Vampire Princess Miyu

[div coluna1]Vampire Princess Miyu
Kyuuketsu Hime Miyu
Produção: AIC, 1997
Episódios: 26 p/ tv
Criação: Narumi Kakinouchi e Toshihiro Hirano
Exibição no Japão: Tv Tokyo (06/10/1997-30/03/1998)
Mangá: Horror Comics
Distribuição: Studio Gábia
Disponível em: DVD

Última Atualização: 27/08/2007

Por Tio Cloud

Quando algo faz sucesso, logo vem uma série de obras parecidas tentando pegar carona na onda ‘original’, isso em todas as áreas, seja no cinema, na tv, nos animes e games.

E juntar dois ‘estilos’ consagrados numa única obra certamente é sinal de retorno garantido. Vampire Princess Miyu é a prova. Foi exatamente isso que os produtores da série para tv da caçadora de Shinmas tentaram fazer: juntar uma dose de Sailor Moon (no velho esquema ‘monstro’ do dia) e o bom e velho clichê ‘vampiro que caça criaturas da noite’. E deu certo. O anime fez muito sucesso e acabou trazendo à tona no Japão uma ‘vampiromania’ bem na virada dos anos 90 para 2000. Só que, quem vê Miyu caçando monstros em histórias rasas, que nos fazem considerá-la uma ‘Sailor Moon Dark’, nem imagina o quão querida é a personagem no Japão, e sua origem a deixa bem longe do estereótipo a qual foi vinculado graças à série de tv.

O nascimento
Como quase tudo que chega à tv japonesa, Miyu tornou-se conhecida pelo público japa através de um mangá. De autoria de Narumi Kakinouchi e Toshihiro Hirano, que aliás, são casados (imaginem se eles se divorciarem… Quem fica com a ‘filha’? XD), a versão em quadrinhos, entitulada Kyuutetsuki Miyu, começou a ser publicada nas páginas da revista Horror Comics na metade dos anos 80, e logo chamou a atenção por sua alta dose de suspense e suas histórias com finais nada felizes. Misturando um traço bem ‘triste’ (??) e gótico, o mangá sempre trazia uma história fechada, com começo, meio e fim (geralmente trágico para algum personagem).

Depois do sucesso do mangá inicial, o casal de autores resolveu brindar o público com mais uma publicação, dessa vez em histórias em forma de contos também fechados, como uma espécie de graphic novel. Essas edições traziam muito texto e poucas imagens e fez o público torcer o nariz, apesar da inegável beleza de sua arte. Pra compensar a khda, os dois logo trataram de reiniciar a obra do zero, lançando Shin Kyuutetsuki Miyu. Esse é para muitos o mangá definitivo da vampiresa, pois narra uma história cheia de ação e sem os dramas da história inicial, durando 7 volumes encadernados.

Além dos trabalhos ‘oficiais’, ainda foi publicado Kyuutetsuki Yui, uma espécie de ‘spin off’, onde Miyu sai de cena dando lugar a Yui (não é aquela bagacêra que viaja pela internet não, hein!) que continua caçando Shinmas, só que em histórias bem mais ‘alegres’ (recomendada à sua irmãzinha!).

No acetato
Como tudo que faz sucesso nos mangás logo ganha versão animada, não demoraria pra que a vez da vampiresa chegasse. E foi logo em 1988, pouco tempo depois do lançamento do mangá original que Miyu fez sua estréia na animação. No caso, foi produzida uma série de ova’s que apesar de bem legaizinhos pararam em apenas 4 episódios. A versão ‘definitiva’ do anime só seria lançado em 1997. Nessa época, a Tv Tokyo inaugurara um horário nas madrugadas para exibição de séries menos comerciais (eu disse ‘menos’, ok?). Era a faixa perfeita para que fosse lançado um anime com o teor de suspense, drama e ‘horror’ como Miyu. E assim foi feito.

A série estrou no dia 06 de outubro de 1997, às 01:15 da matina (falei que era de madrugada!) e fez bastante sucesso, a ponto de fazer com que várias séries de vampiros ganhassem a tv. Só que havia um porém: apesar do clima ‘dark’ ter sido mantido, a animação era deficiente onde o mangá era perfeito: perdeu o clima de mistério e suspense da versão em quadrinhos, e Miyu acabou tornando-se uma ‘Sailor Moon da noite’. Sempre tinha um Shinma atormentando alguém, a heroína entrava em ação (na verdade, a ‘ação’ dura uns 2 minutos, e olhe lá!), Larva aparece para ajudá-la na hora ‘h’ (o Tuxedo Mask também tem uma versão ‘dark’ aqui!), a moçoila usa sua magia e mata o Shinma. As histórias até que tentavam dar um ar de medo, mas todo mundo sabia que o ‘personagem do dia’ ia morrer de alguma forma no final.

