Lion Man

[div coluna1]Lion Man
Kaiketsu Lion Maru / Fuun Lion Maru
(Magnífico Lion Man / Tempestuoso Lion Man)
Produção: P-Production, 1972 / 1973
Episódios: 52 (Lion Man Branco) e 25 (Lion Man Laranja) p/ Tv
Criação: Tomio Sagisu
Exibição no Japão: 01/04/1972 – 07/04/1973  e 14/04/1973 – 29/09/1973
Exibição no Brasil: Manchete
Distribuição: Top Tape
Disponível em: VHS (Lion Man Laranja)

Última Atualização: 05/12/2010

Por Larc

No início dos anos 70, o primeiro Kamen Rider e Spectreman reinavam absolutos na TV japonesa. As duas séries foram responsáveis pelo segundo “Kaijyu Boom” (explosão dos seriados com monstros emborrachados) quando os programas do gênero voltaram a se tornar febre no Japão, fato que havia acontecido anos antes com Ultraman e Vingadores do Espaço, responsáveis pelo primeiro “Boom”.

Antes dos dois,  os heróis com tamanho gigante lotavam a TV nipônica. Pra cada dez séries, praticamente oito heróis (geralmente vindos de outro planeta) ficavam do tamanho da Torre Eiffel pra combater monstros invasores que queriam dominar a Terra (vulgo Japão =P). Tal gênero, que tem como representantes máximos a família Ultra, ficou conhecido como Giant Heroes (Heróis Gigantes). Não foi à toa que logo no início da década de 70 o segmento ficou saturado e, de certa forma, ajudou no sucesso do primeiro Kamen Rider, um herói de tamanho “normal”, coisa rara na época.

Em meados de 1967, Tomio Sagisu, um dos donos da extinta P-Productions, levou para a TV o projeto de um herói chamado Jaguarman. Tal herói tinha o tamanho natural, a cara de um jaguar (jura?) e lutaria contra monstros gigantes (mas hein?). Apesar de alguns testes de produção terem sido feitos (algumas fotos do personagem chegaram até a sair em revistas japonesas especializadas da época), o projeto foi engavetado. Os motivos? Como você leu acima, a moda na TV eram os heróis gigantes e assim, um do tamanho de um reles ser humano não parecia tão interessante. Além disso, o personagem era muito “bizarro”, pois tinha a cara de um animal, e convenhamos que o combate de um homem de estatura mediana com um gigante deve ser um tanto complicado de rodar– e ficaria amplamente tosco com os (d)efeitos especiais da época =P.

Colocando em miúdos: os produtores tinham medo de arriscar em algo diferente, que fugisse do padrão estabelecido pelos sucessos da época. Até hoje as coisas funcionam mais ou menos dessa forma, e se pararmos para analisar, são poucos os tokusatsus que podem ser chamados de inovadores. É tudo uma “recauchutagem” de uma ideia anterior. O gênero dos Super Sentai (super esquadrões) são o maior exemplo disso: entra ano e sai ano lá está o quinteto colorido (que desde Jyu Ranger passou a ter no mínimo um sexto membro que surge no meio da série) batendo nos soldadinhos, usando a bazuca (ou suas variantes) no monstro e chamando o robô gigante pra matar uma versão gigantizada do bicho não muito inteligente.

Até os Metal Heroes (heróis com armadura de metal, que na verdade eram feitas com fibra de vidro :P) também apresentavam clichês:  praticamente todos têm uma pistola disparadora de raios e uma espada laser.  Os mais antigos ainda contavam com uma nave que servia de casa e garagem pra seus veículos (uma moto, uma nave, um tanque, uma broca…) e se convertia em um robô gigante – ou algo perto disso… São situações repetitivas como essas que inferiorizam a maior parte dos seriados tokusatsus produzidos pois dessa forma limitam sua produção, impedindo que ela alcance voos maiores. Uma das poucas séries que rompeu com esses padrões e conseguiu “respeito” e sucesso foi GARO, produção de 2005 que muitos fãs no Brasil deliram com a possibilidade de passar num TV Kids da vida (é uma série violenta e com uma trama mais adulta)…

