Há poucos dias, a Sato Company emitiu um comunicado que deixou todo o fandom de tokusatsu no Brasil estarrecido: a série Black Kamen Rider (Kamen Rider Black) será retirada do ar após a apresentação de apenas dois episódios na Band. O canal do YouTube TokuSato, pertencente a empresa, também removeu os dois episódios que havia disponibilizado.
Uma avalanche de especulações e notícias falsas surgiram em torno do assunto. A mais absurda e falaciosa envolve a versão brasileira da abertura pelo cantor Ricardo Cruz. Há quem esteja disseminando que o problema está na “desaprovação de uma maioria” pela versão produzida especialmente para o relançamento da série no país. Bobagem.
O JBox foi atrás e apurou informações do meio para tentar elucidar os fatos em torno do assunto.
Já adiantamos: não, não foi “a música do Ricardo Cruz” que tirou ‘Black’ do ar. Nem foi uma decisão unilateral da Band por conta do retorno dos campeonatos de futebol. O assunto é mais delicado e está conectado a um tema desconhecido pela maioria dos fãs: direitos conexos de dublagem.
O que são direitos conexos?
É do conhecimento geral que toda produção audiovisual (filmes, séries, novelas…) exige dos profissionais envolvidos uma entrega, por vezes exaustiva, que pode render uma fortuna para as muitas empresas envolvidas neste produto. E é inegável que o sucesso de muitas obras está vinculado diretamente à atuação de um elenco de atores e atrizes qualificados, que às vezes chegam ao ponto de “salvar” alguma produção com seu talento. Com a dublagem podemos afirmar que não é muito diferente.
A dublagem no Brasil é um processo inclusivo, que aproxima o conteúdo do telespectador através de seu idioma nativo. E por incrível que pareça, dados do IBGE do ano de 2019 apontam que ainda existem 11 milhões de brasileiros analfabetos em nosso país. No passado existia uma grande valorização às legendas, mas hoje o público geral que consome produções internacionais valoriza e consome BOAS dublagens.
Claro que não basta só um bom dublador ser escalado para versionar algum conteúdo. É preciso ter vários elementos (tradução, edição, direção…) que se somarão para que tenhamos uma experiência marcante. Qual não é nosso prazer ao assistir uma produção dublada e sequer nos darmos conta de que ela é estrangeira? Ou nos identificarmos com personagens que possuem seu carisma elevado por uma interpretação marcante?
Quando ouvimos um trabalho de dublagem ruim, com interpretações inexpressivas, logo o condenamos e queremos saber a causa por trás desse descaso. Uma troca de elenco de dublagem repentina deixa fãs de qualquer idade chateados. Alguns se perguntam: “onde está o respeito?”.
Respeito.
Essa palavra, ainda tão exigida de muitos em nosso país, às vezes só funciona por meio da força da lei. Se assumirmos que o sucesso de uma produção é mérito dos atores, instrumentos foram criados para que a divisão dos lucros sobre o valor de seu trabalho pudesse ser assegurada. Um filme como Vingadores: Ultimato rendeu cifras bilionárias nos cinemas e mesmo que já tenham sido pagos por seu trabalho, naturalmente se pensa em justiça, quando este trabalho migra para outras mídias e continua rendendo dinheiro.
Para assegurar os direitos a essa justiça, foi criada em 1998 no Brasil a Lei de Direitos de Autor e Os que lhe São Conexos.
Os direitos conexos são aqueles que a regulação de direitos autorais vai assegurar para determinadas pessoas que contribuíram, de forma muito relevante, para a concretização e/ou divulgação de obras de terceiros. Enquanto os direitos autorais privilegiam os criadores de uma obra, a legislação em torno do assunto construiu um caminho para o reconhecimento destes que contribuíram para o êxito dessa mesma obra.
O Brasil segue padrões internacionais deste tema e aponta quem tem direito a receber direitos conexos: intérpretes, cantores, executantes (músicos que executam a obra de outra pessoa), empresas de radiodifusão e os produtores fonográficos. Existem algumas prerrogativas e aspectos mais detalhados em torno do assunto, mas está registrado no inciso XIII do artigo 5º da lei 9.610 o direito a estes profissionais.
O trabalho dos dubladores, que é puramente interpretativo, os beneficia aos valores relativos a estes direitos. Comumente, hoje em dia, os “clientes” (quem paga a dublagem para os estúdios) estabelecem em um contrato um valor pelo serviço do dublador e pelos direitos conexos. Um longo período de tempo também é estipulado (coisa de décadas, geralmente 70 anos!) para que o trabalho possa ser utilizado em variados tipos de mídia (TV, home vídeo, streaming ou até mídias que sequer existem ainda, mas podem aparecer ao longo dos anos de duração do contrato fechado).
