O ator John Cho, o Spike Siegel na versão live action de Cowboy Bebop, deu uma entrevista à Vulture. Segundo ele, este é o personagem que mais demandou fisicamente dele, ao ponto de ter machucado o joelho no set de filmagens.

Cho passou por cirurgia e fisioterapia, mas afirmou que se dedicou ao máximo pelo personagem.

Sobre ser fã da obra original, ele disse:

A primeira coisa que li e me apaixonei foi o roteiro do nosso primeiro episódio, que eu achei realmente brilhante e pensei: “que raios é isso?” Então fui investigar o animê e achei a forma de entretenimento mais única que eu vi em um bom tempo: a combinação de gêneros, personagens, a música. Liguei para Aneesh Chaganty, que dirigiu Buscando…, para conversar. ‘Está ciente de uma série chamada Cowboy Bebop? Recebi uma oferta para fazer uma adaptação desse animê.’ E lembro dele dizer: ‘Você precisa fazer isso’.

Cho também revelou se sentir receoso pela reação do público frente ao seu trabalho duro. Ele sabe que as adaptações de animês em live-action não têm um bom histórico.

Com 49 anos de idade, ele falou sobre ser mais velho que o personagem:

Pra começar, eu não poderia ter feito aos 27 anos. Quero dizer, talvez eu estivesse melhor fisicamente, mas em termos da minha disciplina, estou estranhamente melhor nesta idade. Não acho que teria feito justiça à profundidade emocional que tentamos dar ao Spike. Há sempre uma troca. Os atores mais jovens são melhores na fúria. E isso talvez fosse um elemento mais marcante no personagem. Sendo mais velho, sou melhor em demonstrar fraqueza, vulnerabilidade e amor. Estas coisas estão mais acessíveis a mim. Pessoalmente, prefiro mais a versão que sou capaz de fazer agora.

Cowboy Bebop chega à Netflix no dia 19 de novembro.


Fonte: Otaku USA Magazine


Cowboy Bebop

Imagem: Banner de Cowboy Bebop com os personagens.

Cowboy Bebop é um animê do estúdio Sunrise lançado em 1998. O enredo é ambientado em um futuro onde a humanidade expande territórios no espaço e pode viajar rapidamente de um planeta ao outro. Nessa realidade, a criminalidade pelo universo aumenta assustadoramente, fazendo com que se crie a “Lei Cowboy”, que permite que qualquer cidadão comum possa caçar criminosos em troca de recompensas.

Os 26 episódios do animê foram exibidos no Brasil pelo extinto canal Locomotion, no começo dos anos 2000. O título virou um “cult” das animações japonesas, aquele tipo de série que supera o nicho e agrada em cheio ao público geral.

A versão em mangá foi lançada por aqui pela JBC e o filme baseado na série recebeu uma ótima versão brasileira no Rio, sendo exibido em alguns cinemas e lançado em DVD.

O animê chegou a ter uma curta exibição também pelo canal i.Sat, com idioma em inglês e hoje se encontra legendado na Crunchyroll e Funimation.