A força e o potencial dos monstros gigantes do tokusatsu (e derivados) foram provadas recentemente com a exibição de Godzilla vs. Kong nos cinemas, apesar da pandemia da COVID-19. Apostando numa expansão do Rei dos Monstros na mídia, a Toho Company fechou parceria com os estúdios Bones e Orange para a produção de um animê, com exibição mundial via Netflix.
Godzilla Ponto Singular (Godzilla Singular Point ou simplesmente Godzilla S.P) era um dos animês mais aguardados de 2021, especialmente para os fãs de tokusatsu, que também acompanharam SSSS.Dynazenon (baseado em Gridman e Superhuman Samurai) na mesma temporada de primavera. Ora, é o Rei dos Monstros conquistando mais um espaço na principal plataforma de streaming, além da trilogia animada que foi lançada entre 2017 e 2018.
O tal núcleo humano (algo comum em qualquer produção de Godzilla) do animê é protagonizado pelo engenheiro Yun Arikawa e a estudante Mei Kamino investigando uma série de acontecimentos estranhos em Nigashio, província de Chiba.
Um mistério não solucionado por um antigo pesquisador, o despertar dos monstros em pleno verão de 2030 e a consequente fumaça vermelha que toma o mundo levam os dois jovens e seus aliados a encontrar uma maneira de convocar Godzilla de algum lugar do espaço-tempo.
Alguns dos kaijus da era de ouro da Toho aparecem bastante, tocando o terror como manda a tradição. Principalmente nos primeiros episódios, isso porque Godzilla demora para aparecer. Sua chegada é triunfal, com direito ao famoso tema criado pelo compositor Akira Ifukube. Até aí, a espera tinha valido a pena. Mas, acredite se quiser, isso não é o bastante.
É inegável que Godzilla Ponto Singular faz referências para atrair antigos e novos fãs dos filmes kaiju. Mas não adianta ter boas referências se a trama não é tão convincente quando deveria ser. O animê é monótono, tenta ser engraçadinho às vezes com o mascote Pelo II ou mesmo com o temperamento forte do ancião Goro Otaki e tal.
Mas não tem jeito que dê jeito, como diria uma certa canção das antigas. Nem mesmo o Rei dos Monstros é capaz de salvar o próprio animê desse tédio. Aliás, é justamente depois da aparição de Godzilla que o roteiro fica de mal a pior, justamente nos três episódio finais.
Jet Jaguar, aquele robô capaz de se agigantar e que aparece pela primeira vez no filme Godzilla vs. Megalon (1973), é uma figurinha carimbada no animê. Ele é controlado pelo esquentado Goro. Apesar de ter uma estética de controle bem antiquada (pra não dizer desengonçada), até protagoniza boas cenas de ação.
É preciso que se diga que Jet Jaguar não é tão levado a sério por boa parte dos fãs de Godzilla, talvez por causa da sua “carranca” a la Coringa ou pelo seu “topete” tão espetaculoso quanto o capacete do Duende Verde.
Enfim, Jet Jaguar é a “ovelha negra” da mitologia de Godzilla. Se ele teve a chance de se redimir de alguma forma (apesar dos pesares), a chance foi desperdiçada logo nos últimos episódios, quando o personagem muda drasticamente e acaba sendo um “forte” candidato para deter o caos. É ver pra crer (ou pra rir). Ao menos Jet Jaguar chegou longe, ganhando a mesma relevância que Jar Jar Binks em Star Wars.
O diretor Atsushi Takahashi conseguiu transmitir a sensação de realismo dos kaijus, como ele descreveu numa recente entrevista. E o roteirista Toh Enjoe até conseguiu passar elementos de ficção científica, mas os fatores mencionados acima deixaram muito a desejar. Foi mais um experimento entre catástrofe e enrolação, que obviamente não dá resultado satisfatório.
Por isso, Godzilla Ponto Singular não deverá deixar tantas saudades para os amantes de filmes kaiju e de tokusatsu. Melhor que fosse uma piada de 1º de abril, como o tal anúncio do filme de Jet Jaguar.
