Street Fighter II-V

[div coluna1]Street Fighter II
Street Fighter II-V (Victory)
Produção: Amuse, 1995
Episódios: 29 p/ tv
Criação: Keinichi Imai
Exibição no Japão: Tv Yomiuri (10/04/1995-27/11/1995)
Exibição no Brasil: SBT – Cartoon Network
Distribuição: Columbia Tristar

Última Atualização: 10/08/2007

Por Larc Yasha

Street Fighter é um dos nomes mais famosos da indústria dos games. Nascido no fim dos anos 80 nos arcades (aquelas máquinas grandonas onde a gente torrava todo o dinheiro da mesada) na forma do jogo de luta, os personagens logo viraram mania entre a meninada e começou a ganhar trocentas novas versões para os mais variados consoles, além de invadirem outras mídias como os mangás.

Era só questão de tempo (e falta de imaginação dos japoneses :P) até um título forte como este ganhar uma versão animada. E isso só aconteceria em 1994, com o lançamento de Street Figter II – The Motion Picture, um longa-metragem que, se peca pelo roteiro, ganha na animação e caracterização dos personagens.
Com pouco mais de 1 hora de produção realmente é difícil trabalhar com todos os personagens de forma decente, e está aí uma falha da maioria das produções baseadas em jogos de vídeo game (especialmente os de luta): a história nunca conseguia ser transportada com alguma fidelidade ao acetato.

Mas, deixando esses pequenos detalhes de lado (afinal, o que a gente queria ver mesmo era o Ryu soltando um hadouken na bunda do Sagat XD), o sucesso do longa iniciou a boa e velha picaretagem nipônica de criar clones pra faturar um troco. Vários games na época, que ironicamente rivalizavam com “Street” no quesito “melhor jogo de pancadaria desenfreada”, ganharam versões animadas. Algumas bem bomba como Art of Fighting e Samurai Shodown (aliás, bomba é elogio perto da porcaria que é esse treco), e outras até bacanas como Fatal Fury. Mas no final de tudo, a intenção máxima era faturar em cima dos otakus e dos gamemaníacos (dois tipos de nerds, duas vezes mais consumo!). Se bem que 90% dos otakus são gamemaniacos…

Hadouken!
Com o sucesso do longa-metragem (que foi exibido nos cinemas brasileiros com uma dublagem feita em Miami onde chamavam Bison de Búfalo @_@), a Capcom se uniu à Amuse e à Tv Yomiuri para realizarem uma série de tv, que corrigiria a falta de roteiro do filme e daria aos personagens o tratamento e desenvolvimento que eles mereciam. Certo? Ahn… Mais ou menos. O resultado dessa união foi Street Fighter II – V (que pode ser de Victory ou Voyage – ninguém sabe ao certo, mas Victory soa melhor né? :P), produção que rendeu 29 episódios meio que aos trancos e barrancos.

O centro da trama era os amigos Ryu e Ken Masters (quem mais? Acharam que seria protagonizado pelo Blanka? XD). Ainda bem jovens, eles saem pelo mundo e “esbarram por acaso” com os outros personagens do game (todos na mesma “faixa” etária, com exceção da Camy que virou um mulherão fatal enquanto a Chun-Li aparece com seus 15 aninhos).

Não existe uma “história fantástica” no anime, mas é legal a expectativa em cima de qual e como o personagem vai aparecer no próximo episódio. Isso sem contar que puderam desenvolver mais a trama do movie embora ambas não tenham nenhuma ligação (apenas a idéia “mirabolante” de por Ryu e Ken caindo no pau com Bison – que é o que importa :P).

Mas, a série não agradou ao público e com a falta de patrocinadores a qualidade despencou. Episódios “resumo” começaram a ser feitos para se levar o pepino até um final não decepcionante. E funcionou, porque a luta final ficou muito boa, torrando os últimos centavos da produção para não se perder o trabalho como um todo. Pra se ter a idéia da falta de verba, é só lembrar que Ryu ficava um episódio inteiro concentrando o hadouken. E depois reclamam da Genki Dama de Goku – que ainda continua imbatível no aspecto “me enrola que eu gosto”.

A historinha
Como já disse, a história do anime não teve muito haver com os games, é apenas um pretexto pra mostrar aqueles personagens que você sabe os golpes de cor dando bordoadas uns nos outros. O jovem Ryu, recebe uma carta de seu amigo Ken, convidando-o pra ir aos EUA. A partir daí, os dois passam a visitar vários países do mundo, conhecendo outros lutadores, na companhia da musa de todo fã de game: Chun-Li, que na série está no auge dos seus 15 aninhos (quem deixaria uma menina de 15 anos viajar com dois marmanjos marombados??!). Não dá pra falar muita coisa sobre a história, até porquê ela se resume basicamente ao encontro dos três com outros personagens dos games.

