Power Rangers – 1ª Temporada (Zyu Ranger)

[div coluna1]Power Rangers
Mighty Morphin Power Rangers
Produção: Saban – Toei Company, 1993
Episódios: 60 (1ª Temporada)
Criação: Haim Saban & Shuki Levy (Baseado na série: Kyoryuu Sentai Zyu Ranger)
Exibição no Brasil: Fox, Globo, Fox Kids/Jetix
Distribuição: Fox Films – Saban International – Buena Vista
Disponível em: VHS

Última Atualização: 29/09/2007

Por Larc Yasha

Sim!!! Chegou o momento de sacarmos nossos morfadores do bolso e entrarmos no universo dos Power Rangers. Há mais de uma década no ar, a picaretagem mais lucrativa já feita entre japoneses e americanos em todos os tempos, não poderia ficar restrita a uma só matéria (gigante, diga-se de passagem :P) e por conta disso, vamos tratar de cada fase já feita separadamente. Com isso, você vai poder ficar por dentro também das produções originais japas que serviram de base para a criação do que pra uns é uma aberração que jamais deveria ser produzida e pra uns tantos outros (ahn… Até 10 anos de idade principalmente!) é algo… Morfonomenal (êita @_@!).

A origem de tudo (ou o fim dos Super Sentais originais no mundo)
O israelense erradicado nos EUA, Haim Saban, sempre trabalhou no universo televisivo e foi um dos caras que mais injetou o “tempero oriental” nas televisões de diversos países. Pra vocês terem noção da coisa, ele foi o responsável pelo lançamento de Bioman e Gaban na França (onde esse último virou X-or), e lá o sentai e o metal hero são ícones do mesmo patamar de Jaspion e Changeman aqui no Brasil.

Saban sempre pareceu ter uma certa “tara” por tokusatsus. Após o sucesso monstruoso que Bioman fez na França na década de 80, o cara tentou lançar moda nos EUA. Só que as emissoras torceram o nariz pro seriado e o sonho foi pra gaveta. Saban até tentou por um toku no mercado americano outra vez (ainda na década de 80) e a “vítima” foi o pobre Metalder. Mais uma vez, ninguém foi com a cara do programa japonês e Saban só viria a ter seu “sonho” de trabalhar com Metalder realizado, anos depois – quando os Power Rangers estavam no auge do sucesso – com o tenebroso VR Troppers (que juntou Metalder com Spielvan, depois de um tal Cybertron – reciclagem só do Metalder – ter sido reprovado). E quase que Jetman (outra série sentai, anterior a série que originou os Power Rangers) entra no mutilador também!

Depois de trabalhar com sucesso na adaptação (ou melhor: destruição! Ele mexia em tudo!) e lançamento de dezenas de animes no mercado norte-americano, Saban fundou sua própria produtora em parceria com Shuki Levy: A Saban Entertainment. E foi através dela que a criação do mais terrível pesadelo dos fãs de tokusatsu se tornou uma realidade. Em 1992, numa viagem ao Japão para adquirir mais animes para destroçar (ops… Adaptar x_x), Saban contatou a Toei Company, para adquirir os direitos de exibição do seriado super sentai em exibição naquele ano: Zyu Ranger (ou Jyu Ranger). Nesse mesmo ano, o cinema assistia com euforia o blockbuster de Steven Spielberg, Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros. Como tudo que tinha dinossauros, na época, era consumido com alvoroço pela criançada, Saban teve a brilhante ideia de tentar emplacar Zyu Ranger nos EUA pelo fato da série ter como “tema” da vez os gigantescos seres pré-históricos.

Só que chegar pra uma rede de tevê gringa e mostrar um enlatado em que os heróis têm zoios tudo puxado, e ainda tem o Japão como simbolismo pro planeta Terra, é pedir pra guardar um negócio no porão (a gaveta já tava cheia de outros projetos mal sucedidos XD).

É aí que entra o fator que transformou Power Rangers no sucesso que é e marcou o fim dos super sentais originais produzidos a partir de 1992 em todo ocidente. Com a devida ajuda da Toei Company, Saban e sua produtora começaram a fazer adaptações na história de Zyu Ranger de forma a deixá-la mais comercial pro mercado gringo. Mas as adaptações não foram “leves” como nas vistas nos animes que a empresa trabalhava. Simplesmente todas as cenas com os heróis sem fantasia foram refeitas nos EUA e editadas com cenas de ação cheias de coreografias e (d)efeitos especiais japas. Ou seja: Power Rangers não passa de uma grande edição de cenas de um seriado japonês com tomadas filmadas na Terra do Tio Sam!

