O diretor Hayao Miyazaki, um dos fundadores do estúdio Ghibli, fala sobre o último filme lançado pela empresa, Tesourinha e a Bruxa (Aya to Majo, ou Earwig and the Witch). O diretor deu uma entrevista à TOHO, para marcar a estreia do filme nos cinemas japoneses no próximo dia 27.

Ele é creditado no planejamento e desenvolvimento do longa. O diretor disse que, apesar de trabalhar criando filmes, não pôde ficar à frente do projeto e deixou a decisão de encontrar um diretor para o produtor Toshio Suzuki,  que apontou o filho do próprio Miyazaki, Goro Miyazaki (Contos de Terramar), para a posição. Sobre o seu filho na direção, Miyazaki afirmou:

Pensei que Goro não estivesse à altura, mas seu espírito de luta superou minhas expectativas e achei os resultados bem interessantes. Achei bom o seu uso de CG. Foi um baita feito.

Para ele, o fato de ser seu filho na direção é irrelevante e que a escolha em usar computação gráfica ao invés do desenho tradicional o “libertou”. Sobre o filme em si, o diretor disse ser “uma história cativante e que faz jus à energia da obra original”.

O filme adapta o livro Tesourinha e a Bruxa (Earwig and the Witch, no original), da escritora britânica Diana Wynne Jones (1934-2011). Na história, uma jovem órfã é adotada por um casal fora do comum. Agora ela precisa se virar pra conseguir viver numa casa cheia de demônios, poções e cômodos escondidos.

Wynne Jones também é autora da série O Castelo Animado, que teve seu primeiro livro adaptado pelo estúdio japonês.

O filme estreou no fim de 2020, primeiramente no canal japonês NHK, devido a pandemia de COVID-19. O longa foi um dos 6 pré-selecionados japoneses ao Oscar de Melhor Animação deste ano, mas acabou ficando de fora da premiação.

Concorreu ao Annie Awards em duas categorias, mas não ganhou. O longa-metragem é inédito aqui, mas o livro saiu pelo selo Galera Junior do Grupo Editorial Record em 2015.


Fonte: ANN