Grande parte da culpa, além das fábricas de brinquedo (por que você acha que os robôs gigantes dos super sentais são descaradamente de plástico? ¬¬), é das próprias crianças que adoram uma repetição. Provando isso, no Brasil o próprio Nelson Sato (dono da distribuidora Sato Co) adotou um sistema de exibição para a série Cybercop que segue essa tese: exibiam do capítulo 1 ao 10, 1 ao 11, 1 ao 12 e assim por diante. Se não te convenceu, vamos pra fora do universo tokusatsu: a Nickelodeon exibia durante 5 dias da semana um mesmo episódio do seriado (meio mongo) As Pistas de Blue. Prova que a garotada não se importa com a repetição é que este era um dos programas mais assistidos da Nickelodeon nos EUA.

Mas voltando ao assunto, como o projeto Jaguarman não foi aceito por nenhuma rede de TV, ele acabou sendo engavetado. A chance de retomá-lo só aconteceria em 1971. Devido ao sucesso de Spectreman, os executivos da TV Fuji trataram de encomendar para Sagisu um novo seriado, mas que o herói tivesse o tamanho de um homem qualquer, para concorrer diretamente com Kamen Rider, a febre da época. Ficou definido então que tal série deveria seguir, assim como o gafanhoto, a linha dos “Henshin Heroes” ou heróis que se transformam. Aí estava a chance de Jaguarman sair da gaveta. Mas, no meio de todo o processo de produção, o jaguar sumiu dando espaço ao leão, que ficou sendo chamado a partir de então de Lion Man. Foi então que, no dia primeiro de Abril de 1972, Kaiketsu Lion Man estreava no Japão via TV Fuji.

A princípio a série já chocava, pois trazia um herói um tanto quanto “diferente”. Mas o grande trunfo da produção era a época em que se passava: o período do Japão feudal, onde os roteiristas poderiam criar histórias fascinantes sobre a era que mais mexe com a imaginação dos japoneses, abrindo um leque enorme para histórias interessantes e todo tipo de situações fantasiosas possíveis. Não deu outra: a série foi um grande sucesso.

O lendário Lion Man branco
Durante um longo período de guerras internas, o demônio Gosun ressurge em uma remota ilha no mar japonês com a intenção de tomar o controle do Japão para si. Mas o sábio Kashin Koji já previa isso (sempre tem alguém pra “prever” o ataque inimigo…) e treinou três jovens para que pudessem combater o demônio. Antes de morrer, o velho dá aos seus pupilos três objetos mágicos para ajudá-los durante sua difícil missão: a jovem Kasumi ganha uma adaga, ao pequeno Kosuke ele dá uma flauta capaz de invocar um cavalo alado e à Shishimaru, o mais velho dos três, ele entrega a espada Kinsaji, capaz de transformá-lo no herói Lion Man quando invoca os poderes do vento e da luz.

No decorrer da série, surge pela primeira vez na história dos tokusatsus um “rival direto” para o protagonista.  O personagem Tiger Joe,  chamava a atenção por ter as mesmas características do herói (mas sendo um trigre :P) e sua personalidade forte, ainda que fosse pra ser um inimigo corriqueiro. A aceitação do personagem foi tão grande que a produção acabou transformando-o em um aliado do herói, mesmo se mantendo um tanto quanto “distante”… Desnecessário dizer que depois de Lion Man, isso virou clichê na indústria.

Os efeitos especiais da série eram bem pobres, mas o climão tosco estranhamente combinava com a produção. O vilão da história, o Diabo Gozum,  ficava escondido numa caverna e até perto do final, só viamos sua feiosa boca de pedra dando ordens a seus lacaios mal nutridos e retardados (pra que os monstros repetiam o próprio nome toda hora?). As fantasias de borracha dos vilões pareciam que iam rasgar com algum movimento mais empolgado e era agonizante as asas do cavalo alado sacudindo como se fossem cair a qualquer momento.

