Múltiplos de 10 são uma constante ao se falar de cultura pop. Por algum motivo, adoramos comemorar os 10, 20, 50 anos de uma obra – ou de um marco importante na mesma. Um exemplo disso é Shaman King, que recebeu um remake ano passado em comemoração aos 25 anos do mangá e 20 anos do animê original.

Em 2022, fará 20 anos desde que a série chegou ao Brasil na extinta Fox Kids. E por fim: 2023 fará 20 anos desde que a editora JBC trouxe o mangá para o Brasil pela primeira vez.

Mas por que estou falando disso? Porque Shaman King está passando por uma série de celebrações atualmente, e uma delas é o relançamento de seu mangá por aqui.

E também porque não queria ser o único a me sentir velho.

 

História

A história começa quando Manta Yamada, um jovem estudante que ao se atrasar para o cursinho decide cortar caminho pelo cemitério. Passando por lá, ele conhece Yoh Asakura, um garoto de sua idade que consegue se comunicar com espíritos. Ficando muito impressionado com isso, ele decide descobrir mais sobre ele. Logo descobre que Yoh é um xamã e que se mudou para Tóquio para participar do torneio Shaman Fight, onde xamãs de todo o mundo disputam para descobrir quem será o próximo Rei Xamã.

Para quem conhece a história apenas pelo animê original – disponível em algumas plataformas de streaming atualmente – a recomendação pela leitura do mangá é mais do que válida, já que mostra coisas que ficaram de fora da versão televisiva. O destaque fica para maiores explicações sobre o universo da obra, e de lutas que são bem mais exploradas.

Por outro lado vemos vícios decorrentes de mangás semanais. A rápida inserção de um oponente para criar a tensão e o perigo parecem meio jogadas no início. Infelizmente é algo que essas obras têm que passar pra sobreviverem nas revistas.

 

Arte

O traço de Takei é bem característico dos anos 1990, o que dá todo um charme especial à obra. Para quem curte as obras desse período da Shonen Jump, é um deleite visual. Em especial nos cenários, onde o autor não poupa esforços para criar ambientes nos momentos em que não há ação acontecendo. Os personagens também são diferentes uns dos outros, o que ajuda a dar um ar único a cada um deles.

Porém a arte dele não parou no tempo. Ainda que tenha muito do seu traço característico, algumas alterações foram feitas. São mudanças sutis, como os olhos, mas que estão lá para os mais atentos.

E por falar em Shonen Jump, vale um parágrafo importante. A obra foi publicada originalmente entre 1996 e 2004 nas páginas da revista da editora Shueisha. Porém, Hiroyuki Takei e a editora tiveram divergências que culminaram na saída do autor. Esse motivo fez com que o mangá tivesse um final apressado na época e diferente do planejado pelo artista. Posteriormente a obra foi relançada pela Kodansha, desta vez com o “final verdadeiro” e que agora chega ao Brasil. Então, se você ainda tem sua edição antiga, saiba que esta tomará rumos diferentes em sua conclusão.

 

A Edição

A nova edição vem no já famoso formato BIG da editora JBC, presente em alguns mangás, como Kamen Rider Kuuga e trazendo dois volumes japoneses em um.

Mas se tem algo que está sobrando na edição é a sobrecapa. O mangá vem no mesmo formato do já citado Kuuga e de Haikyuu!, e ambos não possuem sobrecapa. Isso faz com que o preço seja superior ao dos outros, além de se tornar um artifício desnecessário ao ser retirado, já que as capas internas são as mesmas, apenas mudando a tonalidade para uma toda esverdeada. Além disso, temos as capas originais na parte interna da edição. Se ao menos estas fossem as capas, ainda teria algum sentido na sobrecapa.

Claro, o preço assusta, ainda mais nos tempos que vivemos e a situação que o mercado se encontra. Mas, se você é um fã da obra e tem condições de colecionar, ainda que no seu ritmo, essa edição é mais do que recomendada, mesmo com a sobrecapa desnecessária.

Por fim, confira abaixo algumas imagens da edição:


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Esta resenha foi produzida com base em edição promocional do mangá Shaman King BIG, enviado para o JBox pela editora JBC. O texto presente é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do site JBox.