Durante palestra realizada ontem (12/7) no evento Anime Friends, a NewPOP Editora anunciou que publicará o primeiro mangá de Uchuu Senkan Yamato, série conhecida pelos brasileiros como Patrulha Estelar. Em julho do ano passado, a empresa já havia cravado a publicação de Yamato 2199, adaptação do remake da série – que deve chegar por aqui em algum momento deste segundo semestre.
Yamato começou a ser publicado no Japão em novembro de 1974, mais ou menos um mês após a estreia do anime na TV. A obra escrita e desenhada por Leiji Matsumoto (que também dirigiu a animação) reuniu 3 volumes encadernados, sendo finalizada em 1975, com o título de Cosmoship Yamato. A NewPOP pretende reunir essas três edições em um único volume, provavelmente fazendo um acabamento semelhante ao luxuoso de Devilman, que inaugura o selo “Prime“, focado em obras clássicas.
A história de Yamato se passa no ano de 2199, quando a raça alienígena dos Gamilas (Gamelons na dublagem do anime) causa um dano radioativo na Terra, impossível de reverter. Os habitantes se refugiam na superfície e a extinção da humanidade está prevista em um ano. Porém, uma esperança vinda de uma mensagem misteriosa em uma cápsula, faz com que os humanos busquem a salvação no Planeta Iscandar. Para isso, criam a Encouraçado Espacial Yamato, aproveitando a estrutura do clássico navio usado na Segunda Guerra, com a tripulação viajando pelo espaço em busca do elemento que removerá a radiação da Terra.
A série animada produzida pelo Group TAC foi um verdadeiro marco na animação japonesa, influenciando outros ícones posteriores, como Gundam e Evangelion. No Brasil, foi exibida a partir de 1983, no início das operações da extinta Rede Manchete. Na época, foi exibida a segunda temporada (26 episódios produzidos em 1978), fase conhecida como Cometa Império e adaptada nos Estados Unidos com o título de Star Blazers (por isso ficou conhecida como Patrulha Estelar por aqui). Com sucesso considerável, a terceira fase (25 episódios produzidos em 1980) veio em seguida, com material original do Japão – com direito à abertura em japonês passando na TV.
Existe uma lenda em torno da exibição da série clássica de 1974 de forma restrita pela Manchete, no início das operações da emissora. Porém, não há comprovações de que isso aconteceu. Uma fita VHS com os primeiros episódios da fase Cometa Império chegou a ser lançada pela Herbert Richers nos anos 1980. O famoso estúdio de dublagem, que também fez a versão brasileira do anime, havia inaugurado um selo de distribuição de vídeo na época.
O mangá que será lançado agora pela NewPOP quase chegou por aqui em 2002. Na época, o título seria lançado pela Opera Graphica, porém foi descoberto que o material fonte era uma licença pirata, o que cancelou a ideia da publicação.
Para lançarem o mangá clássico e o mangá do remake quase que ao mesmo tempo, dá até uma esperança de ver os animes 2199 e 2202 sendo dublados para ajudar a promover estes quadrinhos…
Não sabia que o mangá tinha apenas três volumes (só deve ser mesmo o primeiro arco, “A Busca Por Iscandar”). COOOOOOOOFFREEEEEEE!!!!
Na verdade, o anúncio foi em março de 2002, como mostra o texto do Universo HQ:
http://www.universohq.com/materias/exclusivo-opera-graphica-anuncia-quase-50-lancamentos/
Verdade! Corrigimos, obrigado ;)
Também fiz um comentário sobre a exibição do Kimba, para outros, vocês podem tentar procurar nos acervos de jornal da Folha, do Estadão, do O Globo e na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, no começo é meio difícil, mas depois você se acostuma.