Que venham os lucros!
Para Saban, essa jogada foi o fator decisivo para ver o saldo de sua conta bancária ultrapassar a casa dos milhões de doláres. Pegando um punhado de atores de 10ª categoria e pagando pra figurantes que devem ser todos parentes da equipe de produção, Saban ultrabarateou a mão de obra de sua série. Do outro lado do mundo, a Toei observava tudo e deixava a bagunça rolar solta. De olho no mercado americano, onde seus enlatados nunca tiveram uma penetração, a empresa só pensava no lucro que a doidera poderia render. E (pasmem!) até contribuiu para que a série pudesse “convencer” o público pouco acostumado com esse tipo de programas. Sim… A Toei chegou a filmar inúmeras cenas de luta e batalha de robôs exclusivamente para Saban poder montar o quebra-cabeça macabro que era cada episódio de Power Rangers. Um detalhe: O primeiro ano da série teve mais episódios que a série que a originou. Assim, os mais atentos podiam reparar um repeteco de monstros em alguns episódios.

Eis que no primeiro semestre de 1993, o piloto do novo programa infantil estava pronto. Apresentado para diversas emissoras, esse piloto trazia a “essência” do que seria o novo show infantil. Extremamente ruim, a história é a mesma do 1° episódio que todos conhecem. Só que existem uns detalhes que (devidamente corrigidos antes da finalização e lançamento na Fox) transformam esse piloto da série na coisa mais repugnante que nossos olhos poderiam enxergar.

Zordon se chama Zoltar (isso num é um inimigo do Space Ghost?) e é um cabeção de pedra verde dentro de um garrafão pet, e o centro de comando é mais tosco que o que você viu. O Alpha parece uma árvore de Natal do ano 3000. A popular palavra Zord não existe aqui – é Droid Zordon. Trini não é uma chinezinha! É uma morena gatinha que se veste mal (@_@). Jason não é tão bombado e Billy tem mais cara de nerd ainda. Só o Zack continua com cara de parente do Will Smith em Um Maluco no Pedaço. A cena da transformação é muito mais “pobre” (da pra fazer em casa +_+) e no lugar de cantina no ginásio temos uma pista de boliche (quer algo mais americano?). Curiosamente, esse “episódio zero” só foi ao ar pro público em 1999 num especial.

Em 28 de Agosto de 1993 o episódio, devidamente refeito, ia ao ar. A partir daí, um largo sorriso de orelha a orelha se abriu nos dentes de Saban e dos executivos da Toei – e também da Bandai. Aliás, a Bandai safadamente lucrou horrores nessa brincadeira. Bastava fazer novas embalagens, e pôr os bonecos não vendidos de Zyu Ranger nas lojas com o nome de Power Rangers. Com a parceria de sucesso entre as três empresas, cada novo episódio que ia ao ar conquistava mais e mais audiência. No natal de 1993, os pais se acotovelavam nas lojas atrás de um bunequinho da série. A mania gerou tantos produtos, que abarrotavam os estoques das lojas. E mesmo assim, muitos sumiam em questão de horas! O faturamento era tão alto, que foram lançadas quase 10 séries diferentes dos mesmos bonecos (tinha o simples, o que virava a cabeça, o que falava, o gigante…).

Claro que o sucesso também gerava polêmica. No Canadá, por exemplo, a série chegou a ser proibida por (segundo opiniões do povo que tem rixas estranhas com os filhos do Bush) incitar a violência entre crianças e jovens. Apesar de todas as polêmicas (implicavam até com o fato da Trini num ter peito depois de morfada XD), Saban ganhou tanta grana que comprou partes de gigantes empresas de comunicação.

A título de curiosidade: se você acha o tema Go Go Power Rangers inesquecível, saibam que Haim Saban e seu parceiro Shuky Levi já estiveram envolvidos com a composição de outros temas de sucesso no passado. Cortesia dos dois: He-man; She-ra; Poli Position; Jayce e A Liga Relâmpago (que parece anime, mas não é!!!) e o clássico tema dos Caça-Fantasmas (o do Geleia… Não o outro). Experiência acumulada dá nisso né?

