Depois de uma sequência de dicas, a Editora JBC enfim revelou em seu último Henshin Online que vai publicar no Brasil o mangá A Rosa de Versalhes (Versailles no Bara). O lançamento deve ocorrer no segundo semestre, em formato big (2 volumes reunidos em um).
Publicado originalmente entre 1972 e 1973 nas páginas da revista feminina Margaret, a obra reuniu 10 volumes encadernados (que por aqui serão 5), sendo o trabalho mais famoso da autora Riyoko Ikeda. Em 1974 ainda saiu uma compilação de histórias curtas em mais dois volumes, chamado Versailles no Bara Gaiden. Em 2013, 40 anos após o final original, novas histórias foram contadas em Versailles no Bara: Episode-hen.
Inspirada em personagens reais que rondam a biografia da arquiduquesa da Áustria Maria Antonieta, A Rosa de Versalhes é ambientada na França do século XVIII, acompanhando a história de Oscar, uma moça criada com treinamento militar como se fosse um garoto. Conflitos amorosos e a iminência da Revolução Francesa constroem o enredo que vendeu milhões de cópias pelo mundo.
Em 1979, o mangá virou um anime de 40 episódios, com um traço muito familiar para os brasileiros. O falecido Shingo Araki e Michi Himeno, os mesmos responsáveis pelo visual da TV d’Os Cavaleiros do Zodíaco, foram os responsáveis por embelezar Oscar e companhia na animação que se tornou um verdadeiro clássico. Com o título internacional de Lady Oscar, o anime foi sucesso na Europa nos anos 1980, sendo exibido em países como Itália e França.
O anime no Brasil
Nos anos 1990, a popularização do videocassete e o sucesso estrondoso d’Os Cavaleiros do Zodíaco fizeram com que muitas empresas se animassem em trazer animações japonesas direto para o mercado de home-video. Foi assim que os brasileiros tiveram o primeiro contato com Lady Oscar, com algumas fitas lançadas pela Europa Filmes com o selo Europinha (o mesmo de produções mais infantis, pois sabe como é, né… o mercado não estava nada pronto para aceitar desenhos para jovens ou adultos).
Foram lançados por volta de 10 episódios, com dublagem feita pelo estúdio paulista Marshmallow. No elenco, nomes consagrados da época como Fátima Noya (Gohan criança em Dragon Ball Z) como Oscar e Eleonora Prado (a Número 18, também em Dragon Ball Z) como Maria Antonieta.
Recentemente Little Witch Academia fez referência ao estilo dessa série no episódio da abelha -que satirizava a idéia de algo entre Akko e Diana mas no final acabou fazendo o fandom sonhar mais com yuri oficial em LWA!
A série é icônica. Com certeza eu tentarei comprar ao menos a primeira edição. Tenho estado meio ausente do mundo dos mangás nos últimos anos, especialmente por conta da crise, mas exceções como esta, Hokuto no Ken e Jojo’s Bizarre Adventures merecem minha atenção. São títulos que eu farei o possível para ter em minha prateleira.
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OFFTOPIC.: Eu vi o twitter de vocês sobre a dublagem americana de A.I.C.O. Incarnation, e achei interessante tocarem neste assunto. Eu fiquei bem surpreso quando soube que foi feita em Miami, não só pela quase inexistente tradição de Miami com dublagens de animes em inglês, mas com o fato da Netflix em 99% dos casos dublar os animes em Los Angeles.
Por lá na América do Norte, dublar os animes fora de Los Angeles, Texas, Vancouver (Canadá) ou Nova York é o equivalente à dublar aqui no Brasil fora do eixo Rio-São Paulo.
Mas o mais curioso, é que por mais que a dublagem em inglês tenha sido um desastre, para versões em português, Miami tem melhorado nos últimos anos, basicamente por conta da migração de alguns dubladores famosos daqui para lá, como o Igor Lott, o Bruno Mello, a Júlia Castro, a Fernanda Crispim e o Airam Pinheiro. Sim, o mesmo Igor Lott que fez live com vocês em 2010 sobre a dublagem de Inazuma Eleven, está morando e dublando em Miami desde 2016.
Por fim, o Alexandre Alvarez Neto, que dublou um personagem importante em AICO, também havia dublado o Katsura na versão em português de Gintama.
E é meio triste e deprimente pensar que se a dublagem em português deste anime (A.I.C.O.) tivesse sido feita lá em Miami, teria saído um resultado melhor que o da dublagem brasileira curitibana que este anime ganhou.
Desculpem ter saído tanto do assunto, mas não encontrei outro espaço muito melhor que este para comentar sobre isto. Voltemos à programação normal :wink:
OOBAA, Hokuto no ken e Rosa versalles chegando.Comprar mangas para encher prateleira é osso ainda mais com esses preços.