No último Henshin+, evento da Editora JBC realizado em São Paulo no dia 9 de abril, foi anunciado o lançamento do Henshin Drive!, uma plataforma digital que disponibilizará títulos de quadrinhos japoneses para leitura virtual de forma legalizada, seja no computador, smartphone ou tablet.
No momento, já existe um site oficial, mas o Henshin Drive! segue em fase de testes e estudos para definir como o serviço chegará de fato ao brasileiro. No canal da Henshin no YouTube, o gerente de conteúdo Cassius Medauar afirmou que a empresa está de olho nos métodos do próprio Japão, além dos Estados Unidos e França, a fim de escolher a melhor maneira.
Na página do Henshin Drive!, o usuário pode, por enquanto, apenas responder um formulário que ajudará a JBC a definir o novo sistema, além de receber o aviso para quando a versão beta estiver disponível. No formulário você também pode indicar até três títulos que gostaria de ler de forma virtual.
O lançamento de quadrinhos digitais oficiais não anula a publicação impressa. Ainda segundo Cassius, títulos inicialmente exclusivos na plataforma poderão chegar ao formato físico conforme seja demonstrada a sua popularidade. O Henshin Drive! abre então espaço para que títulos que provavelmente nunca chegariam às bancas se mostrem de fato relevantes com o interesse do público.
“Scans que se cuidem”? Me poupe…
A JBC vem com algo que já está dando errado faz tempo. A mídia secundária (livros, gibis, papel em si) não consegue ser substituída pelo digital! Prova disso é a queda na venda de ebooks pelo mundo e não só no BR. (fonte: http://folha.com/no1715246)
Ainda por cima estamos vivendo a pior crise financeira da história no BR e com risco até de corte ao acesso de internet fixa em casa. (fonte: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/08/31/chefe-da-anatel-diz-que-operadoras-acostumaram-mal-usuarios-agora-aguenta.htm)
Por fim, a maioria que lê online não coleciona, quer apenas acompanhar a história.
O foco das editoras tem que ser sempre o COLECIONADOR, com preços acessíveis, na medida do possível, para que outros leitores possam ter acesso ao produto.
E a JBC acha MESMO que essa é uma boa hora para lançar um produto DIGITAL?
Chega a ser hilário… É rir para não chorar mesmo… Projeto que já nasce fadado ao fracasso.
Mas também, algo que vem do Cassius, aquele que cria um selo apenas para empregar o amigo DelGrecco (que é tão profissional que abandona a editora aonde estava) e ainda lançam mangás cada vez mais ENTUPIDOS de erros gramaticais (só no Magi #19 contei cinco ou seis e em To Love Ru #03 escreveram foge com “J” logo no perfil dos personagens) não é de se estranhar.
Péssimo JBC… Péssimo…
sera q mangas q so exitem online seriam lançados impressos,por exemplo girls of wild?
Eu não sei como exatamente vai ser o formato usado pela JBC, mas pelo que está na pesquisa deles (que perguntam qual plataforma paga online você assina), parece que a ideia é seguir o esquema à la Netflix/SocialComics, ou seja, você paga uma assinatura mensal para ter acesso irrestrito ao acervo.
Se isso realmente proceder, já seria um ponto positivo e o formato de assinatura acaba sendo mais interessante do que o de ter que comprar volumes de forma avulsa (principalmente se tomarmos como exemplo o modelo praticado no Brasil, onde querem cobrar em um ebook o mesmo preço de uma edição física, só pra não dar “concorrência”).
Sobre o problema da mudança de regras sobre a franquia de internet, ler uns 10 capítulos de quadrinhos online (80~100MB) no fim consumiria muito menos banda que uma hora assistindo Netflix (2,3GB)… :P
Anyway, são opiniões de alguém que nos últimos anos prefere muito mais ler no Kindle do que num livro físico (meu Battle Royale tá ali empoeirando na estante), pois acho muito mais prático ler num gadget de pequeno porte com iluminação e outras firulas que facilitam e muito a leitura.
Já no que se refere a mangás, devido a todo esse drama nos últimos tempos de papel ruim, frete caro e erros de digitação pra todo que é lado, mais um motivo para eu preferir o formato digital.
No meu caso, usando um iPad 3 velho de guerra, a qualidade de imagem de um mangá do CrunchyManga é infinitamente superior ao de um mangá impresso em papel jornal ou em um offset transparente.
(Sim, um iPad é caro bagarai, ainda mais hoje que tá custando mais do dobro do que eu paguei no meu 4 anos atrás, porém hoje em dia há alternativas por aí que possuem tela IPS com preço bem mais em conta e que não fica tão atrás no que se refere à qualidade de imagem.)
Dependendo da postura da editora, um botãozinho de reportar erro já enviaria para a editora a página com o erro e ela poderia fazer a correção do mesmo sem maiores dificuldades (o Kindle tem uma função mais ou menos assim).
E como a própria editora já diz querer usar o formato como termômetro para então lançar as edições físicas, maiores seriam as chances do produto final sair sem esses erros primários de revisão.
Fora que obras de menor apelo, que antes só estariam disponíveis com tradução de scans (que pessoalmente não me agradam muito), podem ser que apareçam no formato digital devido aos menores riscos envolvidos.
Não sei quais seriam os níveis de custos de manutenção de um serviço assim, porém ao meu ver não tenho nada contra a implementação do formato e se for no formato de assinatura, sim, a minha assinatura está praticamente garantida.
Sorry pelo wall of text… D:
Cara, gostei de você.