VR Troopers (Metalder – Spielvan – Shaider)

[div coluna1]VR Troopers
Saban’s V.R. Troopers
Produção: Saban – Toei Company, 1994
Episódios: 52 (1ª Temporada), 40 (2ª Temporada)
Criação: Haim Saban & Shuki Levy (Baseado nas séries: Sho Jinki Metalder, Jikku Senshi Spielban e Uchu Keiji Shaider)
Exibição no Brasil: Fox – Globo – Fox Kids
Distribuição: Fox Films – Saban International – Buena Vista
Disponível em: VHS

Última Atualização: 16/12/2007

Por Larc Yasha

O retorno financeiro que os Power Rangers trouxeram para Toei Company e a produtora Saban Entertaiment fez com que os japas dessem carta branca para os dois maiores pesares da história do tokusatsu no ocidente: a monopolização de todas as produções da Toei Company do gênero sentai por parte da Saban, e a autorização pra empresa criar uma das séries mais “inusitadas” da história da tevê e do gênero dos seriados nipo-americanos: V.R. Troopers. Só perde pro Masked Rider e seu ornintorrinco de estimação @_@!

V.R Troopers foi a evolução do frustrado sonho de Haim Saban de lançar Metalder nos EUA. No final dos anos 80, o empresário tinha oferecido o seriado para emissoras da terra do tio sam, mas todas recusaram o produto. Em 1993, Saban resolveu adaptar Metalder da mesma forma que fizeram com Zyu Ranger e desse “esforço” (sei) saiu o pavoroso Cybertron. A idéia básica, era por um herói (o ator Jason Frank, que se consagraria pouco tempo depois como o eterno Tomy de Power Rangers) encarando o exército de Grimlord (Neroz em Metalder). Só que o piloto também foi rejeitado e o persistente tiozinho resolveu cagar o cérebro pra repensar no roteiro de um novo enlatado.

Aproveitando a modinha da idéia de uma “realidade virtual” que se alastrava na mídia por meio de filmes e série, Saban recauchutou seu “Cybertron” e transformou-o em V.R. Troopers. A série deu o ar de sua graça na tevê americana em 03 de setembro de 1994 e viajando muuuuuito, Saban conseguiu fazer algo inimaginável: reunir duas séries japonesas diferentes em um mesmo universo. Além de Metalder, a outra vítima da picaretagem foi o pobre do Spielvan. Com V.R Troopers, Saban via seu sonho de trabalhar com Metalder no ocidente concretizado. Mas, talvez, nem ele imaginava que teria que descaracterizar tanto a série…

Seguindo o mesmo formato de produção dos Power Rangers (edição de cenas dos seriados originais japas, com tomadas feitas em alguma cidadezinha americana com atores gringos de quinta categoria :P), os Troopers não conseguiram o mesmo êxito que os Power Rangers. Mesmo assim, emplacaram duas temporadas, e conseguiram destruir outro seriado metal hero: Shaider. Subitamente, o show foi cancelado sem sequer ter tido um final realizado. Sorte né? Já pensou se pegam o Jaspion pra transformar em um Trooper @_@?

A Produção
Mesmo parecendo ter realizado uns testes para escolher atores para integrar o universo da série (não são tão canastras quanto os Power Rangers no 1° ano, além de parecerem saídos direto do Melrose Place XD), a mistureba dos universos de Metalder e Spielvan (e posteriormente Shaider) pareceu gororoba de restos de almoço de domingo. No primeiro ano, Metalder teve grande parte dos elementos incorporados à trama dos Troopers. O Imperador Neroz e suas tropas variadas se tornaram Grimlord e um exército “virtual”. Como havia muitos rostos “japas” em Spielvan, apenas os personagens “mascarados” e monstros (mekanóides) foram aproveitados pro time do mal. Dr. Bio se tornou o Coronel Icevolt (parece nome de picolé) e o General Desloke passou a ser o General Aiver (marca de rádio paraguaia @_@?). Já os soldados Clown, viraram os “sopapados” dos programa: os Skugs – com direito até a um teminha grudento próprio na hora em que eles apanhavam XD.

Graças à magia da edição, conseguiram fazer com que “Neroz” sempre aparecesse dando ordens para os dois vilões de Spielvan. De Metalder, ainda foi aproveitada a idéia do esconderijo secreto (que virou um portal no meio do nada e que ninguém notava a entrada pra lá de extravagante), o cachorro falante (o tonto mascote Jeb, que mascava um chiclê pra parecer que falava!), o empresário que vira o vilão supremo (o convincente Karl Ziktor, na pele no ator Gardner Baldwin) e o carrinho voador (que pelo menos conseguiram encontrar um modelo parecido nos EUA …).