Resumidamente, há três variáveis: local (qualquer território ou país), tempo de uso (veiculação) e mídia. Caso uma destas três variáveis mude, os direitos conexos precisam ser pagos novamente. Até se um dia habitarmos Marte e existir a transmissão de um episódio de sua série favorita por lá, os direitos conexos (interplanetários – risos) precisarão ser faturados.
Existem algumas exceções, variando principalmente o tempo de validade dos direitos conexos, mas em vias de regra o que é praticado é o supracitado.
No caso de Black Kamen Rider, aparentemente há duas questões:
- Seus direitos de autor foram adquiridos ANTES da lei de 1998, portanto, não teve seus direitos limitados por ela, na época, e nem através de um contrato.
- HOJE, os direitos conexos assegurados pela lei de 1998 garantem o pagamento desses direitos, o que precisa ser firmado por UM NOVO CONTRATO onde o autor e seus conexos podem cobrar o que lhe é de direito e estabelecer uma nova precificação pela veiculação de seu trabalho. Seja essa precificação qual for.
Como frisado, essa é uma prática dos dias de hoje assegurada pela Lei de Direitos de Autor de 1998. Hoje, por meio de um novo contrato firmado, um valor é estabelecido pelas partes interessadas (distribuidor e profissionais) e o trabalho passa a ser legalmente liberado para veiculação. Mas esse contrato depende principalmente da idoneidade das empresas de se ter a iniciativa de entrar em contato com os profissionais e acertar o pagamento do que é devido.
Como estamos no Brasil, pode ter certeza que nem sempre isso ocorre…
Entre o fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, um movimento no cenário da dublagem ganhou força em prol de acertos justos em torno do pagamento de direitos conexos devidos.
Segundo reportagem do jornal a Folha de São Paulo, de 10 de março de 2000:
Lá estava Borges de Barros, o veterano que emprestou sua voz rascante a personagens clássicos como Moe Howard, de “Os Três Patetas”, e Dr. Smith, da série “Perdidos no Espaço”; havia José Soares, dublador de Mister Magoo e de Oliver Hardy, o Gordo de “O Gordo e o Magro”. Estavam presentes também Helena Samara, voz de Vilma Flintstone, e Flavio Dias D’Oliveira, dublador de Pernalonga e Patolino. A geração mais nova era representada, entre outros, por Sérgio Moreno, que hoje dubla o Mickey, e Tatá Guarnieri, a voz do Pateta.
Uma declaração, na mesma reportagem, evidencia um aspecto interessante em torno do tema:
O advogado Rodrigo Salinas, especializado em direito autoral, afirma: “No Brasil não há tradição de respeito a esses direitos, mesmo porque os dubladores eram, até agora, uma categoria muito desorganizada, que nem recibo exigia.”
Cálculos para direitos conexos de dublagens antigas são demorados e delicados. Há muitos profissionais que sequer recebiam recibos por seus trabalhos realizados há 30 anos atrás. Culpa deles não exigirem recibo? Não exatamente… Às vezes aceitar certas condições, era a única chance de começar no meio.
Onde fica minha nostalgia?
Mesmo com alguns erros e problemas técnicos, que não estão vinculados diretamente aos atores de voz; o que seria das memórias da sua infância sem que programas como Chaves, Jaspion e Os Cavaleiros do Zodíaco não tivessem recebido um trabalho de dublagem profissional com as vozes que você conhece e lembra até hoje?
E faz um tempo que o mercado brasileiro se deu conta que “nostalgia” é algo que vende. Todavia, isso tudo tem um preço alto caso todos os trâmites legais sejam seguidos. Nem sempre aqueles que investem nos produtos – adquirindo suas licenças junto aos produtores e autores originais – conseguem um retorno financeiro compatível com o investimento realizado. São quase como apostas. Só lembrando que a moeda que impera no valor dessas transações comerciais é o dólar.
Não se expõe muito o quanto custa um episódio de sua série ou animê favorito, mas estamos falando de algo que pode estar em torno de 3.000 mil dólares até a impressionante marca 2 milhões de dólares – preço que a Netflix desembolsou por cada episódio da série The Blacklist, em 2014. Isso sem falar custos de dublagem e royalties que existem.