Ah, claro, tem o lance da Shadaloo colocar chips na cabeça de lutadores para controlá-los, e a batalha final com Bison, que sem dúvida faz do final da série um dos mais memoráveis dos animes (em se tratando de animes de luta, claro). A trilha sonora bacana e seqüências de luta muito legais (como o pau entre Ken e Vega) fazem da uma diversão e tanto, independente de você ser fã do jogo ou não.

No Brasil
Em meados de 95, com o sucesso do filme “live action” Street Fighter, protagonizado por Van Damme (meu Deus do céu! Aquilo fez sucesso!!!), os americanos lançaram uma série animada pra tv dando continuidade ao filme (como se a tortura já não fosse pouca…), na qual, assim como o famigerado longa, Guile era o personagem principal (adivinhem porquê? Guile= americano, desenho= americano). O tal desenho (que aqui foi chamado de Street Fighter Game) nem mesmo tinha estreado nos EUA e o SBT já tinha firmado um acordo com a Columbia Tristar (Sony) para exibí-lo por essas bandas. Só que a distribuidora não esperava que os americanos iriam reter o material (vai ver desconfiaram que aquilo era ruim pacas e queriam oculta-lo do resto do mundo ò_ó), pois o mesmo ainda estava sendo exibido nos EUA e deveria haver uma janela pra exibição fora do país.

Só que o Tio Silvio nem quis saber: subiu em cima de sua mesa e começou a rodopiar e cantar ilariê, gritando feito louco “Eu paguei, eu quero! Eu paguei, eu quero!” :P. A solução que a Columbia encontrou foi ir até o Japão e trazer Street Fighter II-V que ainda estava em exibição por lá! Isso acabou fazendo de SFII-V o anime que mais rápido deus as caras aqui (5 meses depois da estréia no Japão) e também o 1º anime a estrear pós-fenômeno Cavaleiros do Zodíaco.

Caindo mais ou menos no gosto do público, a série não penou tanto em sua exibição como os outros animes do SBT e foi exibida e reprisada por toda a programação até as fitas master ficarem transparentes. A Flashstar e seu selo “Cartoon Home Vídeo” foi no embalo e lançou os episódios da série em vídeo e o fez até o capítulo 24 (8 volumes). Pena que não foi concluída (e nunca será).

O anime só retornaria em meados de 2001 (fazendo um “dobradinha porca” com a versão americana), desta vez no Cartoon Network como tapa buraco antes da estréia do Toonami. A galera pôde ver pela 1ª vez os temas made in Brazil que o SBT teve toda razão de não gostar (por isso criou a “emocionante” vinheta de abertura com gritos e pontapés :P). Apesar desse pequeno detalhe musical, a dublagem ficou bem acima da média da maioria dos animes exibidos até hoje. Palmas para a Mastersound e Nelson Machado (diretor de dublagem) que realizou um trabalho de ponta.

SFIIV não é nenhuma pérola da animação japonesa mas não deve ser encarado como “mais um anime” que passou por aqui. Se a série não viesse, o Tio Sílvio não teria visto o quanto um anime proporciona de Ibope (Street chegou a ter picos de 18 pontos nas manhãs de domingo!!! @_@) e provavelmente não teria pego o “pacote” com Rayearth, Fly e Dragon Ball. A Flashstar também não teria se empolgado com as vendas e apostado no lançamento de animes pro mercado de vídeo – e acreditem, trouxeram bastante coisa (mesmo que grande maioria tenha sido uma porcaria).

Tendo conseguido agradar a uns tantos e ganho o desprezo de uns muitos, é uma reprise sempre bem vinda seja onde for.

Checklist Episódios
01 – A viagem, um convite a São Francisco
02 – O ás da Força Aérea
03 – Duelo em Hong Kong
04 – O inferno de Hong Kong
05 – Um homem chamado dragão voador
06 – O segredo das artes marciais
07 – A vingança de Ashura
08 – A sombra do terror
09 – Karate contra Muai Tai
10 – O mensageiro das trevas
11 – Na trilha das feras
12 – A caverna do demônio
13 – Em busca do Hadouken
14 – O Príncipe Sanguinário
15 – Encontro de gigantes
16 – A mascara do poder
17 – Os tentáculos da morte
18 – A bela assassina
19 – Agentes secretos
20 – O poder inimaginável do corpo
21 – Os prisioneiros do castelo
22 – A manifestação do Hadouken
23 – O brilho misterioso
24 – O reencontro com o pesadelo
25 – A luta violenta
26 – A morte do amigo
27 – A colisão de energias
28 – O domínio de Bison
29 – A batalha final

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