Se não foi muito difícil misturar os vilões de ambas as séries (pelo menos no primeiro ano), fazer Metalder e Spielvan interagirem na ação gerou cenas constrangedoras. As fantasias confeccionadas nos EUA eram muito vagabundas e até cosplay faz coisa melhor! Lady Diana virou uma espécie de Hoobit peituda quando transformada. Já Spielvan tinha aparência de um pau-de-sebo com armadura com uma doença terminal. E o pobre Metalder? A “cueca” do rapaz nem cobria as partes “íntimas”. O Horror… O Horror!

No 2° ano da série, conseguiram fazer o Neroz de Metalder interagir com o Império Fuuma, inimigo do policial do espaço Shaider. De que forma?! Bem… A graninha que entrou fez com que a Saban reproduzisse o cenário do Castelo Mágico de Fuuma até com certa fidelidade. Claro que adaptações foram necessárias: As 5 guerreiras Fuuma, a sacerdotiza Paú e o comandante Hessler foram interpretados por atores gringos. Tudo isso para que um “Neroz americano” com cara de estrume, rabo de dinossauro, capinha de pia para armário de cozinha, uma bermudinha grotesca e um pinico que sempre parecia preste a cair da cabeça, pudesse “passear” pelo cenário da série. Enquanto o Neroz raramente era visto de pé em Metalder, os produtores “deduziram” como seria o visual se o vilão não sofresse de paralisia. Deu no quedeu…

Ryan Stelle deixa de ter o visual do homem máquina pra ganhar um visu mais similar ao do amiguinho JB, ao vestir a armadura azul do Shaider. Obviamente que a fantasia feita nos EUA consegue ser tão ridícula quanto a do Metalder. Shaider ficou com a cabeça achatada e usando um fraldão geriátrico de metal no lugar da “sunguinha”. Mas precisamos ser honestos: a tentativa de fazer a roupa ser a mais parecida possível foi louvável. Pena que não saiu nem um pouquinho XD. Mas ficou melhor que as feitas com papelão pra dupla de Spielvan.

Os roteiros de Shaider foram o foco para a criação das histórias na segunda temporada. Como Spielvan já tinha sido sugado ao extremo, restaram poucas opções de reaproveitamento para os personagens equivalentes da série. Lady Helen se transformou em “Kaitilin Equipe Dupla” e puderam aproveitar cenas do seriado em que as duas guerreiras apareciam contracenando juntas. A Rainha Pandora virou “irmã” da Paú (Despera nos EUA) e até o Fantasmen apareceu como um… Fantasma (dããã).

Agora eu queria saber uma coisa: quem foi o “gênio” da produção que acreditou que ninguém iria notar que a Babirus e a Deffender eram naves distintas – até mesmo na hora da conversão para canhão?! Tentaram passar a sensação de que Rian manuseava a mesma nave que JB e Kaitilin usavam quase que com exclusividade (as vezes enfiavam uma cadeira no meio e colocavam o “Metalder americano” entre a hobbit e o pau de sebo @_@), mas nem a rapidez dos cortes de edição conseguiram tapiar. Fora outro detalhe: a cabine! Será que criança americana é tudo tapada e nem reparava nisso? Só pode ser culpa daquele tal dinossauro Barney!

Uma curiosidade sinistra: no auge do tokusatsu no Brasil, na época dos “circo-shows”, as armaduras originais dos seriados Spielvan e Metalder vieram para o Brasil pelas mãos do Sr. Toshi, dono da extinta distribuidora Everest Vídeo (que posteriormente virou Tikara Films). Tais armaduras eram utilizadas nos “circo-show” para entreter a mulecada afoita. Fica uma pergunta no ar: como um contrato multi-milionário entre a Saban e a Toei pôde privar a empresa norte-americana de ter uma cópia original das roupas dos seriados? Será que o senhor Haim não fez questão desse ítem, empinou o nariz, e acreditou que os gringos seriam capazes de confeccionar roupas com aparência idêntica? Ou será que a Saban foi obrigada a fazer as fantasias em vista do fato delas estarem… No Brasil!?!? Hehehe… Se pensarmos nessa hipótese, nós “puxamos o tapete” dos gringos XD.

