O mangaká Ken Akamatsu foi eleito hoje (10) para um dos assentos na Câmara dos Conselheiros do Japão (Sagiin). O (agora) político é membro do Partido Liberal Democrata e servirá um mandato de seis anos, podendo concorrer a reeleição — ele já tinha expressado anteriormente que queria entrar na política.

O parlamento japonês é dividido em duas partes: a Câmara dos Representantes (Shuugin), também chamada de “Câmara Baixa”, e a dos Conselheiros, a “Câmara Alta”, formadas em eleições paralelas. Seriam mais ou menos equivalentes a Câmara dos Deputados e Senado Federal, respectivamente.

Akamatsu coloca a liberdade de expressão como sua principal pauta e foi uma das figuras principais na formulação da nova lei de antipirataria, aprovada em 2020.

Imagem: Ken Akamatsu

Ken Akamatsu comentando sobre a pirataria de mangás em dezembro de 2021 | KYODO

O mangaká também é conhecido por suas críticas às “plataformas estrangeiras”, como a Amazon, que por vezes retiram obras dele e de outros autores por infringirem políticas sobre nudez (principalmente com personagens menores de idade), pornografia, entre outros. Akamatsu defende a criação de plataformas nacionais, com auxílio do governo, para respeitar as leis japonesas e as “liberdades de criação”, em suas palavras.

Entre suas obras de destaque se encontram Love Hina e Negima!, ambas publicadas no passado pela editora JBC. A editora publica atualmente UQ Holder!.


Fonte: Nicchiban