Cavaleiros de Mon Colle

Cavaleiros de Mon Colle
Rokumon Tengai Monkore Knight

[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=qOyzaOpszcY&feature=related 480 320]

Produção: Studio Deen
Episódios: 51 p/tv
Criação: Hideaki Nishikawa, Katsumi Hasegawa e Satoru Akahori
Exibição no Japão: TV Tokyo (10/01/2000 – 25/12/2000)
Exibição no Brasil: Fox Kids
Distribuição: Saban International
Mangá: Comic Dragon Jr.

Última Atualização: 08/04/2008

Fica até cansativo ficar dizendo isso em toda matéria do gênero, mas desde que Pokémon foi lançado em 1997 na tevê japonesa e conquistou o mundo todo, dezenas de produções vieram pra filar um pouco da grana que a gigante Nintendo estava lucrando em cima das criaturinhas. Essa rotina de copiar toda fórmula de sucesso que aparece já existe desde os primórdios da animação japonesa.

Primeiro foram os garotos espaciais que defendiam nosso planeta (o Japão, pra variar…) de ameaças intergaláticas; passando pelos robozões; as animações baseadas em livros clássicos; as magical girls; os garotos de armadura, etc. Das séries que surgiram seguindo a linha Pokémon (guri que trava batalhas em companhia de um mascote), um bom número acabou sendo lançado no Brasil. A que nos interessa agora atende pelo nome de “Rokumon Tengai Monkore Knight” e foi lançada em 2000 na Tv Tokyo, paralelo a um mangá na revista Comic Dragon Jr.

A autoria da série é creditada a três pessoas (quem iria querer segurar essa bomba sozinho? =P). Hideaki Nishikawa não possui um currículo muito extenso, podendo se destacar somente como responsável na animação do longa-metragem Guyver: Out of Control. Katsumi Hasegawa também é outro qualquer, que fez algumas participações na série de tevê de El Hazard, Saber J e Record of Lodoss War. O trio se completa com Satoru Akahori, que é bem mais popzinho, tendo participado da criação das Saber Marionettes, Sorcerer Hunters (que foi publicado por aqui pirateado naquele Almanaque Mangá da Mithos :P) e do mangá Mouse, publicado pela JBC.

A forma inicial do desenrolar da história é bem fajuta, com elementos que qualquer anime do mesmo estilo possui: bichinhos fofinhos, inimigos bobos, uma viagem para um mundo desconhecido… O principal ingrediente na série é o humor escrachado, que também ajudou a tornar Medabots mais tolerável. Os personagens birutas do elenco da série deixam o anime tão bizarro que “vale aquela espiadinha”. E nessa brincadeira, algumas pessoas acabaram se tornando telespectadores assíduos :P.

Era uma vez no mundo de Mon…
Numa dimensão paralela, repleta de monstros (o Mundo de Mon… Mon de monstros, sacaram? XD), existem certos objetos que quando reunidos são capazes de fornecer o controle sobre aquele mundo e o nosso também! O doidão Professor Hiragi passa a estudar meios de trazer as criaturas para cá, de modo que possam ajudar no desenvolvimento da humanidade. Depois de tanto queimar os neurônios, ele acaba encontrando a “passagem” para esse mundo. Sem perder tempo, o professor juntamente com sua sua filhinha Rockna e seu genro, Mondo (que vive com um curativo na testa sabe-se lá o porquê…) partem num foguete (chamado “Águia Visionária”) juntamente com um computador em forma de galinha (O_o). Misteriosamente, Mondo e Rockna adquirem poderes e se dispõem a proteger os monstros de Mon dos estranhos vilões que querem controlá-los.