Voltando a comentar sobre os atores, após a série, Brad Hawkins, que deu vida ao Ryan (e que quase chegou a ser escalado para ser o Ranger Branco no 2° ano dos Power Rangers!!!), foi o dublador do Ranger Dourado em Power Rangers Zeo – antes de ele virar o Jason – e virou um cantor country, deixando o cabelo crescer. Ele também participou de Sliders – série sci-fi exibida no Brasil pelo extinto canal USA.

Já Michael Bacon (o J.B.) passou a viver tirando uns trocos como modelo masculino. Aproveitando o poder feminino, Sarah Brown (a Kaitilin) se destacou melhor que seus amigos após o término da série. No auge do sucesso com a série Troopers, ela foi convidada para estrelar uns episódios da 3ª temporada dos Power Rangers, onde interpretou Heather – uma candidata a namorada do Tomy. Dizem também, que a moça era a preferida para ocupar a vaga preenchida pela saída de Ami Jo Johnson (a Kimberlay) da série. Um de seus trabalhos mais relevantes, foi integrar o elenco da série médica General Hospital, onde até faturou um prêmio Emmy! Os demais atores do elenco da série acabaram sendo absorvidos para produção dos Beetle Borgs – um lixo nuclear do qual falaremos depois.

E vamos à história…
Tyller Stell é um cientista que descobriu acesso para um novo mundo: o da realidade virtual. Entretanto, durante suas pesquisas, o moço é capturado por um terrível ser: Grimlord. Escondendo-se sobre a alcunha do empresário multimilionário Karl Ziktor, Grimlord quer ser o soberano de ambas as realidades (ahn?) e não medirá esforços para isso. Organizando seu exército virtual (que se materializa em nosso mundo com uma imensa facilidade) durante anos, Grimlord sabe que o único que pode impedir seus planos é o professor Hart (um misto de padre, com Zordon e… Tio Barnabé do Sítio do Pica-pau Amarelo +_+), que por razões não explicadas, vive dentro de um computador, com um fundo daqueles efeitos do Windows Media Player quando toca música @_@.

Diante da ameaça inevitável, Hart faz com que o carrinho vermelho do jovem Ryan Stell, que estava na companhia de seus dois amigos Kaitilin Star e J.B Reese, vá até o portal virtual psicodélico no meio de um deserto na cidadezinha de Crossword. Ao atravessá-lo, os 3 se vêem diante de um super laboratório e conhecem o profesor Hart que lhes explica a situação e os faz usar uns visores bem ridículos pra ver ceninhas de Spielvan e Metalder (a interpretação canastra dos atores era tudo *_*). Ryan descobre que seu pai – desaparecido desde que ele era um pivetinho – pode estar nos domínios virtuais de Grimlord e isso lhe motiva a encarar a missão que terá pela frente. Ao pegarem uns pingentezinhos cafonas – os virtua-lasers – e falarem “Troopers Transformar: Somos Realidade Virtual” os três se convertem em… Heróis japoneses transgênicos!!!

Fora da rotina de super-heróis, os três amigos são praticantes de karatê no Dojo do Tao. Tao é amigo de Tyller Stell e cuidou e treinou o pequeno Ryan. Sábio e meio macumbeiro, o mestre tenta dar uma de senhor Myagi na série – mas lhe falta um bocado de carisma. A gatinha Kaitilin trabalha no jornaleco da cidade (o “A Voz do Subsolo”… Quem diabos leria um jornal com um nome desses? @_@), onde os personagens patetas da história dão as caras: seu chefe biruta Rudy e o convencido nerd Percy – que é sobrinho do prefeito da cidade. Mas roubando a cena, está o cão Jeb. Tendo a estranha capacidade de falar (e como a usa!) o cachorro (da feiosa raça Redbone Coonhoun :P) azucrinava a vida de Percy e soltava piadinhas infames (com a voz do ALF – O E.T.eimoso ainda por cima, aqui no Brasil!) e a produção ainda arrumou uns efeitos malucos pra caretas do totó. Pior que aquilo só as patas falsas que entravam em ação, em diversos momentos, quando a produção, provavelmente, não conseguia fazer o canino se prestar a pagar os micos a que era obrigado…

