A Lenda do Demônio

A Lenda do Demônio
Choujin Densetsu Urotsukidoji

[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=f029vl1Yquw 480 320]

Produção: JAVN Inc., 1987
Episódios: 5 p/ vídeo
Criação: Toshio Maeda
Exibição no Brasil: Band
Distribuição: Sato Co.
Disponível em: Vídeo

Última Atualização: 26/08/2009

Antes que alguém venha nos apedrejar por falarmos de um “desenho-pornô” no site, cabe aqui uma explicação: o JBox é um site voltado ao público jovem/adulto e, a partir de uma pesquisa feita por nós em dezembro de 2005, pudemos constatar que 60% dos nossos visitantes têm mais de 18 anos. Os demais quase em sua totalidade têm acima de 14. E não vamos ser hipócritas, quem no auge das 14 primaverinhas não sabe o que é sacanagem? Então, aos puristas de plantão: apesar de falarmos de Digimon, Flint e outras produções “infantis”, nosso sitezinho é direcionado a um público mais maduro, entenderam?

Vai ver é por isso que os e-mails malcriados só vem da mulecada… Hehehe… Portanto, estão avisados: se continuarem vão ler coisas que talvez não gostariam.

Sacanagem Made in Japan
Com certeza você já ouviu falar, pra não dizer que leu/assistiu, alguma produção hentai. Talvez algum sem vergonha por aí deva estar fazendo cara de bobo e dizendo “Eeeeu? Nem sei o que é isso, Tio Cloud!”. Tá bom, vou fingir que acredito e explicar do que se trata.

Hentai é o nome comumente atribuído aos mangás e animes onde tudo é, digamos, pretexto para que os personagens façam sacanagem. Trocando em miúdos: é pornografia na forma de desenhos (animados ou quadrinhos) japoneses. As produções hentai são meio que divididas em 2 categorias (pelo menos pra mim XD): soft e hard.

No soft hentai quase não é mostrado o bilau ou a xena (ai, que vergonha… Tô ficando vermêio… =P), ou quando mostrado é feito de forma mais sutil e temos algo, digamos, mais “normal”, mais humano.

Já o hard hentai é o mais famoso mundialmente (principalmente nos EUA, onde há alguns anos atrás desenho japonês era sinônimo de pornografia) e é onde os japas extrapolam todos os limites da sanidade: nele geralmente é mostrado sexo brutal e grotesco, com direito a corpos explodinho, tentáculos cheio de bilaus preenchendo todos os buracos da(o) parceira(o) e tudo que é possivel (e impossível também, acredite!!) de se imaginar. Na maioria das vezes a relação é feita entre um humano e um monstro e o final da “brincadeira” é digamos, meio pesado (como o próprio nome diz).

Uma curiosidade em relação ao hentai é que raramente é mostrado pêlos pubianos (cabelo nas partes baixas, pra quem não entendeu =P) nos personagens. Segundo uma “lenda”, há uma lei no Japão que não permite que os artistas coloquem tais cabelinhos nas moças/rapazes, o que nos faz ter impressão de que todos lá são menores de idade (sim, todas as mocinhas de hentai têm cara de ninfetinhas!). Se for verdade, essa lei deve ter sido criada por algum pedófilo… Mas, cá entre nós, acredito que na verdade seja uma característica dos quadrinhos japas, assim como os “zoião”. Mas nunca se sabe, né?

Putaria Animada
Os mangás hentai estão presentes na indústria de quadrinhos japoneses desde que ela é indústria, mas aos desenhos animados só chegaram nos anos 80, junto com o vídeo-cassete. Afinal, a partir do surgimento desse aparelhinho, qualquer tarado safado poderia ver suas menininhas assanhadas fazendo feiúras no conforto de sua casa, sem que ninguém perturbasse. Nessa época, séries como Creamy Lemon (Sonhos Molhados no Brasil) faziam a japaiada viajar entre 4 paredes, mostrando até então uma forma de sexo mais próxima à real.

Só que tudo mudaria no fim da mesma década, com a chegada de Urotsukidoji, um anime que combinava em uma só produção tudo que os nerds mais gostavam: sexo e violência. Só que a obra concebida por Toshio Maeda (também criador da ultra mundialmente famosa série hentai La Blue Girl – como percebe-se, o cara tem um gosto nato por safadeza…) exagerou na dose de ambos.

Mostrando um sexo brutal até então jamais visto, a série, lançada originalmente para o mercado de vídeo, virou um sucesso de vendas gigantesco, a ponto do autor até lançar um mangá de 6 volumes baseado em sua obra (na verdade, era mais desculpa pra mostrar os monstros metendo e explodindo as moças com seus hyper orgasmos =P). Tal mangá chegou a ser lançados nos EUA e na França (preciso dizer se vendeu bem?).

A série de OVAs durou 5 capítulos, nos quais uma história manjadíssima é simplesmente pano de fundo pra ver os capetas safados fazendo putaria. E o povo adorou, é claro.

A Historia
A cada 3.000 anos um demônio fodão vem ao nosso mundinho com o intuito de promover o equilíbrio dos três reinos: o dos demônios, dos homens e o dos semi-demônios (metade humanos). O que seria esse tal equilíbrio eu não sei, já que os capetões arrebentam (e comem – no mal sentido mesmo XD) tudo que veem pela frente.

