série chega para reconquistar os fãs nostálgicos e também para atrair novos leitores.
De começo, já temos um plot interessantíssimo: o protagonista morre! E logo de cara!! Nas primeiras páginas!!! Vocês já tinham visto algo assim antes? Bom, é bem capaz que já tenham visto, já que hoje em dia temos infinitas histórias. Mas quando publicado originalmente, no Japão, na década de 90, não se via muitas obras com essa “personalidade”.
E essa “personalidade” vanguardista da série, que é reconhecida até hoje, no mundo todo, é puro mérito do autor Yoshihiro Togashi, que pode ser considerado um gênio (preguiçoso, mas ainda um gênio)!
O cara conduz todo desenvolvimento da trama com muita maestria. A sequência de quadros e cenas, os personagens, os diálogos, as onomatopeias, as expressões faciais e os sentimentos são todos muito bem expressos no mangá. Diferente de outros títulos mais antigos, como Sailor Moon, a diagramação ainda é muito agradável.
A maneira com que Togashi distribui os elementos nas páginas é suave e “gostosa de se ler”, por isso, não nos dá a impressão de que temos em mão uma coisa passada. Resumindo, mesmo para um neoleitor, Yu Yu Hakusho não tem uma narrativa datada (visualmente falando).
Embora isso, muitos adoram falar mal do traço do autor que, particularmente, me agrada muito. Acredito que o traço “casa” muito bem com o estilo da série, então não consigo imaginar o mangá com um traço diferente. Acho que perderia a graça.
Enfim, vamos ao principal ponto da obra: os personagens. O protagonista, embora tenha se tornado um clichê pouco tempo depois da popularização do shonen, é daqueles que te conquista, que você torce do início ao fim, em qualquer momento, sob qualquer circunstância.
Sua personalidade chega a surpreender em alguns aspectos, tanto é que sua morte não era esperada pelo Mundo Espiritual! Segundo Botan, a Guia do Mundo espiritual, o garotinho a quem deu a própria vida para salvar não morreria no acidente — sairia apenas com alguns arranhões — então não seria necessário que alguém morresse na ocasião (e ninguém imaginaria que um sujeito como Yusuke tomaria tal atitude).
Mas como em toda boa história, não é só o principal que faz a coisa andar. Os demais personagens também são importantíssimos! E é por isso que Yu Yu Hakusho é tão amável. Cada um ali, por menor que seja, tem o seu papel, a sua importância para a trama. Nos próximos volumes é possível notar que todos carregam diversos pianos.
Não tem essa de “o ‘x’ vai servir só pra trazer humor pra história, já o ‘y’ vai trazer drama”. Isso porque ao longo dos capítulos todos são colocados em diversas situações, e muito bem colocados. Em suma, a maioria deles são bastante flexíveis (outro mérito do Togashi).
A Edição Nacional
A edição nacional do relançamento de Yu Yu Hakusho já era esperada por todos, há um bom tempo. Agora em formato tankobon, a série contará com 19 volumes, assim como no original. O formato adotado é o padrão 13,5 x 20,5 cm (Fairy Tail, Doubt etc), com 200 páginas em papel off-set (o mesmo papel de Rurouni Kenshin) e o preço é o de R$ 14,90.
O trabalho editorial desse primeiro volume está bem feito. A diagramação tá ok, a capa está muito bonita, a lombada está alinhada e o logo bem agradável! A qualidade da impressão também está elogiável (nisso o papel off-set ajuda bastante).
Sobre a diagramação, não lembro de ter encontrado nada além de um pequeno erro de digitação no balão do 4º quadro, da página 23. Neste balão temos Yusuke pensando: “Tá certo que, na maioria das vezes. Fui eu mesmo.” O deslize está no ponto colocado no fim do aposto, que deveria ser uma vírgula (“Tá certo que, na maioria das vezes, fui eu mesmo.”).