A ação de V.R Troopers até que era bem movimentada e cheia de explosões (cortesia das séries originais japas, é claro). Depois de bolar algum plano idiota, Grimlord envia algum capanga seu para atravessar a barreira da realidade (a Pedreira da Toei :P). Quando notam um movimento estranho de Skugs na área, os Troopers acabam sacando que há um plano maligno no dia e partem pra porrada. No começo da série, uns roteiristas malucos inventaram um tal “grid virtual de batalha” que foi a coisa mais sem noção da história dos enlatados nipo-americanos. Numa espécie de “realidade alternativa” (muito da mal feita… Parecendo um palco de companhia teatral), os Troopers usavam uma espécie de “pré-roupagem” (colants com capacetes dos POWER RANGERS remodelados!!) onde batiam nos Skugs. Depois perceberam que essa idéia era muito ruim e abandoram tal porcaria…

A edição de cenas às vezes deixava escapar muitas coisas das séries originais japas – o que provocava dores de barriga no público brasileiro que conferiu ambas produções que foram recicladas. A mancada mais grotesca foi numa cena em que Kaitilin reenergiza JB. Na cena original, aparece o semblante de Spielvan e Diana crianças, com seus cabelos lisinhos tipicamente asiáticos. Em algumas cenas, notava-se também a presença de duas Kaitilins! E isso antes de inventarem a tal “equipe dupla” (desculpa que só aparece no 2° ano).

No primeiro ano da série, o esperado reencontro de pai e filho se dá mais ou menos no meio da temporada, estragando o que poderia ser um clímax para o final. Pra variar, Grimlord tem um daqueles planos burros de vilões, que é transformar o parente ou amigo raptado do herói em inimigo. Mas Ryan e seu papito não ficam juntos de vez. A liberdade definitiva de Tyller só ocorre no começo do 2° ano. Tal como Power Rangers, o final do 1ª temporada não traz nenhuma história conclusiva. A “certeza” de que uma segunda temporada seria produzida permite que essa graça seja feita.

A temporada sem fim
A derradeira temporada de V.R Troppers começa de forma agitadérrima. Grimlord encontra um prisma misterioso e planeja ampliar seu poderio para um novo patamar na realidade virtual. Com essa nova tecnologia, ele quer construir um exército mais poderoso e descartar os antigos guerreiros que sempre apanham pros Troopers. Mas esse conhecimento está no cérebro de ninguém mais que Tyller Stell. É chegada a hora do prisioneiro mais preso da história (putz) finalmente servir pra algo. Imitando o Mc Gayver, Tyller faz um comunicador que alerta ao papa dos Troopers do perigo que está vindo. Ryan pira na batatinha e invade a fortaleza de Grimlord enquanto J.B e Kaitilin encaram um contra-ataque massivo à nossa realidade – e acabam capturados por sinal. Depois de concluir a absorção dos dados do cérebro de Tyller, Grimlord aciona o mecanismo de destruição de sua fortaleza… com Ryan e o pai lá dentro! Para salvar o dia… Jeb entra em ação! Calma… Ele não vira um Trooper XD (Ia ser muita cara de pau usar o Springer XD). De forma constragedora, vemos o cão percorrendo corredores de um prédio ao lado de seu dono (com a armadura gringa de papelão vagabundo que parecia prestes a rasgar), enquanto uma contagem regressiva anuncia os últimos momentos da fortaleza negra do inimigo.

Quando consegue libertar o papito e fugir da explosão, Ryan precisa ainda salvar seus amigos. Só que isso força o cristal que lhe confere a luz para sua transformação virtual e isso o deixa impossibilitado de virar o… Metalder. De posse do seu novo prisma, Grimlord vai até seu novo Castelo (a fortaleza voadora de Fuuma, do Shaider) e conhece seus subordinados: Doomaster (ex-Hessler), Despera (ex-Paú), o super- cérebro eletrônico Oraclon (ex-Kubilai), as 5 guerreiras Vixens (ex-garotas da morte) além dos Ultra-Skugs (os feiosos soldados que o Shaider batia). Até Grimlord estranha o reduzido número de servos (rs… Ele explodiu uma fortaleza inteira para ter um castelo psicodélico recheado de palhaços fantasiados prum baile de carnaval XD). Mas quantidade não é qualidade. Nem no mundo virtual XD.

Para inaugurar seus novos poderes, um ataque é iniciado. J.B e Kaitilin vão para o campo de batalha, mas ficam cercados pelas Vixens e os Ultra-Skugs (que fazem um balé esquisito e deixa os dois tronchos fantasiados sem se mexer com medo de que a fantasia despenque @_@). Enquanto isso, Ryan procura por um cristal que substitua o seu que rachou no virtua-laser (os pingentes cafonas), enquanto seu pai desenvolve uma nova armadura (que estranhamente é cheia de fios e placas por dentro… Como não incomoda quem veste? XD).