Hora de Morfar!
Astronautas que parecem ser daquela Missão Marte do Chapolin Colorado (o uniforme é igualmente tosco) encontram na Lua (que mais parece um deserto e tem até a luz do sol @_@) uma espécie de lata de lixo. Ao abrirem o tal artefato, eles libertam a temível bruxa Rita Repulsa e seus lacaios: o macaco (???) de ouro Goldar, o artesão que parece um bode aidético Finster, o “bicho papão” Squatt e o morcego aboiolado Baboo. Rita rapidamente ruma para seu castelo na Lua (que nunca podia ser exibido com um close, senão as crianças leriam “Bandoraplace” ^^’) e começa a tramar seus planos para conquistar a Terra.

Enquanto isso, em nosso planetinha azul, o cabeção falante Zordon desperta o robôzinho gay Alpha 5 e pede para que o mesmo lhe traga 5 adolescentes para que possam receber as moedas do poder e se tornem os Power Rangers – os únicos capazes de deter Rita. No ginásio de Alameda dos Anjos, 5 jovens amigos (que não convencem nem à Luciana Gimenez que são adolescentes!) vivem suas vidinhas bobocas quando, de repente, são transportados para um lugar chamado centro de comando – que é idêntico ao que muita criança achava ser o interior daquela nave da Xuxa @_@. É cheio de pisca-pisca de natal num fundo preto! – onde ficam ante aquele que virá a ser seu mentor.

Jason, Zack, Billy, Trini e Kimberly relutam um bocado em aceitar a missão e a responsabilidade que Zordon lhes revoga, mas depois de tomar umas porradas de bonecos de massa (os Soldados Hidler da série XD) enviados por Rita, eles resolvem encarar a missão de suas vidas. Ao sacarem seus morfadores e gritarem o nome de cada um dos dinossauros (sendo que nem todos os bichos são dinossauros: Tigre Dentes de Sabres e Mastodonte são mamíferos, tá?) que passam a representar, eles se transformam completamente. Os rapazes ficam magricelos e a Kimberly fica um pouco mais altinha. Mas a “morfação” mais bizarra ocorre com a Trini: ela vira homem @_@!!! Acontece que as cenas dos heróis morfados são 100% japonesas. E no Japão, a personagem amarela é um homem! Logo, adeus “coxinhas” da Trini… Olá corpo de tábua de dublê japonês. +_+

Como Power Rangers, o trunfo maior dos jovens é o poder de invocar os Dinozords. Tiranossauro, Mastodonte, Tricerátops, Tigre Dentes de Sabre e Pterodáctilo se unem formando o poderoso Megazord. No decorrer da série, surge um 6° Power Ranger. É Tommy, o Ranger Verde. Inicialmente o rapaz é malvado e depois de um arco bastante arrastado de episódios, ele vira mocinho e traz pra equipe mais um Zord: o Dragão Zord (que é evocado com uma flautinha/adaga cujo som virou até tema de funk no Rio de Janeiro @_@). Pouco depois, mais um Zord chega: Tetanus (não, não é uma vaca XD), o Ultrazord.

Hora de vomitar!
A fim de fazer o programa ser aceito mais facilmente pelas redes americanas, e de gerar uma empatia rápida com o público infantil, Saban & Levy trataram de refazer todos os roteiros de Zyu Ranger de modo que, no final de cada episódio, exista uma mensagem positivista que enalteça a moral e o bom costume. Essas liçõezinhas de moral são inúmeras vezes piegas, e ao final de cada episódio – se você não for criança – sente-se uma certa ânsia de vômito por tamanha artificialidade.

Conforme comentado acima, no episódio piloto dos Power Rangers, havia uma moreninha no lugar da Trini. Como uma equipe de jovens branquelos poderia despertar alguma crítica por parte de grupos que lutam contra a discriminação racial, colocaram um “afro-americano” que em toda série Power Ranger possui um representante. Não se sabe a razão da “primeira Trini” ter vazado do elenco, mas a inclusão de uma oriental com cara de anoréxica (magra feito um cabo de vassoura!) infla a necessidade da produção tentar gerar heróis para todos os tipos de criança (coisa que os japas não precisam se incomodar e que nós no Brasil nem nunca demos bola…).

Quanto aos roteiros… Err… Bem… A série basicamente se resumia a mostrar os heróis no ginásio (raramente estudando, diga-se de passagem, XD) e na cantina do Ernie (um balofo que fazia o Faustão parecer magro e engraçado) fazendo alguma coisa “sadia” (argh!). Aí, Rita tem uma ideia para destruir os Power Rangers e conquistar o mundo (que não é mais Tóquio… Agora é Alameda dos Anjos! Aliás… Alameda dos Anjos é só um grande parque com um ginásio?!?! @_@) e manda Finster fazer o monstro do dia. Os patrulheiros surgem para mostrar os atores americanos lutando e quando o monstro (100% japa) ataca, os heróis morfam e vão ou para pedreira da Toei ou para a cidade de Tóquio – argh!