A coisa que mais sentimos falta nessa edição foi o fato de não haver nada impresso nas capas internas. Assim como em Kenshin, está tudo branco, sem nenhum charmezinho a mais. Não é costume da JBC colocar algo nessas capas, mas muita gente estava esperançosa dessa vez, já que nos últimos lançamentos tivemos capas internas coloridas.
Vale notar também que os capítulos não são numerados. Todos são separados apenas com o título que os representa.
Um dos pontos mais fortes da nova versão do mangá é a tradução/adaptação. Primeiro, já gostaria de adiantar que não encontrei trechos da dublagem brasileira do anime (que, segundo Cassius Medauar, serão mantidos de maneira mais tímida). Mas, ainda sim, o texto encaixa perfeitamente!
Mais uma vez, a linguagem e as gírias foram utilizadas sem pudor (temos até um “Agora eu fiquei nervoso, porra!” do Yusuke). Felizmente, não ficou nada forçado, e até deixa algumas situações mais cômicas. Mas o detalhe mais legal é que esses dialetos foram revisados e colocados em uma ambientação mais próxima dos dias atuais — outro fator que ajudou bastante para não deixar o mangá com um ar datado —, um ponto bastante positivo!
Avaliação Final
Pra finalizar, Yu Yu Hakusho é sem dúvidas um dos maiores clássicos dos mangás. Com certeza, é um dos títulos mais esperados dos últimos anos pelos leitores brasileiros. Como já disse, tem um plot interessante, personagens essenciais, narrativa gostosa e tudo é muito bem conduzido pelo autor. Com esses 4 importantes fatores, é quase impossível que você não tenha uma experiência marcante.
Em síntese, essa nova edição da JBC está muito mais apreciável que a anterior, publicada em 2002. Eis uma ótima oportunidade de conhecer o outro mundo, seja por querer ou não.
História
Ruim
Regular
Bom
Muito bom
>Ótimo<
Edição brasileira
Ruim
Regular
Bom
>Muito bom<
Ótimo
e de berserk tera?
Fazia algum tempo que eu não ficava tão ansioso por um manga. :laughing:
Pena que não tem uma artezinha colorida. Falta de imagens? Já vi um livro de muitas artes coloridas de Togashi de Yu Yu.
Infelizmente as resenhas do Jbox estão perdendo em qualidade ** PFVR, VOLTA, ALLENA!!!!**
Fora o comentário do “errinho da vírgula”, esse resenha foi bem dispensável. Vícios de linguagem e muita repetição de adjetivos genéricos, aliás, uma resenha bem genérica. A de Pokémon tbm está nesse nível e pensei até que se tratava da mesma pessoa escrevendo, mas não, parece que este se tornou o padrão das resenhas: vazias.
Desculpe a crítica forte, mas a resenha é tão superficial que me entediou.
Vc esta com o mangá de Yu Yu em mãos, certo? Então dá pra fazer algo mais aprofundado, comparando com a primeira versão, abordando coisas do universo da série, sei lá, dando um Google, né. (Pq não pôs uma foto da página com o erro em português? Isso enriquece seu argumento, sabe?)
Enfim, veja a crítica e se puder, tente se aprofundar mais no assunto que for falar para ficar mais agradável e instigante querer ler, o que infelizmente não foi o caso.
Engraçado Berserk saiu faz um mês e meio, e não vi nenhum revil do mangá ainda?
n se pd colocar em casos assim,so pd ter a arte colorida se tiver no tanko original,n se pd pegar de um databook q tem as img e colocar em um manga.
Vou assinar as dez primeiras edições. Sai mais barato e prático do que ir até a banca comprar.
Nossa! Como você liga pra isso! :wassat::wassat:
Bom, Maicon, obrigado pelas dicas e tudo mais. Sei que a Allena era boa com as resenhas e eu não sou dos melhores, mas vou me esforçar pra melhorar a qualidade delas. Sobre a falta de imagens, concordo contigo. Gostaria de ter colocado algumas fotos, mas por falta de uma boa câmera, preferi deixar sem. Agora, acredito que veio ler a resenha esperando que eu desse ênfase aos pontos negativos da edição. Acredito que os pontos positivos se sobressaíram, por isso preferi dar mais destaque a eles.