Se por um lado a produtora não investiu muito nesse quesito, por outro, precisa ser elogiada pelo trabalho bem feito na escala dos dublês. Usando como cenário regiões remotas do Japão, a equipe precisava correr por estradas de terra batida, trepar em cima de árvores e descer morros que pareciam prestes a desmoronar @_@. Não é de se ficar surpreso com o número de acidentes nos bastidores da produção…

No último episódio da série, Tiger Joe é friamente assassinado (ele leva um tiro no meio da cabeça x_x)  por um dos comandantes inimigos e isso faz com que a fúria de Lion Man exploda. Diabo Gozum (em sua forma real) começa a esmagar maquetes e destruir o país e Lion Man parte para o último confronto. Dentro do bicho, Lion Man finca sua espada e explode o seu arqui-inimigo, vingando assim a morte de seu mestre e do amigo Tiger Joe.

Lion Man laranja: sequência, remake ou o quê?
Com o término da produção, a P-Productions logo tratou de arrumar um substituto a altura de seu mais clássico herói – lembrando que Spectreman no Japão não é tão cult quanto por essas bandas. Em um surto de falta de criatividade, o estúdio criou Fuun Lion Man, apresentando o mesmo herói (literalmente, já que o ator que interpretava o alter ego humando do herói era o mesmo) só que na tonalidade laranja ao invés da cor branca do anterior.  No processo, até a trilha sonora foi reciclada e a sensação de que se trata de uma continuação é intensa. Mas a verdade é que, por incrível que pareça, o Lion Man laranja é só o Lion Man laranja mesmo…

Nessa nova série, é mostrada as aventuras do jovem Dan Shimaru (tiraram o primeiro “Shi” do nome na versão brasileira pra evitar piadinhas óbvias entre a gurizada :P), que recebe do seu falecido irmão Dan EiyuKishin a missão de derrotar o clã de Mantor do Diabo formado por ninjas perversos que querem dominar o Japão. Fazendo uso de monstros humanos (hein?) e dos ninjas rastejantes (soldados ainda mais mal nutridos que os da série anterior… Qualquer movimento com sua capa já fazia eles ficarem tontos e se jogarem de um barranco  X_X), a família de Mantor se esconde numa caverna no pé do monte Fuji e seu objetivo é dominar o Japão – e consequentemente o mundo. Louvando a um bizarro rosto incrustado na pedra, os seguidores de Mantor seguem as ordens de uma espécie de general,  chamado Aguidar – que é paraplégico e se move num banheiro químico pré-histórico com um pirocóptero na ponta – é sério! Da mesma forma que na série anterior, as roupas bizarras dos monstros são capazes de provocar risos involuntários. Quem viu, deve se lembrar do lendário “tanque tartaruga” que tinha um canhão que mais parecia com… errr… deixa pra lá :P.

Na jornada para chegar até a fortaleza dos Mantor, Shimaru encontra os irmãos Sankichi e Shinobu que estão na procura de seu pai. Perfeitos para isca, os dois acabam sempre cruzando o caminho do herói que está no rastro da família de Mantor. Da mesma forma que na série anterior, Lion Man ganha um inimigo que depois vira amigo: o poderoso Jaguar (qualquer semelhança com o Jaguarman do projeto inicial não é mera coincidência). Dizem que o público não foi muito com a cara do anti-herói e, sem muita explicação, o despacharam pro mundo dos felinos ninja de pelúcia. Provando mais uma vez que criatividade não estava na proposta dessa série, meio que ressuscitam o Tiger Joe (agora chamado de Tiger Joe Jr.) e fazem o herói lutar com a juba solta da mesma forma que seu antesessor. Pena que nem essas táticas ajudaram a salvar a audiência da série.