A coisa mais horripilante na série era poder distinguir nitidamente as cenas que pertenciam a Zyu Ranger das que eram filmadas nos EUA. Enquanto os japoneses fazem suas séries usando filmagem com película cinematográfica e uma quantidade diferente de frames por segundo, a Saban filmou tudo com câmeras de vídeo “comum” e a 30 frames por segundo. Dessa forma, na hora da edição, era impossível de não notar os cortes e mudanças de tom das cenas. Aliás, existe algo pior que esse “detalhe”…

O observador mais atento podia reparar quando o Tommy aparecia, como a produção de Power Rangers era tosca. Como a Toei ainda não havia mandado as fantasias originais pros EUA, a Saban teve que fazer uniformes por lá mesmo. A confecção até que tentou ser fiel, mas americanos não possuem corpo de japa. Resultado: quando os rangers transformados apareciam num cenário americano, até um cego reparava a diferença. E a mais gritante era – sem dúvidas – o “colete” do ranger verde. Sabe aquelas sobras de barracão de escola de samba? Pois é… Devem ter importado toneladas daquilo pra fazer o colete e umas fantasias de monstro (que vez ou outra “apareciam nos EUA”).

Existem episódios memoráveis ao longo dessa 1ª temporada. Mais pela bizarrice que pela história em si. Como não esquecer o episódio daquele monstro porco com elmo romano devorando tudo? Ou a pentalogia (O_o) em que surge o Ranger Verde (e aquela Scorpina)!? Ou quando Tommy perde os poderes e Jason fica com seu colete?! As dores de cabeça de Rita Repulsa (que nunca podia aparecer diante dos heróis, por ser japa), as palhaçadas do Bulk e do Skull (que roubam a cenas inúmeras vezes), a “dimensão do mal” de Rita (@_@ gelo seco, lampâdas pisca-pisca de natal, umas grades vagabas… Urgh!) ou ainda o fusca (!) voador do Billy? (puuuuutz!!!!) @_@… Tudo muito ruim, trash e infantil. Poderia ser pior? Ah sim… Poderia!

Go go Zyu Ranger…
Os Power Rangers são mal feitos? Sim… Bastante até. Mas grande parte da tosquice da série (uns 50%) são cortesia da produção original japonesa, na qual se baseou. E de todos os sentais feitos na década de 90, Zyu Ranger foi um dos mais toscos – pode ter certeza disso. Com apelo forte para o público infantil, a tosquice começa logo na abertura. Um take repleto de bichos pré-históricos de plástico assusta mais que o colete troncho do Ranger Verde gringo.

A trama faz qualquer professor de história ou evolução pirar na batatinha. Na série, dá a entender que nós evoluímos dos dinossauros @_@!!! Há 170 milhões de anos, o “homo-dinossaurus” sofreu o ataque do temível Dai Satan (uma cabeça esquisita que apareceu nos Power Rangers como Lokar) e Bandora (a Rita!) que queriam exterminar com os dinossauros pois, supostamente, um bichão desses matou o filho da velha. Depois de uma guerra impiedosa (onde o poder dos deuses sagrados – os Shogozyus/Dinozords – foi decisivo), Bandora e seus serviçais foram aprisionados e enviados para um planeta chamado Nemesis. Mas como dentro de 170 milhões de anos (credo o_o) Nemesis se aproximaria da Terra, seria necessário haver guerreiros para impedir que Bandora tentasse importunar outra vez. Então, 5 jovens (Geki, Dan, Goshi, Boi e Mei) de reinos diferentes se propuseram a ser os guardiões da Terra e caíram em um estado de “hibernação”, recebendo o poder de cada um dos 5 deuses.