Dublagem no Brasil é um produto caro, conforme o presidente da Sato Company já divulgou publicamente:
“A dublagem de um filme pode custar o preço de um carro popular hoje no Brasil”
Segundo pesquisas, estamos falando de um investimento superior a R$ 30 mil. Mas ainda que pareça um negócio meio “kamikaze”, quando um produto é vendido para um serviço de streaming ou emissora de TV, quase sempre se compensa os investimentos – ou pelo menos ele “se paga”. Só que ainda há vezes em que as emissoras cedem apenas o espaço para exibir e combinam dividir lucros de possíveis anunciantes dos intervalos comerciais. Logo, se esses anunciantes não aparecem…
O meio da dublagem em nosso país pode ser considerado uma verdadeira caixa preta. Quem convive de perto relata sempre muitas intrigas, panelas, nepotismo, falta de profissionalismo e orçamentos “exorbitantes” (na visão dos clientes, claro).
Nos últimos anos, assistimos surgir estúdios com qualidade duvidosa, com vozes irreconhecíveis pela maioria dos apreciadores dessa arte. Tudo para conseguir oferecer preços “mais em conta” e ganhar clientes – que às vezes só querem cumprir “a obrigação” de versionar o conteúdo para nosso idioma. O resultado pode ser “ouvido” principalmente nas plataformas de streaming.
Por conta disso, surgiu até uma terminologia para estúdios que oferecem serviços de qualidade e um elenco mais “classe A”: os estúdios Premium. O custo de dublagem nessas casas é mais elevado, mas assegura-se ao cliente uma entrega que irá contribuir para o sucesso de determinada produção. E sabemos bem como a dublagem realmente ajuda a valorizar certas produções aqui, né?
Tornando a falar de direitos conexos e relacionando-os diretamente com sua memória afetiva, de vozes que marcaram alguma época de sua vida em uma série de TV, filme, desenho, animê ou tokusatsu; a dificuldade de se estabelecer um valor que seja interessante para todas as partes envolvidas (estamos falando de todos os dubladores que trabalharam em uma produção) pode gerar um gasto de tempo e dinheiro maior do que o esperado, fazendo com que as distribuidoras e donos dos direitos dessas produções optem por fazer algo bastante criticado nos últimos anos: as redublagens.
Do ponto de vista comercial – e ninguém investe em uma produção nova ou antiga pensando em fãs – é mais barato e seguro investir em contratos atuais e longevos com profissionais de dublagem que tentar acertar erros do passado. Resta ao dono do produto avaliar o quanto isso é relevante ou não para os fãs e o sucesso de sua empreitada.
Uma coisa é certa: assumem-se muitos riscos ao não finalizar negociações envolvendo direitos conexos no Brasil, inclusive, uma ilegalidade do ponto de vista jurídico. Resta saber até que ponto é inteligente correr tais riscos e arcar com as consequências – como testemunhamos recentemente com uma querida produção do gênero tokusatsu.
Fontes consultadas: Obras Intelectuais / IBGE / Folha de S.Paulo / Portal do Planalto / RD1
Atualização (21h07):
Em vídeo, o dublador Elcio Sodré (dublador do Black Kamen Rider) detalhou o seu lado na história da suspensão da exibição da série, explicando também sobre a questão dos direitos conexos:
Sobre o caso do Élcio eu comentava outro dia que para ele seria bem mais interessante entrar num acordo, mesmo que ganhando menos do que quer do que impedir a exibição da série.
Até o momento tem um monte de gente bolada com ele, a expressão é essa, porque acha que tudo é por causa do dinheiro, ainda mais por como tudo se deu, depois de ter dublado o último episódio e só reclamado quando a série estreou.
Supondo que seja exatamente esse o caso, muito melhor receber um pouco menos e ganhar em cima da visibilidade que a série irá trazer a ele. Não tô dizendo que isso deva ser regra, longe disso, todo devem ganhar o justo, mas agora ele tá atrapalhando não apenas o Sato e a Band, mas um monte de fãs que querem rever de maneira legal e fechando a porta para que outras produções possam vir ou voltar.
Desculpa, mas a reprise não vai trazer visibilidade nenhuma pra ele.
Quem é fã de tokusatsu e já assistiu Black e se interessa por essa
questão de bastidores já sabe que é ele o dublador. O grande público em
geral não está nem aí pra saber quem é o dublador. Eles vão assistir,
achar legal ou não e seguir com a vida.
Certo tá ele de cobrar os direitos garantidos por lei e se alguem tá
atrapalhando ou fechando a porta para outras produções virem pra cá é a
Sato e a Band que conduziram o trabalho de maneira porca e querem lucrar
sem cumprir com as obrigações que tem.
