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Rin e Yukio são irmãos gêmeos órfãos que vivem sob os cuidados do Padre Fujimoto no monastério de Vera Cruz. Ao contrário de Rin, Yukio é um aluno aplicado que estuda em uma boa escola após ter conseguido um financiamento estudantil, enquanto o irmão é apenas um desajeitado problemático que vive arrumando confusão pela cidade.

Numa dessas, Rin não engole quando um grupo mexe com ele e rebaixa Yukio, o que lhe faz sair do sério e brigar com eles. O gêmeo sente algo estranho e chamas azuis começam a emanar dele, o que o faz se sentir estranho por não entender o que estava acontecendo.

O que ele não contava é que nessa gangue houvessem demônios, o que torna a situação ainda mais preta pro lado do garoto. Mas pra sorte dele, o padre Fujimoto aparece e detém o grupo, e isso faz com que Rin tenha uma série de dúvidas sobre tudo que acabara de ocorrer.

É aí que lhe é revelado que o jovem é também um demônio, e não um qualquer: ninguém mais ninguém menos que o filho de Satã.

Com sua identidade enfim revelada, Rin descobre que não poderá mais levar uma vida normal, e acha que isso é apenas uma desculpa esfarrapada de seu mentor para expulsá-lo do monastério agora que lhe foi revelada sua identidade como demônio.

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Isso abala o padre, que há tempos resiste para não ser possuído por Satã, uma vez que ele é uma das poucas figuras que pode suportar a possessão do demônio-mor. No corpo de Fujimoto, o pai de Rin fará de tudo para trazer o filho para seus domínios, mas o jovem vê que existe uma chance de isso não acontecer: desembanhar a espada que o padre havia lhe dado um pouco antes desses eventos. Mas isso faria com que ele retornasse à sua forma de demônio para sempre.

[Mega spoiler] Ele não exita e recorre à espada para derrotar Satã, que recua. Mas já era tarde demais: todo corpo possuído por ele é sacrificado pela possessão. E assim o padre Fujimoto morre, e Rin agora recorrerá a um amigo do mentor para saber que rumo deve seguir. [Fim do Mega Spoiler]

O que ele também não esperava é que o amigo do padre, um exorcista, quisesse a cabeça dele já que o filho de Satã poderia se tornar um problema tão grande quanto o próprio. É quando Rin vira e pede para se tornar um exorcista também. Mephisto lhe pergunta: “O que você faria para se tornar um exorcista?” e Rin responde: “Eu mataria Satã!”. E nisso Rin é aceito para iniciar uma longa jornada para se tornar o Blue Exorcist.

Blue Exorcist é bem popular e tem um anime de 25 episódios, além de um filme recente para os cinemas que deixou muito a desejar.

O mangá é sem sombra de dúvidas um dos mais pedidos pelos brasileiros nos últimos anos. A obra de Kazue Kato começou a ser publicada em 2009 na Jump Square, revista mensal e irmã da Shonen Jump e tem atualmente dez volumes encadernados.

As informações do parágrafo anterior por si só fazem pensar se foi uma atitude acertada a da JBC trazer o mangá que mal tem uma dezena de volumes publicados em mais de quatro anos de vida e que ganha capítulos apenas mensalmente. Reforçando essa linha de raciocínio, temos como periodicidade o ritmo mensal por aqui. Em menos de um ano o hiato da série virá, e novos volumes no Japão saem em ritmo quase semestral.

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O primeiro volume apresenta os três primeiros capítulos da obra. Cabe mencionar que a JBC censurou um palavrão: no primeiro capítulo, onde deveríamos ter um “merda”, veio um “m****”.

Se não quiser usar o termo, que substitua por um “droga” ou algo do tipo, mas usar asterisco na cara dura aí já é um pouco demais.

Talvez não tenha ficado claro que o mercado brasileiro não gosta de censura, e uma dessas, que poderia ter passado batido com uma adaptação, a editora fez questão de escrachar.

Blue Exorcist também é uma obra que apresenta clichês de imediato: o irmão bonzinho de Rin, por exemplo, é na verdade um instrutor na escola de exorcistas e dará aulas pro irmão. E nega por um bom tempo qualquer explicação pra ele fazendo pose de professor durão.

No final do volume, como extra, temos as fichas dos personagens que aparecem no encadernado com um trabalho muito insatisfatório por parte da editora, como será explicado logo a seguir.

A JBC não se deu nem ao trabalho de editar os círculos que marcam os gêneros de mangá favoritos dos personagens, que em japonês são escritos em kanji, então os círculos são pequenos, uma vez que precisam marcar apenas um símbolo.

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Em português, parece que esqueceram que usamos várias “símbolos” pra compor as palavras, e por isso não ampliaram a marcação, que continua do mesmo tamanho e mais parece um rabisco por cima das categorias apresentadas.

Mais um ponto a ser comentado é que a obra, mesmo com páginas coloridas nos encadernados japoneses, não veio com as mesmas para o Brasil. A editora comenta que não valeria, uma vez que a quantidade é mínima, e por isso barateou.

Acontece que no ano passado, a JBC fez a seguinte promessa: todas as obras que tiverem páginas coloridas no Japão, teriam também na edição brasileira. Mais uma promessa quebrada, isso no mesmo ano em que ela cancelou seu primeiro mangá.

Juntando no pacote uma história que é um mais do mesmo, não tem algo que fuja dos shonens normais nem de seus clichês, com uma edição insatisfatória por parte da editora, Blue Exorcist é um mangá pra quem estava querendo muito isso por aqui e que não exige um primor de produto final.

JBC _Blue_Exorcist_01 (1)

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