Quando Bandora surge nos tempos atuais (1992 ^^), o mago Barza (o Zordon deles e que vive numa nuvem mal feita pra chuchu @_@) desperta os heróis e lhes entrega os “Dino Buckles” (os morfadores) que carregam as moedas mágicas (do poder) que os faz se transformarem. Ah… O velho reumático também entrega os “Dino Crystals” (os cristais do poder… Que surgem do nada em Power Rangers) capazes de ativar os cinco Shogozyus. Como em Power Rangers, no meio da série pinta o 6° Ranger (que se tornou presença constante em todos os super sentais a partir daqui). Ele é Burai, que erroneamente umas revistinhas falavam que era o filho da Bandora/Rita. Na verdade, o cara é um “irmão perdido” do Geki/Ranger Vermelho e depois de um pega-pra-capar passa a ser bonzinho. Não dura muito e morre, deixando os poderes pro maninho (junto com o controle do Dragon César – o nome original do Dragão Zord).

Na série, uns detalhes curiosos se comparados com Power Rangers, a tornam deliciosamente bizarra. Bandora/Rita Repulsa é interpretada pela atriz Machiko Soga que fez a Rainha Pandora em Spielvan e a Aracnin Morgana em Jiraiya (e, ao que parece, os japas adoram vê-la em fantasias ridículas ^^). Dois rangers japas são atores conhecidos dos brasileiros: Boi, o ranger amarelo, é o mesmo ator que fez o Manabu do Jiraiya, e Burai foi feito pelo ator Shiro Izumi que fez o Change Pégasus em Changeman! Quando Bandora/Rita queria vir pra Terra, ela fazia o caminho em um bizarro monociclo voador (putz x_x). E o final? Lami (a Scorpina japa, que por sinal nunca aparecia diante dos americanos ^^’) se casa com o Grisofer (o Goldar) e tem um filho (que por sorte não puxou a cara do pai XD). Bandora – banida da Terra – se conforma em ser uma vovó e os vilões têm o seu “final feliz”.

Monstros toscos (como aquela tartaruga com um semáforo @_@ ou aquele que parece o Lion Man o_O’) e um roteiro delirante (nunca mamíferos e dinossauros viveram juntos) são as principais características desse super sentai que – por uma infeliz obra do acaso – teve como tema os dinossauros. Talvez, se não fosse essa temática, Saban não teria conseguido emplacar nenhum sentai em solo gringo e não teríamos os morfadores coloridos. Fazendo uma comparação geral entre as séries, Power Rangers consegue se sair pior por conta da necessidade de sempre mostrar uma boa lição pra mulecada. Só que a toskice do PR é conectada diretamente a Zyu Ranger. Assim, falar que a série é melhor só porque é japa é algo meio complicado. Vai ao gosto do freguês, né? Pra mim, a única coisa que prestava em Zyu foi aproveitada em Power Rangers: as cenas de luta e batalhas de robô =P. Desse jeito, não acho que perdemos lá muita coisa…

Mania no Brasil
Power Rangers chegou por aqui meio que na surdina em 1994 pela Fox. Exibida na tv por assinatura, a série só foi ter uma projeção imensa quando a Globo a adquiriu para fazer frente junto ao fenômeno que Os Cavaleiros do Zodíaco eram na emissora concorrente, em janeiro de 1995. A exibição da série perto do horário do almoço dentro do bizarro infantil TV Colosso logo chamou atenção da molecada e também dos fãs de tokusatsu. Quando a verdade de como os Power Rangers eram feitos veio à tona (através da lendária Herói número 10 ^^) os fãs entraram em colapso e passaram a adotar uma postura “anti-power-rangerzista” que muitos carregam até hoje.

A verdade é que o contrato entre a Saban e a Toei proibia que as produções originais pudessem ser vistas em outro país senão o Japão. Dessa forma, o público que cresceu assistindo a Terra ser protegida por heróis orientais, torceu o nariz (outros a cabeça toda XD) pra babaquice americana direcionada pro público infantil. Ironicamente, hoje, muitos fãs mais radicais assistem a reprises das primeiras temporadas quando são exibidas com um ar saudosista e chegam até a tolerar um pouco mais a existência da franquia. Uns até deliram falando que o 1° ano é o melhor de todos @_@! Não sei onde… É tão mal feito… Vai entender fã de tokusatsu… =X

O Ibope da série na Rede Glóbulo era bastante elevado e, para promover ainda mais sua principal atração infantil, encomendaram à duplinha Sandy & Júnior uma música tema pros heróis. O detestável “Power Rangers tem a força…” não foi a 1ª e nem será a última marketada bolada pra promover um programa infantil. Na décade de 80, a Xuxa e o Trem da Alegria criaram músicas pro He-man. O Trem também fez músicas pros ThunderCats e, claro, pro Jaspion e pro Changeman (todas transformadas em cults dentro da onda oitentista que assolou a virada do século). Até a apresentadora de 3ª categoria Mariane – Conhece? – fez um tal “Rap da Rita” que entrou na trilha sonora “oficial” do seriado (lançada e com direito ao Go Go Power Rangers em inglês e todos os temas da série aportuguesados).