Tao quebra o galho do lorinho e lhe dá uma pedrinha preciosa que substitui perfeitamente a rachada (essas coincidências da vida…). Ryan se transforma, e logo de cara dá um susto no telespectador. É que a armadura do Shaider feita pelos gringos é muito pior que a do Metalder!!! Com novos poderes, Ryan dá umas bordoadas no inimigo e com sua espadinha laser retalha os monstros carnavalescos.

A criatividade para inventar nomes para adaptar os termos originais japas, continuou ridícula nessa 2ª temporada. O “Templo Espacial Mágico” de Fuuma, virou o “Setor Índico”. Pior que esse só o “Comando Mão Laser” em que foi transformado o “Punho Titânico” do Metalder x_x. Por ser uma produção velha, notava-se uma forte diferença de tom nas cenas originais de Shaider que eram editadas. Quando a cara amarrotada japonesa do Doomaster aparecia, era de dar calafrios. A cara de drag-queen da sacerdotiza Paú então… Mas temos que dar o braço a torcer numa coisa legal que os gringos fizeram: o “realce” de efeitos especiais nas séries. A transformação de Ziktor em Grimlord (ou Neroz… Como queira!) é bem melhor em Troopers que em Metalder. A cena de transformação de Ryan em “Shaider” também recebeu um banho de “purpurina” que deixou-a mais bonita do que já era na versão original. Outra coisa bacaninha: as músicas! Não que fossem exatamente “boas”. Mas casavam perfeitamente com as cenas.

Troopers no Brasil
Com o sucesso dos Power Rangers na Globo (numa época em que os canais pagos não tinham muita expressividade como hoje em dia), a nova picaretagem da Saban foi traga pela Fox, que a lançou no 2° semestre de 95 em sua programação. No mesmo semestre, só que bem no finalzinho do ano, os V.R. Troopers deram as caras na Tv Colosso – que abreviou o nome apenas para “Troopers”. Logo de cara o programa chamou atenção. Afinal, não fazia muito tempo que os tokusatsus originais que foram reciclados na série estavam sendo exibidos na tevê brasileira. O choque e a reação dos tokufãs na época foi terrível. Mesmo falando muito mal dos Troopers (e com a Herói já tendo ensinado como aquela picaretagem era possível de existir), o povo assistia sob uma desculpinha básica: rever os pedaços originais das séries japonesas!

Nessa época, nasceu o “culto” ao Metalder no Brasil. Pra variar, a Herói ajudou a por na cabeça de muita gente (que nem lembrava de ter visto a série na Band) que Metalder era um clássico e como jamais passaria outra vez no Brasil, só assistindo aos Troopers pra conhecer mesmo… Spielvan, cuja popularidade era ligeiramente maior devido a exibição na Manchete, foi o grande “pesar” do processo. Além de ter sido chamada de “Jaspion 2” no Brasil (na dublagem nunca o chamaram assim… Graças a Deus!), e de não ter tido o final exibido por aqui, a série ainda vira Troopers! Quer azar maior que esse? Só o infeliz do Shaider… Exibido mal e porcamente por aqui (tipo… Tapando buraco nas madrugadas da Globo), a série foi absorvida pro universo dos Troopers e – macabramente – teve os episódios em que aparecera na produção americana, exibida pela Globo como tapa-buracos nas madrugadas da emissora! Alguém no canal definitivamente não curtia o Shaider…

Diversos produtos foram lançados no mercado brasileiro. Chicletes, albúm de figurinhas, cuecas, fitas vhs com episódios e… Bonequinhos! Importados pela Estrela, a exibição de Troopers ajudou os tokufãs brasileiros a ter a oportunidade de poder comprar bunequinhos descentes do Spielvan e da Lady Diana – bem diferentes dos toscos lançados pela Glasslite… O Spielvan era o Jaspion que era o Robocop! A Diana nem foi lançada! Os bonecos do Metalder e do Shaider, que nunca sairam por aqui quando as séries foram exibidas, vieram graças aos Troopers! Hehehe… Pelo menos prestaram pra isso né? Teve também a revista em quadrinhos oficial dos heróis, lançada nos EUA pela Marvel Comics, onde dividiam as páginas com os Power Rangers Ninja (3° ano da série). Não passou de duas edições por aqui e chegou a oito nos EUA. Não podemos nos esquecer do joguinho pra Mega Drive que fazia a alegria da mulecada na época.