Bom depois de rever e analisar muito bem a situação de ambos o negocio vai ficar feio para os três.
A Sato vai ficar com filme queimado com a Band por oferecer um produto sem ter revisado os direitos autorais antes de autorizar a sua exibição.
A Band vai ficar parecendo uma Rede Brasil que ficou com uma programação bagunçada e desorganizada para os fãs, causando prejuízo para o bloco trazendo baixa audiência.
O Élcio Sodré que para olhos de muitos fica como um Dublador difícil de negociar.
Traz… claro que traz. Quem é antigo vai querer rever por nostalgia e apresentar aos mais novos. Pode ser chamado pra lives ou eventos futuramente porque um trabalho dele está passando.
Pelo o que entendi do vídeo dele, ele quer um percentual de direitos conexos pela série, baseado no cálculo de 150 horas de dublagem. Pesquisando em processos similares, a porcentagem que alguns demonstravam era de 10%. Se essa conta e porcentagem forem as utilizadas, estamos falando em algo aproximado de R$10.000,00 a R$12.000,00 a soma total que a Sato teria que pagar para todo o elenco de dublagem – cada um não receberia nem R$2.000,00. Acho que a questão para ele é mais uma luta pela classe do que o dinheiro em si, visto que isso traria uma bonificação ao longo do tempo que seria economicamente importante para os dubladores.
Poucos sabem mas volta e meia, personagens como o Black e Black Rx dão as caras em outras séries, por exemplo aquela imagem do Black ao lado do Rx foi de um dos episódios do KR Decade, que aliás o Kotaro Minami apareceu diversas vezes, anos depois no filme KR Drive:GP:Tainsen (?), onde ele vira uma espécie de mentor pro Drive, e parece que próximo filme do Den-O, o Rx vai fazer uma ponta, já que a história se passa em 89…..Off.: Quando vejo tais participações do Kotaru,Black,Rx vem a mente a voz do Èlcio Sodré, quando ou revejo o Fire/Knight Fire em Winspector/Solbrain vem a voz do Marcelo Campos, ou games de Dragon Ball, vem o Wendell Bezerra….Off.: A gente sabe dessas tretas não se restringem apenas ao Sato, mas também a outras firmas dentro e fora do Brasil ….como nos EUA também saem umas tretas em relação a dublagem,principalmente de games, vide o caso Metal Gear Solid V, envolvendo David Hayter, a troca da dubladora original da Kitana em MK 11 (que até agora não entendi o porquê de ser substituída) e tantos outros….Off.: Torço pra que dê tudo certo pelo bem dos fãs e afins
Mesmo eu me colocando no lugar de fã roxo do tokusatsu, o dublador Élcio tá certo, e nem seria uma quantia tão “grande” assim se um comentarista aqui acertou na quantia(12 mil reais acho muito, mas não em gente que ganha isso num mês ou semana), foi irresponsabilidade e despreparo da Sato Company mesmo, a Band que nem deve verificar essas questões ao contrário de.outras.emissoras como Globo (eles.mandaram até dublar a abertura de digimon tamers, algumas coisas boas essa emissora fez), agora é torcer pra dar certo né.
gente é um coisa simples de ter resolvido, ambos erraram pois teve demora dos dois lados pra resolver o contrato e como todo brasileiro sabe, o jurídico desse país é bem demorado, demoraram 1 mês após a dublagem do episódio 51 o contrato, e o dublador estava de férias, dai tiveram que esperar ele voltar de viagem ver ele recusar o contrato, e fazer outra proposta e levantamento e isso leva tempo, e a Sato quis lançar a série em cima d hora e deu no que deu exibiu sem a assinatura do contrato. foi isso que o Sodré disse hoje num video.
o problema foi de terem exibido a série antes de resolver o contrato, era simples de se resolver, mas o dublador se sentiu inseguro e entrou na justiça pois achava que fosse ser enrolado, o jurídico é demorado mesmo estavam fazendo o levantamento para pagar ele, mas ele não quis esperar, mas a Sato podia esperar ele voltar de viagem, e ele não podia esperar tbm?
Parabéns pelo texto, Larc, dá uma boa dimensão da luta que os dubladores enfrentam em relação aos direitos autorais não pagos e que pouca gente conhece.
