Depois de um mistério mais cedo, a conta oficial da Warner e dos filmes live-action de Samurai X (Rurouni Kenshin) no Twitter confirmaram que a produção ganhará uma continuação nos cinemas. Serão dois filmes, previstos para o verão de 2020 (período correspondente ao nosso inverno).

Também foi divulgada a primeira imagem oficial (foto abaixo), que já havia vazado horas antes. Na imagem vemos uma alusão ao passado de Kenshin, na época que o personagem era conhecido como Battousai e ganhou sua cicatriz em formato de cruz. Segundo reportagem do site japonês Cinema Today, a produção vai cobrir tanto as origens de Kenshin quanto a batalha contra Enishi Yukishiro – inédita na série animada.

A produção traz novamente a direção de Keishi Otomo, com o ator Takeru Satoh na pele do personagem principal. “Se você faz uma sequência, você deve definitivamente superar o que já foi feito. Eu estive pensando que essa será surpreendente e “cheia de surpresas”. A história que faremos desta vez é a parte que os fãs mais amam, é uma história profunda que vai atingir todos que assistirem. O último capítulo é um grito de cura, um desafio que estou me entregando de corpo e alma” – comentou o diretor ao Cinema Today.

O restante do elenco será anunciado futuramente.

Produzida entre 2012 e 2014, a trilogia original baseada no mangá de Nobuhiro Watsuki foi lançada no Brasil diretamente em DVD pela Focus Filmes, sendo exibido também por streaming em plataformas como a Netflix e em exibições especiais nos cinemas da rede PlayArte. Todos estão disponíveis atualmente pelo Amazon Prime Video.

[Via Twitter e Cinema Today]


Batizado no ocidente como Samurai XRurouni Kenshin é um mangá de Nobuhiro Watsuki, publicado entre 1994 e 1999 na revista japonesa Weekly Shonen Jump, contando a história de um exímio ex-assassino conhecido como Battousai, o retalhador. Assumindo a identidade de Kenshin Himura, ele resolve virar um andarilho que prega a filosofia da “espada para a vida” durante a Era Meiji, se recusando a matar novamente.

Um dos maiores sucessos da revista, o mangá virou anime pelo Studio Gallop e pelo Studio Deen (a partir do episódio 67) em 1996, rendendo 95 episódios para TV e um longa-metragem em animação. Posteriormente, também ganhou algumas séries de OVA e uma trilogia live-action de sucesso no cinema japonês. Em setembro de 2017 ganhou uma continuação em mangá na revista Jump SQ, chamada de Rurouni Kenshin: Hokkaido Arc (Arco de Hokkaido), que já reúne 2 volumes encadernados – a publicação chegou a ser paralisada por alguns meses, devido à condenação do autor pela posse de pornografia infantil (saiba mais aqui).

O anime original foi exibido em parte pela Rede Globo em 1999, marcado como uma das séries japonesas mais editadas pela emissora, com cortes em cenas violentas que faziam às vezes 2 episódios serem condensados em um. Em 2001, passou a ser exibido pelo Cartoon Network de forma “mais integral”, apenas com cortes pontuais feitos pela distribuidora Sony. Na íntegra, a série foi exibida pelo Animax em 2008, mas em nenhuma das emissoras o último episódio foi exibido, permanecendo inédito no Brasil.

O mangá foi um dos primeiros títulos de destaque da Editora JBC, que publicou a partir de 2001 no formato “meio-tanko”, sendo metade dos volumes originais japoneses, rendendo 56 edições. Com o título original, Rurouni Kenshin, os quadrinhos voltaram às bancas em edição especial em 2012, encerrando com a numeração original japonesa de 28 volumes. A empresa também publicou e republicou o especial A Sakabatou de Yahiko, além de novels e uma enciclopédia chamada Kenshin Kaden. Em 2016, ainda houve o lançamento de Tokuhitsuban, mais um especial derivado da série (uma espécie de “versão do autor” para os filmes). Vale destacar também a vinda do autor ao Brasil, promovida pela editora em 2015. Watsuki participou de um encontro onde autografou centenas de mangás.

O anime está disponível atualmente pela Netflix, com idioma original e legendas em português.