Não é só no mundo dos animês que a Sony está de olho. O conglomerado japonês assinou um acordo com a Disney que levará seus filmes para os serviços Disney+, Star, Hulu, e diversos canais da marca. O negócio vai colocar Homem-Aranha, que apesar de ser do MCU não está no total controle da Disney, nos streamings da “casa do Mickey Mouse”.
Franquias como Jumanji e Hotel Transilvânia também estão no pacote. Nos EUA, o Hulu possui alguns animês, incluindo títulos da Sony e da Funimation (propriedade da Sony Pictures e da Aniplex), mas não sabemos se a negociação abrange de alguma forma as animações japonesas do portifólio da empresa.
Com isso, filmes lançados pela Sony entre 2022 e 2026 chegam à Disney alguns meses depois de entrarem na Netflix, que assinou recentemente um contrato para exibir com exclusividade esses longas por 18 meses após o lançamento nos cinemas. Curiosamente, com isso, a Sony possui agora acordos de peso com talvez duas empresas potencialmente interessadas em travar a compra da Crunchyroll.
O acordo com a Disney ainda abrange produções mais antigas, que devem entrar no catálogo de seus streamings em breve, incluindo outros filmes do Homem-Aranha – há uma previsão para junho. No momento, o catálogo possui apenas um documentário sobre um tokusatsu do herói, produzido pela Toei Company.
Aqui no Brasil, a empresa possui uma parceria com a Loading.
Fonte: Deadline
O Homem-Aranha é da Sony?
Homem-Aranha é mais uma criação do quadrinista Stan Lee, com publicação pela Marvel Comics, surgindo em 1962. Nos anos 1970, a Marvel começou a oferecer algumas licenças para transformar suas histórias em filmes, incluindo um do herói aranha, cuja estreia foi em 1977.
Na época, quem comprou foi a Cannon Films, mas os termos incluíam a devolução da marca à Marvel caso nenhum novo longa fosse produzido antes de 1990. Quase quebrado, o dono da Cannon, Menahem Golan, vendeu diversas franquias da empresa para montar uma nova companhia, a 21st Century Films. Os direitos do Homem-Aranha foram divididos em TV, cinema e home-vídeo e cada um foi vendido a empresas diferentes, com envolvimento da Marvel nos termos.
Nos anos 1990, a Sony Pictures possuía os direitos para home-vídeo, por meio da subsidiária Columbia Pictures, e estava interessada no resto. A Marvel passava por problemas financeiros e ofereceu à empresa praticamente todos os seus super-heróis por 25 milhões de dólares – mas a Sony não achava a proposta rentável e queria apenas o Homem-Aranha, e o acordo ficou em 10 milhões. Daí em diante, a empresa deu início a novas produções do herói.
Frente aos problemas em ter sucesso com certas produções mais recentes da história de Peter Park, a Sony fez um acordo com a Disney para incluir o personagem no Universo Cinemático da Marvel (UCM, ou MCU), com as duas compartilhando os direitos de distribuição. Nesta empreitada, vieram os filmes com Tom Holland.
A Disney tentou renegociar os direitos, e aí a Sony resolveu romper o contrato e o personagem “saiu” do MCU. Pouco tempo depois, a empresa voltou atrás, fazendo um acordo para colocar o herói “em mais um filme da Marvel”, que seria revelado posteriormente como sendo Capitão América: Guerra Civil (2016).
De lá para cá, Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017), Homem-Aranha no Aranhaverso (2018), Spider-Ham: Caught in a Ham (2019), e Homem-Aranha: Longe de Casa (2019) foram lançados em uma parceria das duas empresas, com o personagem ainda aparecendo em outros dois filmes do MCU, Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019). Spider-Man: No Way Home, uma sequência de Longe de Casa, está previsto para 2022.
Oh interessante esse rolo do miranha pois apesar de já saber da história eu não sabia da parte da Cannon films.🍦