Imagem: Capa da primeira edição de 'A `Princesa e o Cavaleiro'.

Capa da edição antiga. | Reprodução: JBC.

Nesta semana, teve início a JBC Festa e, em parceria com o JBox, a JBC fez o primeiro anúncio para comemorar os 20 anos dos mangás da editora brasileira. Trata-se do relançamento de A Princesa e o Cavaleiro (Ribbon no Kishi), de Osamu Tezuka.

Publicado pela primeira vez no Japão entre 1953 e 1956, na revista Shoujo Club, da Kodansha, o mangá teve diversas versões atualizadas pelo autor ao longo dos anos e foi finalizado em 4 volumes.

Entre 2003 e 2004, a JBC publicou a versão final do mangá, concluída em 1966, com 8 volumes no formato meio-tanko (100 páginas cada), tendo sido o primeiro trabalho de Tezuka no Brasil. Agora, o título retorna em nova edição, desta vez no formato 2 em 1 e completa em 2 tomos. O lançamento é previsto para o 2º semestre.

A história se passa em um mundo em que todas as crianças chegam à Terra com um coração escolhido por anjos (azul ou rosa). A pequena Safiri, no entanto, nasce com uma particularidade: ela carrega ambos por conta de uma travessura realizada por um desses anjos. Após o nascimento, a princesa Safiri é anunciada como menino e acaba tendo que se passar por um devido às regras que impedem que mulheres assumam o trono do Reino da Terra de Prata.

A farsa é realizada para tentar impedir os planos do malvado Duque Duralumínio, primo do rei, que deseja entregar a coroa para seu filho e fará de tudo para provar que Safiri é uma menina.

Imagem: Banner com Safiri como princesa e cavaleiro.

Embora não tenha sido o primeiro mangá shoujo publicado no Japão, Ribbon no Kishi  foi um dos primeiros a possuir uma narrativa mais linear. Quadrinhos para garotas, como Kurukuru Kurumi-chan, de Katsuji Matsumoto, já existiam pelo menos desde 1930 (entenda mais sobre as demografias no nosso guia), e foi a partir de algumas criações da primeira metade do século XX que Tezuka ajudou a consolidar uma sistematização da demografia.

Antes da clássica publicação de Osamu Tezuka chegar ao Brasil, a adaptação animada de 52 episódios, produzida em 1968, foi exibida por aqui pela extinta TV Tupi, na década de 70, além de chegar também à grade da Record, em meados dos anos 80. Mais recentemente, em 2013, a NewPOP publicou a continuação do mangá, entitulado Os Filhos de Safiri.

Com a volta de A Princesa e o Cavaleiro, a JBC revisita mais um título dos primeiros anos da editora, além de recolocar o “Deus do Mangá”, como Tezuka é conhecido, no centro das atenções do mercado brasileiro.