No geral, a produção até consegue ser superior a da série original, mas o climão tosco e “sujo” ainda predomina.  Bizarramente, em um dos episódios o Lion Man branco faz uma aparição, mas no final das contas não fica claro se aquilo foi uma homenagem, uma espécie de elo de ligação entra as duas séries ou uma tentativa desesperada de chamar atenção pra audiência. Uma cena antológica era a de transformação: com seu foguetinho nas costas, Dan Shimaru (na verdade um bonequinho vudu seu :P) ia voando de encontro ao sol e voltava com sua roupa feita de tapete e sua máscara de pelúcia, empunhando sua espada ninja. A pergunta que não quer calar: como ele não queimava a “poupança” com aquela chama nas costas? Apesar de que para muitos essa fase seja superior à primeira, ela não empolgou os japoneses e acabou com meros 25 episódios.

Lion Man G
Muitos anos depois do fim de Fuun Lion Man, foi anunciado o lançamento de um remake da série clássica (Kaiketsu) que estreou na TV japonesa em 2006. Dois anos antes, o criador das séries originais falecera, mas supostamente teria deixado um roteiro pronto de uma 3ª série estrelada pelo homem leão chamada Lion Man Ghetto. Depois de quase virar uma animação do bloco Adult Swim do Cartoon Network, um comitê formado pelas produtoras Crescendo e a Star Child definiu que o formato de Lion Man Ghetto (ou simplismente G) seria um tokusatsu para o público adulto.

Com um design de personagens adaptados pelo cultuado Keita Amemiya, baseado em ilustrações de um livro lançado em 2000 pelo próprio Tomio Sagisu, a série decepcionou bastante quem esperava uma homenagem aos personagens clássicos, inspirado na série GARO – com um visual e efeitos especiais acima da média das produções contemporâneas. A principal decepção foi ver que o intrépido Shishimaru reencarnara num patético japa com cabelo tingindo com água oxigenada barata que trabalha de gigolô num bairro conhecido como a “rua augusta” ou a “vila mimosa” de Tóquio.

O vilão Diabo Gosum encarnou num empresário que dissemina pelas ruas de Neo-Kabukichou uma droga chamada Skull Eyes que dá a quem faz uso estranhos poderes. Quando atacado por arruaceiros drogados, o novo Shishimaru recebe a lendária espada do herói da série clássica das mãos de um mendigo que é a reencarnação do sábio Kashin Koji e, quando se transforma, fica apavorado com seu visual leonino (o que convenhamos, é bastante natural pra qualquer ser humano no mundo real, mas muito inesperado em um tokusatsu). O Joe Tiger reencarnado fica com o mesmo sentimento que o telespectador que curtiu o herói clássico desperta, tomando ódio desse Shimaru covarde.

No decorrer do programa, o humor (os vilões zoneiam a capinha inútil do herói na hora das lutas :P) vai dando espaço para um tom menos debochado e algumas lutas até que valem muito a pena – como a de Lion Man contra Joe Tiger e a da reencarnação do velho sábio contra um vilão enviado pelo novo Diabo Gosum que rouba as espadas dos heróis e se transforma em Lion Tiger. Ah! Os irmãos Kosuke e Saori reencarnam também e da mesma forma que na série clássica, só que o pivete mala vira uma garota de 14 anos pra lá de esquisita. Aliás, esquisitices têm de sobra nessa produção que não é de toda ruim se encarada com bom humor. Ao menos a trilha sonora da abertura ficou legal :P. Vale uma espiadela.

A bagunça no Brasil
No final dos anos 80, com o crescente sucesso dos seriados japoneses na Manchete, a Top Tape foi ao Japão adquirir algo que pudesse entrar na onda de Jaspion e Cia e render um trocados à empresa. Na bagagem, trouxeram Jiban e Jiraiya e uma série um tanto quanto estranha: Lion Man. Até hoje, muitos se perguntam o porquê da distribuidora ter trazido uma série tão velha e tosca (até mesmo para a época, pois já estava quase completando vinte anos que Lion Man havia sido exibido na TV japonesa). Em uma entrevista publicada na internet no começo de 2010, o responsável pela vinda das séries na época, José Roszemblits, informou que adquiriu o seriado por achar a temática interessante e diferente.

