Digimon chegou ao Brasil com pressa. A resposta pra “febre Pokémon” veio carregada de um forte apoio da mídia, com veiculação na principal emissora do país e uma variedade gigantesca de produtos que renderam prêmios ao seu licenciante. No meio de todo tipo de cacareco, havia até uma revista oficial, com uma longevidade considerável.
A revista oficial de Digimon foi lançada pela Editora Abril numa época em que ela ainda dominava o mercado editorial. Surgindo nas bancas no frescor da série, que havia estreado em julho daquele ano de 2000, a publicação tinha a tarefa de informar o público infantil com os detalhes da franquia e de seus personagens, as próximas novidades que surgiam no Japão e as que logo viriam também pra cá. Boa parte dela era recheada com uma versão em quadrinhos dos episódios do animê, com espaço também para passatempos e seção de cartas — basicamente a mesmíssima estrutura da Pokémon Club, a revista oficial do concorrente e que serviu de espelho.

A estrutura da Abril não foi poupada. A revista quinzenal também acompanhou diversas promoções ao longo da existência com prêmios pomposos, além de brindes simples que faziam a alegria dos pequenos que não podiam ter algum dos caros bonecos licenciados.

Depois de 21 números da chamada “1ª fase”, a publicação foi reformatada em julho de 2001, quando passou a focar o conteúdo em Digimon 02, que acabava de estrear pela Fox Kids e Globo. A principal diferença era nas dimensões (que passaram a ser mais semelhantes a da revista Recreio), o preço (que foi de R$ 3,90 para R$ 4,20), além de quase sempre acompanhar um pôster. Foram mais 11 edições até ela ser encerrada de vez em dezembro de 2001, sinal de que o animê já não tinha o mesmo fôlego junto ao público.

Curiosidade: ambas as fases tiveram propagandas na TV (confira no vídeo do Instagram abaixo), que usavam como trilha de fundo o instrumental de “Butter-fly”, tema original da 1ª abertura — que nem era exibida por aqui, já que tínhamos que ouvir aquela cantiga da Angélica.
A Abril ainda teve outras diversas publicações com a franquia no período, sugando até onde podia com revista-pôster, revista de adesivos, revista pra colorir, dicionário de termos, chegando ainda a lançar quadrinhos produzidos na China, mas de forma incompleta.
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