E o pior é que essa luta é ainda mais antiga, nos anos 70 os dubladores já tentavam receber o pagamento porque a lei n° 6533/78, que regulamentou a profissão de artista, já assegurava o pagamento dos direitos conexos em seu artigo 13, parágrafo único. Tanto que nessa reportagem da Folha de São Paulo é citada a SONAT (Sociedade Nacional dos Atores), que foi presidida pelo Flavio Dias e ficou de 1994 a 2004 tentando que as distribuidoras, emissoras e afins cumprissem a lei. A lei n° 9610/98 foi uma atualização de uma lei ainda mais antiga, a 5988/73, mas que certamente deu mais fundamento pra luta dos dubladores. Enfim, a história só se alonga, tanto que os contratos (absurdos) de cessão de direitos que as distribuidoras colocam para os dubladores assinarem (70 anos, todas as mídias etc) só começaram a pipocar na primeira década dos anos 2000 como forma de enfraquecer a luta continuada por outra associação, a ANAD, presidida pela Sumára Louise. O triste disso tudo é que são 40 anos de luta para até hoje as empresas continuarem fingindo que a lei não existe e para apontarem o dedo na cara de dublador quando ele exige o mínimo do mínimo que deveria ser feito como parte natural do processo.
nao to entendendo nada , larga a mao de frescura e bota logo kamen rider black no ar de novo.
Um bom texto sobre o assunto. Parabéns. É muita ganância das empresas querer faturar e explorar durante anos o trabalho de atores e dubladores e só poucos gozarem destes lucros. Como o Élcio falou no vídeo, ele não ganhou nada quando sua voz foi parar em outras mídias. Sem a voz dele, não existiria o Black (e o RX). O que vai acontecer com a Sato se todos os dubladores moverem ações?
Então vai lá e paga o que é devido pro Élcio. Aproveita e paga pros outros dubladores, para satisfazer a tua vontade. É cada um…
Acho q n. O Élcio é conhecido já e normalmente ele trampa pra estúdio grande. A Sato q entrou de mutreteira ae q vai ficar queimada.
Quanto mais q o Élcio é conhecido por outros dubladores q normalmente são donos de estúdios dd dublagem e estudio grande vai tar cagando pra uma confusão de empresa pequena tipo a Sato.
Pro Élcio no máximo ele só n vai ser chamado pra dublar coisas da Sato Company, o q de certo modo n diz muito. Visto q o seu Sato sempre coloca a filha dele nas dublagens em papeis importantes independente da situação.
Frescura n. O cara trabalhou na parada, n foi contatado pra resolver os trâmites legais, fizeram a exibição sem ele receber ou no minimo acorda algo pra q fosse exibido sem problemas. Logo ele tá no direiro. Vc n trabalharia de graça né ?
Todo dis um problems novo. Cara realmente a materia ta muito hem explicada, parabéns.
Eu já devo ter comentado em outro post, mas realmente foi um (de muitos já cometidos) vacilo da Sato Company, exibir algo sem tá tudo certo.
Quanto ao Élcio ele tá mais q certo, trampo dele é com a voz e se empresa tá usando ela tem de no minimo negociar. Ninguem trabalha de graça n e ele tá no direito.
E pra quam acha q a Sato tá fazendo pelos fã. Acorda irmão, os caras n são centro de caridade n, se tão fazendo é pq algum retorno vai ter.
O problema que começaram a exibir antes de acertar com ele, foi erro da Sato, deviam ter esperado arrumar esse acordo e quando o dublador vou já tinham exibido dois episódios, se ele não tivesse acionado a justiça, iam exibir Black completo sem o contrato com ele.
Tenta acordo, se não der, chama outro dublador para substituí-lo, simples assim! Nenhum dos três lados está certo, ainda que eu entenda um pouco o lado do Élcio…
O dublador está no direito dele. E não é um caso isolado: basta lembrar dos litígios de outros profissionais com grandes estúdios de Hollywood por causa de direitos conexos no lançamento de filmes em vídeo.
E a Sato mais uma vez fazendo um trabalho de qualidade questionável. Já tinha torcido o nariz por terem traduzido a abertura do Black mas não o encerramento. Depois dessa lambança, melhor devolver os episódios pro canal da Toei no YouTube…
Se a moda pegar desse direitos conexos então é fim da dublagem Brasileira, series nostálgicas jamais passaram for falta de interesse, os empresários do ramo do áudio visual vão mandar dublar fora do brasil como dublagem em Miami e Los Angeles.
Situação tensa essa embora eu não tenho entendido muito bem o que são essse direitos conexos kkk, mas é algo que a empresa deveria ter resolvido antes pra ter evitado isso.🍦
entao processa a sato company e ai ela cancela os seriados e ninguem mais assistir nada na band. pronto
Sabe eu acho estranho demais esse caso em específico.
Pois no pronunciamento da Sato ela disse que fez o contrato e que Élcio Sodré não aceitou.