O metade homem, metade demônio Amano vem à nossa realidade à procura do tal deus demônio (Deus Supremo no Brasil, Overfiend na versão gringa e Choujin na japonesa) que irá despertar a qualquer momento. Junto do rapaz estão a gostosinha Megumi (outra mestiça demônio/humano) e Kuroko, que é o mascotinho mais bizarro dos animes (depois daquele Mokona de olhos esbugalhados de Vampire Princess Miyu, é claro…). Além de feio, o capetinha anda com o bilau de fora e fica com ele duro toda vez que vê os capetas fazendo putaria (e ele fica lá, socando uma ¬¬).

Amano e seus “ajudantes” descobrem que o tal Deus Supremo irá despertar em um garoto do colégio chamado Tatsuo Nagumo. O rapaz morre de amores pela sem sal Akemi, que acaba fazendo o capeta despertar após dar pro moleque (ele goza e vira o demo @_@). Só que nisso tudo, os habitantes do reino dos demônios vem ao nosso mundinho “merendar” umas minas e acabar com Tatsuo. Bacana né? Essa trama poderia muito bem ter sido retirada de um episódio dos Teletubbies (só que sem sexo e sem sangue XD) de tão empolgante.

Como já mencionado, Urotsukidoji é muuuito violento e compete pau a pau com Genocyber pelo título de “anime com maior carnificina já lançado no Brasil”. Só que se levarmos em conta a quantidade assustadora de cenas de sexo explícito e brutal (as mocinhas explodem a cada gozada =P), Urotsu ganha com folga, mas muita folga meeesmo. Além da violência, ambas as produções tem mais algo em comum: o roteirista estava de folga. =P

A Continuação
Se a produção foi um sucesso, uma sequência foi logo engatilhada, correto? Errado. Tal continuação só chegou em 2002 e foi simplesmente entitulada The Urotsuki. Só que dessa vez os OVAs não fizeram tanto sucesso (é que o povo já tinha internet, ninguém precisava ver desenho pra matar a “sede de sacanagem” =P) e parou em 3 episódios.

Por aqui
No Brasil, o hentai é uma coisa relativamente nova, mesmo que Creamy Lemon tenha sido lançado em VHS pela Everest (com o título de Sonhos Molhados) na metade dos anos 80- um choque na época. O interesse pelo gênero começou pra valer na metade dos anos 90 junto com a popularização dos animes (CDZ e Sailor Moon fazendo coisa feia eram presenças obrigatórias em fanzines nacionais) e deslanchou de vez quando, em uma noite de sábado, a Band exibiu um tal de A Lenda do Demônio, ou Urotsukidoji (ueba!) para os íntimos.

Confesse: que adolescente da época não virava zumbi para poder ver o Cine Privê (e ficava mó boladão quando o povo não fazia sacanagem e vinha um comercial atrás do outro… Todo mundo ficava mandando a Band “praquele” lugar). O longa precedeu uma dessas sessões “proibidas” e fez tanto sucesso (chegou a atingir 4 pontos de audiência, na época feito raríssimo pra Band- e pro horário) que foi reprisado 3 vezes apenas em 1998, ano em que estreou na tv!

Só que nem tudo eram flores. Dos 5 episódios que compõem a série original, apenas os 3 primeiros foram exibidos. Motivo? Quem trouxe a produção pro Brasil foi a Sato Company, que também a lançou em VHS na mesma época. Só que a empresa trouxe apenas a primeira parte que foi editada nos EUA como um longa metragem. Não percebeu que a história acaba sem sentido? Ah tá, estava ocupado, imagino… Se bem que em hentai nem precisa de história (e quase sempre nem tem mesmo, é tudo pano de fundo pra trepar), o povo quer é ver as moças de acetado gemerem… XD

O sucesso de A Lenda do Demônio na Band foi positivo para os fãs de hentai em geral, que antes viviam da boa vontade de fansubbers (que nem legendavam, vendiam “bruto” mesmo), ou dos raríssimos (mesmo!) títulos lançados no mercado em VHS.

Vendo que desenho japonês era sucesso e que se tivesse sacanagem faria mais sucesso ainda, a distribuidora Mundial Filmes ficou doidinha e trouxe pro Brasil uma série de desenhos hentai (que somou-se a uns poucos títulos que ela tinha guardado na geladeira e nunca haviam sido lançados com “medo” de encalharem, como o classicaço Angel). A distribuidora criou o selo Sex Comics e colocou nas bancas de jornais cerca de 14 fitas VHS (que vinham “de brinde” com uma revistinha).

Depois dessa investida, poucas produções do gênero foram lançadas oficialmente no Brasil, entre elas Inocência Roubada e Ninfetas em Ação, ambas pela Fallms DVD. Mais recentemente, a distribuidora pornô Brasileirinhas chegou a pôr no mercado alguns hentais em DVD, só que todos com uma animação que parece ter sido feita com o Flash e não chegaram a empolgar. Falemos deles em uma outra matéria. =D

Elenco de Dublagem
Nagumo – Márcio Araújo
Akemi – Tânia Gaidarji
Amano – Figueira Júnior
Megumi – Márcia Regina
Osaki – Sérgio Corsetti
Aqualitis – Alexandre Marconato
Deus Supremo – Raquel Marinho