O governo japonês divulgou que condecorou a mangaká Hagio Moto com os Raios Dourados com Roseta da Ordem do Sol Nascente — a mangaká se disse surpresa com o fato, e acrescentou que há ainda espaço para pesquisas de mangá shoujo e josei na perspectiva histórica.

Hagio é considerada uma das fundadoras do shounen-ai, que deu espaço ao que hoje chamamos de boy’s love, devido à publicação de Toma no Shinzou (1974), mas ela não gosta muito de alcunha, aparentemente por colocá-la junto de Keiko Takemiya, com quem possui uma enorme desavença. Muitos consideram Toma no Shinzou, o primeiro shounen-ai mas a mangaká agora diz que não “entendia shounen-ai” ao criar a trama.

Além de seu espaço no shounen-ai, ela é proeminente no shoujo em geral, e produziu histórias de cunho feminista, como Juuichinin Iru! (1975). Contudo, como a maioria das autoras marcantes da década de 1970 na indústria shoujo, ela é inédita por aqui (apenas Riyoko Ikeda teve uma mangá publicado no Brasil, Rosa de Versalhes).

A Ordem do Sol Nascente é uma ordem honorária criada em 1875 pelo então imperador Meiji — foi a primeira condecoração nacional cedida pelo governo japonês e é destinada a quem prestu serviços notáveis ao país em diversos ramos, exceto o militar (e não precisa ser japonês para ser condecorado, o diretor Clint Eastwood também é parte dessa ordem). A insígnia que Hagio recebeu é da quarta classe da ordem.

Este ano a autora também entrou neste ano para o Hall da Fama dos Quadrinhos no Eisner Awards 2022.


Fonte: Natalie


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