O Twitter oficial dos filmes live-action de Samurai X (Rurouni Kenshin) publicou nesta manhã uma imagem misteriosa de um ambiente familiar aos fãs da série: o dojo Kamiya. Acompanhado da foto, a mensagem “Em breve…“, com a data do dia 12 de abril, às 6h – correspondente às 18h de hoje (11/4) aqui no Brasil.

É esperado que o anúncio seja de uma continuação da série de filmes, lançada originalmente entre 2012 e 2014, totalizando três longas-metragens que adaptam as primeiras sagas do mangá. No entanto, considere isso como rumor, até que o anúncio chegue no fim da tarde.

Vale lembrar que um dos arcos mais apreciados pelos fãs da obra original, a saga de Enishi Yukishiro (que vai do volume 19 até o último, o 28), nunca foi adaptado para anime (embora se aproveite alguns conceitos aqui e ali). Após cobrir o arco de Shishio, a série animada seguiu por um caminho independente, com histórias originais (o que se conhece popularmente como “episódios fillers”, que serviriam apenas para esticar a trama).

Dirigida por Keishi Otomo, a trilogia live-action é protagonizada por Takeru Satoh, o Ryotaro da série Kamen Rider Den-O. Foi lançada no Brasil diretamente em DVD pela Focus Filmes, sendo exibido também por streaming em plataformas como a Netflix e em exibições especiais nos cinemas da rede PlayArte.

[Via @ruroken_movie]


Batizado no ocidente como Samurai X, Rurouni Kenshin é um mangá de Nobuhiro Watsuki, publicado entre 1994 e 1999 na revista japonesa Weekly Shonen Jump, contando a história de um exímio ex-assassino conhecido como Battousai, o retalhador. Assumindo a identidade de Kenshin Himura, ele resolve virar um andarilho que prega a filosofia da “espada para a vida” durante a Era Meiji, se recusando a matar novamente.

Um dos maiores sucessos da revista, o mangá virou anime pelo Studio Gallop e pelo Studio Deen (a partir do episódio 67) em 1996, rendendo 95 episódios para TV e um longa-metragem em animação. Posteriormente, também ganhou algumas séries de OVA e uma trilogia live-action de sucesso no cinema japonês. Em setembro de 2017 ganhou uma continuação em mangá na revista Jump SQ, chamada de Rurouni Kenshin: Hokkaido Arc (Arco de Hokkaido), que já reúne 2 volumes encadernados – a publicação chegou a ser paralisada por alguns meses, devido à condenação do autor pela posse de pornografia infantil (saiba mais aqui).

O anime original foi exibido em parte pela Rede Globo em 1999, marcado como uma das séries japonesas mais editadas pela emissora, com cortes em cenas violentas que faziam às vezes 2 episódios serem condensados em um. Em 2001, passou a ser exibido pelo Cartoon Network de forma “mais integral”, apenas com cortes pontuais feitos pela distribuidora Sony. Na íntegra, a série foi exibida pelo Animax em 2008, mas em nenhuma das emissoras o último episódio foi exibido, permanecendo inédito no Brasil.

O mangá foi um dos primeiros títulos de destaque da Editora JBC, que publicou a partir de 2001 no formato “meio-tanko”, sendo metade dos volumes originais japoneses, rendendo 56 edições. Com o título original, Rurouni Kenshin, os quadrinhos voltaram às bancas em edição especial em 2012, encerrando com a numeração original japonesa de 28 volumes. A empresa também publicou e republicou o especial A Sakabatou de Yahiko, além de novels e uma enciclopédia chamada Kenshin Kaden. Em 2016, ainda houve o lançamento de Tokuhitsuban, mais um especial derivado da série (uma espécie de “versão do autor” para os filmes). Vale destacar também a vinda do autor ao Brasil, promovida pela editora em 2015. Watsuki participou de um encontro onde autografou centenas de mangás.

O anime está disponível atualmente pela Netflix, com idioma original e legendas em português.