Todos os 13 episódios de Godzilla Ponto Singular estão disponíveis exclusivamente na Netflix, com opção de áudio dublado em português ou no idioma original com legendas.
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Jet Jaguar não era um pra ser um pastiche do Ultraman? Não me surpreende que não tenha feito sucesso.
Pelo menos foi dublado.
Eu até que curti.
o anime foi bom, mais não era pra você esperar piadinhas e desenvolvimento dos personagens, o tema principal era o macaco vencer (humanos) e eles vencem apenas por causa dos temas de ficção científica que se conectam desde a introdução da série onde todos os elementos são importantes, não foi uma série pra se divertir o foco foram os elementos científicos e a viagem no tempo etc
Há um erro nessa matéria. Eles não querem convocar Godzilla, querem impedir que ele surja para que não haja a chamada Catástrofe.
Eu pessoalmente amei o peso de ficção Científica presente no anime. Justamente o que a crítica falou ser entendiante (o roteiro) eu achei muito bom kkkk impressionante como opiniões divergem.
É verdade, eu triste nessa parte do Godzilla não ser um protetor da terra.
Reza a lenda que o Jet Jaguar surgiu de um concurso com a gurizada japonesa. Só que era pra criar um monstro novo, porém durante a produção o JJ virou um robozão do bem.
Olha discordo da critica. Eu realmente curti o anime, na verdade esperava o mesmo tedio que vem desses aclamados filmes que o texto destaca no inicio e fui surpreendido. A história é voltada exatamente em impedir esse desastre com os monstros e ele cumpre muito bem esse papel, até apresenta explicações cientificas demais pro negocio, o que pode ter gerado a impressão de tédio.
Mas tem uma ação legal, a história é focada em contar aquilo q se propõem sem desvio e ainda deixa um gancho interessante pra próxima temporada. É o melhor anime do universo? Não. Vai agrada quem é aquele fã roots do Godzilla? Pelo que vemos no texto, tbm não. Mas ainda é uma boa diversão descompromissada, principalmente pra quem não é muito familiarizado com esse universo e apresenta uma bela animação com momentos bem bonitos e a dublagem BR tá muito boa, principalmente na escolha dos protagonista que possuem uma voz q combina mais com a aparência jovem deles do que no original que os 2 tem vozes de pessoas de 35 anos.
Respeito a opinião do critico, mas dizer que uma piada de 1° de abril seria melhor achei um pouco exagerado.
“Jet Jaguar, Jet Jaguar… Our Jaguar!
No fear of Space Monsters…
Godzilla and Jaguar, they punch, punch, punch!
EU gostei do anime
Obrigado pela crítica, César! Confesso que a parte investigativa dos estranhos acontecimentos estavam me prendendo no começo, mas lá pelo episódio 10 eu já tava ficando cansado daquele lenga-lenga e queria que tudo acabasse logo.
É uma pena que ele sofra disso, porque no que tange a animação e os cenários é tudo bem feito e bem bonito.
Quando Godzilla chega em Tóquio, é de deixar qualquer um tremendo nas bases, como se o fim do mundo estivesse diante dos nossos olhos. E de fato, foi uma grande redenção do Jet Jaguar, que nunca teve tanto destaque quanto neste anime.
Não é uma lenda isso é veridico mesmo.
Concordo ele pegou pesado nessa última parte.
Depende o Godzilla é um anti herói,em tem versões que ele é um vilão.
Estou vendo esse anime e, após 10 ep, estou curtindo. De boaça.
Esses últimos filmes hollywoodianos do Godzilla, pelamordeDeus. Prefiro demais o Godzilla de 98.
Esse anime foi muito bom sim. Confesso que em certo momento eu achei cientifico demais e percebi que poderia não agradar algumas pessoas, pra mim foi lindo! Dublagem boa D+.
Piada de 1° de abril é essa crítica.
Eu amei o anime, ele é mais para pessoas que apreciam a cultura japonesa e gostam de matemática, física. Por isso que a maioria não gostou. O anime é bom, eu amei a história, criativo e empolgante para mim.
Eu concordo completamente