Efim esse caso não tem como apontar culpados.
Olha não acho que chegue a esse ponto. No pior cenário, o máximo que vai acontecer é só disponibilizarem legendado
Mas é o q vai rolar e o pior é q outros dubladores q nem tavam do ocorrido tão se mobilizando pra corre atras. Logo se já sabe.
Se forem doze mil reais os fãs fariam vaquinha na hora pra pagar isso e resolver o problema.
Não adianta tentar debater com esse cara, conheço ele de comentários de outros sites, e vários comentários deles são desse nível para baixo, o sujeito é grosseiro, ignorante e principalmente… “crianção”, em alguns lugares que não há moderação nos comentários ele dá um verdadeiro show de má conduta.
E agora estão dizendo que a CECÍLIA LEMES está também para se manifestar quanto a seus direitos conexos por dublagens nas séries apresentadas, e tudo isso enquanto o Sub-20 está para retornar e a própria Band está negociando a transmissão de alguns campeonatos de futebol para a grade, a exibição dos programas está por um fio agora, e faltam só dois míseros episódios para podermos ver ao menos Jiraiya até o final.
È uma pena, mas pelo visto é adeus ao bloco de tokus na Band…mas enfim, se as coisas tivessem sido feitas certinho nada disso teria acontecido…..Off.: O fato é que o Sato vai ficar queimado junto aos fãs e afins….e difícilmente veremos séries japonesas e afins novamente em canal aberto, só na web…..
No vídeo que o Élcio fez ta tudo bem explicadinho: ele leu o contrato enviado pela Sato, não concordou com algumas clausulas, entrou em contato com a Sato sobre isso, eles fizeram uma videoconferência que era só pra tentar amolecer ele pra ver se ele desistia da coisa, Élcio bateu o pé em relação ao contrato, pediram pra ele enviar por e-mail os valores pra ver o (nas palavras da representante da Sato) “valor do prejuízo”, ele enviou tudo bonitinho, falaram que iam repassar pro jurídico analisar, o advogado do Élcio aconselhou ele a entrar em contado com a Band sobre o casso, ele fez isso, a Band ignorou completamente, ele foi falar com a Sato pra saber como andava a análise jurídica do pedido dele, a Sato começou a enrolar dizendo que o departamento jurídico da empresa estava muito “ocupado” com outras coisas, nisso dia 30 a Band (que já havia sido avisada do ocorrido pelo próprio Élcio) começou a exibição do Black Kamen Rider, Sato continuava enrolando o cara com a mesma desculpa do “nosso departamento jurídico está muito ocupado”, ai ele foi lá e intimou as duas dizendo que ele tomaria as medidas cabíveis para ter o que era dele por direito.
Esse é o resumo. Para detalhes mais completos, ASSISTAM A DESGRAÇA DO VÍDEO!
Élcio ta mais que certo e se outros dubladores resolverem fazer o mesmo, estarão certos tbm. Chega de empresa babaca querer fazer os caras de trouxa. Tem mais é que ir atrás dos próprios direitos mesmo.
Coitado do Sato foi passar a perna em um Dublador e vai acabar com o Bolso furado pois agora os mesmos que estão vivos vão exigir seus direitos conexos por cada Toku já negociado em plataformas digitais e Tv Aberta e também o anime Street Fighter que também vai entrar na briga pois foi negociado em plataformas digitais.
O fato é que graças a isso foi exposta a situação da dublagem em nosso país,….situação exposta diversas vezes por vários sites,principalmente este, a ganância, o desrespeito, e outros por parte dos distribuidores,estúdios e afins em relação aos dubladores, consumidores/fãs e outros….Off.: Graças a esta situação é que ficou entendido o porquê de certas trocas como em 24 Horas que trocaram o Tatá Guarnieiri por outro dublador e vários outros casos….Off.: A meu ver esta história não vai ter um final feliz pros fãs, porque é mais fácil pra Band se desfazer do bloco e pro Sato em relação tanto aos fãs quanto aos estúdios como a Toei e afins….Off.: È triste no momento em que estamos passando ler e comentar uma notícia como essa,embora não assista mais tv,eu torço pra que um dia as series japonesas voltem ao nosso país de forma limpa e oficial, mas cada vez que acontece um fato dessa natureza e que envolve uma das franquias que mais gosto….agora diante disso perdi as esperanças, e como já tinha dito série japonesas,animes e afins só na web….
Resumindo é o fã de Tokusatsu padrão. Valeu pelo aviso. Já n vou perde meu tempo.