A “Equipe Rocket” do anime (acharam que não iria ter nenhum vilão atrapalhado?) é formada pelo afetado príncipe Eccentro, as garotas Betty e Gluko e um tal de Tenaka. Eccentro é um boiolão que se apaixona por Mondo e morre de ciúmes de Rockna. Suas crises histéricas são sempre reprimidas pelo velho Tenaka. Já Betty e Gluko formam uma dupla bem antagônica: enquanto Betty é toda nervosinha e maquiavélica, Gluko tem uns neurônios a menos e um comportamento amável. Em comum, só a vontade de dominar o(s) mundo(s) juntamente com a bichona do Eccentro.

Para encontrar os monstros que carregam os cobiçados objetos mágicos, o professor Hiragi faz uso de seu computador em forma de galinha – que dispara cards pela cloaca @_@. Já a trupe do mal, usa o seu computador chamado “Teddy”, que tem forma de ursinho (x_x) e também emite tais cards com as fotos dos monstros. Para impedir que Mondo e Rockna peguem os objetos, os vilões fazem uso de um estranho mecanismo controlador (que mais parece artifício de tokusatsu :P) onde eles grudam a cabeça de leão de sua nave no topo de alguma criatura.

Divididos em classes, nem todos os monstros do mundo de Mon são seres fofinhos. Existem seres que parecem gente, mas que possuem poderes mágicos, que passam a ajudar os heróis (como a maluquinha de cabelos azuis, Beginner) da mesma forma que criaturas demoníacas passam a partilhar da mesma ambição dos vilões. No final da série, Eccentro sai de cena para dar lugar para uma horda de demônios. Um tal de Gabriolis (que nome idiota XD) sequestra Rockna e só com a união de todos os monstros de Mon, haverá uma chance de vencê-lo. Mondo conseguirá realizar um milagre?! Como você não deve mais assistir esse anime pra poder saber a resposta, vamos estragar o final: o bem vence. Você esperava algo diferente XD?

Mon Colle no Brasil!
Cavaleiros de Mon Colle chegou sem muito alarde na programação da nossa “querida e amada” Fox Kids, junto do “engana-trouxa” Shinzo (parece tão legal na abertura @_@) e o desnecessário Transformers: A Nova Geração, no finalzinho de 2001. A Saban, que infelizmente ainda existia, tratou de fazer suas adaptações. A abertura, o encerramento (se é que dá pra chamar aquilo de abertura e encerramento…) e a trilha sonora de fundo, foram trocadas por uma grudenta e irritante marchinha – que chega a ser comparável àqueles animes que a Trans Global trazia pra cá (alguém já assistiu Fantomas, Super Dínamo ou Shadow Boy? Todos tinham uma mesma marchinha!!!).

Produtos? Absolutamente nenhum! No Japão, saíram duas coleções de um card game, miniaturas em pelúcia dos bichinhos, jogos pra game boy e até uma galinha que soltava cards pela cloaca x_x. O anime saiu do ar em meados de 2003 e sequer passou na tevê aberta. A dublagem carioca da Herbert Richers conseguiu manter o humor da série sempre em alta. Dirigida por Ângela Bonatti (que também dirigiu a ótima dublagem de Digimon Tamers), o trabalho é a prova de que uma direção competente e um elenco harmonioso (nada do tipo “voz de tia rica chata”, como a voz da Scarlet no azarado anime G.I Joe Sigma 6) podem colaborar para que uma série arrastada, como Mon Colle, se torne suportável :P. Destaque para o dublador Guilherme Briggs no papel do impagável Professor Hiragi.

Pouco divulgada na mídia e com propagandas que davam nos nervos passando em todo intervalo da Fox Kids, Mon Colle não deve ter muitos fãs por essas bandas. Pra chegar a gostar de Mon Colle era necessário um pouco de paciência. Exibido entre Shinzos, Flints e Dinozaurs, a série era uma opçãozinha legal de se assistir na falta de algo melhor pra fazer. Pena que a Fox Kids não ajudava muito, e no meio de tanto anime podreira, Mon Colle acabou sendo confundido com mais um. Não era supimpa, mas é bem melhor que boa parte dos animes da Enoki Films, que passaram no Animax!