Muitos produtos foram lançados – tal como nos EUA – e era até engraçado ver a Manchete os anunciando nos intervalos comerciais d’Os Cavaleiros do Zodíaco. Talvez por já estarmos acostumados com essa mania de heróis japas (Ahn… nipo-americanos no caso dos PR), a série não chegou a virar a mania maluca que foi nos EUA. Um dos fatores para o sucesso da série no Brasil, sem sombra de dúvidas, foi a dublagem. Feita nos estúdios cariocas da Herbert Richers, o charme de ver atores americanos sendo dublados no Rio é inigualável. Por outro lado, tokusatsus dublados no Rio são uma coisa que só de lembrar causa náuseas… O maior destaque vai para dubladora Maria Penha, que fez uma Rita Repulsa única e cujos berros jamais sairão da nossa cabeça.

A voz aboiolada do Alpha 5 e seus irritantes “ai ai ai ai” é algo que cravou na mente de muitos também. E as gírias? Morfonomenal é de longe a mais tosca e que – graças a Deus – foi esquecida. Quando entravam nos Zords, os dubladores inventavam umas frases “descoladas” como “Aqui é o Zack arrasando”; “Kimberly Detonando”. Huahahahaha… Esquisito d+. XD

O sucesso de Power Rangers é absoluto em todo planeta. No Japão, a série foi lançada em vídeo e depois exibida na TV da Toei onde fez sucesso! Infelizmente, o inverso (ou seja: termos Zyu Ranger lançado em video ou exibida) não rolou para nós, mas uma coisa temos que creditar como “ponto positivo” pra existência dos Power Rangers: sem eles, jamais poderíamos desfrutar da coleção completa dos brinquedos de super sentais japoneses em nosso mercado. Lembram dos toscos bonecos do Flashman, que pareciam uns ET’s de tão horrorosos? Se você jogar a embalagem fora, pode fingir que tem um Zyu Ranger na mão ^^’. Pra finalizar (por enquanto) do elenco original dessa 1ª fase, a atriz Thuy Trang, que interpretou a oriental Trini faleceu vitíma de um acidente de carro e em 2010, David Yost (o Billy) assumiu publicamente ser homossexual (ah vá… hehehe =P). Aguarde a próxima matéria.

Checklist de episódios (1ª Temporada)
01- O Dia da Mudança
02- Nas Alturas
03- Trabalho em Equipe
04- Um encontro a sós
05- Às vezes a diferença ajuda
06- Guerra de comida
07- Irmãs mais velhas
08- Trocando as bolas
09- Os monstros dos olhos
10- Por quem os sinos dobram
11- Feliz aniversário Zack
12- Sem palhaçada
13- Punk Power Rangers
14- Paz, amor e madame dor
15- Guerreiro do mal
16- Susto no céu
17- Verde de raiva primeira parte
18- Verde de raiva segunda parte
19- Verde de raiva terceira parte
20- Verde de raiva quarta parte
21- Verde de raiva quinta parte
22- O caso da tartaruga
23- A aranha pequenininha
24- A flor do mal
25- Trabalhando em equipe
26- A vida é um carnaval
27- A roda do infortúnio
28- Ilhas das ilusões parte 1
29- Ilha das Ilusões parte 2
30- Rockstar
31- Kimberly calamidade
32- Nasce uma estrela
33- Show de talentos
34- A vela verde parte 1
35- A vela verde parte 2
36- Questão de confiança
37- Clube de reciclagem
38- Péssima imagem
39- Dia fatal primeira parte
40- Dia fatal segunda parte
41- Sementes do mal
42- A surpresa
43- Nem tudo que cai na rede é peixe
44- Gatos e leões
45- O caso da pulga
46- O reino da água-viva
47- O cristal dos pesadelos
48- Praga de louva-a-deus
49- A volta de um velho amigo primeira parte
50- A volta de um velho amigo segunda parte
51- A abelha
52- Duas cabeças pensam melhor do que uma
53- O caso do pica-pau
54- O dia da caça
55- Segunda chance
56- A discórdia
57- Uma questão de confiança
58- Temporada de futebol
59- Power Rangers mutantes
60- Sopa de ostra

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