Mano, pelo amor de deus… “Se a moda pega”… lê o texto, a lei do direito conexo já tem 20 anos…
Adeus Changeman, Adeus Flashman, Adeus Jaspion, Adeus Jiraiya
e agora é somente uma nova dublagem que cola.
Eu acho que é mais na real, 150 horas de trabalho não seriam só isso.
Que mané outro dublador, se o cara tá vivo e na ativa tem que ser ele, a Sato foi que fez a Lambança e não pesquisou direito!!
Se isso acontecer já tenho muitos animes clássicos baixados da internet em Full HD e dublados, hoje em dia tem muito anime novo ruim, eu praticamente vivo da nostalgia ou continuações como por exemplo Dragon Ball Super e mesmo não assistindo mais na TV e só consumindo através de downloads, eu sempre apoiei a transmissão em TV aberta ou Streaming por que isso ajuda na divulgação e em um possível sucesso e na vinda de antigos e novos Animes ou Tokusatsus, agora que vai ser uma situação ruim, ver muita coisa com dublagem de mal qualidade é lamentável, mas o dubladores estão com todos os seus direitos perante a lei!!!
Complicado, até Lost passou por isso, fiquei puto na época quando mudaram a dublagem!!! Mas é uma situação chata e desrespeitosa por parte desses distribuidores!!
Quando tinha tv a cabo, eu assistia aquele desenho dos Transformers que era uma sequência de Transformers Prime e achei estranho a mudança dos dubladores….e como deixei de assistir tv e nem assisto serviço de streaming, então eu nem sei o que mudou, só percebo tais mudanças de dublagem e afins graças aos sites comentários e outros…graças a eles é que soube das tretas envolvendo dubladores famosos como o Hermes Baroli,Marcio Seixas,Guilherme Briggs e outros e que diante das circuntâncias atuais como a pandemia, prefiro não me aprofundar em tais tretas pra não me aborrecer, já estou estarrecido diante dessa novela atual envolvendo a reexibição de KR Black….Off.: seja como for nessa guerra, a maior vítima vão ser os fãs por perder esse oásis que era esse bloco na Band e por ver esse lamaçal que veio a tona em relação a dublagem e afins…
É um percentual das 150 horas…
Essas 150 horas ele já recebeu, o que ele está brigando agora é pelo percentual de direito conexo…
Verdade é um assunto complicado que acaba aborrecendo principalmente nós que somos os fãs e consumidores final!
E a meu ver isso não é exclusivo de nosso país, houve casos envolvendo games, desenhos e animes fora de nosso país, como por exemplo nos EUA, Metal Gear Solid, teve alguns incidentes envolvendo o David Hayter (Solid Snake, Big Boss), ele declarou em várias entrevistas que desde MGS3, o Kojima queria substituí-lo; outro caso a troca dos dubladores da Claire e Leon em Resident Evil 2 Remake, em vez de usar os antigos a Capcom optou por trocá-los, teve o caso da dubladora original da Kitana e Mileena (que atuou em MK 9 e X) e foi substituída em MK 11…Off.: Diante disso do caso Black, fica difícil imaginar o que pode acontecer com várias séries,animes,games e outros a curto e longo prazo, principalmente em games como o Injustice 3 que já está a ponto de ser lançado, quem volta, quem sai e se os fãs vão aceitar ou não….vai ser difícil olhar para um anime CDZ, depois disso….
Flávio Dias briga feio quando se trata dessas coisas.Anos atrás num podcast com fãs xingou até o Sílvio Santos de FDP por não ter ajudado a família do Marcelo Gastaldi depois que ele morreu,e também citou quando processou a Centauro por ter permitido a distribuição de episodios do Barney O Dinossáuro em DVDs de bancas de jornais sem pagar a ele(por isso não se ouve ele muito hoje em dia,por brigar muito por essas coisas.)
Isso vai prejudicar mais os fãs do que as outras partes!
No fim de tudo vai sobrar pros fãs, que vão servir de escudo de ambas as partes pra pressionar a outra a ceder. Embora o fã de bom senso apoie o Élcio Sodré, seu interesse é o de consumir a obra e para isso acaba apelando para o único meio possível: a pirataria. E aí a Sato Company, assim como várias outras distribuidoras, vão inventar várias desculpas para sua incompetência em ter retorno do investimento. Hoje é o Élcio Sodré. Amanhã, como sempre, vão ser os fãs, que no final viram os vilões de toda história de alguma produção japonesa no Brasil.
P.S.: adorei a montagem.
