Samurai Shodown

[div coluna1]Samurai Shodown
Samurai Spirits: The Motion Picture
Produção: NAS/Tv Fuji, 1994
Criação: Baseado no jogo da SNK
Exibição no Brasil: Rede Manchete
Distribuição: Flashstar Home Video
Disponível em: VHS

Última Atualização: 26/11/2007

Por Jiback Noiado

Hoje o número de produções que surgem baseadas em jogos de videogame ou mesmo de PCs é quase que incontável. Na metade dos anos 90, a produção desses “anigames” (principalmente os baseados em jogos de luta) tornou-se comum após o sucesso do longa-metragem de Street Fighter II. Embora alguns tenham sido bem leais ao enrredo do jogo ao qual se inspirou (como o do Darkstalkers… Inédito por essas bandas) outros carregam uma faixa dizendo: “mantenha-se longe!”. E pra nossa “sorte”, a maioria dos que vieram pra cá carregavam tal faixinha =( . E um dos principais representantes deste seleto grupo atende por Samurai Shodown.

Dos games ao acetato
No começo da década de 90, a SNK faturava absurdos com a popularização dos jogos de luta para os arcades, tendo como carro-chefe o Fatal Fury. E na cola dos irmãos Bogard, surgiram mais dois sucessos: Art of Fighting e Samurai Spirits (sabe-se lá porquê virou Shodown em terras gringas, e conseqüentemente aqui… Se bem que nas locadoras você tinha os dois cartuchos XD).

Diferente dos outros jogos da SNK, onde os lutadores usavam dos punhos e magias, este último trazia uma inovação: a luta com armas. Mesmo com um nome alusivo aos guerreiros japoneses, Samurai Shodown trazia os mais diferentes guerreiros dos 4 cantos do mundo, com uma notável variação de armamentos. Esse ingrediente extra, acabou fazendo do título um clássico dos games.

Quando a SNK resolveu se aventurar no mundo dos consoles criando o NeoGeo, a empresa esperava que o povo japa não fosse arregalar os “zóio” na hora de ver o “precin” do brinquedo. Tá legal que os recursos do NeoGeo o faziam na época o “Top of the Tops” dos consoles, mas japa também é pão duro (hehehe). Na tentativa de popularizar o video-game, os jogos eram dados de brinde na compra do aparelhinho, e um dos mais veiculados nessa promoção foi justamente o Samurai Spirits (Shodown). Isso foi um dos fatores que ajudou a popularizar o título. Espertamente, a SNK tratou de encomendar um anime pra faturar uns trocados extras e consequentemente divulgar seu joguinho.

Depois do sucesso dos OVAs de Fatal Fury (em 1992 e 1993 respectivamente), em 1994 a SNK ficou esperta para controlar o possível sucesso do longa-animado da febre Street Fighter II da Capcom (e sabemos que foi um sucesso realmente). Daí vieram os desnecessários longas de Samurai Shodown e Fatal Fury.

A produção de SS ficou a cargo da NAS, com o apoio da TV Fuji e foi executada por Kenji Shimizu. Agora como o tal Shimizu foi capaz de produzir uma pérola dessas, só Deus sabe… Pra piorar, o cara chupinhou bastante o miolo de um anime clássico (lançado no Brasil, inclusive em MANGÁ): A Lenda de Kamui. Tudo bem que no Japão essa é uma tática usada à exaustão… Mas Samurai Shodown era um jogo muito maneiro que merecia um pouco mais de apreço. O resultado final foi péssimo.

Anestesia nas idéias
Sono. É só isso que a história de Samurai Shodown provoca. Todo anigame deixa os fãs com uma expectativa de saber como os personagens aparecerão caracterizados, ou que golpe usarão. Pois bem… Em Samurai Shodown você odeia tudo e fica com vontade de martelar o cartucho depois! E não tô brincando! Com a ajudinha da dublagem então…

Pra começar o vilão Amakusa (com ares andróginos) virou muieh… Ele(a) surge do nada e assassina um monte de gente e destrói tudo ao seu redor. Aparentemente, ela quebrou o selo que lacrava um poderoso demônio – Anbrosia. Surge dos escombros o Samurai Haohmaru que indaga tal atitude absurda do(a) moço(a). Na seqüência, o samurai o(a) desafia só que, Amakusa não quer papo (que saco… Vamos considerar Amakusa uma mulher a partir daqui, Ok? =P). Os demais guerreiros amiguinhos de Haohmaru aparecem, mas não dá muito tempo pra rolar uma porradaria das boas. Amakusa faz uma “Genki Dama” e uma chama faz todos sumirem. Os espíritos dos 6 guerreiros se espalham como as dragon balls (XD) e misteriosamente, a mulher diz que daqui a 100 anos todos os guerreiros irão regressar… E que ela estará esperando! Entendeu? Nem eu! O que parece ser um começo que desenvolverá um roteiro intrigante e cheio de ação se revela uma historinha de roteiro besta e cheeeeeeeeeeio de furos.