Enfim, não deixa de ler os posts e comentar por aqui.
Obrigado, novamente.
Queria dizer pra esses caras ai que criticaram a resenha, meu toma vergonha na cara. quem sao vcs pra criticar alguma alguma coisa. sao especialistas em resenha por acaso? Tem uns pseudo fãs de manga que se acham. Achei a resenha perfeita pra um site. objetiva, clara e instigante. particularmente gostei e me senti com vontade de compra-lo. é como dizem, tem dois tipos de pessoa no mundo, os que fazem,e os q criticam os que fazem. bando de recalcados. bejinho no ombro!
Ligo pq gosto de enriquecer meu conhecimento com leituras diversas, o que, pelo visto, não é o seu caso
Muito pelo contrário, Lucas, eu não esperava nada de negativo na resenha de Yu Yu pq já tenho a nova versão e ela está lindíssima. E bem da verdade, a ênfase deveria estar em todos os pontos, não só nos positivos. De qualquer forma, obrigado por entender a crítica. :smile:
Você adorou né coloca essa resposta na frase ” o que, pelo visto, não é o seu caso”. Sabia que essas coisas fazem doer um pouco o coração? :tongue:
Veio sem os termos da dublagem brasileira do anime? Matou metade da graça do título, infelizmente. Acho que vou ter que vender um rim e comprar as edições meio-tankobon mesmo.
Agora eu fiquei nervoso, porra!
Peraê…
Sem Tradução da Dublagem e com Palavrões!?
O Marco Ribeiro não gostará disso…
Só torcer para nao ter este capricho todo na tradução no primeiro volume e a qualidade ir decaindo nos volumes seguintes como vem acontecendo com Sailor Moon, com termos mal adaptados, golpes iguais com nomes diferentes, etc!
Cara você não passa de um xiita metido a oldschool, esse tipo de saudosismo é ridículo.
Falou tudo!
Uma pergunta besta: Cada nova edição de Yu Yu Hakushou equivale á quantas das antigas? Pergunto porquê é um pouco difícil para mim entender como as edições de One Piece da Conrad, por exemplo, eram quase tão “grossas” como as atuais da Panini, que equivalem á duas daquelas (!?), mas os especiais de Sakura Card Captors também equivaliam á dois “meio-tankos”, que no entanto eram bem mais fininhos…
Cada nova edição equivale a 2 da antiga.
Adorei a resenha, muito profissional. gostei de saber que a Jbc não vai se basear muito na dublagem do desenho.
Independentemente da resenha, eu já conheço o título e comprarei ele. E eu não acredito que a JBC teve a coragem de relançar Yu Yu Hakusho sem nenhuma impressão nas capas internas, que decepção.
Enfim, para mim o relançamento de Yu Yu Hakusho tem dois pontos negativos (por causa da editora), a mudança da cor e dos detalhes da capa original e a ausência de algo nas capas internas.:angry:
Sailor Moon é tão ruim q nem os editores devem ta aguentando editar aquilo
Puxa, só eu estou adorando Sailor Moon? Um dos melhores mangás que já li…
Pagar 14,90!! Por um mangá que já li e que é fácil de encontrar em qualquer site…Só se fosse pelo kazenbam (estaria disposto a pagar até mais).
Cadê a promessa de mangas com paginas coloridas que eles fizeram!??
Vou comprar só pra trocar minha primeira coleção, que ficou com as páginas tudo amarelas
:(
Não acho o melhor, mas estou gostando do ‘movimento rápido’ do enredo, sem tantas enrolações como no anime… Mas eu gosto mto ^^
Tem um toco disso, mas to mais pra ver uma tradução melhor ^^
Puxa, só eu estou adorando Sailor Moon? Um dos melhores mangás que já li…
Eu tb tô A-D-O-R-A-N-D-O Sailor Moon, o mangá é mais sério que o primeiro desenho, e as Sailors são mais unidas, o amor entre Usagi e Mamoru é mais intenso. A minha Sailor preferida é a Jupiter.