As duas produções (Kaiketsu e Fuun) teriam sido adquiridas completas, porém o baixo retorno comercial da série Lion Man fez com que ambas fossem engavetadas. Sobre a inversão da exibição (primeiro o laranja e depois o branco) podemos deduzir que se tratou  de uma estratégia para testar o potencial da série junto ao público, já que a 2ª série é mais curta. Como Jiraiya e Jiban acabaram roubando toda atenção, cagaram para a série e algumas reprises depois, começaram a exibir Lion Man branco. Não há uma certeza, mas cerca de 15 episódios dublados foram apresentados. Aí a gente para pra se perguntar: se dublaram tudo, porque não passaram logo de vez? Na apresentação de Kaiketsu, tentaram fazer o público não achar a série tão velha, adulterando a trilha sonora original por BGMs de um LP feito pra série do herói laranja – nos moldes do que o SBT fez com a trilha sonora de vários episódios do Chaves.

O Lion Man laranja estreou em 1989 ao lado de Jiraiya e não fez tanto sucesso quanto o incrível ninja. Seguindo a ideia de faturar com LPs pra molecada, a Top Tape lançou um disco com músicas adaptadas com entusiasmo (em contraste ao ritmo caído das canções originais japas :P) com direito a algumas composições 100% made in Brasil. Alguns episódios foram lançados em VHS, mas as vendas não foram tão interessantes quanto a dos heróis do momento comercializados pela distribuidora na época – Jiraiya, Jiban, Tartarugas Ninja, Comandos em Ação e até um especial da Barbie @_@.

Já o Lion Man branco deu o ar de sua graça por volta de 1991, sendo que os supostos “episódios inéditos” fizeram com que todo mundo pensasse que estava assistindo a uma continuação da série anterior. Mas isso nem foi a coisa mais bizarra envolvendo os heróis em nosso país. Na dublagem do Lion Man branco, chamavam o Diabo Gosum de Satã Goss nos primeiros episódios x_x. De quem foi a brilhante ideia não sabemos, mas merecia o troféu oportunista da década, junto do senhor Egashira por chamar o Spielvan de Jaspion 2 :P.

A dublagem feita na Álamo escalou Nelson Machado (o eterno Quico) para dublar o herói Lion Man nos primeiros episódios, mas depois o mesmo foi substituido por Leonardo Camilo (o Ikki de Fênix) com competência. Outros nomes famosos na dublagem são Hermes Baroli (futuro Seiya de Pégaso) fazendo os fedelhos Sankichi (na série laranja) e Kosuke (na série branca) e Gilberto Baroli – que dublou todos os monstros da fase laranja e fez um Diabo Gosum com um efeito de voz pra lá de estranho.

Mesmo sendo um herói diferente, visivelmente fora de seu tempo quando foi lançado por essas bandas, Lion Man é lembrado com carinho por muito marmanjo que delirou com a notícia do lançamento das séries, devidamente remasterizadas, em DVD em idos de 2002. Como dificilmente alguma empresa enxergará potencial para lançá-las em DVD oficialmente no nosso mercado, fica aqui o registro de mais uma produção made in japan que divertiu a infância de milhares de brasileiros entre o final dos anos 80 e o começo dos anos 90.

Checklist Episódios (Lion Man Laranja)
01 – O homem foguete
02 – O invencível Jaguar
03 – O tanque tartaruga
04 – A bomba vulcânica
05 – O precioso líquido
06 – A missão de Jaguar
07 – A fortaleza
08 – A misteriosa arma
09 – O vale do diabo
10 – O canhão gigante
11 – A volta de Tiger
12 – O vingador das trevas
13 – Intrépido Lion man
14 – A vingança de Lion man
15 – O prisioneiro
16 – Sem amanhã
17 – O reino de Mantor
18 – A fortaleza subterrânea
19 – Ressucite Lion Man
20 – A derrota de Shimaru
21 – Irmãos Coragem
22 – O segredo do Santuário
23 – Agdar vs Lion Man
24 – Triste decepção
25 – A queda do império

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