Os tais 100 anos se passam e os guerreiros sagrados buscam se reunir para derrotar Amakusa. Todos, menos Haohmaru, que virou um bobalhão estilo Goku e perdeu sua memória… Amakusa reuniu uma imensa quantidade de seguidores (através de ameaças e dominações de corpos o_o) que a seguem com fiel lealdade. Um detalhe: passam-se 100 anos e o cenário continua o mesmo… =P

Os seguidores de Amakusa surgem na aldeia de Haohmaru e passa a aniquilar seu povo, incluindo sua mãe. Haohmaru se enfurece e derrota todos os soldados, tentando inutilmente recuperar a vida de sua mãe. A mulher usa de suas últimas forças pra revelar que não é sua mãe verdadeira (o bebê Haohmaru surgiu de um cometa junto de uma espada o_o) e que o cara tem uma grande missão pela frente.

Em meio a esse cenário trágico, surgem os 5 demais guerreiros sagrados que tentam controlar o gênio temperamental de Haohmaru, fazendo-o lembrar de seu passado. Ao saber que quem ordenou a morte de sua mãe foi Amakusa, o samurai não pensa duas vezes e parte para o confronto (e os demais, desesperados por perder seu companheiro e também por ele não estar preparado, correm atrás…).

Tem início então a luta final contra Amakusa Shirou Tokisada (o_o) e o espírito maléfico de Ankokushin que a possuiu. E a luta desempolgante se arrasta até o final do filme (que tem uma hora… Metade do filme é a luta =P). Nisso tudo são postos dezenas de passagens que confundem ainda mais o espectador. Uma hora Ambrosia e Ankokushin são maus, depois Anbrosia vira bom e por fim os dois são a mesma coisa liberadas em um ritual de Amakusa que havia se sentido traída @__@… Antes de morrer, Amakusa tem seu espírito libertado (e Haohmaru fica chamando ela só de Shirou >_< ) e em alguns minutos os guerreiros destroem o espírito de Ambrosia Ankokushin e pronto. Acredite, foi bom eu ter te contado o final…

Continuação @__@’
Em 1999, Samurai Shodown ainda gerou uma continuação direta pro mercado de vídeo! O OVA “Samurai Spirits 2: Azura Zanmaden” possui em seu cast pessoas que nunca tiveram uma importância significativa em suas carreiras exceto em um quesito: a música usada na produção é de autoria do sr. Osamu Tesuka @__@”. Aí é apelação… Agora eu tenho que explicar. Graças aos céus, Ossamu Tezuka (o “deus do manga”) não fazia música não, quem compôs a trilha do OVA é somente um xará que fez o mesmo pras 3 fases do Slayers ^^. Te assustei? Hehehe…O OVA foi uma tentativa de refazer a história do longa anterior, mas pelo visto não conseguiram melhorar muita coisa. Até onde apuramos, ele só foi lançado mesmo no Japão. E ao que parece, fizeram da Nakururu (que tem uma voz irritante por aqui – o dragãozinho da Rakesh do Shurato XD) a personagem principal. o_o

No Brasil
Samurai Shodown foi lançado em vídeo em 1996 pela Flashstar Home Vídeo, movido pelo sucesso de vendas dos OVAs de Fatal Fury. Por causa de FF, o anime conseguiu vender bem ao lado de outra bomba – o Art of Fighting. Mas aposto que ao assistir aquilo, quem comprou/alugou não pensava em outra coisa senão arremessar a fita contra a parede XD.

A dublagem foi feita pela Dubla Vídeo de São Paulo e possui muitas vozes conhecidas hoje em dia. Tem Marcelo Campos? Sim pirilim! XD Mas esqueceram umas coisinhas bem óbvias. Pra começar, as legendas em japonês que pipocam a todo instante (a la Samurai Warriors… Lembram que vinha escrito uns Kanjis na hora dos golpes?) não foram traduzidas. Nada de mais… Pois só apresentam os personagens. Mas… Se você não conhece o jogo, fica sem ser apresentado aos protagonistas da história.

O anime também foi exibido pela Manchete (onde mais você achou que isso ia passar? =P) em 1997 dentro do bloco U.S Mangá, que já dava seus últimos suspiros . Teve cortes? Se você fez essa pergunta merece uma espadada na cabeça ! Se bem que talvez os cortes da Manchete tenham sido uma benção ao telespectador…

A ‘saga’ (credo ~_~) de Samurai Shodown no Brasil, terminou em 1998, quando o VHS veio “grátis” na revista Ação Games (que também “deu de brinde” os OVAs do FF e até aquele desenho americano do Mortal Kombat XD), que sabe-se lá porquê tinha o apoio da Jovem Pan.

Hoje em dia é difícil pensar que a Flashstar se interesse com tanto fervor por animes como fazia nos anos 90. Os DVDs de Sailor Moon R foram o estopim pra que os lançamentos fossem eternamente urucubacados. Mas se bem que, se for pra vir com coisas como Samurai Shodown, é melhor deixá-los quietos… Agora, quer tirar um proveito de tudo isso? Procure um NeoGeo por aí (ta, é mei difícil, mas não custa tentar XD), ponha seu cartucho de Samurai Shodown e reúna os amigos, voltando ao tempo do inocente 2D. Mas se você quer torturar alguém, amarre-o numa cadeira e ponha rolar uma fitinha do anime. Você vai gostar do resultado. =P

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