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A herança de Shotaro Ishinomori (que você deve conhecer como o pai do Kamen Rider) volta e meia é revirada para manter vivos os seus personagens à nova geração. Dessa vez, um título não muito conhecido será revitalizado: o mangá Baiyaku Kakebachō Kazuryū, de 1974.

Originalmente fechada em 3 volumes, a obra ganhará um remake, como informa a revista japonesa Comic Run. A nova versão será desenhada por Akira Miyagawa, com previsão de estreia para o dia 27 de maio. Miyagawa ganhou destaque anos atrás em uma adaptação do anime Appleseed XIII, que rendeu também 3 volumes.

Na história acompanhamos Kazuryu, um vendedor de medicamentos que assume a identidade de assassino Baiyaku, viajando pelo Japão atrás do segredo que envolve o seu nascimento e a morte de sua mãe. Em volta disso, uma lembraça deixada pela falecida: o mistério da escultura do dragão de nove cabeças, algo diretamente ligado a seu nome.

Uma lenda

Falecido em 1998, aos 60 anos, Shotaro Ishinomori é uma figura importantíssima na história do entretenimento japonês. O mangaká foi assistente do maior ícone dos quadrinhos japoneses, Osamu Tezuka, de onde herdou a vontade de seguir em frente no meio, deixando de lado a ideia de ser um romancista.

Citando as obras conhecidas no Brasil, nos anos 1960, Ishinomori ganhou destaque com a criação do Cyborg 009, que ganhou uma versão animada exibida por aqui na época da TV preto e branco (e que décadas depois ganhou um remake, exibido pelo Cartoon Network, com alguns episódios lançados em DVD). Já nos anos 1970, considerado o seu auge criativo, foi a partir das 100 páginas de Skull Man que o japonês teve a ideia de inventar aquele que é uma das maiores figuras pop do país: Kamen Rider.

Rivalizando popularidade com o Ultraman, o gafanhoto motoqueiro se tranformou numa verdadeira franquia, com séries anuais que expandem e atualizam uma gigante família de heróis. Não bastasse isso, Shotaro ainda foi o precursor do gênero Super Sentai (esquadrão de heróis coloridos que conhecemos nos anos 1980 através de Changeman e posteriormente pelos Power Rangers), criando em 1975 a série Himitsu Sentai Goranger, seguida por outra cria sua em 1977, JAKQ Dengekitai.

No Brasil, conhecemos mais três séries tokusatsu distintas que são cria do cara: Bicrossers, Machineman e Patrine, marcadas por sua, digamos… “excentricidade”. Mas o maior hit por aqui foi Black Kamen Rider, herói cult da virada dos anos 1980 para os 1990 na tela da Rede Manchete.

[Via Anime News Network]