Chegou hoje (3) no catálogo brasileiro da HBO Max o filme Astro Boy, de 2009, com opção de áudio original em inglês e também dublagem em português e espanhol, com legendas nos mesmos idiomas. Ele já havia entrado no catálogo “latinoamericano” no dia 28 de setembro, e no americano em julho.

O longa adapta o grande clássico do “deus do mangá” Osamu Tezuka, sendo uma produção do já extinto estúdio Imagi. A bilheteria na época foi considerada baixa, o que acabou contribuindo para a falência da produtora, que já havia feito uma versão de Tartarugas Ninja para o cinema e planejava levar outro clássico japonês, Gatchaman, a uma versão atualizada em computação gráfica – que nunca aconteceu.

imagem: tela do filme Astro Boy na HBO Max

Tela do filme Astro Boy na HBO Max. | Imagem: Reprodução/HBO Max

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A história se passa em uma realidade futurista onde existe uma cidade flutuante chamada Metro City. Depois de perder o seu filho em um acidente, o cientista Dr. Tenma constrói um garoto-robô, o Astro, com superpoderes e características humanas para suprir a falta da criança. Porém, Astro é abandonado quando o doutor vê que sua criação não seria capaz de substituir o filho, e na superfície o robozinho acaba se virando e criando amizade com outros garotos órfãos. Uma guinada acontece quando o terrível Presidente Stone almeja roubar a energia de Astro, que terá que combater um robô e proteger a cidade como um herói.

No Brasil, a produção contou com Rodrigo Faro (sim, o apresentador da Record) na voz do protagonista, em uma forma de tentar alavancar a divulgação.

Além da HBO Max, o filme se encontra em plataformas de compra e aluguel digital, como Google Play e Microsoft Store, e no catálogo do Discovery+.

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Fonte: HBO Max


Um dos maiores clássicos da animação japonesa, Tetsuwan Atom, ou Astro Boy, como conhecemos do lado de cá, é uma criação do “deus do mangá” Osamu Tezuka, que publicou o mangá original entre abril de 1952 e março de 1963.

A primeira série, datada de 1963 e inédita por aqui, é considerada o primeiro animê no formato de programa comercial de meia hora para TV. No Brasil, assistimos pela Record, nos anos 1980, O Menino Biônico (Jetter Mars), uma “versão genérica” do Astro criada pelo próprio Tezuka junto à Toei Animation. Em 2003, tivemos um remake do herói original, que passou aqui pelo Cartoon Network, Rede Globo e Loading, além de ter sido lançado completo em DVD e exibido pelo streaming do Crackle — atualmente, vai ao ar pela Pluto TV.

Em 2007, três volumes de um mangá de Astro Boy foram lançados no Brasil pela Panini. O título em questão é uma releitura de Akira Himekawa, portanto a obra original de Tezuka continua inédita por aqui.

Em 2009 foi lançada a versão em CG para os cinemas, sob responsabilidade do estúdio Imagi, de Hong Kong (que também fez aquele longa animado das Tartarugas Ninja). O filme era a grande aposta da Imagi para garantir sua sobrevivência e concluir outro projeto, um longa CG baseado no clássico Gatchaman. Infelizmente a bilheteria foi baixa e o estúdio fechou as portas no ano seguinte.

Em 2012, um especial da Turma da Mônica Jovem reuniu figuras como Kimba, o próprio Astro Boy e a Princesa Safiri (de A Princesa e O Cavaleiro) com Mônica, Cebolinha e os demais em uma história ecológica. Novos crossovers surgiram anos depois nos quadrinhos.

No ano de 2019 foi produzida uma animação franco-japonesa, de 52 episódios, voltada ao público pré-escolar. Chamada de Go Astro Boy Go!, a serie vai ao ar no Brasil pela Amazon Prime Video.