Anunciado em 2019 durante o Anime Friends, Patrulha Estelar Yamato (título nacional para Uchuu Senkan Yamato) finalmente teve a capa brasileira revelada pela NewPOP – confira abaixo. O mangá deve chegar às lojas e livrarias no 1º trimestre de 2021, com pré-venda aberta já em janeiro, sendo um volume único com acabamento semelhante ao de Devilman e Cutie Honey, que inauguraram o selo “Prime“ da editora, focado em obras clássicas.

Capa nacional de ‘Patrulha Estelar Yamato’ | Divulgação/NewPOP.

 

Divulgação/NewPOP

Yamato começou a ser publicado no Japão em novembro de 1974, mais ou menos um mês após a estreia do anime na TV. A obra escrita e desenhada por Leiji Matsumoto (que também dirigiu a animação) reuniu 3 volumes encadernados, sendo finalizada em 1975, com o título de Cosmoship Yamato.

A história de Yamato se passa no ano de 2199, quando a raça alienígena dos Gamilas (Gamelons na dublagem do anime) causa um dano radioativo na Terra, impossível de reverter. Os habitantes se refugiam na superfície e a extinção da humanidade está prevista em um ano. Porém, uma esperança vinda de uma mensagem misteriosa em uma cápsula, faz com que os humanos busquem a salvação no Planeta Iscandar. Para isso, criam a Encouraçado Espacial Yamato, aproveitando a estrutura do clássico navio usado na Segunda Guerra, com a tripulação viajando pelo espaço em busca do elemento que removerá a radiação da Terra.

A série animada produzida pelo Group TAC foi um verdadeiro marco na animação japonesa, influenciando outros ícones posteriores, como Gundam e Evangelion. No Brasil, foi exibida a partir de 1983, no início das operações da extinta Rede Manchete. Na época, foi exibida a segunda temporada (26 episódios produzidos em 1978), fase conhecida como Cometa Império e adaptada nos Estados Unidos com o título de Star Blazers (por isso ficou conhecida como Patrulha Estelar por aqui). Com sucesso considerável, a terceira fase (25 episódios produzidos em 1980) veio em seguida, com material original do Japão – com direito à abertura em japonês passando na TV.

Existe uma lenda em torno da exibição da série clássica de 1974 de forma restrita pela Manchete, no início das operações da emissora. Porém, não há comprovações de que isso aconteceu. Uma fita VHS com os primeiros episódios da fase Cometa Império chegou a ser lançada pela Herbert Richers nos anos 1980. O famoso estúdio de dublagem, que também fez a versão brasileira do anime, havia inaugurado um selo de distribuição de vídeo na época.

O mangá que será lançado agora pela NewPOP quase chegou por aqui em 2002. Na época, o título seria lançado pela Opera Graphica, porém foi descoberto que o material fonte era uma licença pirata, o que cancelou a ideia da publicação.


Fonte: Manga Awards 2020 e NewPOP