Quem acompanha o mangá Gangsta deve saber dos problemas de saúde que envolvem sua autora, Kohske, e que inevitavelmente causam longas pausas na obra. A mangaká resolveu vir a público na última terça (11), através de seu Twitter pessoal, para noticiar que foi diagnosticada com lúpus, um distúrbio crônico autoimune que produz anticorpos em excesso – o que acaba causando um ataque ao próprio organismo.
Na mensagem, escrita em inglês, Kohske explica um pouco de seus sintomas e pede para que os fãs de sua obra não a cobrem, pois mesmo doente ela segue trabalhando no mangá. “Dia desses, fui diagnosticada com lúpus eritematoso sistêmico [nome completo da doença]. Minhas articulações e vasos sanguíneos ficam inflamados, causando anemia, mal-estar e febre. Um olho já estava quase cego. Mas meu trabalho continua de forma lenta. Então, por favor, não me apressem, me deixem em paz. Estou ocupada curtindo minha vida!” – disse (em tradução livre).
Em resposta ao próprio tuíte, ela também comentou que já enviou um novo capítulo à editora, mas que ainda não sabe quando ele será publicado.
A primeira vez que Gangsta entrou em hiato por motivos de saúde da autora foi em novembro de 2015, voltando apenas em maio de 2017. Em setembro de 2018, houve uma nova pausa, com retorno somente em março de 2019. O último capítulo publicado foi em dezembro do ano passado e o próximo… Bem, o mais importante é a saúde da Kohske, né?
Lançado em janeiro de 2011, GANGSTA. (originalmente estilizado assim, com esse ponto final) é seriado na revista mensal Comic @Bunch, da editora Shinchosha, reunindo até o momento 8 volumes encadernados. No Brasil foi licenciado pela Editora JBC, sendo lançado em outubro de 2015, com 7 volumes disponíveis.

Capa nacional do 1º volume. | Divulgação JBC
Sinopse oficial do 1º volume:
Worick e Nicolas são uma dupla disposta a dar uma mãozinha ao submundo de Ergastulm, uma cidade dominada pela mádia, repleta de crime, drogas e prostituição. Mas os dois têm seu preço, e seus segredos! “Alô? Obrigado por ligar para os faz-tudo. Em que posso ajudar?”
A obra inspirou um animê de 12 episódios em 2015, com animação do estúdio Manglobe (de Samurai Champloo). Licenciada no Ocidente pela Funimation, a série não tem transmissão oficial no Brasil.
[Via Twitter @go_kohske]
Autores que passam por doenças assim, deviam reduzir o trabalho feito optando por só fazerem roteiros ao invés de roteiro e desenho, deixando essa parte para algum outro profissional ou assistente, e quem sabe reduzindo o intervalo de tempo entre terem que produzir suas obras e se cuidar de maneira adequada, sem exigirem tanto de si nessas atividades criativas. Claro que a saúde da autora que importa para quem é fã de verdade, mas é triste também para quem é fã saber que uma obra pode nunca chegar ao seu final ou se arrastar por tempo indefinido por conta da maneira como o autor tem que conduzi-la devido às suas próprias condições.
Talvez a autora queira desenhar também, pois é o trabalho dela, tipo a gente ganhando num torneio de videogame, não importa se nós demos as melhores instruções se não formos nós que apertamos os botões, fora o custo extra do novo desenhista, sobraria menos grana pra autora.
Hmm por isso tava demorando a mulher tá doente, n sabia dessa 😕