Enquanto os envolvidos se pegam, já tem youtubers (de vários paises inclusive o nosso) postando vídeos de outras séries como os Riders recentes (Zi-O,Zero e Saber) e os demais Riders antigos bem como Sentais e afins, seja como for a Toei e a Bandai estão adorando essa divulgação…..e pros fãs que não podem ter acesso é prato cheio….eu por exemplo assisti o final de Zero One em inglês….È uma pena,mas fazer o quê?….Off.: se um dia vier algum jogo de KR ou outra franquia conhecida pro Brasil que seja legendado em inglês e em último caso PT-Br porque diante dessa imundice que está a dublagem, principalmente em relação aos estúdios, distribuidores e afins ….Off.: Me desculpe a franqueza….
Esse cara é tão crinção que uma vez foi xingar a PlayTV nos comentários na pagina dela no facebook e ela logo respondeu exigindo respeito.
Acho que ele faz isso de propósito, todos os comentários dele são infantis ou grosseiros, impossível acreditar que alguém é assim…
Poxa mano é uma pena que saiu do ar Black Kamen Rider
Erro total da Sato no caso. Esse caso serve para ilustra r o modo como os dubladores são tratados pelos estúdios. Um caso muito pior do que esse foi o do Clécio Soto, onde a Disney tencionava usar o seu trabalho nos filmes em linhas de brinquedos SEM A SUA AUTORIZAÇÃO e houve toda aquela treta com a nebulosa participação de Guilherme Briggs, o que acabou gerando, praticamente, seu BANIMENTO de todas as produções do grupo. Mais recentemente foi o caso do dr. Marco Antonio Costa, demitido do papel de Jack Sparrow por pedir um valor mais justo pelo seu trabalho. Élcio foi mais do que certo na sua ação contra a produtora.
Essa é a maior palhaçada já vista os últimos anos. Para começo de conversa, dublador não é criador, nem tampouco intérprete. A L 9610 é uma colcha de retalhos, extremamente mal formulada e bastante prejudicial à todos. A legislação anterior era muito melhor do que essa. Essa questão de direito conexo em relação à dublagem, por exemplo, é de um absurdo sem tamanho, pq dublador não é intérprete e há uma (aliás mais de uma) deficiência semântica nesse lixo de ‘nova’ legislação que deixa no limbo qualquer correlação de aplicação de direito conexo ao dublador. O próprio art 5º já define o que seja um intérprete e, no caso de obra audio-visual ou cinematográfica, ele não se enquadra, já que a legislação em si, é deficitária. Dublagem se resume à prestação de serviços. Simples assim. Se trata de atividade de meio e não de fim !
O dublador vende seu trabalho, ou seja, ele vende o produto de algo que foi contratado para fazer, logo, não há que se falar em direito conexo, até porque a obrigação é de meio e não de fim. Isso sem mencionar que, durante décadas a dublagem era obrigatória no Brasil, o que apenas reafirma se tratar de obrigação de meio por imposição legal. Enfim são uma série de detalhes quando se analisa tanto a lei ‘nova” como a antiga que não deixa margem de dúvidas de que não há que se falar em direitos de dubladores, sejam eles conexos ou não.
Devendo ainda, se verificar a data de alterações legislativas, que eventualmente sejam usadas como embasamento para buscar tentar direito (que não existe). Dublagens clássicas, por exemplo,não se aplica direito conexo algum à dublador, pois a legislação anterior não se aplicava, o mesmo em relação até mesmo à exigência de se especificar nome dos dubladores, que apenas valem para obras afixadas a partir de 2009 (qdo houve a alteração legislativa) etc. O correto é o dublador, começar a ter o hábito de firmar contrato próprio, dando garantias ao produtor, dono de estúdio etc, até pq a dublagem é mera prestação de serviços e o produtor ou dono da obra pode muito bem cedê-la para terceiros, aí incluindo a dublagem agregada. Mas, para isso, é preciso de contrato.
Logo mais será a Tia do café que vai começar a querer ter “dereito coneksio”
Não é à toa que a dublagem atual está um lixo que só. Um show de horrores que cada vez mais deixa o público insatisfeito, não apenas pelo show de palavreado de baixo calão que tomou conta do meio, como pela péssima escolha dos profissionais que irão fazer as dublagens.
Some à isso panelinhas e invencionices de que dublador tem de ser ator ou ter a tal da DRT (O que é mentira) e está feita a receita para a extinção a área.
Em um ano, no máximo, com o avanço tecnológico da engenharia de mímica vocal ou seja, simulação da voz, e toda a área de dublagem estará extinta (felizmente, diga-se de passagem)