Tudo bem que a série é bem previsivelzinha, mas nada, digo, NADA supera o mascote mais bizarro da história dos animes! Ao invés de usarem como base uma criatura da noite (um morcego, gárgula, sei lá XD), temos como mascote (só se for pra dar azar), o feio, horrendo, sem graça, inútil, tosco, com voz irritante na versão brasileira e outros adjetivos que não lembro, Shiina, uma criatura que é na verdade a cruza de Kirby com Mokona depois de ser atropelado (o olho esbugalhado prova isso!!). Lembra quando eu disse que a série era um pouco ‘menos’ comercial? Poizé, aí está a prova, pois, quem em sã consciência iria comprar um bunequinho desse treco para seu filhinho? Pensando bem, achei onde está o horror da série. XD

Pelo menos o braço direito da vampiresa, Larva, é mais ‘normal’ e é impossível não achar bacanérrimo aquela máscara de ‘Vega do Mal’.

A historinha
Miyu é uma garota que parece ser normal, apesar do seu ar triste e poucas palavras. Mas, na verdade, ela é uma vampiresa, que, transformada aos treze anos de idade, ficou com a aparência intacta. Ao lado do não menos estranho e gélido Larva e do mascote-puxa-saco-que-monstro-horrível-foram-inventar Shiina, ela se encarrega de “varrer” o mundo dos humanos, mandando todos os Shinmas (criaturas sobrenaturais que escaparam para o nosso mundo e tem como único objetivo atormentar a vida dos humanos) de volta para o seu mundo de origem.

Fingindo ser uma mera estudante colegial, Miyu acaba presenciando fatos inexplicáveis e ao investigar mais a fundo, descobre que sempre há um Shinma envolvido. E é aí que entra o que expliquei lá em cima: o monstro aparece, Larva a salva, ela usa uma magia mal feitinha, mata o monstro e lá vem um final ‘trágico’.

A vampiresa acaba conquistando algumas colegas da classe onde estuda (não me pergunte porquê uma vampira sem família e sem ninguém pra quem dar satisfação precisa estudar.. Ah é, é pra ter gente pra morrer no fim do capítulo! o.o’), principalmente a confiança da meiga Chisato (que é a cara da Corrector Yui).

No núcleo sobre-humano do elenco da série, ainda há a feiosa e sem sombrancelha Reiha e seu boneco tagarela Matsukaze, que também caçam Shinmas, mas são mais impiedosos a respeito dos humanos, e acabam mais atrapalhando que ajudando.

No Brasil
Miyu chegou ao Brasil em 2002 numa louvável iniciativa do Studio Gabia. Até então, a empresa trabalhava apenas com autoração de dvd’s (como Ghost in the Shell) e dublagem (como a tosca versão brasileira de Spawn – A Série Animada), mas resolveu entrar no ramo da distribuição de animes em dvd, de olho no que se pensava ser um mercado promissor. A empresa comprou um ‘pacotão’ de séries e longas, os quais seriam gradativamente lançados nas bancas de revistas. Todo mundo pode falar mal, mas o Gabia fez um ótimo trabalho com as poucas coisas que lançou, apesar de muita gente perfeccionista ter ‘chiado’ com a ‘qualidade vcd’ de Sakura Card Captor.

Só que Miyu teve apenas 3 volumes lançados (que cobrem os 10 primeiros episódios), e apesar do 4º já estar dubladinho e pronto pra ser lançado, não o fizeram, pois o estúdio saiu de vez do ramo dos animes. E com isso, várias séries como Shaman King e movies como Nadesico ficaram sem ver a luz do dia na nossa terrinha.

Mas, se o formato era ideal, o preço acessível e a qualidade bem acima da média, porquê não deu certo? Por culpa dos próprios fãs e de empresas que se dizem divulgadoras dos animes, mas só querem tirar a última gota dos ditos ‘fãs’.

Explico: os dvd’s inicias lançados pelo estúdio (Miyu 1, Sakura…) foram bem nas vendas, mas os volumes seguintes acabaram encalhando, a ponto de chegarem a serem vendidos a R$ 9,90 (e ganharem uma segunda versão ‘limpa estoque’ pela Dynacom).

Isso aconteceu porquê muitos ‘fãs’ torceram o nariz por causa da qualidade (colocaram defeito em tudo, até nos extras), deixando de comprar os lançamentos seguintes; e da nossa velha amiga pirataria. Sim, meus caros, a gota d´àgua foi num evento de uma empresa safadinha conhecida nossa onde a mesma, através de sua ‘lojinha de divulgação’, vendia cópias ilegais pela metade do preço das originais (que já eram baratas!).

Com isso não tem santo que aguente, e o Gabia paralisou de vez os lançamentos. Se Miyu terá continuidade? Ninguém sabe, provavelmente não. Mas não culpem o estúdio pela ‘incopetência’, e sim os ‘fãs’ pela falta de respeito e apoio. Querem um mercado forte no Brasil, mas não apoiam quem trabalha e investe dinheiro em cima. Preferem ajudar os japas da Yamato a comprarem carro do ano.

Checklist Episódios
(Lançados no Brasil)
1- Um Simples Desejo
2- Na Próxima Estação
3- O Chamado da Floresta
4- O Retorno de Reiha
5- Monstro dos Sonhos
6- O Fantasma de Miyu
7- O Destino
8- Os Sapatos Vermelhos
9- Sua Casa
10- Pântano de Promessas

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