Um desenvolvedor amador de jogos “refez” os jogos Link: The Faces of Evil e Zelda: The Wand of Gamelon, lançados em 1993 pela Philips Interactive Media para o CD-i. Eles foram desenvolvidos pela Animation Magic e são tecnicamente jogos oficiais de The Legend of Zelda (licenciados pela Nintendo), mas são por vezes referido como “Triforce Profana” (Unholy Triforce) pelos fãs. A Nintendo ignora a existência desses games quando trata da franquia.

Dopply passou 4 anos desenvolvendo um “remake” desses jogos como forma de aprender a usar o programa GameMaker. Ele alega ter refeito os jogos “do zero”, tentando emular os originais mas com diversas “melhorias”. A proposta de Dopply era usar um jogo simples e ver se conseguiria refazê-lo e melhorá-lo. Ele também conta que a coisa começou como piada, mas acabou virando um desafio pessoal.

A Nintendo recentemente vem sendo criticada por diversos fãs e até figuras da imprensa gamer por fazer uma espécie de “caça aos hacks”, emitindo notificações de DMCA (direitos digitais segundo a lei americana) contra diversos mods e hacks de jogos seus. Contudo, esse remake a colocaria em uma posição difícil, já que isso diretamente “oficializaria” os jogos como parte de suas produções – o histórico da empresa é de fingir que eles nunca existiram.

Os três jogos de CD-i (Faces of Evil, Wand of Gamelon e Zelda’s Adventures) são parte de uma história um pouco complicada. Em 1989, a Nintendo assinou um acordo com a Sony para desenvolver o tal “Nintendo Play-Station”, um periférico para o Super Nintendo que leria CDs, permitindo jogos maiores. Contudo, a Nintendo quebrou o contrato e assinou com a Philips – e aí a Sony fez o PlayStation (sem o hífen, pois o outro nome já estava registrado).

Contudo, vendo as baixas vendas do Sega Mega-CD, a Nintendo desistiu de vez da ideia. Mas, como parte dos “termos de desistência”, a empresa cedeu direitos à Philips de usar alguns de seus personagens – com isso nasceram os jogos de Zelda e Mario para o CD-i. Até o lançamento de Breath of the Wild, esses eram os únicos Zelda com falas gravadas. Os jogos acabaram ganhando certa fama quando viraram material comum em YouTube Poops.


Fonte: Dopply via Eurogamer