A dublagem ficou a cargo da Hebert Richers, e contou com um time muito bom de dubladores. Ryan teve o mesmo dublador que o Ranger Vermelho da Força do Tempo enquanto a gatinha Kaitilin tem a voz da Adriana Torres (a gatinha Tori de Power Rangers Tempestade Ninja). Já o J.B Reese teve a voz de Marco “Yussuke” Ribeiro e Jeb teve a voz de Orlando Drummond – o Scobby Doo!

A existência de V.R Troopers determinou a “nova ordem mundial” para os tokusatsus e deixou muitos fãs brasileiros desolados. É que a Saban não permitiria nunca mais que cópias originais de Metalder, Spielvan e Shaider pudessem ser exibidas no ocidente. Mas brasileiro é aquele povo que tem um jeitinho pra tudo e, mesmo de forma não legal, esses heróis podem ser conferidos hoje em dia em seu estado original. De qualquer forma, os Troopers marcaram a infância de muita gente que só hoje em dia sabe do que se trata a série. É ruim? Muito! Mas não será esquecida por quem viu.

Em tempo: “Forças da Escuridão venham à mim: Levem-me para minha realidade virtual!!! Viva Grimlord!!!”. Lembra?! Então não seja bobo e admita que gostava. Pelo menos dessa parte :P

Checklist Episódios
1ª Temporada
01. A Batalha Começa parte 1
02. A Batalha Coemça parte 2
03. Erro no Sistema
04. Memória Perdida
05. Batalha pelos livros
06. Irmãos
07. O Desafio de Grimlord
08. O Prisioneiro do Computador
09. ?
10. Espião Virtual
11. O Virtual V-6
12. Amigo de Ninguém
13. ?
14. Procurando por Tyller Stell
15. Salvem as Árvores
16. Truques Divertidos
17. A Primeira Página de Kaitilin
18. ?
19. A Namorada do meu Cachorro
20. Em Direção ao Fogo
21. O Grande Roubo do Cérebro
22. Um novo Dojo
23. O Maior Sucesso de Grimlord
24. O Desaparecimento
25. Pesadelos
26. Admirador Secreto
27. A Casa do Medo de Grimlord
28. O Rebatedor
29. Perigo nas Profundezas
30. ?
31. Defendendo Dark Heart Parte 1
32. Defendendo Dark Heart Parte 2
33. Defendendo Dark Heart Parte 3
34. Defendendo Dark Heart Parte 4
35. O Fantasma da Bicicleta
36. ?
37. O Técnico Substituto
38. O Pequeno Trooper
39. O Vírus da Realidade
40. Amigo em Perigo
41. Trooper Bom, Trooper Mal
42. A Mutação
43. Quem é o Rei da Montanha?
44. ?
45. ?
46. Correndo para o Resgate
47. ?
48. Poderes Virtuais
49. Novas Crianças no Planeta
50. Mensagem do Espaço
51. A Origem da Red Python Parte 1
52. A Origem da Red Python Parte 2
2ª Temporada
53. Motim Mutante
54. Trooper fora tempo
55. O Poder Secreto
56. A Busca do Poder Parte 1
57. A Busca do Poder Parte 2
58. A Busca do Poder Parte 3
59. A Busca do Poder Parte 4
60. A Busca do Poder Parte 5
61. Vítimas da Moda
62. Fim de Jogo
63. Problemas na Água
64. O Fator Negativo
65. A Imagem Refletida de Kaitilin Parte 1
66. A Imagem Refletida de Kaitilin Parte 2
67. Kaitilin vai para Hollywood
68. Grimlord Cria Raízes
69. ?
70. Veneno Virtual
71. A Nova Ordem Mundial
72. Crianças de Grimlord
73. O Sabre Milenar
74. O Segredo Obscuro de Grimlord Parte 1
75. O Segredo Obscuro de Grimlord Parte 2
76. ?
77. Na Frente do Passado
78. Oraclon na Internet
79. O Natal Secreto dos Troopers
80. A Invasão Charmeeka
81. Batalha dos Sonhos
82. O Duro Dia de um Mutante
83. Atração Magnética
84. ?
85. A Grande Virada de Grimlord
86. Campo e Grito
87. O Dilema de Duplitron
88. O Contra-ataque de Despera
89. O Fantasma da Floresta de Cross Word
90. O Dilema de Grimlord
91. Fim do Tempo
92. A Nova Memória de Galileo

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