Após análise da Justiça americana, a compra da Crunchyroll pela Funimation foi aprovada nos EUA. Seguindo procedimentos usuais, o Departamento de Justiça tinha estendido a análise para avaliar a possibilidade de truste – quando empresas se juntam para dominar um mercado, diminuindo a concorrência por meio de monopólios ou oligopólios.

Com o anúncio oficial da conclusão da operação, deduz-se que a decisão foi de dar procedimento à compra, portanto, o entendimento é que não existiria truste nesse caso, embora sejam poucos os serviços voltados especificamente para animês.

Veremos daqui em diante como as empresas trabalharão agora, a tendência é uma eventual unificação das plataformas, mas nada foi anunciado além do objetivo de criar uma “experiência de assinatura unificada”.

Aqui no Brasil, o processo de compra foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) ainda em janeiro, também por considerarem ambas uma fatia pequena do mercado (provavelmente pensando no mercado de streaming em massa).

Caso o CADE não tivesse aprovado, as duas empresas acabariam obrigadas a funcionarem separadamente aqui, mesmo com aprovação nos EUA. Ou uma disputa se estenderia por anos, como ocorreu com a compra da Fox pela Disney.

Após muita especulação no ano passado, a AT&T e a Sony anunciaram a venda da Crunchyroll por 1,175 bilhão de dólares (6,2 bilhões de reais) mas, como de costume, o processo dependia dessa aprovação legal.

A Crunchyroll foi formalmente fundada em 2006. No começo, o serviço distribuía cópias piratas, mas começou a apagá-las a partir de 2009, após adquirir os direitos de exibição de Naruto Shippuden. O streaming, hoje com 5 milhões de assinantes pagos, chegou ao Brasil em 2012.

Em 2016, iniciou uma parceria com a Funimation, terminada em 2018, após a compra da Otter Media (então dona da Crunchyroll) pela AT&T (dona da WarnerMedia). Com o fim dessa parceria, a Funimation passou a investir mais em seu próprio serviço de streaming e agora ambas farão parte de uma mesma empresa.


Fonte: Sony